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O Cordel em Sala de Aula: Sugestões Didático-Pedagógicas para o Uso da Literatura Popular Visando ao Incremento da Leitura
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O Cordel em Sala de Aula: Sugestões Didático-Pedagógicas para o Uso da Literatura Popular Visando ao Incremento da Leitura
E-book248 páginas2 horas

O Cordel em Sala de Aula: Sugestões Didático-Pedagógicas para o Uso da Literatura Popular Visando ao Incremento da Leitura

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Sobre este e-book

Na sociedade letrada de hoje, o sucesso acadêmico, o emprego seguro e a autonomia pessoal refletem-se na proficiência em leitura e escrita. Não por acaso, a leitura e a escrita são as habilidades mais básicas da escolaridade. Assim, todas as crianças que ainda não são capazes de entender o código escrito devem ser ensinadas a ler, pois essa é a responsabilidade essencial da educação. Aprender a ler é reconhecido como a conquista mais importante dos primeiros anos de educação formal. O sucesso dos alunos, em muitas áreas de sua vida, está relacionado à sua capacidade de leitura. No que diz respeito ao papel do professor nesse processo, a propósito, convém destacar que as próprias percepções e crenças dos professores afetam suas instruções, os conhecimentos, as experiências e os objetivos a serem alcançados com os alunos. Nessa perspectiva, embora não exista um método perfeito para ensinar as crianças a ler, em todo o processo de ensino-aprendizagem é importante que professores, formuladores de políticas, pesquisadores e formadores de professores estejam sintonizados com as novas metodologias, para programarem as melhores estratégias para auxiliarem seus alunos a se tornarem leitores eficientes e críticos.
Uma questão que motiva esse estudo é a de que o Cordel, enquanto artefato estético e como gênero estreitamente ligado à mentalidade popular, pode contribuir, de maneira relevante, com a ampliação do leque de habilidades a serem trabalhadas com o aluno, visando a formação integral. Assim, além do elemento lúdico, o Cordel pode auxiliar a discutir valores, refletir sobre a identidade cultural nordestina, pensar a respeito dos pontos de contato entre o erudito e o popular, discutir e analisar formas de uso da língua portuguesa nem sempre valorizadas pela escola etc.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de jul. de 2023
ISBN9786525045665
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    Pré-visualização do livro

    O Cordel em Sala de Aula - Arusha Kelly Carvalho de Oliveira

    capa.jpg

    Sumário

    CAPA

    INTRODUÇÃO

    1

    LEITURA: A TEORIA E A PRÁTICA NA ESCOLA BRASILEIRA

    1.1 A SITUAÇÃO DA LEITURA NO BRASIL E SUAS CAUSAS

    1.2 O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA NO BRASIL

    1.3 A IMPORTÂNCIA DOS TEXTOS LITERÁRIOS EM SALA DE AULA

    1.4 HABILIDADES DESENVOLVIDAS NO ÂMBITO ESCOLAR À LUZ DOS DOCUMENTOS OFICIAIS (PCN, BNCC E RCNEI)

    2

    O CORDEL COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

    2.1 PANORAMA HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DA LITERATURA DE CORDEL

    2.2 AS POTENCIALIDADES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DA LITERATURA DE CORDEL

    3

    METODOLOGIA DA PESQUISA

    3.1 TIPO DE PESQUISA

    3.2 CORPUS (OBRAS CRITICAMENTE REVISTAS)

    3.3 CATEGORIAS BÁSICAS

    3.4 DESENHO DA PESQUISA

    3.5 PREMISSAS

    4

    SUGESTÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS ENVOLVENDO O CORDEL EM SALA DE AULA

    4.1 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O USO DO CORDEL EM SALA DE AULA

