Circo Dos Sonhos
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Circo Dos Sonhos - Matheus Cerqueira De Araujo
Circo dos
Sonhos
Matheus Cerqueira de Araujo
1º Edição
"Tudo o que um sonho precisa para
ser realizado é alguém que acredite
que ele possa ser realizado.
-Roberto Shinyashiki"
"Dedico esse livro em primeiro lugar a mim mesmo, por
não ter desistido de escrever sobre o tema no qual me
considero péssimo. A minha amiga Rafaela que me
ajudou na elaboração da capa e a minha família e
amigos no geral, amo vocês."
Prólogo
Era mais um dia movimentado na avenida principal da
cidade de Alianto. Pessoas andando de um lado para o outro,
indo para seus determinados destinos, filas de inúmeros carros
se formavam ao fechar do farol, enquanto as pessoas
atravessavam a avenida, todas agasalhadas em seus casacos se
protegendo do frio que impregnava naquela época do ano.
No meio de toda aquela movimentação se encontrava um
pequeno garoto em suas roupas maltrapilhas, rosto sujo e
cabelos oleosos caindo sobre seus olhos, se equilibrando em um
banquinho no meio da avenida, enquanto o farol estava fechado
e com suas três bolinhas de tênis no ar em movimento, fazia
malabarismo para conseguir ganhar alguns trocados para poder
comprar o que comer.
O pequeno garoto, chamado Timothy com oito anos de
idade, havia sido abandonado pelo pai dois anos atrás, quando
sua família estava enfrentando grandes problemas econômicos,
não tendo dinheiro nem para alimentar a todos dentro de casa.
Certo dia, o pai do garoto o levou para passear no centro
da cidade, até que eles chegaram na famosa Praça dos Patos,
onde o pai disse ao menino que iria comprar algodão doce para
o mesmo e que era para ele esperar sentado no banco da praça,
horas se passaram e nada do pai do pequeno Timothy voltar. Já
estava escurecendo e aos prantos o menino se encolheu no banco
com fome e frio, até cair no sono, desde esse dia ele nunca mais
viu sua família.
Sem saber o que fazer ou para onde ir, Timothy começou
a observar outros garotos de rua para aprender com eles como
conseguir sobreviver naquela cidade na qual as pessoas
pareciam não se importar com crianças que nem eles. Foi assim
que com a ajuda daqueles outros meninos que ele aprendeu
alguns truques de malabarismo e equilibrismo, cada vez se
aperfeiçoando mais e ganhando paixão pelo que fazia, mesmo as
circunstâncias não sendo as melhores.
Um certo mês, um casal que Timothy nunca havia visto
pelas redondezas, toda vez que passavam pelo farol onde o
menino exibia seus truques para as pessoas dentro dos carros,
ficavam assistindo o garoto com sorrisos de admiração em seus
rostos e às vezes sussurravam palavras incompreensíveis um
para o outro. Certo dia, depois de tanto trabalhar, o garoto fez
uma pausa para comer sua maçã sentado na beira da calçada e
percebeu que o casal se aproximava dele.
O homem vestia um terno todo preto com uma gravata
borboleta branca que combinavam com suas roupas e usava uma
cartola que deixava algumas mexas do cabelo cacheado dele a
mostra. Já a mulher usava uma camisa social branca com uma
gravata preta, uma saia que ficava um pouco acima dos seus
joelhos e com seus cabelos loiros presos em um rabo de cavalo.
O homem se sentou ao lado do garoto e logo a mulher
fez o mesmo, ambos aparentavam ter uns trinta anos de idade.
Timothy os olhava desconfiado e com certo medo, até que o
homem começou a falar com um sorriso simpático no rosto.
- Você leva jeito com o malabarismo criança, sem contar
que sabe se equilibrar muito bem.
Timothy sorri ao ouvir o elogio, olhando para o chão,
enquanto dava uma mordida em sua suculenta maçã, até ouvir o
que a mulher diz.
- Os seus pais devem se orgulharem muito de você.
O sorriso do menino desaparece e ele solta um suspiro
triste ao se lembrar dos pais que o tinham abandonado há dois
anos, logo a mulher percebe a expressão do garoto.
- Me desculpe, como eu sou idiota, você não tem pais,
não é?
Timothy olha para a mulher e acena que não com a
cabeça e fala baixinho quase em um sussurro.
- Eles me abandonaram, quando eu era mais novo.
A mulher e o homem os olham com uma expressão de
compaixão e o homem coloca a mão no ombro do menino.
- Não importa o porquê eles fizeram isso com você, mas
sei que você não merece isso. Você tem onde morar?
Pergunta o homem já imaginando a resposta do garoto e
ele responde.
- Não senhor, eu moro na rua.
A mulher acaricia o cabelo daquele pequeno ser que os
tinha chamado atenção.
- Qual o seu nome, querido?
O garoto dá outra mordida em sua maçã e olha para a
moça que estava sendo legal com ele.
- Meu nome é Timothy.
O homem sorri com a resposta do garoto e olha para ele.
- Timothy? Que nome bonito, mas é um nome muito
grande, posso te chamar de Timy?
Timothy acena que sim com a cabeça, gostando do
apelido e a mulher os olha, estendendo a mão para o menino em
um cumprimento.
- Muito prazer, Timy! Eu sou Didi, conhecida como a
mágica Didi e esse é meu assistente e marido, Simon.
O menino solta uma pequena risada ao ouvir o nome
deles e ao mesmo tempo fica confuso com o que falam.
