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O Diário De Campo De Estágio Em Serviço Social
O Diário De Campo De Estágio Em Serviço Social
O Diário De Campo De Estágio Em Serviço Social
E-book324 páginas3 horas

O Diário De Campo De Estágio Em Serviço Social

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Sobre este e-book

O livro apresenta resultados de pesquisa desenvolvida durante a graduação em Serviço Social. Tal pesquisa, estuda o diário de campo de estágio em Serviço Social, apontando suas concepções, suas caracterizações e descaracterizações e suas potencialidades para a formação e o exercício profissional da/o assistente social.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de out. de 2022
O Diário De Campo De Estágio Em Serviço Social

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    Pré-visualização do livro

    O Diário De Campo De Estágio Em Serviço Social - Gabriel Ramos Nascimento Evangelista

    2

    O DIÁRIO DE CAMPO DE ESTÁGIO EM SERVIÇO

    SOCIAL: concepções, (des)caracterizações e

    potencialidades

    Gabriel Ramos Nascimento Evangelista

    Gabriel Skjeggestad Edições

    3

    O Diário de Campo de Estágio em Serviço Social: concepções, (des)caracterizações e potencialidades.

    Edição: Gabriel Skjeggestad Edições. CNPJ: 44.083.626/0001-84.

    Contato editorial: gabriel@gabrielskjeggestad.com

    Copyright © 2021 by Gabriel Ramos Nascimento

    Evangelista

    Todos os direitos reservados.

    4

    5

    6

    Nenhuma ação nasce com a certeza

    da vitória.

    Nilce Moretto

    7

    8

    SUMÁRIO

    PREFÁCIO .................................................................................... 5

    APRESENTAÇÃO ...................................................................... 11

    CAPÍTULO 1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO

    SOCIAL: FORMAÇÃO E EXERCÍCIO PROFISSIONAL

    COMO SUBSÍDIOS PARA A COMPREENSÃO DO DIÁRIO

    DE CAMPO DE ESTÁGIO ........................................................ 27

    1.1 SERVIÇO SOCIAL: FORMAÇÃO, EXERCÍCIO

    PROFISSIONAL E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO ............ 30

    1.2 APORTES JURÍDICO-NORMATIVOS E ÉTICO-

    POLÍTICOS ACADÊMICOS PARA SE PENSAR O ESTÁGIO

    SUPERVISIONADO .................................................................. 63

    CAPÍTULO 2 DIÁRIO DE CAMPO DE ESTÁGIO:

    CONCEPÇÕES, POTENCIALIDADES E DESAFIOS ............. 81

    2.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O DIÁRIO DE CAMPO DE

    ESTÁGIO: CONCEPÇÕES E DESCARACTERIZAÇÕES ...... 87

    2.1.1. Elementos de composição do diário de campo de estágio

    em Serviço Social ........................................................................ 99

    2.2. BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DO DIÁRIO DE

    CAMPO DE ESTÁGIO A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO

    PESQUISADOR........................................................................ 109

    CAPÍTULO 3 ESTADO DA ARTE DA PRODUÇÃO DE

    CONHECIMENTO EM SERVIÇO SOCIAL SOBRE DIÁRIO

    DE CAMPO DE ESTÁGIO ...................................................... 119

    3.1 EVENTOS DA CATEGORIA: CBAS E ENPESS. ............ 130

    3.1.1 Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS) ...... 131

    9

    3.1.2 Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social

    (ENPESS) .................................................................................. 137

    3.2 REVISTAS E PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS .................. 145

    3.2.1 Revista Katálysis .............................................................. 146

    3.2.2 Revista Serviço Social & Sociedade ................................ 146

    3.2.3 Revista Textos & Contextos ............................................. 148

    3.2.4 Revista Temporalis ........................................................... 153

    3.3 LIVROS E CAPÍTULOS DE LIVROS .............................. 153

    3.4 A TOTALIDADE DO ESTADO DA ARTE DA

    PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE DIÁRIO DE

    CAMPO DE ESTÁGIO ............................................................ 156

    CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................... 163

    REFERÊNCIAS ........................................................................ 175

    APÊNDICE A Estado Da Arte Da Produção De Conhecimento

    Do Serviço Social Sobre Diário De Campo De Estágio ............ 189

    APÊNDICE B Processo De Categorização Do Diário De Campo

    De Estágio Em Serviço Social ................................................... 191