    4.2 TÉCNICAS CENTRADAS NA LEITURA, VOCABULÁRIO E ESTILO DO CORDEL

    4.3 GRUPO DE TÉCNICAS RELATIVAS À ESPECIFICIDADE DO GÊNERO E SUA CIRCULAÇÃO

    4.4 GRUPO DE TÉCNICAS RELATIVAS AOS CONTEÚDOS TRABALHADOS NO CORDEL

    4.5 DIÁLOGOS INTERSEMIÓTICOS: CORDEL E OUTRAS LINGUAGENS

    5.6 OUTRAS TÉCNICAS ENVOLVENDO O CORDEL

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    REFERÊNCIAS

    SOBRE A AUTORA

    SOBRE A OBRA

    CONTRACAPA

    O Cordel em sala de aula

    sugestões didático-pedagógicas para o uso da

    literatura popular visando ao incremento da leitura

    Editora Appris Ltda.

    1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.

    Catalogação na Fonte

    Elaborado por: Josefina A. S. Guedes

    Bibliotecária CRB 9/870

    Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT

    Editora e Livraria Appris Ltda.

    Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês

    Curitiba/PR – CEP: 80810-002

    Tel. (41) 3156 - 4731

    www.editoraappris.com.br

    Printed in Brazil

    Impresso no Brasil

    Arusha Kelly Carvalho de Oliveira

    O Cordel em sala de aula

    sugestões didático-pedagógicas para o uso da literatura popular visando ao incremento da leitura

    A Deus.

    A meus pais – luz e estrada da minha vida.

    A meu esposo (amor maior); a amigos e familiares (a razão do meu viver).

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço ao Pai Celeste, Deus, pelo dom da vida, pelo mundo maravilhoso, que nos proporciona viver intensamente nele.

    Agradeço a meus pais, Antônio José Viana de Oliveira e Tiana Reinaldo, por serem tudo na minha vida. Por serem minha luz e estrada. Agradeço-lhes a luta de vida, de ambos, suas batalhas para que eu tivesse – e ainda tenho – uma existência digna e plena, respeitando a vida, as pessoas, e a não ser grande nem pequena e, sim, a ser gente! (palavras que sempre ouço do meu pai). Agradeço-lhes por todos os caminhos de pedras, que ambos tiveram que percorrer, para que eu tivesse um caminho de flores. Sem eles, claro, não estaria fechando esta etapa da vida. Pai, mãe, obrigada! Amo-os com toda a força do meu ser e do meu coração.

    Meu amor maior, meu esposo, meu amigo, companheiro, parceiro, cúmplice em tudo, João Paulo Leão, agradeço-lhe por todo o apoio, por toda a paciência e por todo o incentivo de coragem para viver os anos acadêmicos e pós-acadêmicos.

    Você sempre é meu porto, quando eu mais preciso, quando eu viajava, sozinha, para estudos. Só pensar em sua pessoa e em seu carinho deixava-me tranquila quando estava longe de casa. E quando você me acompanhava em algumas dessas viagens, sou-lhe grata pela ajuda das pesquisas, dos trabalhos e das atividades. Dizer que o amo é o fogo que mantém meu coração aceso. Amo-o muito! Obrigada!

    Agradeço à minha linda família e aos amigos que sempre estão comigo, em minhas vitórias, conquistas e em minhas derrotas, visto a vida precisar dar-nos umas quedas para aprendermos a levantar e a seguir em frente. Quando caímos, são as mãos dos familiares e amigos que nos apoiam, para nos erguermos e prosseguir o caminho.

    Agradeço, especialmente, em memória, a meu querido sogro, Roberto Leão, que esteve comigo em meu baile de formatura, dividindo essa alegria. Infelizmente, não poderá dividir mais esta alegria, presencialmente, e, sim, em meu coração. Ele foi grande entusiasta pela minha vida acadêmica e encantava-me ver o brilho em seus olhos quando eu falava da faculdade. Foi um segundo pai que a vida, carinhosamente, me presenteou. Obrigada, por tudo, querido sogro! Esta obra é, também, para você.

