Serviço Social e sua reconstrução técnico-operativa
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Serviço Social e sua reconstrução técnico-operativa - Maria Lucia Rodrigues
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Reitora: Maria Amalia Pie Abib Andery
EDITORA DA PUC-SP
Direção: José Luiz Goldfarb
Conselho Editorial
Maria Amalia Pie Abib Andery (Presidente)
José Luiz Goldfarb
José Rodolpho Perazzolo
Ladislau Dowbor
Karen Ambra
Lucia Maria Machado Bógus
Mary Jane Paris Spink
Matthias Grenzer
Norval Baitello Junior
Oswaldo Henrique Duek Marques
© Maria Lucia Rodrigues. Foi feito o depósito legal.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Reitora Nadir Gouvêa Kfouri / PUC-SP
Serviço social e sua reconstrução técnico-operativa / Mara Thereza Valente, Sandra Eloiza Paulino ; org. Maria Lucia Rodrigues ; pref. Maria Carmelita Yazbek. - São Paulo : EDUC : FAPESP.
1. Recurso on-line: ePub
Disponível no formato impresso: Serviço social e sua reconstrução técnico-operativa / Mara Thereza Valente, Sandra Eloiza Paulino ; org. Maria Lucia Rodrigues ; pref. Maria Carmelita Yazbek. - São Paulo : EDUC : FAPESP, 2016. ISBN 978-85-283-0556-2.
Disponível para ler em: todas as mídias eletrônicas.
Acesso restrito: http://pucsp.br/educ
ISBN eletrônico 978-85-283-0568-5
1. Serviço social. 2. Assistentes sociais - Prática profissional. I. Paulino, Sandra Eloiza. II. Rodrigues, Maria Lucia. III. Yazbek, Maria Carmelita. IV. Título. V. Título : Discutir (novamente) os instrumentos de ação em serviço social.
CDD 361.3
361.0023
Auxílio Fapesp à publicação – processo n. 2015/24276-0.
EDUC – Editora da PUC-SP
Direção
José Luiz Goldfarb
Produção Editorial
Sonia Montone
Preparação e Revisão
Siméia Mello
Editoração Eletrônica
Gabriel Moraes
Waldir Alves
Capa
Gabriel Moraes
Administração e Vendas
Ronaldo Decicino
Produção do ebook
Waldir Alves
Rua Monte Alegre, 984 – sala S16
CEP 05014-901 – São Paulo – SP
Tel./Fax: (11) 3670-8085 e 3670-8558
E-mail: educ@pucsp.br – Site: www.pucsp.br/educ
Prefácio
Este livro, organizado por Maria Lucia Rodrigues, autora reconhecida no âmbito do Serviço Social por seu conhecimento acerca do pensamento complexo de Edgar Morin, chega aos leitores como importante contributo sobre a dimensão interventiva do Serviço Social.
Nesse sentido, o livro privilegia a reflexão sobre o como fazer
para alcançar objetivos profissionais, o que faz com que a temática da publicação corresponda à demanda da área, na busca de referenciais técnico-operativos em seu trabalho cotidiano.
Sem dúvida, na profissão, há lacunas de estudos sobre formas técnicas de abordagem profissional e sobre a questão dos procedimentos interventivos no trabalho social. Como refere a organizadora, não são desconhecidas as dificuldades dos profissionais na busca de referenciais técnico operativos, entendendo que a metodologia do trabalho profissional instaura um movimento que articula pensamento e discurso, concretizando-se em procedimentos capazes de possibilitar transformações nas condições de relação, de produção e de organização da vida
(p. 7).
