5º Batalhão De Engenharia De Construção

De Emanuel Marcos Cruz E Prado

No dia 16 de janeiro de 1966, um comboio inusitado partiu do Parque Depósito Central de Material de Engenharia para enfrentar os terríveis perigos da traiçoeira e desconhecida selva amazônica, numa longa marcha motorizada. Nem mesmo a fome e a sede fizeram com que se esmorecessem os seus ânimos e após 34 dias de jornadas diuturnas, maltrapilhos, febris e já amargando a angústia da saudade daqueles que deixaram para trás, adentravam na capital do Território Federal de Rondônia - Porto Velho. Estava escrita a primeira página da história da integração. A Amazônia foi durante muitos séculos a parte mais esquecida da Federação. Hoje é, a mais lembrada. Se para uns é um inferno, para outros é um paraíso de esperanças. Nesta Amazônia paradoxal, misteriosa, gigantesca e desafiadora, foi instalado no dia 26 de fevereiro de 1966, o 5º Batalhão de Engenharia de Construção, criado com a missão de integrá-lo definitivamente ao Brasil. Era um desafio e o desafio foi aceito. Ao nosso Batalhão foi confiada essa tarefa de gigantes. A cada um de nós foi dada essa oportunidade ímpar de transformar em atos, em obras concretas, as palavras que tantas vezes ouvimos e pronunciamos sobre a necessidade inadiável de integrar definitivamente a Amazônia à comunidade nacional. Coube-nos a honrosa missão de substituir a sonoridade e a beleza do verbo pelo silêncio da ação profícua e positiva. Deus nos dê a fortaleza de ânimo e a estatura moral para enfrentarmos a magnitude de nossas tarefas. Temos plena consciência do nosso papel neste imenso país: nossos antepassados legaram-nos os seus magníficos exemplos; nossos contemporâneos não esmoreceram e nossos filhos nos contemplam confiantes. Sabemos que há algo muito importante a ser feito; algo sólido e que influirá profundamente no futuro da Amazônia e do Brasil; mas será alguma coisa que, uma vez concluída, dará a cada um de nós, no fim da vida, o direito de dizer, com o mais justo, o mais puro e mais tranqüilo orgulho: EU NÃO VIVI EM VÃO!. (Palavras do Cel Carlos Aloísio Weber - 1º Cmt do 5º BEC - em suas palavras iniciais no 1º Boletim Interno).

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 18 de jun. de 2021

Pré-visualização do livro

EXÉRCITO BRASILEIRO

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

(BATALHÃO CEL CARLOS ALOISYO WEBER)

NÃO VIVEMOS EM VÃO

1ª EDIÇÃO - 2021

1

EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO

2

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

DEDICATÓRIA

"AO ACENDERMOS A LUZ ATÉ A MAIS

DENSA ESCURIDÃO SE EXTINGUE"

3

EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida por qualquer forma e ou quaisquer meios eletrônicos ou mecânico, incluindo fotocópia ou gravação ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor.

Revisão de originais – capa – diagramação: Emanuel Marcos Cruz e Prado

Endereço eletrônico [e-mail]

Este livro encontra-se no site do clube de autores Como adquirir o livro;

basta procurar pelo nome do autor – Emanuel Prado ou da obra 5º Batalhão de Engenharia de Construção.

PRADO – Emanuel Marcos Cruz e

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

Histórico da unidade de engenharia militar de Construção e as principais atividades desenvolvidas desde sua criação em 1966.

ISBN –978-65-00

LAGES SC – 2021 – 1ª EDIÇÃO

4

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

(BATALHÃO CEL CARLOS ALOISYO WEBER) 5

EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO

6

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

INTRODUÇÃO

No dia 16 de janeiro de 1966, um comboio inusitado partiu do Parque Depósito Central de Material de Engenharia para enfrentar os terríveis perigos da traiçoeira e desconhecida selva amazônica, numa longa marcha motorizada.

Nem mesmo a fome e a sede fizeram com que se esmorecessem os seus ânimos e após 34 dias de jornadas diuturnas, maltrapilhos, febris e já amargando a angústia da saudade daqueles que deixaram para trás, adentravam na capital do Território Federal de Rondônia - Porto Velho.

Estava escrita a primeira página da história da integração. A Amazônia foi durante muitos séculos a parte mais esquecida da Federação.

