As perspectivas construtivista e histórico-crítica sobre o desenvolvimento da escrita
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As perspectivas construtivista e histórico-crítica sobre o desenvolvimento da escrita - Lígia Márcia Martins
As perspectivas construtivista e histórico-crítica sobre o desenvolvimento da escrita
Coleção Educação Contemporânea
Esta coleção abrange trabalhos que abordam o problema educacional brasileiro de uma perspectiva analítica e crítica. A educação é considerada fenômeno totalmente radicado no contexto social mais amplo e os textos desenvolvem análise e debate acerca das consequências dessa relação de dependência. Divulga propostas de ação pedagógica coerentes e instrumentos teóricos e práticos para o trabalho educacional, considerado imprescindível para um projeto histórico de transformação da sociedade brasileira.
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Todos os direitos desta edição reservados à Editora Autores Associados Ltda.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Martins, Lígia Márcia
As perspectivas construtivista e histórico-crítica sobre o desenvolvimento da escrita [livro eletrônico] / Lígia Márcia Martins, Ana Carolina Galvão Marsiglia. -- Campinas, SP : Autores Associados, 2022. -- (Coleção educação contemporânea)
ePub
Bibliografia.
ISBN 978-65-88717-68-4
1. Alfabetização 2. Construtivismo 3. Pedagogia histórico-crítica 4. Professores - Formação 5. Psicologia educacional I. Marsiglia, Ana Carolina Galvão. II. Título. III. Série.
Índice para catálogo sistemático:
CIBELE MARIA DIAS - BIBLIOTECÁRIA - CRB-8/9427
Bookwire – conversão ePub – abril de 2022
[livro impresso: ISBN 978-85-7496-352-5 | 1.ed. abr. 2015]
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Capa com a colaboração
de Maria Aparecida D. Motta
Arte-final
Maisa Zagria
Aos nossos pais… Influências constantes, presenças eternas.
Sumário
Prefácio
Apresentação
Capítulo 1 – Marcos referenciais da perspectiva construtivista e da psicologia histórico-cultural
1. Considerações acerca dos fundamentos filosófico-metodológicos da epistemologia genética de Jean Piaget e da psicologia histórico-cultural
2. Concepções de desenvolvimento, ensino e aprendizagem para a epistemologia genética e para a psicologia histórico-cultural
Capítulo 2 – A alfabetização para o construtivismo e para a psicologia histórico-cultural/pedagogia histórico-crítica
1. A alfabetização para o construtivismo
2. A alfabetização para a pedagogia histórico-crítica
Considerações Finais
Referências
Sobre as Autoras
Prefácio
Desenvolvimento da escrita. Realmente, trata-se de um tema da maior relevância. Com efeito, o homem se constitui como tal quando começa a produzir seus próprios meios de vida, ou seja, quando começa a trabalhar. E o trabalho não é outra coisa senão uma atividade especificamente humana pela qual o objetivo que é antecipado mentalmente se realiza praticamente.
Ora, antecipar mentalmente significa idear, quer dizer, formular em ideia aquilo que se vai fazer na prática. A capacidade de ideação denota que o homem representa em pensamento os fenômenos do mundo em que vive. Significa, portanto, servir-se de signos para mediar sua relação com a realidade. E o signo por excelência, o signo dos signos, é a linguagem, como bem evidenciou Vigotski.
A linguagem expressa, por meio de sinais sonoros, o pensamento. Um salto importante no desenvolvimento histórico da humanidade foi o surgimento da escrita, isto é, o registro da fala, signo sonoro, por meio de signos visuais. Esse passo reveste-se de grande importância porque objetiva a linguagem em suportes materiais que podem ser transmitidos com grande amplitude no espaço e no tempo, estendendo-se a indivíduos e povos das mais distintas regiões e passando de geração em geração. Tão fundamental foi esse salto que os historiadores tendem a situá-lo como o marco diferenciador entre a pré-história e a história.
Pois bem. A linguagem escrita, por não ser espontânea e natural
como a linguagem oral, mas formal e codificada, requer, para sua assimilação, processos também formais, sistemáticos e codificados. Não pode, portanto, ser aprendida por um processo educativo espontâneo e assistemático. Requer, para ser instituída, uma educação específica, formalmente construída. E a instituição escolar veio para cumprir essa exigência.
Entendemos, então, por que a sociedade moderna e contemporânea, ao ter incorporado em sua própria estrutura organizacional a linguagem escrita, a cultura letrada, converteu a escola na forma principal e dominante de educação. E a porta de entrada no universo da cultura letrada é a alfabetização mediante a qual se alcança o domínio da linguagem escrita, cujo desenvolvimento é a razão de ser da educação escolar em todos os seus níveis e modalidades.
A alfabetização é, portanto, a pedra de toque de todo o sistema de ensino. Seu tratamento inadequado determinará negativamente toda a trajetória escolar.
Segue-se, pois, que o tema deste livro, além de relevante, é muito oportuno e se reveste de grande atualidade especialmente no Brasil, que ainda não implantou seu Sistema Nacional de Educação e, em consequência, não conseguiu até agora universalizar o ensino fundamental e zerar o analfabetismo, com o agravante de se encontrar sob a hegemonia de uma teoria pedagógica que encaminha de forma equivocada o processo de alfabetização de nossas crianças e jovens.
Colocando-se no coração da problemática que está na origem dos insucessos do ensino brasileiro revelados pelas diferentes formas de avaliação, as autoras estruturaram este livro na forma de um confronto entre as perspectivas construtivista e histórico-crítica no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem da linguagem escrita. Para tanto, abordam, no primeiro capítulo, os pressupostos teóricos evidenciando os fundamentos filosóficos centrados no idealismo kantiano da psicologia cognitivista expressa na epistemologia genética de Piaget, por um lado. E, por outro lado, os fundamentos filosóficos centrados no materialismo histórico marxiano da psicologia histórico-cultural desenvolvida pela Escola de Vigotski. A partir desses fundamentos, explicitam, no segundo momento do primeiro capítulo, as concepções de desenvolvimento, ensino e aprendizagem confrontando as duas orientações teóricas.
Estabelecidos os marcos referenciais, as autoras analisam, no segundo capítulo, a forma como o construtivismo concebe e organiza o processo de alfabetização passando, no segundo momento desse capítulo, a explicitar a concepção e organização da alfabetização na perspectiva da pedagogia histórico-crítica.
Apresentado o quadro do tratamento dado à alfabetização pela tendência hegemônica e evidenciada a perspectiva a partir da qual os limites e equívocos da visão hegemônica devem ser superados, as autoras apresentam preciosas considerações finais
em que mostram como os aportes da recente área científica representada pela neurociência respaldam as críticas ao construtivismo e a proposta da pedagogia histórico-crítica apoiada na psicologia histórico-cultural. É de se notar que, à luz dos achados da neurociência, verifica-se que os limites da psicologia genética e, por consequência, do construtivismo não decorrem apenas de se apoiar em suportes biológicos