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Os Paralelos Do Universo
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E-book264 páginas3 horas

Os Paralelos Do Universo

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Sobre este e-book

Muitos leitores espíritas tem se debruçado em uma vertente específica da Doutrina dos Espíritos, quer seja Filosofia, Religião ou Ciência, contudo, o lado científico tem um foco voltado mais claramente as manifestações espíritas, deixando de lado as relações entre as descobertas Científicas e os ensinamentos da Doutrina. Este Livro foca na relação direta entre Ciência e suas conexões com os ensinos espíritas, haja vista, que tudo é obra de Deus e se interligam continuamente. Dentre muitas relações de análises, vemos também como se dá a Evolução do átomo pelo Princípio Inteligente até a formação do Ser Humano. Este é um estudo Aprofundado, detalhando questões nunca vista sob essa ótica, sempre embasado na ciência e nas informações da Doutrina. O autor é Engenheiro e formado em Física pela Universidade Federal do Ceará, com pós-graduação em educação, pesquisador espírita há mais de 25 anos e desenvolve trabalhos e orientações em centros de estudos espíritas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de ago. de 2022
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    Os Paralelos Do Universo - Louis Pasteur S. L. Esmeraldo

    INTRODUÇÃO

    Com o advento do espiritismo, uma revolução de informações veio quebrar paradigmas, destruir conceitos errados sobre a criação da natureza, e sua relação com o Homem e todos os seres vivos que interagem e coparticipam suas existências.

    O que nos chama a atenção é o cabedal de informações que sedimentam nossos corações a ter certeza de que tudo se baseia em fatos reais, em circunstâncias coerentes, em leis invariáveis.

    É natural que o ser humano busque com desconfiança, uma forma de rejeitar fatos novos, é também natural que não queiramos mudar aquilo que já se estabeleceu, por longo tempo, como verdade, mas é importante que possamos analisar as possibilidades que se apresentam.

    Por esta razão as dúvidas que se conflitam entre a realidade física e a realidade espiritual, torna impossível se arranjar modelações que as unam, sem ajustar os pontos coerentes entre as duas correntes de pensamentos, religiosos e científicos.

    Quando a ciência nos demonstra que as partículas subatômicas têm se desmembrado em dimensões que a imaginação ainda não nos permite prever, e que as leis físicas que o homem já conseguiu comprovar, nos mais variados campos da ciência, se demonstram estáveis em suas aplicações, assim como o que a arqueologia e a paleontologia nos devolvem de informações do pretérito histórico, que caracteriza a evolução dos seres em uma sequência geneticamente comprovável, em comparação com o que as religiões demonstram através dos escritos Bíblicos, queremos analisar, os pontos convergentes e divergentes entre o real e o imaginário simbólico.

    Como podemos associar as informações científicas, derivadas dos estudos das leis naturais, com as descrições filosóficas e ensinamentos religiosos catequisados milenarmente?

    Nossa tarefa é procurar analisar os fatos, dentro daquilo que já se descobriu na ciência, comparando com o conjunto diverso da criação, em suas formas possíveis de entendimento, pelo contexto dos vários estudos já apresentados por muitos pesquisadores, não só do conceito espírita, mas também científico.

    Como as palavras sábias de Einstein, Você não pode provar uma definição. O que você pode fazer é mostrar que ela faz sentido, e é desta forma que deveremos compreender o estudo comparativo entre as várias correntes de pensamento, isso porquê, a verdade se ajusta sempre com o evoluir do conhecimento.

    Em vista da dualidade espírito matéria, interessa-nos saber como é possível a existência de uma matéria compacta e visível, e outra de natureza diversa à nossa, sem que a possamos percebê-la, chamada matéria espiritual.

    Diversos fatores que abarcam as duas correntes de pensamentos, devem favorecer uma coesão de conceitos que justifique reformular ideias, com o propósito positivo de melhorarmos nossa percepção humana da Divindade em conecção com a Ciência.

    Consideramos, portanto, que sejam promissoras as formulações que aqui propomos efetuar, com vistas a esclarecer e melhorar, o que tem um único arranjo, pois que, religião e ciência não são coisas distintas, mas lados diferentes de se ver a mesma coisa.

    1º PARTE

    Fundamentos da Evolução Histórica

    A fase preliminar do desenvolvimento deste estudo pode parecer repetitiva para quem está habituado com as coisas da ciência, nos aspectos técnicos, históricos, matemáticos, o que pode parecer um processo desestimulante para leitura, notadamente para quem a compreende de forma diversa da exposta aqui.

