Manifesto do partido comunista
De Karl Marx e Fridrich Engels
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Sobre este e-book
Karl Marx
Karl Marx (1818-1883) was a German philosopher, historian, political theorist, journalist and revolutionary socialist. Born in Prussia, he received his doctorate in philosophy at the University of Jena in Germany and became an ardent follower of German philosopher Georg Wilhelm Friedrich Hegel. Marx was already producing political and social philosophic works when he met Friedrich Engels in Paris in 1844. The two became lifelong colleagues and soon collaborated on "The Communist Manifesto," which they published in London in 1848. Expelled from Belgium and Germany, Marx moved to London in 1849 where he continued organizing workers and produced (among other works) the foundational political document Das Kapital. A hugely influential and important political philosopher and social theorist, Marx died stateless in 1883 and was buried in Highgate Cemetery in London.
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Manifesto do partido comunista - Karl Marx
Karl Marx e Friedrich Engels
Manifesto
do
Partido Comunista
TEXTO INTEGRAL
Tradução
Antonio Carlos Braga
Título original Alemão: Manifest der Kommunistischen Partei
Copyright © Editora Lafonte Ltda., 2018
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida sob quaisquer
meios existentes sem autorização por escrito dos editores.
Direção Editorial Ethel Santaella
Coordenação Denise Gianoglio
Organização Editorial Ciro Mioranza
Tradução Antonio Carlos Braga
Revisão Suely Furukawa
Diagramação Eduardo Nojiri
Imagem OXYGEN64/Shutterstock.com
Editora Lafonte
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Apresentação
O Manifesto do Partido Comunista é o primeiro brado do comunismo para o mundo. É sua apresentação como movimento revolucionário. É o catecismo dos comunistas elaborado por dois jovens filósofos alemães, Marx e Engels, a pedido da Liga dos Comunistas. Redigido em 1848, o Manifesto prepara a revolução que haveria de influenciar a política e a economia do mundo inteiro. Seu primeiro objetivo é revolucionar as ideias, mudar a forma de pensar a vida, de pensar a sociedade, de pensar o trabalho. As relações intrínsecas e extrínsecas do poder precisam ser redimensionadas, precisam ser submetidas a uma reviravolta para que o povo e, em particular, o trabalhador assuma outro significado e outro papel na sociedade. Um espectro ronda a Europa
– assim começa o Manifesto, constituindo-se numa ameaça, além de um grito de alerta. O trabalhador, o operário necessita de seu espaço digno na sociedade, um espaço que sempre lhe foi negado por todos os regimes políticos. Oprimido e escravizado, simples instrumento de produção de bens, o trabalhador deverá se transformar de vítima do sistema em condutor de um novo modelo de distribuição de todos os bens que estão concentrados nas mãos de poucos.
O operário é uma força. E vai entrar em cena. Com a luta de classes, com a revolução, com a derrubada da burguesia exploradora, com a abolição das monarquias absolutistas, com o redimensionamento dos setores de produção, de comércio e de consumo. Em poucas palavras, o Manifesto prega a inserção do trabalhador na sociedade com todos os direitos que eram, na época de Marx, privilégio dos governantes e da burguesia. Diante de uma história de milênios, na qual as camadas inferiores da sociedade sempre foram espezinhadas e oprimidas, mesmo após o surgimento do cristianismo que pregava a igualdade e a fraternidade, a solução para romper essa opressão é a luta de classes que conduz necessariamente à revolução e, por conseguinte, à remodelação do regime político e de governo em que se exige, necessariamente, a participação das massas.
Documento denso e breve, pregação de nova ordem social, o Manifesto do Partido Comunista não necessita de maiores comentários, até porque, hoje, todos sabemos a que revoluções de ideias e de armas este grito de alerta conseguiu levar o mundo e, em particular e mais concretamente, algumas áreas geográficas deste planeta.
O tradutor
Prefácio da edição alemã de 1872
A Liga dos Comunistas[1], associação operária internacional que, nas condições de então, evidentemente só podia ser secreta, encarregou os signatários deste, delegados ao congresso realizado em Londres em novembro de 1847, da redação de um programa teórico e prático pormenorizado do Partido para fins de publicação. Esta é a origem deste Manifesto, cujo manuscrito foi enviado a Londres para impressão, poucas semanas antes da Revolução de Fevereiro[2]. Publicado primeiramente em alemão, teve nesta língua pelo menos doze edições diferentes na Alemanha, na Inglaterra e na América. Traduzido para o inglês por Miss Helen Macfarlane, apareceu primeiro em 1850 em Londres, no Red Republican[3], e na América apareceu em 1871, tendo pelo menos três traduções diferentes. Em francês, apareceu uma primeira vez em Paris, pouco antes da insurreição de junho de 1848[4] e, recentemente. em Le Socialiste de Nova Iorque[5]. Uma nova tradução está sendo preparada. Foi feita também uma edição em polonês na cidade de Londres, pouco tempo depois da primeira edição alemã. Em russo, apareceu em Genebra na década de 1860. Foi igualmente traduzido para o dinamarquês logo depois de sua publicação original.
Embora as condições tenham mudado muito no curso dos últimos vinte e cinco anos, os princípios gerais expostos neste Manifesto conservam, ainda hoje, em suas grandes linhas toda a sua exatidão. Seria necessário rever, aqui e acolá, alguns pormenores. O próprio Manifesto explica que a aplicação prática dos princípios dependerá sempre e em toda parte das circunstâncias históricas existentes e, por conseguinte, não se deve atribuir demasiada importância às medidas revolucionárias propostas no fim do segundo capítulo. Esta passagem seria redigida hoje, sob muitos aspectos, de modo bem diferente. Em vista dos imensos progressos da grande indústria nos últimos vinte e cinco anos e dos progressos paralelos que realizou, em sua organização como partido, a classe operária; em vista das experiências práticas, primeiro da revolução de Fevereiro, depois e principalmente da Comuna de Paris[6] que, durante dois meses, pela primeira pôs nas mãos do proletariado o poder político, este programa se tornou antiquado hoje em determinados pontos. A Comuna, de modo particular, demonstrou que a classe operária não pode se contentar em apoderar-se da máquina do Estado tal qual existe e fazê-la funcionar em benefício próprio
(ver Der Büergerkrieg in Frankreich, Adresse des Generalrats der Internationalen Arbeiterassoziation – A Guerra Civil na França. Mensagem do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores – onde esta ideia é mais longamente desenvolvida). Além disso, é evidente que a crítica da literatura socialista apresenta uma lacuna para o período atual, porquanto se detém em 1847. E, de igual modo, se as observações sobre a posição dos comunistas com relação aos diferentes partidos de oposição (capítulo IV) são hoje ainda exatas em seus princípios, envelheceram, contudo, em sua aplicação, porque a situação política se modificou de ponta a ponta e a evolução histórica fez desaparecer a maioria dos partidos ali enumerados.
Entretanto, o