Em uma profissão interventiva como o Serviço Social, é preciso que a ação do sujeito profissional, que pretende alterar a realidade, encontre as mediações e os meios os quais lhe permitam fortalecer a dimensão técnico-operativa do exercício profissional. Nesse sentido, a ampliação do debate sobre a intervenção do/a assistente social, sobre o processamento de seu trabalho cotidiano, seus instrumentos e técnicas, é relevante e necessária. Efetivamente, a necessidade de qualificar a intervenção para além do conhecimento das normativas atualmente determinadas pelas diversas políticas sociais, que inclusive constroem seus próprios sistemas de capacitação para seus trabalhadores, se coloca como instigante desafio aos/às assistentes sociais brasileiros.
Como sabemos, com as diretrizes curriculares de 1996 são colocados novos pilares para o processo de formação do/a assistente social na busca do fortalecimento das dimensões do trabalho profissional nos planos teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo. Nessas diretrizes, fortalecem-se a dimensão investigativa, o caráter estruturador da dimensão ética, a atenção a ser dada ao estágio e a concepção de unidade entre essas dimensões. Apesar das inovações, no entanto, as produções acadêmicas acerca da instrumentalidade da profissão ainda constituem escasso material, especialmente, no que se refere a instrumentos e técnicas de intervenção.
É no âmbito dessas questões que este livro se situa, estruturado em duas partes que se complementam na abordagem de formas de atendimento profissional, nos planos socioindividual e no trabalho com grupos. Temas que durante décadas integraram o corpo de conhecimentos do Serviço Social brasileiro
O primeiro tema, abordado por Sandra Eloíza Paulilo, volta-se ao reestudo do atendimento socioindividual como prática profissional cotidiana do/a assistente social, retomando sua trajetória, o contexto metodológico e técnico-instrumental em que emergiu e se desenvolveu no Serviço Social. O segundo, abordado por Mara Thereza Valente, refere-se aos trabalhos grupais na área da saúde, buscando reconstituir historicamente a trajetória dessa forma de abordagem, seu significado e sua importância técnico-operativa para o Serviço Social.
Quanto ao atendimento identificado como socioindividual, voltado ao sujeito-singular
, de acordo com a autora, trata-se de a uma ação profissional direta, exigindo uma intencionalidade que ultrapassa as demandas apresentadas e que pressupõe a compreensão da totalidade e dos determinantes sociais (objetivos, subjetivos e históricos) que compõem o universo desses sujeitos
(p. 18). Nesse contexto profissional, é necessária a
análise da correlação de forças presentes na vida e no cotidiano das pessoas; a visão da contradição e da construção histórica do sujeito; a percepção acerca dos sentimentos e emoções que surgem no processo individual e que não podem ser negados ou negligenciados, pois fazem parte da construção da identidade humana. Pressupõe a compreensão do ser humano como ser indivisível. (p. 18)
O segundo tema que compõe o livro, abordado por Mara Thereza Valente, parte da análise do trabalho profissional com grupos, como abordagem presente no repertório do Serviço Social brasileiro desde seu processo de emergência e institucionalização, até os dias de hoje. Nessa análise, a autora mostra como o processo de trabalho social com grupos apropriou-se de fundamentos das escolas norte-americana, francesa e latino-americana.
O texto de Mara vai destacar, entre outros aspectos, as possibilidades do trabalho com pequenos grupos em espaços sociopedagógicos capazes de oportunizar diferentes aprendizagens para os usuários dos serviços sociais
(p. 175) a fim de desenvolver processos e atividades de recuperação e reabilitação
(p. 175), destacando os grupos na área da saúde mental, na perspectiva de reabilitação psicossocial do paciente psiquiátrico.
Finalmente, como refere Iamamoto (1998, p. 52)
o grande desafio na atualidade é, pois, transitar da bagagem teórica acumulada ao enraizamento da profissão na realidade, atribuindo, ao mesmo tempo, uma maior atenção às estratégias, táticas e técnicas do trabalho profissional, em função das particularidades dos temas que são objeto de estudo e ação do assistente social.
Sabemos que o debate sobre esse desafio não se encerra aqui, mas o desejo é que o leitor avance na problematização acerca da intervenção dessa nossa admirável profissão.