    APÊNDICE C Proposta De Construção Didático-Pedagógica Do

    Diário De Campo De Estágio .................................................... 195

    POSFÁCIO: estágio e pandemia ............................................... 209

    PREFÁCIO

    É com imensa alegria que prefacio o presente

    livro acadêmico, de autoria do jovem pesquisador

    Gabriel Nascimento Evangelista, graduado em Serviço

    Social pela Universidade Federal do Triângulo

    Mineiro/UFTM, e com quem tive a honra de partilhar de

    encontros/momentos no Grupo de Estudos e Pesquisas

    em Fundamentos, Formação e Exercício Profissional em

    Serviço Social/GEFEPSS-UFTM.

    Gabriel torna público sua compromissada

    ousadia de trazer á tona um estudo ainda parco na categoria. Com altas doses de vontade política e

    compromisso com a formação profissional de qualidade,

    hegemonicamente, defendida pelo Serviço Social crítico

    e contemporâneo, ele investe seu estudo na dimensão técnica-operativa, a partir do estágio supervisionado: o diário de campo de estágio, que aqui, vem à baila com

    toda potência que lhe é devida. Descortina o trato acadêmico do diário de campo como secundário ou de análise pragmática/tecnicista, e, o confere uma análise com densidade teórico-metodológica, ético-política e

    técnico-operativa de forma indissociável.

    O livro traz profusão de ideias e debates numa

    dinâmica que envolve a/o leitor/a a debruçar-se em mais

    conhecimentos acerca da temática. Ainda que o mote do

    estudo seja o diário de campo de estágio em Serviço Social, também contempla concepções e diretrizes que subsidiam o diário de campo profissional.

    6

    Numa breve análise de conjuntura, descortina a

    realidade atual, especialmente, os desafios enfrentados por estudantes, nos árduos dias e noites dos anos 2020-2021, frente a Pandemia Covid-19, e os devotados

    ataques frontais à universidade pública e a civilização brasileira do governo Bolsonaro-Mourão. Assim, com a

    leveza própria da escrita de Gabriel, mas numa base analítica histórico-critica densa, abaliza as diversas contradições que rebatem, mormente o estágio

    supervisionado

    enquanto

    síntese

    de

    múltiplas

    determinações da educação superior (versus) do mundo

    do trabalho e por intrínseca relação/consequência, a formação (versus) exercício profissional1.

    Um livro abastado de contributos para

    qualificação do estágio supervisionado em Serviço

    Social, a partir da importância e potencialidades do diário de campo. Aponta contribuições para o

    adensamento

    da

    dimensão

    técnica-operativa

    da

    profissão, intrínseca as dimensões teórico-metodológica

    e ético-políticas, além de representar, um marco

    importantíssimo na organização do campo de

    conhecimento das documentações de estágio em Serviço

    Social – algo ainda de parcas publicações e pesquisas na

    categoria.

    Ancorado na sua experiência, como estagiário,

    traz extratos do seu didático diário de campo,

    alinhavando-o, dialeticamente, com a dimensão

    1 Reflexões estas trabalhadas no livro de minha autoria: CAPUTI, L.

    Supervisão de Estágio em Serviço Social. Papel Social.

    Campinas/SP, 2021.

    7

    educativa da profissão, e assim, versa o diário de campo

    de estágio como instrumento pedagógico e estratégico para análise permanente da formação e atuação

    profissional,

    bem

    como

    fomentador

    de

    discussões/estudos da profissão. Uma pesquisa,

    inicialmente, estruturada como trabalho de conclusão de

    curso, e aqui, revisado e atualizado no formato de livro

    acadêmico, traz as finas espessuras de suas reflexões centradas no projeto de formação profissional crítica, alinhada aos princípios da Política Nacional de Estágio

    em Serviço Social (ABEPSS, 2010) na sua totalidade. O

    que, sem dúvida convoca o compromisso e defesa da

    formação profissional edificada num projeto de educação

    pública, laica, política, democrática, universal, plural e emancipatória, cujos investimentos orçamentários

    públicos possibilite qualificar e referendar socialmente o ensino, a pesquisa e a extensão.

