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Ayahuasca E Psilocibina, 2a Edição
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Ayahuasca E Psilocibina, 2a Edição
E-book71 páginas55 minutos

Ayahuasca E Psilocibina, 2a Edição

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Sobre este e-book

Este livro apresenta um resumo das pesquisas científicas mais recentes sobre o uso ritualístico e responsável de medicinas como Ayahuasca e Psilocibina. Estas medicinas, que fazem parte do seleto grupo dos psicodélicos serotoninérgicos clássicos, possuem grande potencial terapêutico (como no tratamento de ansiedade e depressão), de melhoria da coesão social e familiar e também em despertar a espiritualidade latente em cada um. O livro enfatiza a importância das tradições ayahuasqueiras sérias e éticas, que fornecem um ambiente seguro e protegido para que os praticantes possam obter um crescimento pessoal com estas medicinas. (Esta segunda edição possui 2 novos ensaios e algumas atualizações de conteúdos)
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de jan. de 2023
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    Ayahuasca E Psilocibina, 2a Edição - Michael Fanhofmann

    Ayahuasca

    e psilocibina

    Ensaios sobre ciência, legislação, sociedade, espiritualidade e terapias psicodélicas

    Michael Fanhofmann

    2a edição

    Rio de Janeiro

    2023

    Copyright © 2023  Michael Fanhofmann

    Todos os direitos reservados.

    2a Edição

    ISBN: 978-65-00-60324-8

    Ficha Catalográfica feita pelo autor

    À minha esposa, à minha madrinha e ao Babá.


    Introdução

    A primeira vez que ouvi um relato em primeira pessoa de uma frequentadora do Daime foi em 2011. Estava de férias com minha esposa e conversava com uma mulher muito simpática e tranquila em uma pousada no Matutu. Eu jamais imaginaria que cinco anos depois estaria, eu mesmo, frequentando rituais de ayahuasca. Para falar a verdade, naquela época eu nem sabia que o tal chá do Daime e ayahuasca eram a mesma coisa. Também não fazia ideia de que Daime era uma religião brasileira, surgida a partir das visões recebidas por um seringueiro, e influenciada por diferentes religiões e pela tradição indígena. Eu registrava a conversa na gavetinha de curiosidades, com um interesse meio antropológico que agora também incluía a informação nova de que o tal Daime parecia produzir pessoas tranquilas.

    Será que algo poderia ter levado a me interessar por ayahuasca mais cedo na vida? Talvez uma matéria de internet, como tantas há hoje em dia? Não, nada. Eu não fazia a menor ideia.

    Somente após ser convidado por uma amiga para ir num rito de ayahuasca pela primeira vez, já com 35 anos, é que comecei a prestar atenção no assunto. Cada coisa no seu tempo certo.

    William Richards, psicólogo e especialista em atender pacientes de terapias psicodélicas desde a década de 1960 [¹] e ainda ativo hoje, defende que os membros mais adultos da sociedade são os que mais teriam a se beneficiar da exploração da expansão da consciência com psicodélicos. Aliás, esta é outra informação que eu também não tinha: que a ayahuasca/Daime poderia eventualmente mudar a vida das pessoas para melhor, sem que elas se tornassem, necessariamente,  fanáticas religiosas.

    Também não sabia que a classe de substâncias em questão, os psicodélicos, havia sido estudada com resultados científicos notáveis até que uma grande onda de preconceitos e segundos interesses  praticamente banir toda a pesquisa e bloquear o avanço do conhecimento por décadas.

    Eu não sabia que grandes pensadores, cientistas e filósofos como Aldous Huxley [²], Lynn Margulis (autora da teoria que explica a origem das mitocôndrias), Kary Mullis (Prêmio Nobel de química), Richard Feynman (Prêmio Nobel de física), Michael Pollan [³], entre outros, haviam enveredado na investigação da expansão da consciência com psicodélicos.

    E, principalmente, não me imaginaria envolvido com algum tipo de experiência espiritual, já que até então eu nunca havia me sentido tocado por nenhuma religião. Parece-me  algo natural que pessoas inteligentes irão, em algum momento de suas vidas, se colocar diante de questões existenciais. Esse tipo de questionamento pode ser muito perturbador e difícil. Hoje percebo que uma das possibilidades de pacificação saudável para este impasse, ou seja, uma forma de obter uma conexão serena com a vida mesmo diante de suas óbvias limitações, seria esta facilitada pela ayahuasca.

    Em paralelo com esse início da minha experiência nos rituais de ayahuasca, surgiu a oportunidade de fazer um curso online de ciência psicodélica com o neurocientista Eduardo Schenberg. Foi um curso interessantíssimo, que juntava explicações bastante técnicas sobre o funcionamento do cérebro com aspectos históricos, antropológicos e culturais. Eduardo atualmente está a frente do Instituto Phaneros, realizando pesquisas com pacientes de depressão e cujo corpo de pesquisadores será provavelmente a primeira turma de profissionais com experiência clínica em Psicoterapia Assistida com Psicodélicos (PAP) no Brasil. Devo muito desta ideia de reunir ensaios e insights sobre a ciência por trás da ayahuasca aos esforços de divulgação feitos pelo Eduardo Schenberg. Apesar de ser apenas engenheiro, e não um neurocientista como ele, espero ter sido capaz de compreender o suficiente das pesquisas científicas para poder

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