    Agradeço, imensamente, a meus mestres das escolas, da Universidade Federal do Ceará e da Anne Sullivan University, que, atualmente, é a Absolute Christian University. Afinal, ser professor é uma dádiva divina e eu não poderia estar mais feliz por tantos exemplos úteis e lindos, que reforçaram minha decisão em tomar esse ofício para continuar e expandir os conhecimentos adquiridos com tantas pessoas maravilhosas e competentes. Obrigada, ilustres mestres! Vocês construíram esse caminho que sigo com orgulho, em virtude de amar ser professora, afora orgulhar-me muito de poder afirmar o que escrevi linhas anteriores.

    De todos os meus professores, destaco duas pessoas maravilhosas em minha vida: Iany Bessa. Muito obrigada por tudo. Você foi muito além do que é ser professor. Você deixou de me educar academicamente, mas continua a educar-me para a vida. As conversas e as visitas a seu lar são sempre aprendizados. Jamais deixarei de aprender com você. Por isso, os agradecimentos por ser essa pessoa maravilhosa, essa mestra da vida, essa amiga-irmã-parceira. Obrigada, por tudo! Que Deus sempre a ilumine e a sua linda família, com a qual tenho a honra e o prazer de conviver um pouco.

    Agradeço, também, a meu coorientador Stélio Torquato, outro mestre da vida! E – diga-se de passagem – outro amigo-irmão-parceiro, que Deus me presenteou majestosamente. Se, antes de ser sua aluna, eu tinha um carinho pelo Cordel, convivendo com você, aprendi amar essa importante literatura e cultura nordestina – maior legado literário. Obrigada, por ser esse ser iluminado e maravilhoso em minha vida. Obrigada por sempre caminhar comigo, durante minha vida acadêmica e pós-acadêmica. A Universidade Federal do Ceará é rica em ter um tesouro em forma de professor, que é você. Obrigada, por tudo! Minhas orações são sempre para que Deus, também, o ilumine e a sua linda família. Amo poder ter a honra de conviver com ela.

    Por fim, os agradecimentos aos amigos do mestrado, à coordenação, na pessoa da Dênia Brito, prestativa e um anjo para nós, alunos. Foi zelosa como uma mãe e sempre estava a nosso lado durante esse percurso, não tão fácil, porém engrandecedor.

    APRESENTAÇÃO

    A literatura de cordel, por tanto tempo alvo do desdém de parte da elite brasileira e das instituições de ensino e de pesquisa, que viam a obra popular como um artefato destituído de qualidade estética que justificasse o trabalho em sala de aula, vem conquistando cada vez mais o interesse das universidades. Multiplicam-se trabalhos que têm o cordel como objeto de estudo, proliferam eventos acadêmicos que divulgam esses trabalhos, formam-se grupos de estudos interessados em conhecer melhor a obra dos poetas populares. Por outro lado, as feiras de livros pelo Brasil afora contam cada vez mais com a participação de cordelistas. Sintomas inquestionáveis de que a realidade do cordel no cenário cultural brasileiro tem mudado ara melhor, para o que, indubitavelmente, contribui bastante o reconhecimento do cordel como patrimônio imaterial do povo brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2018.

    Como coordenador do Grupo de Estudos Cordelista Arievaldo Viana (GECAV) há quase quinze anos, posso testemunhar o quanto o universo em que está inserido o cordel é rico, constituindo-se a literatura de folhetos uma dimensão fascinante da cultura popular. No cordel, registra-se a graciosidade da linguagem do povo, de sua forma de olhar para o mundo, de seu modo de explicar fenômenos da natureza, de seu jeito de se relacionar com o Sagrado. No cordel, observa-se um esforço de preservação e ritualização da memória de figuras que, de alguma forma, representam o ideário e os valores do povo, genuíno panteão popular do qual fazem parte o padre Cìcero, Lampião, o Conselheiro, Dragão do Mar e, claro, os amarelinhos do cordel – João Grilo, Chicó, Cancão de Fogo, Camonge etc. Cabe ainda destacar figuras como seu Lunga, personificação do mau-humor, e os sertanejos, expostos ao drama das secas e de outros infortúnios, mas sempre renovados pela força da fé.

