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Circo Dos Sonhos
Circo Dos Sonhos
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E-book177 páginas2 horas

Circo Dos Sonhos

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Sobre este e-book

Timothy e Joana Gabrielly vivem em mundos completamente diferentes. Ele mora em um circo e ela no bairro mais nobre da cidade de Alianto, cercados por suas dificuldades e problemas. Um certo dia, ambos acabam se encontrando de uma maneira bem peculiar e desenvolvem uma amizade. Timothy descobre ao ouvir escondido uma conversa de seus pais adotivos que o circo está indo a falência, enquanto que Joana sofre com as imposições da sociedade que vivem a impedindo de fazer o que mais gosta: Dançar. Juntos decidem ajudar um ao outro a vencer todos os seus problemas e dificuldades para viverem seus sonhos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de abr. de 2020
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    Circo Dos Sonhos - Matheus Cerqueira De Araujo

    Circo dos

    Sonhos

    Matheus Cerqueira de Araujo

    1º Edição

    "Tudo o que um sonho precisa para

    ser realizado é alguém que acredite

    que ele possa ser realizado.

    -Roberto Shinyashiki"

    "Dedico esse livro em primeiro lugar a mim mesmo, por

    não ter desistido de escrever sobre o tema no qual me

    considero péssimo. A minha amiga Rafaela que me

    ajudou na elaboração da capa e a minha família e

    amigos no geral, amo vocês."

    Prólogo

    Era mais um dia movimentado na avenida principal da

    cidade de Alianto. Pessoas andando de um lado para o outro,

    indo para seus determinados destinos, filas de inúmeros carros

    se formavam ao fechar do farol, enquanto as pessoas

    atravessavam a avenida, todas agasalhadas em seus casacos se

    protegendo do frio que impregnava naquela época do ano.

    No meio de toda aquela movimentação se encontrava um

    pequeno garoto em suas roupas maltrapilhas, rosto sujo e

    cabelos oleosos caindo sobre seus olhos, se equilibrando em um

    banquinho no meio da avenida, enquanto o farol estava fechado

    e com suas três bolinhas de tênis no ar em movimento, fazia

    malabarismo para conseguir ganhar alguns trocados para poder

    comprar o que comer.

    O pequeno garoto, chamado Timothy com oito anos de

    idade, havia sido abandonado pelo pai dois anos atrás, quando

    sua família estava enfrentando grandes problemas econômicos,

    não tendo dinheiro nem para alimentar a todos dentro de casa.

    Certo dia, o pai do garoto o levou para passear no centro

    da cidade, até que eles chegaram na famosa Praça dos Patos,

    onde o pai disse ao menino que iria comprar algodão doce para

    o mesmo e que era para ele esperar sentado no banco da praça,

    horas se passaram e nada do pai do pequeno Timothy voltar. Já

    estava escurecendo e aos prantos o menino se encolheu no banco

    com fome e frio, até cair no sono, desde esse dia ele nunca mais

    viu sua família.

    Sem saber o que fazer ou para onde ir, Timothy começou

    a observar outros garotos de rua para aprender com eles como

    conseguir sobreviver naquela cidade na qual as pessoas

    pareciam não se importar com crianças que nem eles. Foi assim

    que com a ajuda daqueles outros meninos que ele aprendeu

    alguns truques de malabarismo e equilibrismo, cada vez se

    aperfeiçoando mais e ganhando paixão pelo que fazia, mesmo as

    circunstâncias não sendo as melhores.

    Um certo mês, um casal que Timothy nunca havia visto

    pelas redondezas, toda vez que passavam pelo farol onde o

    menino exibia seus truques para as pessoas dentro dos carros,

    ficavam assistindo o garoto com sorrisos de admiração em seus

    rostos e às vezes sussurravam palavras incompreensíveis um

    para o outro. Certo dia, depois de tanto trabalhar, o garoto fez

    uma pausa para comer sua maçã sentado na beira da calçada e

    percebeu que o casal se aproximava dele.