- Vocês são mágicos?
A Didi parecia prestes a responder, mas Simon se
adiantou e respondeu por ela.
- Somos sim, nós moramos em um circo que está de
passagem pela cidade e vimos o quão talentoso você é e
gostaríamos de perguntar uma coisa para você...
Dessa vez foi Didi que interrompeu Simon com um
sorriso no rosto.
- Gostaríamos de saber se você quer ir morar com a gente
no circo, viajar pelo país inteiro, conhecer lugares e pessoas
diferentes, viver grandes aventuras e fazer parte da nossa
família. O que você me diz?
Timothy escuta o que a Didi diz e imagina tudo em sua
cabeça de maneira bem lúdica e acena que sim com um brilho
inocente no olhar.
- Eu adoraria!
O casal sorri para o menino, logo os três começam a
andar pela cidade de Alianto, até chegarem em um terreno
baldio, onde se estendiam as lonas do circo ao lado uma roda
gigante, embaixo da mesma um pequeno parque de diversões e
umas barraquinhas de comida. Na entrada havia uma grande
placa com o nome do circo a qual o Timothy não conseguiu ler,
por ainda não possuir estudos o suficiente. Simon coloca a mão
na cabeça do garoto, bagunça seus cabelos e se abaixa ao seu
lado sorridente.
- Bem-vindo ao Circo dos Sonhos, Timy! Onde todos os
seus sonhos podem se tornar realidade.
O pequeno sorri e adentra o lugar com os outros dois.
O tempo foi se passando e o Timothy foi aprendendo
mais sobre malabarismo e equilibrismo com as outras pessoas
do circo, também aprendeu a ler, escrever e fazer cálculos de
cabeça com a Didi e Simon o acompanhando e com o tempo
passou a se apresentar no palco, enquanto viajavam pelo país,
alimentando sua paixão que tinha adquirido naqueles anos em
que morou nas ruas de Alianto que pareciam ter acontecido a
muito tempo atrás.
1. Joana
Ainda com os olhos fechados, era possível ouvir o
barulho do sininho de vaca que o despertador de seu celular
emitia.
A jovem garota de quinze anos de idade, ainda deitada e
abraçada com seu travesseiro, leva uma de suas mãos até o
celular, lentamente abre seus olhos com as pálpebras ainda
pesadas de sono e desativa o alarme do dispositivo.
A menina de pele clara, como a de uma boneca de
porcelana, senta se na beira de sua cama, jogando seus cabelos
lisos e avermelhados para trás e se espreguiça colocando um
sorriso no rosto, volta a pegar seu celular, indo até sua playlist
de músicas e coloca Perfect Places da Lorde, se levanta com os
pés descalços, pisando em seu enorme tapete rosa felpudo de
frente para seu grande espelho, e começa a dançar, fazendo
suaves movimentos com seus braços e pernas, acompanhando o
ritmo da música, dançando como uma verdadeira dançarina.
O pequeno show da menina é interrompido por sua mãe
que adentra o quarto com sua cara de insatisfação com o que via,
mostrando algumas marcas de expressões ao redor dos olhos e
alguns fios de seus cabelos que estavam bagunçados.
- Que barulheira é essa logo cedo, Joana Gabrielly?
A mulher olha para a sua filha cruzando os braços,
enquanto ela pausa a música e olha para a mãe.
- Desculpa, eu só estava dançando.
Responde a garota, indo em direção a cama, começando
a arrumar e sua mãe faz uma expressão de frustração e raiva ao
mesmo tempo.
- Dançando? Você acha que dançar vai te levar para
algum lugar? Olha só para você, parece uma palhaça se mexendo
desse jeito! Ao invés de ficar dançando por aí, por que você não
vai estudar para melhorar aquele seu oito em física?
A mulher faz uma pausa em seu sermão, quando enxerga
uma embalagem de uma barrinha de chocolate e a pega nas
pontas dos dedos, como se fosse a prova de um crime e mostra
para a garota.
- O que é isso aqui mocinha? Por acaso você quer ficar
com o rosto cheio de espinha? Quer ficar gorda? Quantas vezes
eu já te disse que você tem que ser perfeita para representar a
família ou aparecer ao lado do seu pai na rua? Quer saber?
Esquece, vai terminar de se arrumar para ir naquele seu passeio
da escola!
A mãe de Joana fala e saí do quarto da garota sem
perceber as lágrimas que escorriam pelo rosto da filha. A menina
termina de arrumar sua cama, vai para o banheiro, parando na
frente do seu espelho de rosto, enxugando suas lágrimas.
- Meninas perfeitas não choram...
Diz a garota para si mesma e vai tomar seu banho, depois
veste o uniforme de sua escola, uma saia azul escura que vai até
seus joelhos, uma camisa social branca e um blazer vermelho
escuro que lhe servia muito bem.
Desce as escadas de sua enorme casa, ouvindo o barulho
das teclas do computador do pai na cozinha, enquanto digitava
alguma coisa. O pai de Joana é o dono de uma das maiores
empresas de medicamentos de Alianto e é bastante renomado
entre os moradores da cidade.
Ao chegar na cozinha, a garota pega uma barrinha de
cereal e uma banana, dirigi o olhar para o pai que não tinha tirado
sua atenção do computador, apenas coçando os seus cabelos
claros quase branco.
- Bom dia, pai.
Joana espera a reação do homem e nada, sem esperar
mais por uma resposta a mesma pega sua mochila, abre a porta
de casa e sai para