    Ressaltamos para o leitor o fato de a leitura desta parte não ser imprescindível, mas convém sabermos que a evolução do conhecimento tem se estruturado numa sequência de fatos que se complementam e, ao longo do tempo, com o advento de novos pensadores que se diferenciaram dos demais, as ampliaram e acrescentaram ideias significantes e inovadoras.

    Mesmo considerando que não venhas a compreender todos os seus detalhes, a sua visualização é importante para a compreensão do conjunto de ideias que serão desenvolvidas, isto porque, todos eles se ligam continuamente pelos textos que os precederam.

    Uma História de Descobertas

    Historicamente a evolução do conhecimento passou por diversos estágios, que vão desde a descrição filosófica das eras gregas ao gradual processo de descobertas que se associaram cumulativamente pelos tempos. Toda a materialidade da qual faz parte o nosso planeta, foi talvez a mais instigante fonte de curiosidade científica, que perdura ainda hoje, como elemento de análise do homem.

    Os homens de ciência são dotados de uma peculiar característica que os diferenciam dos demais pela abnegação e obstinação com que se dedicam a descobrir as coisas que lhes movem a curiosidade. São criaturas que, parecem não ter outra finalidade na vida, senão tentar descobrir aquilo que os impulsionam para além do conhecido. São estudiosos, que se fizeram presentes nesse planeta, para dar continuidade à ciência, para fazer progredir o conhecimento, para difundir, em etapas sucessivas e continuadas, as descobertas científicas, fomentando o desenvolvimento e o progresso.

    A ciência é um conjunto complexo de muitas ramificações, que infunde em muitos seres a ânsia do saber em vastos campos de estudo, mas de todos eles, o que nos traz aqui, são os que se vinculam a constituição da matéria, que forma o planeta e o universo.

    Os fenômenos físicos intrigam os homens desde eras remotas, e isto se vê, quando se leem escritos da história, relatando fatos como o de Thales de Mileto (580 - 546 A.C.), que afirmava que o imã e o âmbar possuíam alma, porque podiam atrair coisas. Demócrito já descrevia, nos séculos V e IV a C, que a matéria era formada por partículas elementares indivisíveis e moveis, que unidas formavam toda a estrutura da Terra.

    Fenômenos outros, como o magnetismo, com força de atração de partículas materiais, era algo somente conhecido através da magnetita, elemento mineral que continha o poder de atrair os metais ferrosos.

    Por muito tempo se viveu com esses enigmas sem conhecê-los, e os chineses, no século XI, foram quem primeiro utilizaram os poderes mágicos da magnetita, como indicador de direção para as navegações marítimas.

    Foi somente quando o médico particular da Rainha Elizabeth I, o inglês William Gilbert (1544-1603), desenvolveu teorias sobre os corpos magnéticos polarizados e as atrações elétricas, que se principiou um despontar científico das forças magnéticas, até então, desconhecidas na sua origem, abrindo campos para novas descobertas.

    As revelações históricas da ciência seguem ocorrências que se subordinam unas às outras, fazendo com que, pouco a pouco, se desvendem mistérios, e se encontrem soluções para fenômenos desconhecidos que só se aclararam lentamente, com o passar do tempo e o amadurecimento da compreensão dos fatos.

    Cientistas conhecidos daquela época trabalharam profundamente o entendimento das coisas físicas como Galileu Galilei (1564-1642) e Isaac Newton (1642 -1727), que desenvolveram conhecimentos importantes no campo da mecânica, da ótica, da astronomia, que serviram como fundamentos de uma sequência de descobertas.

    A análise que procuramos fazer destas descobertas recai na época em que houve grande eflúvio de incidências e onde mais se destacaram seus efeitos.

    Foi nesse período que, Benjamim Franklin (1706 - 1790), através de muitas experiências, pesquisando os raios e os fenômenos elétricos, acreditando que todos os corpos possuíam um fluido elétrico, que podia se transportar para outros corpos, desenvolveu um mecanismo de condução elétrica chamado para-raios. Já buscando aí, canalizar elementos eletrônicos por condução, nas primeiras vivências do homem com corpúsculos de energias desconhecidas.

    Era, pois, um princípio no desvendar dos mistérios da natureza material, quando então o engenheiro militar Charles Augustin de Coulomb (1736-1806), desenvolveu uma série de experimentações, elaborando a lei da carga elétrica, permitindo ao homem, a compreensão que resulta da atração das forças eletrônicas. Passou-se a descobrir que a magnetita não era o único corpo a atrair outros corpos.