    Ciente de toda essa pujança cultural do cordel é que a mestra em Educação Arusha Kelly Carvalho de Oliveira, minha parceira há anos nas trincheiras do GECAV, decidiu fazer do cordel o objeto de estudo do presente trabalho. A autora disponibiliza aos leitores o fruto de uma pesquisa relevante, tendo como principal objetivo discorrer sobre a possibilidade de utilização da poesia popular como instrumento auxiliar no processo de ensino-aprendizagem da leitura. Nesse processo, como assinala a pesquisadora no resumo da sua pesquisa, preocupando-se em aliar a teoria à prática, o trabalho encerra-se com a apresentação de sugestões metodológicas aos educadores, interessados em incluir o Cordel em sala de aula.

    Para melhor situar o contexto da sua pesquisa junto aos leitores, a autora dá início ao seu trabalho com a análise do quadro atual da leitura nas escolas brasileiras, levantando questões que se apresentam ainda como desafios a serem enfrentados pelos educadores que se dedicam ao desenvolvimento dessa habilidade junto ao alunado. Para tanto, apoia-se na revisão crítica de obras de autores de referência no âmbito dessa discussão, incluindo Roland Barthes, Jean Foucambert, Paulo Freire, Mary Kato, Ezequiel Theodoro da Silva, Frank Smith e Magda Soares. Para além dessas leituras, a autora também se vale da sua experiência como educadora. Com toda essa bagagem, Arusha Kelly nos franqueia um levantamento das tradicionais e das novas dificuldades que marcam o processo de ensino-aprendizagem da leitura em nosso país. Ademais, apresenta os resultados de sua análise de documentos oficiais que tratam das habilidades a serem desenvolvidas no âmbito escolar – PCN, BNCC e RCNEI.

    Dando prosseguimento à pesquisa, a autora passa a tratar especificamente a partir do segundo capítulo do trabalho do objeto central de estudo: a literatura de cordel em sua relação com o desenvolvimento da leitura discente, ou seja, da condição do cordel como ferramenta auxiliar do processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, ela se fundamenta no estudo de autores importantes dessa área, cabendo citar os nomes de Márcia Abreu, Marco Haurélio Farias, Ana Maria de Oliveira Galvão, Aderaldo Luciano, Ana Cristina Marinho, Hélder Pinheiro, Francisco Paiva das Neves e Stélio Torquato Lima.

    Essa parte específica do trabalho tem início com a exposição de um panorama histórico do cordel e das características desse gênero poético. A seguir, discorre sobre as potencialidades didático-pedagógicas da literatura de cordel, mostrando como um trabalho bem-planejado com a poesia popular pode potencializar o ensino-aprendizagem de habilidades como a ampliação do conhecimento linguístico dos alunos, com o estudo de variações da língua portuguesa antes pouco valorizadas pelas escolas; o desenvolvimento de ações interdisciplinares, dada a variedade temática que caracteriza esse gênero; o desenvolvimento da criatividade dos alunos; a reflexões sobre valores morais (em função de ser o cordel uma obra exemplar, como a fábula, o apólogo etc.); a promoção da diversidade textual; e o favorecimento de um diálogo com outras artes e com outros gêneros textuais.

    Por fim, mas não menos importante, o trabalho se encerra com a exposição de experiências bem-sucedidas com o uso do cordel em sala de aula. Nesse contexto, a autora apresenta sugestões de técnicas envolvendo o cordel no âmbito da sala de aula. Essas sugestões são divididas em seis grupos, conforme o objetivo a ser alcançado com o emprego do cordel enquanto ferramenta auxiliar do processo de ensino-aprendizagem.

    Essa é a ideia geral do excelente trabalho que Arusha Kelly disponibiliza agora aos leitores. Aos interessados em aprofundar as questões que a pesquisadora levanta, o texto que vem à luz pode ser muito relevante,

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