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Ódio À Política, Ódio Ao Pensar
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E-book166 páginas1 hora

Ódio À Política, Ódio Ao Pensar

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Sobre este e-book

Uma obra que aborda a atual situação político-filosófica do Brasil. São páginas de muita e profunda reflexão.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de jul. de 2020
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    Ódio À Política, Ódio Ao Pensar - Marco Aurélio De Passos Rodrigues

    Prefácio

    Há muito tempo, filósofos, religiosos, mártires e até mesmo o próprio filho de Deus, segundo o Livro Sagrado (bíblia) tentaram sistematicamente ao longo dos séculos e dos milênios, estabelecer um estado de harmonia, esperança, amor e paz entre os homens do mundo, fato é que a linha histórica da cronologia humana, por intermédio dos processos de conflitos, catástrofes e guerras faz-nos refletir que este é um pensamento muito abstrato, ingênuo e até fantasioso sob determinados aspectos da vida humana.

    Ao longo desse percurso, podemos apontar alguns fatores determinantes para o nascimento desse sentimento chamado ódio, e suas razões. A maioria dos eventos humanos que ocorreram nessa esteira, estavam centrados na disputa pelo Poder, Pensamento Religioso, disputas geográficas de territórios e fundamentalmente dinheiro ou valores agregados a algum objeto raro.

    A etimologia da Palavra Ódio deriva-se do Latim, pronunciando-se odĭum que significa (aversão, repugnância, antipatia), poderíamos citar diversos exemplos de uso dessa palavra , tendo em vista que os mesmos não nos faltam, mas vamos falar um pouco do Imperador Calígula, já ouviram falar? Aquele que tinha a ruindade no sangue, muitas vezes chamado de a própria peste, era um homem detestável pelos seus atos. Tanto que um dia um de seus homens criou coragem para dizer lhe, que o povo o estava odiando pelo que fazia. Ele, em sua arrogância, respondeu:

    Oderint, dum metuant, ou seja, Odeiem, contanto que temam. Esse é um exemplo muito claro de um sujeito que cultiva o ódio dentro de si.

    Como supracitado, o ódio precisa de corações, de portadores, para que se personifique e consiga colocar em prática sua assinatura, sua marca, que muitas vezes pode ser até sinônimo de alguma personalidade (figura histórica humana),como por exemplo acontecera na Segunda Grande Guerra com o odioso comandante do exército nazista, Sr. Adolf Hitler , um austríaco, comandando uma nação da qual não pertencia naturalmente deixou-nos um dos maiores exemplos de ódio da história, conseguiu convencer uma nação civilizada a odiarem, na sua grande maioria, os Judeus, que foram vítimas de um dos maiores genocídios da história humana, se não o maior.

    Mas não nos enganemos, porque ao longo dos milênios, instituições rigorosamente religiosas com matriz cristãs, especificamente a católica, também promoveu tempos de caos e de violência sobre a Terra , executando seus divergentes, matando a fio de espada milhares de inocentes por todo o mundo medieval, por isso denominamos a Idade Média de Idade das Trevas, tamanho o horror e do terror que as pessoas passaram pelo predomínio do ódio.

    Por outro lado na linha histórica, esse sentimento ruim não se sustenta, seu discurso é vazio, frio, preconceituoso, os eventos coordenados pelo ódio são eventos pontuais na história humana, lembremo-nos da escravidão em vários períodos diferentes, condenando um povo, várias gerações de seres humanos a um sofrimento inenarrável, causado por seus pares (humanos), que eram embebidos pelo ódio.

    Esta obra, trata-se de uma ilha de esperança em meio a um oceano de intolerância, semeado pelas classes dominantes no Brasil, e que se floresce no verão do ano de 2019 com a posse do Sr. Presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro.

    Registra-se que em todo meu tempo de vida não havíamos experimentado um momento tão delicado em relação ao povo brasileiro e esse sentimento, nosso povo que era conhecido mundialmente pela sua passividade, passa a partir de então, do referido pleito eleitoral, a uma polarização política de posições ,valores, entendimentos filosóficos, passando pela religião até a política, propriamente dita a uma escalada de violência sem precedentes.

    Fazemo-nos saber que trataremos aqui ao longo dessa narrativa, todos os estágios dessa história que nesse momento encontra-se enraizada no ceio de muitas famílias que se despojaram de suas relações e que aceitaram assumir verdadeiras rupturas em seu relacionamento interpessoal, em nome de uma divergência de ideias que parece não ter fim.