Maria Carmelita Yazbek
Sumário
Prefácio
Maria Carmelita Yazbek
Apresentação
Discutir (novamente) os instrumentos de ação em Serviço Social
Maria Lucia Rodrigues
Referências
Serviço Social e o atendimento socioindividual
Sandra Eloiza Paulino
Reflexões em torno do conceito de atendimento socioindividual
A dicotomia entre discurso e ação: o hiato nas produções acadêmicas sobre as abordagens individuais
Trajetória do atendimento individual no Serviço Social brasileiro: um resgate necessário
Reflexos do movimento de ruptura e os dias de hoje
De caso
a sujeito
– uma construção necessária
Apontamentos de uma realidade que reforça a emergência do tema: a fala dos/das protagonistas acerca do atendimento socioindividual no cotidiano profissional
A abordagem individual sob o olhar dos expoentes: análise e interpretação dos dados da pesquisa
A abordagem individual sob o olhar dos pesquisadores/assistentes sociais
Teoria e prática: pressupostos teórico-metodológicos dos atendimentos socioindividuais – caminhos possíveis
À luz de uma conclusão: em busca de novos caminhos
Referências
A ressignificação do trabalho com grupos no Serviço Social: origem e desenvolvimento no Brasil
Mara Thereza Valente
As mudanças socioeconômicas do século XX e suas implicações no trabalho com grupos em Serviço Social
O trabalho com grupos em tempos de tensões do movimento de reconceituação
A orientação não diretiva nos trabalhos com grupos em Serviço Social
Momentos de dispersão e de reorganização
A construção de uma nova ordem societária e os caminhos metodológicos para o trabalho com grupos
Parâmetros para atuação dos/as assistentes sociais no trabalho com grupos
O trabalho com grupos como prática profissional presente nos discursos dos professores e dos/as assistentes sociais
Operando com grupos no cotidiano do Serviço Social: como trabalhamos grupos?
Considerações finais
Referências
Apresentação
Discutir (novamente) os instrumentos de ação em Serviço Social
Maria Lucia Rodrigues
Há tempos o acervo bibliográfico do Serviço Social carece de conteúdos que substanciem os estudos sobre os referenciais técnico-operativos da profissão bem como sobre as mediações capazes de referenciar o trabalho cotidiano do/a assistente social.
Não são desconhecidas as dificuldades dos profissionais com a ausência de fundamentos correlatos ao exercício da ação profissional. Em que se preservem as orientações expressas no projeto ético-político da profissão e em suas diretrizes, é importante reconhecer as diferentes dimensões interventivas e investigativas da profissão e isso vai exigir conhecimentos e visões plurais para ampliação de seus horizontes. O conhecimento assim como a ação, não pode partir apenas de uma ideia ainda que seja um reflexo da realidade; é necessário
[...] considerar os instrumentos que utilizamos para apreendê-la; daí a necessidade de considerar a racionalidade como método, de detectar a racionalização, ainda que ela pareça proceder de estruturas lógicas idênticas às da racionalidade. (Morin, 2001, p. 490)
É nesse contexto – de alguma carência e muitas dificuldades – que se situa o presente livro. Ele veicula um duplo objetivo: incentivar as reflexões em torno dos referenciais teóricos técnico-operativos do Serviço Social e retomar historicamente os fundamentos e as teorias da ação capazes de orientar e qualificar as práticas do/a assistente social.
O livro compõe-se de dois textos cada qual de uma autoria. Direcionados, ambos, àquele duplo objetivo, ao mesmo tempo que autônomos, são também complementares. O primeiro refere-se ao reestudo do atendimento socioindividual como prática profissional cotidiana do/a assistente social, sua trajetória, o contexto metodológico e técnico-instrumental. O segundo diz respeito aos trabalhos com grupos na área da saúde, procurando reconstituir historicamente a trajetória dessa forma de abordagem, seu significado e importância técnico-operativa para o Serviço Social.
