Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Rotas De Fuga
Rotas De Fuga
Rotas De Fuga
E-book59 páginas43 minutos

Rotas De Fuga

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Uma mãe desesperada no metrô, um trabalhador agredido no caminho de casa, uma vendedora dando tudo de si para fechar um negócio, o filho que tenta vender o único bem da família, um carro velho, todos em busca de um caminho de saída, uma chance de fuga, nem uma vida melhor, mas apenas viver, não sobreviver. Os textos flertam com um fantástico discreto, e são ligeiramente interconectados, criando uma trama invisível aos personagens, como são muitas das tramas que vivemos sem nos dar conta. Aquele estranho ao seu lado no metrô, aquela pessoa que você fecha no trânsito, rostos que podem ter muito mais relação com você, que você imagina.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de jan. de 2017
Rotas De Fuga

Relacionado a Rotas De Fuga

Ebooks relacionados

Ficção Geral para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Rotas De Fuga

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Rotas De Fuga - Emanuel Campos

    Author
    Emanuel Campos
    Editor
    Emanuel Campos

    Copyright © 2013 Luiz Emanuel Simette de Mello Campos

    Campos, Emanuel

    Rotas de fuga. - 1a ed. - Buenos Aires : Delearte Emcampos, 2013.

    53 p. ; 105x148 cm.

    ISBN 978-987-27142-5-3

    1. Narrativa . I. Título

    CDD 863

    Fecha de catalogación: 02/10/2013

    Prefácio

    Estou desesperado! Preciso provocar algo, alguém! Quero seu ódio, quero sua repulsa! Quero ver sangue, cancro, ranço, catarro e pus. Quero ser Augusto dos Anjos. Quero ser O Grito, e andar às voltas com escritores do cenário nacional. Estou mais deprimido e com grande vontade de chocar. Boêmia, depravação, bebida e pouca vergonha. Fazer de meu texto uma semana de 22 em mil toques! Busco em sua boca aberta sua vaia, sua revolta e, quem sabe, seu desprezo, mas não a abra se aproxime demais ou eu a escarro! 

    Viro-me à sociedade em que vivo, e que me dá o inevitável desejo de também ser fera, consumir, consumismo, consumido! Quero chocá-los! Mas as revistas estão aí! Bundas! Peitos! Vaginas! Pênis! Ejaculação! Gozo! Orgasmo! Palavra mágica que motivou hippies está hoje ao lado de orgia e próximo a… orvalho! Maldito dicionário! Mas que caralho! Mulheres nuas por todo lado! Como chocá-los? 

    A sociedade, em meio à liberação sexual, privatização estatal e libertinagem moral, não se incomoda mais com bocetas e paus em riste. Ah, mas minha mente profana e motivada pelos anseios do choque trabalha rápida e exige sexo no horário nobre! Mas hoje tudo pode! E até já existe! 

    Parece que entre depravados e ateus, padres pedófilos (e psicólogos), palhaços assaltantes de farol e políticos, que nunca na história do homem foram grande coisa, nada mais nos choca. Vivemos tamanhas libertinagem que a mais chocante das obras nos gera afasia! Revolta mesmo, só com o valor do passe de metrô! Está bem, eu desisto! Se não me junto às grandes mentes por minhas obras, me junto com minha morte. Esperem por mim, logo um motoboy me pega na calçada e nos vemos, onde quer que seja, desde que tenha jazz e baralho, talvez sexo… 

    Quero chocá-los, mas tudo que consigo é um plágio barato de uma música de Arnaldo Antunes. Acabo soando chato, repetitivo, previsível e risível. Choque? Eu quis chocar e acabo chocado, com uma sociedade de depravados. Seus mal-educados! 

    Dizem por aí

    Dizem por aí que releituras de velhas músicas nunca ficam boas, mas Joe Cocker se consagrou com a regravação de Beatles, não foi? Foi com With a little help from my friends; aos que não sabem, música tema do seriado Anos Incríveis, do Kevin Arnold e suas aventuras. 

    Dizem por aí que as continuações são sempre muito piores do que os primeiros filmes. Apesar de Mais velozes e mais furiosos ser realmente lamentável, não era lá grande coisa o primeiro, não? E o que dizer quanto a Gremlings, cujo segundo filme ficou muito melhor do que o primeiro? Ok, ok, houve uma mudança de foco: enquanto o primeiro era horror, o segundo foi um horrir, uma comédia com sustos; se é que há sustos, já não lembro tão bem..., mas o fato é que existem sim as continuações iguais ou melhores do que os primeiros filmes. Eu mesmo adoro por igual qualquer filme Máquina Mortífera. Os últimos apenas têm a vantagem do orçamento mais largo e de mais recursos para efeitos especiais, mas todos os quatro são igualmente bons. 

    Dizem por aí que os livros são sempre melhores (e muito) do que os filmes. Tem lá sua verdade já que cada um interpreta uma história diferente a partir do mesmo livro, e o filme é sempre uma visão unilateral de um imenso contexto e diferentes interpretações, mas sabem de uma coisa? Ainda não conheci quem diga que

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1