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E-book177 páginas2 horas

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Sobre este e-book

Você certamente já se perguntou em algum momento da sua vida qual o sentido da existência humana e principalmente da sua existência, e se não fez isso ainda, eu te convido a responder essa pergunta agora. Sabendo que o mundo existia antes do nosso nascimento e que provavelmente continuará existindo quando morrermos, podemos conclui que somos um intervalo dentro do espaço-tempo. É a partir desse ponto de vista que passamos a enxergar um pouco mais profundo a nossa realidade, estamos vivos temporariamente, o que se tem de informação sobre o que acontece depois da nossa morte é mera especulação, muito provavelmente, para evitar a dor de não estarmos aproveitando corretamente o tempo que nos resta. Mas, o que seria aproveitar a vida de maneira correta? A resposta que mais me satisfez foi a de que a vida vale cada segundo quando podemos ser quem somos de verdade. E mais uma vez te trago outra questão: Quem é você? Se a sua resposta foi o seu nome, eu insisto na seguinte pergunta: Quem é você sem o seu nome? Como se apresentaria para mim? Perceba que uma simples pergunta pode se tornar complexa e em uma fração de segundos podemos nos deparar com o fato de não nos conhecermos de verdade. E se não sabemos quem somos como poderemos dizer que estamos vivendo as nossas escolhas? Como podemos dizer que a vida está valendo à pena? Mas, não se preocupe, não estou aqui para te confundir sobre a sua existência, muito pelo contrario, quero através desse livro te conduzir para o seu estado de autoconsciência, onde você experimentara, talvez pela primeira vez, dominar o seu próprio eu e determinar o seu propósito de vida. Um dado muito curioso, mas que poucas pessoas sabem, é do que o corpo humano é formado. Se pararmos para analisar os seres humanos quimicamente, poderemos observar que somos feitos basicamente de átomos de carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio, ou seja, somos ENERGIA. Por essa perspectiva podemos entender também que temos polos negativos e positivos e que somos capazes de atrair energias externas. Podemos então fazer a seguinte observação agora: Se o nosso tempo, inevitavelmente, um dia chegará ao fim e somos feitos de energia positiva e negativa, será mais proveitoso dedicar o tempo que temos na manipulação da energia ao nosso favor, já que não somos capazes de manipular o tempo, ainda. Segundo o filosofo holandês Spinoza, a felicidade é a potencia de ação. E o que seria essa potencia de agir senão a máxima da positividade da nossa energia? Porém, fica a questão: Como conseguimos alcançar a nossa energia positiva? E mais uma vez a resposta será: Sendo quem somos de verdade. A natureza nos apresenta essa verdade todos os dias das nossas vidas. Você nunca verá uma mangueira dando como fruto um suculento morango, muito menos dedicando a sua energia nessa frustrante tentativa. Agora, imagina se essa mangueira tivesse emoções e que sentisse que quem a plantou, esperava colher morangos. Certamente, a mangueira se esforçaria para agradar o seu senhor, afinal se ele não a plantasse ela não existiria, e viveria a produzir mangas azedas para se aproximar do morango. Apesar de se tratar de uma analogia, é exatamente isso que ocorre com os seres humanos, porém não somos capazes de ver, apenas sentir, justamente como uma medida de autoproteção que vamos entender no decorrer de cada pagina desse livro, através do entendimento de cada estrutura que forma o ser humano, sendo capaz de conduzir as suas ações sem que as verdadeiras intenções sejam reveladas. Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a depressão será a principal causa de mortes no mundo inteiro até o ano de 2030, ganhando das cardiopatias e até mesmo do câncer. Durante muito tempo procurei entender o que havia em comum entre as pessoas que enfrentavam transtornos comportamentais e então encontrei uma resposta intrigante: Elas não conheciam o funcionamento da mente e do cérebro humano. Muita
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de mai. de 2023
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    Adultecer - Marcelo A. G. Muniz

    Capítulo 1

    O QUE É A MENTE HUMANA?

    Entendemos como mente humana um estado associado ao ato de pensar, uma vez que a palavra tem origem do latim méntem que significa pensar, entender, conhecer.

    É através da mente que o ser humano consegue obter informações, analisá-las, associá-las, além de tirar suas próprias conclusões. Características humanas como memória, razão, inteligência, sonhos e sentimentos, além de poder influenciar condutas de outro indivíduo, estão relacionadas diretamente com a capacidade da mente.

    A mente é a parte abstrata do existir humano. Diferente do cérebro, ela se encontra de forma impalpável, podendo apenas ser vista através da capacidade que temos em aprender e compreender o mundo.

    Apesar de abstrata, a mente exerce poder sobre o cérebro, tendo a capacidade de comandar seu funcionamento.