Ambos os temas sempre integraram o corpo de conhecimentos do Serviço Social. Este livro tenta redimensionar a importância de um e de outro, isto é, dos trabalhos com grupos e do atendimento socioindividual, escapando a preconceitos e ao receio de retrocessos. Ambos remetem à questão da intervenção, considerada como dimensão privilegiada da prática profissional.
Toda forma de intervenção profissional requer metodologias, formas de abordagens e estratégias, para a ação; envolve conhecimento dos métodos e modos para operá-los. Em recente publicação, Carvalho (2014, p. 170), afirma que as
[...] metodologias de trabalho social são constructos pensados a partir de intencionalidades, conhecimentos experiências. De fato, é a metodologia que costura e assegura a intencionalidade e a efetividade social almejada e estabelece um ordenamento da ação, sustentado por um quadro referencial constituído de aportes teóricos e da experiência acumulada.
E ainda:
[...] interessa refletir sobre as metodologias de trabalho social e o seu papel estratégico para promover a retotalização da ação política, sua articulação e protagonismo do cidadão no processo de implementação e operação de programas sociais voltados a produzir resolutividade, desenvolvimento de capacidade e indução de mudanças. (Ibid., pp. 169-170)
A escolha metodológica é sempre guiada pela questão social, seu contexto tanto local quanto global, pelas ações parciais, pela objetividade e subjetividade que as envolvem, pelos instrumentos e habilidades necessárias. Implica conceber que toda intervenção profissional demanda um movimento que se inicia intencional, orientado para mudanças que, no processo, vão se alterando diante das intercorrências relacionais e estruturais.
Pode-se dizer que a intervenção eficaz instaura um movimento que articula pensamento e discurso, concretizando-se em procedimentos capazes de possibilitar transformações nas condições de relação, de produção, de organização da vida. Nesse sentido, a intervenção pode expressar originalidade na forma de abordar a realidade e no modo de equacioná-la; desenvolve-se através de um conjunto de ações com os usuários, com as equipes nas diversas instâncias institucionais e locais, espaços em que se manifestam as relações objetivas e subjetivas.
Desse modo, é através da intervenção que se operam os significados, os rumos, as mediações, as intenções da ação profissional, revelando os valores morais, éticos e políticos da profissão. "La intervención social es un resultado casi creativo, que surge de una complejidad de elementos, juicios, conocimientos, interpretaciones que constituyen el bagaje del profesional" (Cellentani e Guidicini, 1993 apud Mazzola, 1998, p. 103).
Assim, o exercício profissional traduz-se por um conjunto de ações, na complexidade das relações micro e macrossocial e conjuntural. Há uma tensão e uma solidariedade oculta entre os planos micro e macrossocial; a organicidade desses planos nos conduz à necessária conjugação de seus elementos constituintes – o político, o econômico, o sociológico, o afetivo, o mitológico, o subjetivo... –, que mantêm contínua ligação, interação e interdependência entre si, entre a parte e o todo, entre o todo e as partes.
Esse é o horizonte de compreensão dos instrumentos técnico-operativos do Serviço Social, das formas de abordagens e das estratégias de ação. Qualquer que seja a escolha, a definição deverá sempre estar associada ao contexto, aos conhecimentos do conjunto da realidade, aos métodos que possam considerar dialogicamente as forças de conjunção e de disjunção. Em tempos de disjunção, em que com muita dificuldade nos dispomos ao aprendizado da religação dos saberes, busca-se uma redefinição do sujeito, do educador, do intelectual não como solucionador de problemas, mas, como um caçador, um explorador de culturas polifônicas, da arte de organizar seu próprio pensamento relacionando informação e conhecimento, conjunto e contexto.