    Com a reflexão poética de Guimarães Rosa,

    Gabriel articula a direção pedagógica do estágio

    supervisionado em Serviço Social com a construção do

    diário de campo. Traz para a reflexão em: "quem elegeu

    a busca não pode recusar a travessia2", a possibilidade

    de interpretar o diário de campo como um instrumento

    de

    potencialidades

    éticas,

    políticas

    e

    teórico-

    metodológicas de travessia do estágio supervisionado.

    Um instrumento necessário para se ampliar o

    conhecimento e análise crítica da unidade do diverso entre teoria e prática, entre formação e trabalho

    2 ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: veredas.22. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

    8

    profissional, entre estágio e supervisão, entre ensino-pesquisa-extensão, supervisão de campo e supervisão

    acadêmica, enfim, um instrumento que fomenta a

    realização de pesquisas, rico de possibilidades temáticas

    para análises, por abarcar diversas reflexões do

    cotidiano/da experiência da formação e exercício

    profissional, enfim, pode acastelar o sentido da práxis da profissão.

    Trata de uma pesquisa que responde questões

    particularizadas

    no

    universo

    de

    significados,

    concepções, motivos, valores e diretrizes essenciais

    acerca do diário de campo, e assim, o faz,

    qualitativamente num processo de aproximações

    sucessivas deste objeto de estudo para responder o ponto

    principal da pesquisa (de trabalho de conclusão, de curso

    que resultou neste livro): como o diário de campo tem sido abordado na formação e no exercício profissional

    de assistentes sociais?

    Com uma vasta análise bibliográfica (no período

    de 1996 e 2020) de Anais de eventos da categoria, artigos

    publicados em periódicos e nos livros de Serviço Social

    sobre estágio, além da rica análise de seu diário de campo, o Gabriel edifica um estado da arte da produção

    de conhecimento sobre diário de campo de estágio

    supervisionado. Constrói uma diretriz didática e

    pedagógica que adornava elementos centralizais para

    construção de diário de campo.

    Didática e sabiamente, numa análise histórico-

    critica capaz de adensar o debate do estágio no seio da

    categoria, envolve reflexões de fundamentos do estágio

    9

    supervisionado na relação intrínseca entre formação e exercício profissional para a compreensão do diário de campo de estágio em Serviço Social, associado a ancores

    jurídico-políticos, normativos do estágio. Trabalha as diversas concepções, potencialidades, desafios e

    elementos constitutivos e essenciais do diário de campo

    como instrumento didático-pedagógico e documento de

    estágio em Serviço Social.

    É sem dúvidas um livro admirável para o avanço

    do debate em torno do tema, tendo como referência o projeto ético-político da profissão. Leitura basal para toda categoria que busca qualificar o estágio

    supervisionado e seu processo de supervisão acadêmica

    e de campo. É um livro que convoca a/o leitor/a à (re)pensar os instrumentos, a dimensão técnico-operativa

    do Serviço Social no sentido da práxis.

    Convido todas e todos ao embarque dessa

    travessia!!

    Lesliane Caputi.

    Triângulo Mineiro, junho de 2022.

    10

    11

    APRESENTAÇÃO

    O livro que apresentamos ao público neste

    momento é um projeto construído ao longo de vivências

    no estágio supervisionado em Serviço Social no curso de

    Serviço Social da Universidade Federal do Triângulo

    Mineiro (UFTM). Acompanhando e participando de

    debates sobre estágio em Fóruns de Estágio, Congresso

    Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS) e Encontro

    Nacional de Pesquisadores em Serviço Social (ENPESS)

    ao longo dos anos de 2017 a 2020 na condição de

    estudante e estagiário de Serviço Social foi identificada

    a necessidade de reunir numa única publicação o debate

    crítico acerca do processo de construção do diário de campo de estágio.

    Nota-se muitas inquietações acadêmicas e

    profissionais no que se refere ao estágio e ao processo de supervisão de estágio em Serviço Social. Com a

    publicação da Política Nacional de Estágio (PNE) da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço

    Social (ABEPSS) em 2010 observa-se um aumento

    considerável nas publicações sobre estágio e supervisão,

    seja em trabalhos, revistas periódicas e livros.