    Mas, o homem de ciência parecia fascinado com o horizonte de possibilidades e foi assim que, em uma das muitas experiências do cientista inglês William Crookes (1832-1919), veio a descobriu os raios catódicos, concluindo que estes possuíam carga elétrica negativa e massa, iniciando o primeiro encontro com as partículas atômicas, através da "ampola de Crookes", posteriormente modelado como tubos de Televisão.

    Parecia não ter fim à curiosidade, quando então, novas fases de pesquisas se fizeram acontecer, levadas avante pelo físico Inglês Joseph John Thomson (1856-1940), descobrindo que os raios catódicos eram partículas carregadas de energia, que ficaram conhecidas por elétrons.

    Nem todos os pesquisadores seguiram os mesmos caminhos, muitos deles, buscavam as indagações no próprio ambiente da natureza, na diversidade de materiais constitutivos da matéria.

    Esta foi à busca do cientista inglês John Dalton (1766-1844). Para ele, as substâncias eram compostas de elementos pequeníssimos e indivisíveis, mais cada uma, dotada de estrutura e dimensões diferentes, que se combinavam entre si para formarem as substâncias ou compostos químicos. Conseguiu analisar os componentes químicos do ar, da água, conhecendo o oxigênio, o nitrogênio, o gás carbônico dentre outros componentes. Surgia o princípio da química bem fundamentada nas descobertas de Dalton.

    As décadas foram se passando, e o homem amadurecia cada vez mais à ideia da matéria divisível. Foram épocas de muitas descobertas, trazidas a efeito por: André-Marie Ampère (1775 -1836), como um dos fundadores do eletromagnetismo; por Alexandre Volta (1745 -1827), na descoberta da pilha; por George Simon Ohm (1787 -1854), apresentando a lei sobre a resistência dos condutores elétricos; por Michael Faraday (1791 -1867), estabelecendo a indução eletromagnética usada nos motores elétricos.

    Foi um caminhar difícil, muitas cabeças pensaram, descobriram e desenvolveram coisas. Períodos longos na história de homens que se sucederam, nos mesmos caminhos ou nos mesmos propósitos.

    Todavia, os fundamentos desta matéria não estavam de todo esclarecidos, e foi assim, que nas buscas do físico Eugen Goldstein (1850-1931), se descobriu o primeiro elemento nuclear denominado próton, seguido posteriormente, pelo Inglês James Chadwick (1891-1974), descobrindo o nêutron, através dos bombardeios com partículas alfa; estava fechado o primeiro círculo atômico, ficando, desta forma, desfeita a teoria da indivisibilidade do átomo.

    A partir de então, surgiu uma nova fase, e novas experiências foram efetuadas por Ernest Rutherford (1871-1937), que ampliando significativamente as pesquisas em radiações, serviram estas, para uma grande descoberta, a de que os átomos são quase totalmente vazios, pois as partículas da radiação alfa os atravessavam quase sem encontrar obstáculo. Isto convenceu Rutherford, a formular um novo modelo atômico, semelhante ao sistema solar:

    O Inglês Ernest Rutherford, em 1906, estabeleceu que os átomos são compostos por um núcleo ao redor do qual giram outras partículas onde segundo este modelo o núcleo podia ser comparado ao Sol e os elétrons aos planetas. Embora refutado pelo físico Francês Louis de Broglie na transformação desta ideia para o efeito onda partícula, que não está bem esclarecido este modelo por não permitir uma definição da realidade, vinculada ao fluido por onde transita. (Feltre, Ricardo, Quimica Geral, 2008, Moderna )

    Foi então, que um dos físicos mais influentes do seu tempo, postulou a teoria dos estados estacionários de energia, para os níveis eletrônicos. Baseando-se em experiências com o espectro de emissão do hidrogênio, definiu um número quântico para caracterizar cada estado eletrônico. Era, pois, o dinamarquês Niels David Bohr (1885-1962), que estabeleceu os níveis quânticos de energia até hoje utilizados.

    Sucederam-lhe outros que acompanharam o desenvolvimento cientifico com grandes contribuições para a humanidade, como a do físico Alemão Albert Einstein (1879-1955), que se destacou entre tantas contribuições, com a teoria da relatividade geral e restrita. Porém, a contribuição mais significativa de Einstein para a humanidade, em relação à estrutura da matéria, foi a de que a massa é uma energia condensada, que pode se transforma em partícula e vice-versa, ou seja, toda a estrutura material existente no cosmo é um agregado de energia transformada em matéria e que pode ser revertida em energia.

    Ao descrevermos todos esses eventos, aparentemente aleatórios, embora sequenciados e encadeados, percebe-se que tiveram uma evolução advinda circunstancialmente vinculada a existência das pessoas, cientistas, que as produziram.