Hoje é, a mais lembrada. Se para uns é um inferno, para outros é um paraíso de esperanças.

Nesta Amazônia paradoxal, misteriosa, gigantesca e desafiadora, foi instalado no dia 26 de fevereiro de 1966, o 5º

Batalhão de Engenharia de Construção, criado com a missão de integrá-lo definitivamente ao Brasil. Era um desafio e o desafio foi aceito.

7

EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO

" Ao nosso Batalhão foi confiada essa tarefa de gigantes. A cada um de nós foi dada essa oportunidade ímpar de transformar em atos, em obras concretas, as palavras que tantas vezes ouvimos e pronunciamos sobre a necessidade inadiável de integrar definitivamente a Amazônia à comunidade nacional.

Coube-nos a honrosa missão de substituir a sonoridade e a beleza do verbo pelo silêncio da ação profícua e positiva. Deus nos dê a fortaleza de ânimo e a estatura moral para enfrentarmos a magnitude de nossas tarefas.

Temos plena consciência do nosso papel neste imenso país: nossos antepassados legaram-nos os seus magníficos exemplos; nossos contemporâneos não esmoreceram e nossos filhos nos contemplam confiantes.

Sabemos que há algo muito importante a ser feito; algo sólido e que influirá profundamente no futuro da Amazônia e do Brasil; mas será alguma coisa que, uma vez concluída, dará a cada um de nós, no fim da vida, o direito de dizer, com o mais justo, o mais puro e mais tranqüilo orgulho: EU NÃO VIVI EM VÃO! ."

(Palavras do Cel Carlos Aloísio Weber - 1º Cmt do 5º BEC -

em suas palavras iniciais no 1º Boletim Interno).

8

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

DEDICATÓRIA

Dedico este livro ao Exmo Sr Jair Messias Bolsonaro –

Presidente da República do Brasil, ao Gen Bda Benjamin Constant, articulador da República, ao Tenente Coronel João Carlos de Vilagran Cabrita, patrono da Arma de Engenharia, ao Marechal Fernando Setembrino de Carvalho, Ministro da Guerra nos anos de 1922 a 1925, ao Marechal Candido Mariano da Silva Rondon, ao Gen Ex Rodrigo Otávio Jordão Ramos, ao Marechal Juarez Távora, ao Gen Ex Henrique Baptista Duffles Teixeira Lott, ao Cel Carlos Aloísio Weber - 1º Cmt do 5º BEC e tantos outros personagens militares oriundos da arma de engenharia.

9

EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO

10

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

ÍNDICE

CAP

TÍTULO

PG

INDICE

11

1

AMPARO LEGAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA ENG

13

MILITAR

2

A ORIGEM DA ENGENHARIA MILITAR DE CONSTRUÇÃO

17

3

EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA MILITAR AO LONGO DO

25

TEMPO

4

HISTÓRICO DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E

33

CONSTRUÇÃO

5

O NOME HISTÓRICO DO DEPARTAMENTO DE ENG E

39

CONSTRUÇÃO

6

HISTÓRICO DA DIRETORIA DE OBRAS DE COOPERAÇÃO

43

7

ANTECEDENTES DA ENGENHARIA MILITAR NO NORDESTE

47

8

CRIAÇÃO E INSTALAÇÃO DO 1º GRUPAMENTO DE

51

ENGENHARIA

9

TRANSFERÊNCIAS

DE

SEDE

DOS

BATALHÕES

DE

55

ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO.

10

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

57

11

CRIAÇÃO DO 3º GRUPAMENTO DE ENGENHARIA 95

12

CRIAÇÃO DO 4º GRUPAMENTO DE ENGENHARIA 97

13

CRIAÇÃO DO 5º GRUPAMENTO DE ENGENHARIA 101

14

HITÓRICO DAS COMISSÕES DE CNST DE ESTRADAS DE

103

RODAGEM

BIBLIOGRAFIA

117

CONCLUSÃO

119

11

EMANUEL MARCOS CRUZ E PRADO

12

5º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO

CAPÍTULO 1

AMPARO LEGAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA ENGENHARIA MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO

A Política de Defesa Nacional voltada para ameaças externas tem por finalidade fixar os objetivos para a defesa da Nação, bem como orientar o preparo e o emprego da capacitação nacional em todos os níveis e esferas de poder, com envolvimento dos setores civil e militar.

Há mais de um século sem se envolver em conflito com seus vizinhos,