    Mas, não é tão simples quanto parece. Por conta da construção das estruturas cerebrais, durante o processo de maturação da mente, o cérebro já passa a armazenar memórias negativas de experiências que causam dor e ele cria, a partir disso, um mecanismo de defesa para que esse evento negativo não ocorra novamente. Isso acontece sem o desenvolvimento total da mente, fazendo com que essa proteção passe despercebida por ela e crie os traumas.

    Acontece que por conta desse mecanismo falho de defesa, o cérebro envia comandos automáticos de autoproteção para o corpo e encontra prazer em fugas compensatórias. Apesar da mente consciente não encontrar o motivo que justifique estar agindo de determinada maneira, ela não encontra um modo de combater esses comandos, gerando assim os conflitos internos.

    A mente passa a não entender o que leva o cérebro a tomar determinadas atitudes, e tenta de todas as formas evitá-las, mas sempre falhará por um simples fato: o cérebro age por medida de proteção à sobrevivência. Por isso, ele cria os gatilhos que identificam quando o perigo está próximo para poder se defender e evitar a dor novamente.

    O que acontece é que, o cérebro humano começa a se desenvolver ainda no período gestacional, fazendo com que em um determinado tempo de vida o indivíduo já seja capaz de armazenar memórias afetivas, antes mesmo das memórias visuais. Isso é possível graças a uma estrutura chamada de amígdala cortical, que se desenvolve por completo cerca do segundo ano de vida do ser humano.

    Apesar do espaço de armazenamento de registro afetivo já estar formado, a capacidade de compreensão dos sentimentos encontra-se em processo de formação. Isso faz com que o cérebro nesse período passe a criar seu modo de defesa através dos registros negativos, desenvolvendo seus gatilhos emocionais, que sempre serão disparados quando uma situação for semelhante a um evento vivenciado que precisa ser evitado.

    Para que possamos entender melhor, vamos analisar um evento muito comum em nosso cotidiano: o fato da maioria das pessoas não conseguirem defecar em um ambiente que não estejam acostumadas.

    O que acontece é que, quando estamos no período de amamentação a nossa base alimentar é o leite materno, fazendo com que as fezes tenham um cheiro forte e bem característico. Quando o adulto vai fazer o processo de higienização do bebê, por conta do odor, acaba falando e reagindo de maneira negativa, mas sem imaginar que toda a informação está sendo armazenada pela parte responsável por registros afetivos do cérebro. O bebê instintivamente é capaz de diferenciar a reação do adulto quando ele urina e quando defeca, entendendo que defecar causa mal estar nas pessoas.

    Apesar da parte relacionada ao registro afetivo estar formada, a parte racional está em processo de construção e assim que formada, será incapaz de avaliar a situação e muito menos de verbalizar o ocorrido, justamente por que o cérebro irá esconder de maneira bem profunda, esses registros constrangedores.

    Quando perguntado por que não defecar fora de casa, a pessoa simplesmente vai responder que não sabe, apesar de entender que é uma necessidade fisiológica dos seres humanos.

    O que é interessante visualizar nesse exemplo é que, assim como um simples evento nos direciona para certa limitação, há vários outros registros negativos que nos conduzem para a ponta de um penhasco e uma vez lá, apenas a mente poderá nos socorrer.

    A mente tem o poder de racionalizar esses eventos, para poder desbloquear os traumas, através das análises dos fatos. Mas, só aproximadamente a partir do sexto ano de idade é que a estrutura responsável por essa análise de dados estará formada; e a partir daí, a criança passará a enxergar o mundo através da sua mente e não através mais da mente dos seus educadores. Dessa forma, os registros negativos que foram armazenados antes do sexto ano de vida, farão parte do seu futuro como gatilhos e sequestros emocionais.

    A mente humana é uma das estruturas mais complexas e fascinantes do universo conhecido. Ela é o centro da consciência, do pensamento, da emoção e da personalidade de um indivíduo, é capaz de processar informações em uma escala incrível, armazenar memórias, aprender, raciocinar e tomar decisões.

    A mente humana se hospeda por várias partes interconectadas do cérebro, incluindo o córtex cerebral, o sistema límbico e o tronco cerebral. Cada uma dessas partes desempenha um papel importante na regulação das funções corporais e mentais.

    Uma das características mais notáveis da mente humana é a sua capacidade de adaptação e plasticidade. Ela pode se reorganizar e mudar em resposta a novas experiências e aprendizado. Essa capacidade permite que os seres humanos se adaptem a ambientes e situações diferentes e superem desafios.

    No entanto, a mente humana também é vulnerável às desordens e doenças, como a depressão, ansiedade, transtornos alimentares e transtornos de personalidade. Essas condições podem afetar negativamente o funcionamento normal da mente e levar a um sofrimento significativo.