    Precisamos registrar aqui nesse prefácio, que o homem que fora encarregado de pacificar a nação, cuidar der seu povo e semear a paz, de longe é o maior promotor do ódio contra instituições e pessoas ao longo de sua biografia, com uma extensa retórica que vai de apoio a tortura ao desejo que seus adversários políticos morram sofrendo de câncer, passando por outros detalhes que trataremos aqui como o desejo do extermínio de pessoas homossexuais.

    Fato é que conforme já discutimos anteriormente esse sentimento não é uma novidade para os homens, especialmente para os brasileiros que vivem permeados historicamente por casos de violência seja ela doméstica, urbana e etc. Porém desta vez o discurso de ódio encontrou uma certa legitimidade no coração me milhares de pessoas, que antes por questões éticas e até de moral, reprimiam seu discurso sabendo que ele não teria forças de ser, em uma sociedade pacífica em sua essência.

    A partir da deste janeiro de 2019, essa vertente odiosa tomou legitimidade, oferecendo resguardo no próprio discurso do Estado Brasileiro, dando guarida a pessoas que tinham esse sentimento represado em seu interior, e que só aguardavam essa legitimação por parte de algum ídolo populista, nesse caso específico, o próprio presidente da república.

    Desde então a situação de conflito, agressões e de ataques ao estado democrático de direito só agrava-se, inclusive no meio político e do pensamento, as redes sociais escancaram afirmações criminosas, xenofóbicas e intolerantes, tudo isso regado a muita mentira Fake News e por vários aparelhos de comunicação não oficiais que são verdadeiras fábricas de incitação ao ódio.

    Aqui veremos também, como a desinformação e a mentira são aliadas no processo de consolidação desta triste realidade.

    A leitura destas páginas é um convite para entendermos e refletirmos sobre  esse fenômeno que assola contemporaneamente a nossa sociedade e a aversão a toda a produção científica e o livre pensamento de ideias, até mesmo aquele que por intermédio daquelas famosas conversas nos almoços de domingo que viraram contexto de verdadeiras batalhas bestiais, com muto verniz de agressões e raiva, vamos retomar tudo isso adiante, bem vindo a 2020, o ano do ódio.

    Thiago Gomes Soares

    INTRODUÇÃO: PRENÚNCIOS DE TORMENTA

    A prática violenta da política brasileira sempre existiu, mas foi com as eleições de 2014 que a radicalização se aprofundou. Radicalização esta que, não fosse em termos de maior politização, foi justamente o seu contrário: a difusão massiva do ódio e do emburrecimento.

    Este novo comportamento social não é, necessariamente, político. Atualmente, além da mídia, a internet passou a ser o principal meio de veiculação e reprodução desse tipo de pensamento, cuja principal marca é uma construção coletiva da ausência de reflexão e a aceitação pacífica e inocente das informações.

    Vivemos em uma época que denomino de Cegueira de Saramago, ou seja, trata-se de uma cegueira coletiva, da qual, a maior parte dos cidadãos não enxerga o que está acontecendo. Sendo cegos, acham que veem, mas, no fundo, nada enxergam.

    Esta metáfora ilustra bem o estado atual da situação: o espalhamento da burrice desenfreada, somada ao processo sistemático de Fake News, mais o espalhamento do ódio, deixa claro o atual contexto: a difamação e a derrubada a qualquer custo do adversário, não importando os meios a serem usados. O objetivo é a eliminação por completo do adversário.

    Esse processo arquitetônico está acontecendo em vários países da América do Sul, cujo objetivo é a implementação das políticas neoliberais e a apropriação das riquezas nacionais.

    Brasil, Paraguai, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Argentina são países que sofreram diretamente o processo de desestabilização programada, comandada pelo imperialismo americano, cujo objetivo é a implementação do processo massivo de alienação, cegueira e emburrecimento, trata-se da cegueira de Saramago, ou seja, a cegueira total de seus habitantes, de modo que estes sejam cegos que veem, mas não vem.

    Em um contexto onde as informações estão praticamente democratizadas, poderíamos pensar que os saberes estão de livre acesso aos habitantes. Mas não! Com esse processo incessante da difusão da burrice, ignorância e ausência de saberes, o que se vê são cada vez mais analfabetos políticos, que se iludem facilmente com as informações dadas.

    Também há outro fenômeno interessante: o ódio ao pensamento, a reflexão crítica em detrimento dos xingamentos e ausência de argumentos, traz à arena do debate o jogo rasteiro e sujo da velha política.

    Tais pessoas, reacionárias em si mesmas, estão acostumadas à receita pronta, sem questionamentos desagradáveis para as crenças e dogmas confortáveis e, muitas vezes, idiotizantes (no sentido grego antigo do

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