    O homem vestia um terno todo preto com uma gravata

    borboleta branca que combinavam com suas roupas e usava uma

    cartola que deixava algumas mexas do cabelo cacheado dele a

    mostra. Já a mulher usava uma camisa social branca com uma

    gravata preta, uma saia que ficava um pouco acima dos seus

    joelhos e com seus cabelos loiros presos em um rabo de cavalo.

    O homem se sentou ao lado do garoto e logo a mulher

    fez o mesmo, ambos aparentavam ter uns trinta anos de idade.

    Timothy os olhava desconfiado e com certo medo, até que o

    homem começou a falar com um sorriso simpático no rosto.

    - Você leva jeito com o malabarismo criança, sem contar

    que sabe se equilibrar muito bem.

    Timothy sorri ao ouvir o elogio, olhando para o chão,

    enquanto dava uma mordida em sua suculenta maçã, até ouvir o

    que a mulher diz.

    - Os seus pais devem se orgulharem muito de você.

    O sorriso do menino desaparece e ele solta um suspiro

    triste ao se lembrar dos pais que o tinham abandonado há dois

    anos, logo a mulher percebe a expressão do garoto.

    - Me desculpe, como eu sou idiota, você não tem pais,

    não é?

    Timothy olha para a mulher e acena que não com a

    cabeça e fala baixinho quase em um sussurro.

    - Eles me abandonaram, quando eu era mais novo.

    A mulher e o homem os olham com uma expressão de

    compaixão e o homem coloca a mão no ombro do menino.

    - Não importa o porquê eles fizeram isso com você, mas

    sei que você não merece isso. Você tem onde morar?

    Pergunta o homem já imaginando a resposta do garoto e

    ele responde.

    - Não senhor, eu moro na rua.

    A mulher acaricia o cabelo daquele pequeno ser que os

    tinha chamado atenção.

    - Qual o seu nome, querido?

    O garoto dá outra mordida em sua maçã e olha para a

    moça que estava sendo legal com ele.

    - Meu nome é Timothy.

    O homem sorri com a resposta do garoto e olha para ele.

    - Timothy? Que nome bonito, mas é um nome muito

    grande, posso te chamar de Timy?

    Timothy acena que sim com a cabeça, gostando do

    apelido e a mulher os olha, estendendo a mão para o menino em

    um cumprimento.

    - Muito prazer, Timy! Eu sou Didi, conhecida como a

    mágica Didi e esse é meu assistente e marido, Simon.

    O menino solta uma pequena risada ao ouvir o nome

    deles e ao mesmo tempo fica confuso com o que falam.

    - Vocês são mágicos?

    A Didi parecia prestes a responder, mas Simon se

    adiantou e respondeu por ela.

    - Somos sim, nós moramos em um circo que está de

    passagem pela cidade e vimos o quão talentoso você é e

    gostaríamos de perguntar uma coisa para você...

    Dessa vez foi Didi que interrompeu Simon com um

    sorriso no rosto.

    - Gostaríamos de saber se você quer ir morar com a gente

    no circo, viajar pelo país inteiro, conhecer lugares e pessoas

    diferentes, viver grandes aventuras e fazer parte da nossa

    família. O que você me diz?

    Timothy escuta o que a Didi diz e imagina tudo em sua

    cabeça de maneira bem lúdica e acena que sim com um brilho

    inocente no olhar.

    - Eu adoraria!

    O casal sorri para o menino, logo os três começam a

    andar pela cidade de Alianto, até chegarem em um terreno

    baldio, onde se estendiam as lonas do circo ao lado uma roda

    gigante, embaixo da mesma um pequeno parque de diversões e

    umas barraquinhas de comida. Na entrada havia uma grande

    placa com o nome do circo a qual o Timothy não conseguiu ler,

    por ainda não possuir estudos o suficiente. Simon coloca a mão

    na cabeça do garoto, bagunça seus cabelos e se abaixa ao seu

    lado sorridente.

    - Bem-vindo ao Circo dos Sonhos, Timy! Onde todos os

    seus sonhos podem se tornar realidade.

    O pequeno sorri e adentra o lugar com os outros dois.