    Isso nos leva ao contraponto que nos permite perguntar: Porque pessoas específicas estiveram em cada tempo, executando uma tarefa única e valiosa para a evolução do pensamento humano, através da ciência?

    E a seu turno, nada que demonstrasse na coletividade geral, que se tratava de uma espécie nova, nascente de seres diferentes, mais evoluídos, que caracterizariam uma nova geração de seres a se propagar pelo futuro.

    O que se percebeu, pelo contrário, foi que eram criaturas pontuais, que nasceram especificamente com um propósito, que não se espalhavam pelas gerações seguintes, nem se diversificavam pela coletividade geral.

    Este contraponto permite engrenarmos as ideias da evolução da ciência com a evolução do espírito, especificamente as que nos foram oferecidas pela Doutrina dos Espíritos.

    Segundo a afirmativa dos espíritos, todos esses cientistas foram missionários enviados ao mundo para ajudar-nos na evolução geral, conforme está posto na leitura do texto:

    A Ciência de todos os séculos está cheia de apóstolos e missionários. Todos eles foram inspirados ao seu tempo, refletindo a claridade das Alturas, que as experiências do Infinito lhes imprimiram na memória espiritual, e exteriorizando os defeitos e concepções da época em que viveram, na feição humana de sua personalidade. Na sua condição de operários do progresso universal, foram portadores de revelações gradativas, no domínio dos conhecimentos superiores da Humanidade. (Xavier & Emmanuel, A Caminho da Luz, 1995).

    Há, pois, a necessidade de enveredarmos para o que monstra a realidade, o acontecido, quando a verdadeira fonte do conhecimento demonstra que as ocorrências do mundo físico tem ligação direta com as vertentes espirituais.

    Os Elementos e suas Associações

    Dando continuidade ao progresso da ciência, que nos fizeram evoluir no conhecimento, vemos que, um grande avanço estabeleceu novas diretrizes para a compreensão do mundo, e com o propósito de melhor ativar a nossa visão, me proponho a falar dos elementos químicos que compõem o nosso sistema, estabelecendo suas ligações com as estruturas da vida.

    Com o conhecimento mais aprofundado dos elementos químicos, foi estabelecida a Lei periódica ou lei de Moseley (Henry Moseley, – 1887- 1915) com a formação da tabela periódica.

    Para a química é fundamental o estudo baseado no conhecimento do próton, nêutron e elétron e desta forma discorrer sobre as partículas atômicas fundamentais, como sendo estas, "elementos definidos como a espécies mais simples de substância e que não podem ser convertidos em substâncias mais simples por transformações químicas". Isto nos permite verificar que para o nosso plano material, as partículas presentes na tabela periódica são a base mais simples de onde se estabelecem os princípios de formação de todos os outros compostos moleculares orgânicos ou inorgânicos do planeta.

    Em sua formação básica a tabela periódica nos dá a conhecer uma faixa de 105 elementos químicos, cada um, constituído por uma espécie diferente de átomo e 92 deles, tem formação natural e o restante são concepções sintetizadas do homem.

    Cada um desses elementos básicos tem entre si uma diferença comum que é o número de partículas do núcleo (prótons e nêutrons) e os números de elétrons em níveis diferentes de energia.

    O elemento mais simples descoberto pela química é o Hidrogênio; o segundo é o Hélio e na sequência, variando o número cumulativamente de prótons, nêutrons e elétrons, os elementos se modificam gradualmente até comporem os 92 elementos naturais, conhecidos da tabela periódica.

    Sobre a formação dos elementos químicos, vemos que a partir dos elementos básicos da tabela periódica, associados entre si por ligações mútuas, de acordo com o equilíbrio das forças iônicas, covalentes ou metálicas, estes formam, com esta associação, as moléculas que conhecemos, como os ácidos, sais, óxidos, metais e suas variações, que derivam irremediavelmente das ligações dos átomos primitivos.

    As moléculas e células que formam a estrutura orgânica dos seres vivos são compostas da união organizada desses elementos químicos, a partir dos átomos descritos na tabela periódica, com toda a sua gama de variações e combinações.

    Para este assunto é bastante que compreendamos o princípio da existência do nosso universo material a partir das estruturas compostas por estes elementos primários, que são na verdade a base que sedimenta toda a nossa estrutura física. A vida na concepção espiritualista não pode se formar apenas de matéria, pois esta deriva de um plano mais sutil que lhes dá o apoio.

    Nesse sentido, já no século dezenove, o Químico Sueco Jöns

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