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A Penumbra Das Trevas
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E-book80 páginas1 hora

A Penumbra Das Trevas

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Sobre este e-book

A penumbra das trevas é um livro de contos que aborda inúmeros assuntos relacionados ao cotidiano do ser humano, bem como aspectos que condizem ao seu eu e à sua existência, levando o leitor a pensar no sentido da vida e nas suas próprias necessidades.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de set. de 2020
A Penumbra Das Trevas

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    A Penumbra Das Trevas - Marco Cardoso

    A penumbra

    das trevas

    Marco Cardoso

    https://twitter.com/MarcoCardoso197

    https://www.instagram.com/marco_cardoso_prof_escritor/

    https://www.facebook.com/marco.cardoso.9250/

    Não é permitida a cópia parcial e/ou total desta obra sem a devida permissão do autor, bem como sua distribuição.

    Esta obra está registrada no serviço de certificação de documentos em Blockchain pela OriginalMy.

    1ª edição – Setembro de 2020

    Capa, revisão e organização: Marco Cardoso

    ___________________

    Cardoso, Marco

    A penumbra das trevas / Marco Cardoso – Teresina, PI: 2020

    Editora UICLAP, 2020.

    ISBN 978-65-00-13244-1

    1. Literatura brasileira – Conto ficcional I. Título

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço ao caro (a) leitor (a) pela aquisição deste livro torcendo para que este possa ser muito útil e proveitoso em sua leitura. Agradeço também a todos aqueles que, de alguma forma, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho. Agradeço a Deus acima de tudo.

    Dedico esta obra à minha família, esposa, parentes, mestres e amigos.

    Marco Cardoso

                          A carona

    Numa noite de céu limpo e bastante estrelado, Dim dirigia seu Mustang de potência avassaladora na autoestrada que dava caminho ao seu destino. O prodigioso motorista é um rapaz de vinte e poucos anos, não só inteligente como também esperto e cheio de vida, um verdadeiro amante de carros. Tinha como profissão a de mecânico automobilístico, como não poderia deixar de ser.

    Enquanto guiava seu potente veículo, ouvia prazerosamente o bom e velho Rock and Roll da banda  britânica Black Sabbath. Ao som de Paranoid, capitaneava sua nave despreocupadamente até pegar uma dessas longas retas da rodovia, deparando-se com uma moça que pedia carona, por sinal muito bonita. Ela usava um vestido curto de cor negra, explicitando toda sua beleza em suas formas estonteantes. O viajante não pensou duas vezes e logo tratou de parar seu belo e invejável possante.

    – Precisa de carona? - perguntou o rapaz, mesmo sem necessitar, já que não sabia o que dizer naquele momento.

    – Sim! Visitarei minha família - responde delicadamente a jovem de preto.

    – Eles moram muito longe?

    – Na verdade, não!

    – Onde fica?

    – No próximo rancho, a mais ou menos oito quilômetros daqui. - responde a moça, de maneira bastante convicta.

    – Então entre, pois eu a levarei.

    – Obrigada! - agradece com um curto gracejo.

    A jovem, cujo vestido preto reverberava o brilho da lua, entrou imediatamente no carro, partindo este em seguida. Nos primeiros quinze segundos, após o condutor do veículo desligar o MP3, findando assim a música, eles ficaram em absoluto silêncio, interrompido apenas com uma básica pergunta:

    – Como você se chama? - inicia a linda carona.

    – Meu nome é Dim, e o seu?

    – Cíntia.

    – Prazer em conhecê-la!

    – Igualmente!

    – A senhorita mora por aqui?

    – Sim, aqui perto - responde Cíntia, com seu ar de simplicidade.

    – Por favor, não precisa me chamar de senhorita, pode me chamar de você.

    – Tudo bem! - exclama Dim, fazendo outra pergunta seguidamente: – Você costuma visitar sua família?

    – Sempre que posso.

    – Mas a esta hora, e nesta estrada tão deserta e escura? Você não tem medo?

    – Já estou acostumada. - respondeu com seu sorriso encantador, olhando diretamente para o mancebo.

    Dim achou um pouco estranho, mas não ligou muito, já que Cíntia morava a poucos quilômetros de seus entes.

    – E você, Dim, qual é o destino de sua viagem?

    – Estou a caminho do sul. Irei passar o dia de Ação de Graças com os meus pais.

    – Ah, então você também está indo visitar sua família.

    – Sim, estou indo sim.

    – Você é de lá?

    – Sim, mas eu me mudei ao terminar o secundário, vindo morar por essas bandas da região norte, após arrumar trabalho em uma retífica de autos.

    – Ah, então você é mecânico?

    – Isso mesmo! Eu fiz o curso técnico de mecânica de automóveis ao mesmo tempo em que fiz o secundário. Depois que eu me formei, trabalhei algum tempo como empregado e posteriormente montei minha própria oficina.

    – Puxa, que legal! Espero que você tenha muito sucesso com o seu negócio.

    – Muito obrigado! - agradeceu orgulhosamente o mecânico.

    – Mas que frio está fazendo, não é mesmo?! - diz a moça de veste negra, fechando e esfregando sucessivamente os braços na tentativa de se aquecer.

    – Aí atrás tem uma jaqueta. Se quiser, pode vesti-la. 

    – E vou mesmo, pois estou precisando, o meu corpo está gelado.

    – É... A temperatura caiu bastante e parece que cairá ainda mais - profetizou Dim.

    – E você, Cíntia, o que faz?

    – Eu sou guardiã.

    – Guardiã?!

    – Sim! Eu tomo conta de minha família.

    O jovem não compreendeu direito, mas ficou a entender que os familiares de Cíntia careciam de seus cuidados, e antes mesmo de perguntar alguma outra coisa, a bela carona apontou para frente com o seu pequeno dedo indicador.

    – Olhe, é ali que minha família vive.

    – Naquele pequeno rancho?

    – Sim, é ali mesmo!

    – Onde você deseja que eu pare o carro?

    – Por favor, pare em frente à porteira! - responde Cíntia, ajeitando sua admirável vestimenta.

    No local indicado, o motorista parou seu incrível automóvel e diminuiu seus reluzentes faróis sem desligar o motor, cujos cavalos deixam qualquer pangaré para trás. Seu orgulho pela máquina era perceptível à distância.

    – Sinceramente, não sei como agradecer, Dim.

    Como não poderia deixar essa oportunidade passar em branco, o rapaz resolve jogar todo o seu charme de galã conquistador.

    – Bom, é só me dar o prazer de revê-la.

    Acostumada a ser paquerada, Cíntia percebeu, pelo tom suave da voz de seu candidato a Don Juan, o interesse pela sua pessoa; todavia, permaneceu em sua posição de mulher decidida e neutra em relação ao galanteio do simpático moço.

    – Desculpe-me, mas eu acho que não será possível,

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