    O tempo foi se passando e o Timothy foi aprendendo

    mais sobre malabarismo e equilibrismo com as outras pessoas

    do circo, também aprendeu a ler, escrever e fazer cálculos de

    cabeça com a Didi e Simon o acompanhando e com o tempo

    passou a se apresentar no palco, enquanto viajavam pelo país,

    alimentando sua paixão que tinha adquirido naqueles anos em

    que morou nas ruas de Alianto que pareciam ter acontecido a

    muito tempo atrás.

    1. Joana

    Ainda com os olhos fechados, era possível ouvir o

    barulho do sininho de vaca que o despertador de seu celular

    emitia.

    A jovem garota de quinze anos de idade, ainda deitada e

    abraçada com seu travesseiro, leva uma de suas mãos até o

    celular, lentamente abre seus olhos com as pálpebras ainda

    pesadas de sono e desativa o alarme do dispositivo.

    A menina de pele clara, como a de uma boneca de

    porcelana, senta se na beira de sua cama, jogando seus cabelos

    lisos e avermelhados para trás e se espreguiça colocando um

    sorriso no rosto, volta a pegar seu celular, indo até sua playlist

    de músicas e coloca Perfect Places da Lorde, se levanta com os

    pés descalços, pisando em seu enorme tapete rosa felpudo de

    frente para seu grande espelho, e começa a dançar, fazendo

    suaves movimentos com seus braços e pernas, acompanhando o

    ritmo da música, dançando como uma verdadeira dançarina.

    O pequeno show da menina é interrompido por sua mãe

    que adentra o quarto com sua cara de insatisfação com o que via,

    mostrando algumas marcas de expressões ao redor dos olhos e

    alguns fios de seus cabelos que estavam bagunçados.

    - Que barulheira é essa logo cedo, Joana Gabrielly?

    A mulher olha para a sua filha cruzando os braços,

    enquanto ela pausa a música e olha para a mãe.

    - Desculpa, eu só estava dançando.

    Responde a garota, indo em direção a cama, começando

    a arrumar e sua mãe faz uma expressão de frustração e raiva ao

    mesmo tempo.

    - Dançando? Você acha que dançar vai te levar para

    algum lugar? Olha só para você, parece uma palhaça se mexendo

    desse jeito! Ao invés de ficar dançando por aí, por que você não

    vai estudar para melhorar aquele seu oito em física?

    A mulher faz uma pausa em seu sermão, quando enxerga

    uma embalagem de uma barrinha de chocolate e a pega nas

    pontas dos dedos, como se fosse a prova de um crime e mostra

    para a garota.

    - O que é isso aqui mocinha? Por acaso você quer ficar

    com o rosto cheio de espinha? Quer ficar gorda? Quantas vezes

    eu já te disse que você tem que ser perfeita para representar a

    família ou aparecer ao lado do seu pai na rua? Quer saber?

    Esquece, vai terminar de se arrumar para ir naquele seu passeio

    da escola!

    A mãe de Joana fala e saí do quarto da garota sem

    perceber as lágrimas que escorriam pelo rosto da filha. A menina

    termina de arrumar sua cama, vai para o banheiro, parando na

    frente do seu espelho de rosto, enxugando suas lágrimas.

    - Meninas perfeitas não choram...

    Diz a garota para si mesma e vai tomar seu banho, depois

    veste o uniforme de sua escola, uma saia azul escura que vai até

    seus joelhos, uma camisa social branca e um blazer vermelho

    escuro que lhe servia muito bem.

    Desce as escadas de sua enorme casa, ouvindo o barulho

    das teclas do computador do pai na cozinha, enquanto digitava

    alguma coisa. O pai de Joana é o dono de uma das maiores

    empresas de medicamentos de Alianto e é bastante renomado

    entre os moradores da cidade.

    Ao chegar na cozinha, a garota pega uma barrinha de

    cereal e uma banana, dirigi o olhar para o pai que não tinha tirado

    sua atenção do computador, apenas coçando os seus cabelos

    claros quase branco.

    - Bom dia, pai.

    Joana espera a reação do homem e nada, sem esperar

    mais por uma resposta a mesma pega sua mochila, abre a porta

    de casa e sai para

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