    Sem sombra de dúvidas a mente humana é uma das coisas mais incríveis da humanidade. Ela nos permite experimentar e compreender o mundo ao nosso redor, aprender e crescer, e nos adaptar às mudanças. No entanto, a vulnerabilidade dela pode afetar negativamente a nossa qualidade de vida.

    COMO A MENTE FUNCIONA?

    O cérebro orgânico e funcional passa a se formar ainda no período gestacional enquanto a mente vai se desenvolvendo e evoluindo no decorrer da nossa vida.

    Assim que nascemos, passamos a nos adaptar ao meio externo através do nosso instinto de sobrevivência, e começamos a criar mecanismos de adaptação para que isso aconteça sempre ao nosso favor.

    Um exemplo clássico disso é quando a criança passa a se comunicar através do choro com os seus cuidadores. E, se pararmos para analisar, nós perceberemos que o choro varia a depender do desejo dela.

    É através do choro que a criança expressa suas vontades e na maioria das vezes é atendido de maneira imediata, deixando registrado na sua estrutura cerebral esse mecanismo de sobrevivência.

    No decorrer do seu desenvolvimento, os cuidadores passam a não aceitar mais essa condição imposta pela a criança. Visto que, em um determinado momento a criança já possui a capacidade de verbalizar seus desejos, mas ainda não sabe como fazer, pois, o cérebro já aprendeu a ativar automaticamente o modo que tem registrado como resposta imediata para aquele tipo de situação, no caso, o choro.

    Acontece que quando a criança entra nessa fase, ela passa a ter que desenvolver a habilidade da expressão para que seja devidamente atendida, e percebe que apenas chorar não resolverá a sua necessidade, entendendo também que ela não é mais o centro das atenções, e que é preciso lutar pela sua sobrevivência, desenvolvendo novas habilidades. Isso ocorre de maneira orgânica e instintiva.

    Quando a criança não sofre esse estímulo no exato momento em que deve desenvolver essa nova habilidade, possivelmente se tornará um adulto com resistência à regras sociais e relacionamentos, justamente por seu cérebro ter registrado um mecanismo acentuado de que as suas próprias vontades precisam ser atendidas, sem que ele precise se esforçar o bastante para que isso aconteça. Ainda que o lado consciente, mental, não concorde com essas ações.

    Até os cincos anos de idade, as crianças enxergam o mundo pelos olhos dos seus cuidadores, educadores e responsáveis. São eles que as repreendem e ensinam normas e padrões sociais que devem ser obedecidos sob a pena de castigos, caso não sejam cumpridos.

    Nesse período a mente registra as normas através do medo e da repreensão, criando os padrões que devem ser obedecidos, mesmo sem nunca ter passado por uma situação onde esses padrões devessem ser cumpridos.

    Essa parte da mente, chamada de superego, passa a registrar essas regras; e sempre que o instinto (id) tentar agir por um impulso, o superego atuará como um policial de fronteira, impedindo a passagem da vontade para a execução.

    A partir do sexto ano de vida a criança passa a ver o mundo através dos seus olhos com memórias registradas em seu armazenamento de segurança, com mecanismos de defesa, regras e normas prontas para agirem sempre que for preciso preservar sua vida e evitar a dor.

    É a partir desse momento que nascem os conflitos.

    A mente já se encontra desenvolvida para começar a analisar e se questionar sobre o que é certo ou errado. Mas, nem sempre vai existir um consentimento entre os pensamentos racionais com os registros que já se encontram enraizados para proteção.

    Por mais que o lado racional e consciente da criança pense em agir de certa maneira, o inconsciente analisará todas as lembranças negativas e perigosas que já foram vividas ou entendidas como regra e tomará uma decisão sobre a ação, gerando o sequestro emocional. O sequestro emocional é a atitude tomada pelo inconsciente antes mesmo do consciente analisar o que foi feito.

    Vale salientar que isso ocorre por mecanismo de defesa e devido a ordem cronológica da formação das estruturas cerebrais e da mente no intuito de preservar a nossa existência e evitar a dor.

    A grande maioria das pessoas passa uma vida sem ao menos saber o que existe registrado dentro delas e que muitas vezes as impedem de evoluir, criando bloqueios de segurança. E costumam chamar de destino os acontecimentos da vida, por ser mais cômodo colocar a culpa em algo inexplicável, do que tocar em fatos enraizados e que inevitavelmente trarão dor ao serem lembrados, ainda que de maneira momentânea e com intuito de ressignificá-los para o desbloqueio.

    Enquanto acreditamos, equivocadamente, que estamos enxergando a vida de maneira consciente e tomando nossas próprias decisões, a mente inconsciente está direcionando a maioria das nossas escolhas. Ou seja, estamos com o piloto automático de segurança ativado a todo instante e ele não falhará nunca.

    Precisamos entender os registros emocionais que estão enraizados em nós, para podermos ressignificá-los a

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