O que importa é interrogar o instituído, o saber e a si mesmo e tentar espantar certa apatia de pensamento, de participação e de criação. Estes são alguns desafios com os quais nos defrontamos ao reconduzir os estudos e ao repensar propostas sobre o trabalho com grupos e atendimentos socioindividuais. Nesse sentido, discutir – novamente – os instrumentos de ação em Serviço Social é discuti-los outra vez, mas, também de modo novo.
Referências
CARVALHO, M. do C. B. (2014). Gestão Social e Trabalho Social – desafios e percursos metodológicos. São Paulo, Ed. Cortez.
MAZZOLA, A. B. (1998). La construcción del conocimento en trabajo social
. In: BUENO ABAD, J. R. e GARCIA MARTINEZ, A. (dirs). La construcción y transmisión de los saberes en el trabajo social. Valência, Nau Libres.
MORIN, E. (2001). A Religação dos Saberes – o desafio do século XXI. Tradução de Flávia Nascimento. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil.
Serviço Social e o atendimento socioindividual
Sandra Eloiza Paulino
Reflexões em torno do conceito de atendimento socioindividual
Esse tema é o resultado de um exercício de reelaboração de nossa tese de doutorado, concluída, em 2011, no Programa de Estudos Pós--Graduados em Serviço Social, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.¹ Os motivos que levaram a construção da referida tese e orientaram a definição do objeto de estudo, a prática profissional do/a assistente social no atendimento socioindividual
, são constitutivos de nossas inquietações no exercício de nossa prática e, portanto, integram nossa experiência profissional.
Inicialmente, cabe refletir sobre três conceitos aqui destacados: de prática profissional; de atendimento e o de socioindividual.
O termo prática profissional² é aqui utilizado como um dos componentes do processo de trabalho do/a assistente social, compreendido como uma atividade humana exercida por sujeitos de classe
(Iamamoto, 2001, p. 64).
Para a referida autora, o/a assistente social, na divisão sociotécnica do trabalho, é inserido/a como um/a trabalhador/a assalariado/a.
Então, o Serviço Social é um trabalho especializado, expresso sob a forma de serviços, que tem produtos: interfere na reprodução sociopolítica ou ideopolítica dos indivíduos sociais [como, também, nas relações e na dinâmica do cotidiano dos sujeitos]. [...] Assim, a análise das características assumidas pelo trabalho do/a assistente social e de seu produto depende das características particulares dos processos de trabalho que se inscreve. (Ibid., pp. 69-70)
Pensar a prática profissional, como parte do processo de trabalho do/a assistente social,
permite ultrapassar aquela visão isolada da prática do/a assistente social como atividade individual do sujeito, ampliando sua apreensão para um conjunto de determinantes que interferem na configuração social desse trabalho (dessa prática) e lhe atribuem características particulares. (Ibid., p. 70; grifo nosso)
Compreendemos a prática profissional não como algo estático, mas construída no processo histórico e que, portanto, pressupõe um dinamismo e exige metodologias capazes de apreensão desse movimento de modo a acompanhar as mudanças da e na sociedade, bem como as novas demandas postas à profissão.
Segundo Rodrigues (1999), a prática profissional concretiza-se nas peculiaridades das intervenções sociais que, quando desenvolvidas com a intencionalidade profissional, são consideradas como a
Interposição consciente que se efetiva na realidade social; expressa os modos de interferir, de agir. [...] É a intervenção que dá forma, caracteriza e determina o modo do fazer profissional desvelando a especificidade do Serviço Social no campo das ciências sociais aplicadas. [...] Conhecer, compreender e intervir são condições básicas para o exercício da prática profissional assim como querer saber, assumir e responsabilizar-se por ações que interpelem a realidade social, direcionadas às necessidades singulares e coletivas, rumo às transformações sociais. (Ibid., pp. 15-17)
A autora considera dois ângulos importantes para a discussão dessa prática profissional: a dinâmica da ação e o cotidiano. A dinâmica da ação diz respeito ao modo do fazer profissional e suas implicações,
[...] ao movimento de construção e desconstrução provocado pelo