    Essas publicações revelam que o diário de campo

    de estágio é um instrumento bastante utilizado na

    graduação em Serviço Social, no entanto, pouco se

    encontra sobre a temática. Isso nos faz refletir sobre a escassez não apenas de publicações sobre o tema, mas também, de pesquisas sobre o tema na formação

    graduada e pós-graduada.

    12

    Assim, iniciamos uma pesquisa de conclusão de

    curso sobre a temática intitulada "O Diário de Campo de

    Estágio

    em

    Serviço

    Social:

    concepções,

    (des)caracterizações e potencialidades" e identificamos a

    necessidade de aprofundá-la e compila-la no formato de

    um livro considerando a pouca produção de

    conhecimento sobre diário de campo de estágio em

    Serviço Social e a relevância acadêmica e profissional das reflexões aqui propostas.

    Entendo ser radicalmente necessário tecer muitos

    agradecimentos logo nas primeiras páginas deste livro.

    Sei que tradicionalmente não há um espaço para

    agradecimentos em publicações desta natureza, mas,

    aqui também me disponho a romper com esta lógica,

    afinal Quem não se expõe, não se legitima. Assim, agradeço imensamente à Assistente Social Lesliane

    Caputi, por trilhar comigo um caminho difícil, mas

    também, muito prazeroso, durante minha pesquisa de

    conclusão e curso. Sem suas orientações, conselhos e com a sua disponibilidade em socializar comigo as suas

    vivências enquanto estudante, estagiária, assistente

    social, supervisora de campo, docente e supervisora

    acadêmica, a existência deste material que hoje você está

    lendo seria praticamente impossível. Grande camarada

    compromissada na luta pela educação permanente,

    pública, gratuita, laica e socialmente referenciada.

    Gratidão!

    Agradeço breve e especialmente à Assistente

    Social Abiqueila Maciel de Lima, supervisora de campo

    de meus estágios, inclusive em um período de pandemia

    13

    de Covid-19 em um pronto socorro de um hospital

    público. Com ela aprendi a escutar com a intenção de ouvir, de acolher e de buscar no exercício de minha profissão a efetivação dos direitos dos usuários com os

    quais trabalho. Gratidão!

    Esperamos oferecer aos estudantes e assistentes

    sociais um trabalho didático, sem reducionismos e

    simplificações, com o conteúdo abordado numa

    perspectiva pedagógica e que possa auxiliar os sujeitos

    envolvidos no estágio supervisionado (estagiário,

    supervisores acadêmico e de campo) a trabalhá-lo como

    um componente curricular central na graduação em

    Serviço Social. Isto posto, boa leitura a todos!

    Gabriel Evangelista

    Henningsvær, inverno de 2021.

    14

    15

    INTRODUÇÃO

    "Quem elegeu a busca não pode recusar a

    travessia" nos disse Guimarães Rosa3; afinal,

    Karl Marx já dizia que "Todo começo é difícil

    em qualquer ciência4".

    Com poesia e teoria5 afirmamos que buscar o

    conhecimento é uma tarefa difícil e muito desafiadora, envolve a compreensão das múltiplas determinações que

    constituem a vida social e significa olhar para a realidade com o objetivo e com a intencionalidade de desvelá-la,

    3 ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: veredas.22. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

    4 À porta da ciência, como à porta do inferno, escreveu Karl Marx no final do prefácio de Para a crítica da economia política. E, retomou a ideia, em tom mais sóbrio, no prefácio à primeira edição alemã de o Capital:

    Todo começo é difícil, em qualquer ciência. Disponível em

    https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Marx-200-anos-Por-

    onde-comecar-a-ciencia-/4/40110

    Disponível também como epígrafe em NETTO, J.P. Introdução ao estudo do método de Marx. São Paulo: Expressão Popular, 2011.

    5 Portanto, cabe tecer inicialmente reflexões significativas acerca da escolha do título deste trabalho O Diário de Campo de Estágio em Serviço Social: concepções, (des)caracterizações e potencialidades. No seguinte livro são abordadas diferentes interpretações do diário de campo de estágio a partir de uma mesma concepção teórico-política. Quanto ao uso do termo (des)caracterizações ressalta-se a necessidade de se caracterizar o diário de campo de estágio, para depois, compreender suas descaracterizações, a justificativa em se escolher este termo se relaciona com o acúmulo de vivências do pesquisador durante o processo de graduação, principalmente durante as vivências de estágios

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