A Era Das Crises Financeiras:
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A Era Das Crises Financeiras: - Yoandy Casas Mena
ERA DAS CRISES FINANCEIRAS
"Do Crack de 1929 à Quebra do Lehman
Brothers"
YOANDY CASAS MENA
Dedico este livro:
a todos os estudiosos,
pesquisadores e entusiastas da economia, que se dedicam
incansavelmente a desvendar os mistérios por trás das
crises financeiras. Que estas páginas sirvam como um
guia para a compreensão das fragilidades e dos desafios
enfrentados pelo sistema financeiro global.
Também quero expressar minha gratidão a todos aqueles
que trabalharam arduamente para fortalecer
estabilidade financeira e evitar crises futuras. Aos
reguladores, legisladores, economistas
líderes
a
e
visionários que se empenham em criar um sistema mais
resiliente e sustentável, nosso sincero reconhecimento.
Por fim, dedico este livro àqueles que sofreram as
consequências das crises financeiras, seja na forma de
perdas
financeiras,
desemprego
ou
dificuldades
econômicas. Que nossa busca por uma compreensão mais
profunda e por soluções duradouras possa ajudar a
construir um futuro mais justo e próspero para todos.
Que este livro sirva como uma luz no caminho, oferecendo
conhecimento e perspectivas que nos inspirem a buscar
um sistema financeiro mais equilibrado, transparente e
responsável.
Com gratidão,
Yoandy Casas Mena
A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
Prefácio
Introdução
4
6
8
Capitulo: 1 A Grande Depressão (1929-1933)
Capitulo: 2"Crise do Petróleo: A Transformação do
Mundo (1973-1975)"
54
Capitulo: 3 "Crise da Dívida Latino-Americana:
Desafios Econômicos e Transformações Regionais
(1980-1990)"
100
Capitulo: 4 "Crise Asiática: A Transformação dos
Tigres em Desafios Econômicos (1997-1998)"
147
Capitulo: 5 "A Bolha da Internet: Euforia, Colapso e
Transformação Digital (1999-2001)"
196
Capitulo: 6 "Crise Financeira Global: O Colapso dos
Mercados e o Abalo da Economia Mundial (2007-
2008)"
245
294
296
297
Conclusões
Referências
Agradecimentos
[
3
]
A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
Prefácio
Ao longo da história, o mundo tem sido testemunha de eventos
que abalaram os fundamentos econômicos e financeiros de
nações inteiras. Crises financeiras deixaram cicatrizes profundas
e duradouras, afetando a vida de milhões de pessoas ao redor
do globo. É nesse contexto que mergulhamos nas páginas
deste livro. "A Era das Crises Financeiras: Do Crack de 1929 à
Quebra do Lehman Brothers" é uma obra que busca entender
as origens, os desdobramentos e as lições aprendidas com
algumas das mais marcantes crises financeiras da história. Por
meio de uma análise minuciosa, somos levados em uma
jornada pelos momentos críticos que moldaram o sistema
financeiro global. Este livro não se propõe apenas a relatar os
fatos, mas também a examinar as causas subjacentes, os
fatores desencadeantes e as implicações de longo prazo dessas
crises. Ao compreender as complexidades que levaram a
eventos tão catastróficos, podemos vislumbrar caminhos para a
construção de um sistema financeiro mais estável e resistente.
Nossa busca pela compreensão se estende desde o colapso do
mercado de ações em 1929, conhecido como o "Crack da Bolsa
de Valores de Nova York", até a dramática quebra do Lehman
Brothers em 2008. Nesse intervalo de tempo, encontramos uma
série de episódios marcantes, como a crise do petróleo dos
anos 1970, a crise da dívida latino-americana nos anos 1980 e
a crise financeira asiática de 1997. Cada uma dessas crises nos
oferece valiosas lições sobre os perigos do excesso, da falta de
regulamentação e da especulação desenfreada. À medida que
avançamos nas páginas deste livro, encontraremos análises
aprofundadas sobre as raízes dessas crises, explorando os
desequilíbrios econômicos, os mecanismos de contágio e os
impactos em cascata que se propagaram por todo o sistema
[
4
]
A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
financeiro global. Também examinaremos as respostas
governamentais e as reformas implementadas para mitigar os
efeitos devastadores desses eventos, assim como as medidas
adotadas para evitar crises futuras. Por meio de uma
abordagem objetiva e embasada em pesquisas, este livro busca
contribuir para o entendimento das crises financeiras e seu
impacto na economia mundial. Esperamos que estas páginas
inspirem uma reflexão profunda sobre as práticas e políticas
que moldam o sistema financeiro, estimulando um debate
construtivo e a busca por soluções que garantam a
estabilidade, a transparência e a sustentabilidade do sistema
financeiro global.
Convido você, caro leitor, a embarcar nesta jornada histórica e
analítica, na qual buscamos compreender as lições deixadas
pelas crises passadas. Que esta obra possa desafiar nossas
perspectivas, incentivar a busca por mudanças positivas e nos
capacitar a enfrentar os desafios futuros de forma mais
resiliente e preparada.
Yoandy Casas Mena
PhD, Master em Ciências, Engenheiro, Master Coach e
empresário
[
5
]
A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
Introdução
A história econômica do século XX e início do século XXI é
marcada por uma série de eventos catastróficos que
abalaram os mercados financeiros e desencadearam crises
de proporções globais. Desde o icônico Crash de 1929 até
a desastrosa quebra do Lehman Brothers em 2008, o
sistema financeiro mundial passou por uma série de
abalos que deixaram um legado duradouro. Em "A Era das
Crises Financeiras: Do Crack de 1929 à Quebra do
Lehman Brothers", mergulhamos em um estudo
abrangente sobre as principais crises financeiras que
moldaram o cenário econômico do século passado. Este
livro nos leva em uma jornada histórica, explorando as
causas, os eventos e as consequências dessas crises.
Começamos nossa jornada revisitando o Crack de 1929,
um marco na história financeira que levou à Grande
Depressão e teve impactos duradouros na economia
global. A partir daí, seguimos pelos caminhos tortuosos
das décadas seguintes, analisando a crise do petróleo dos
anos 1970, a crise da dívida latino-americana nos anos
1980 e a crise financeira asiática de 1997. Cada uma
dessas crises nos revela lições valiosas sobre os excessos,
desequilíbrios e falhas do sistema financeiro. No entanto,
é a crise financeira global de 2007-2008 que ocupa um
lugar
central
em
nosso
estudo.
Examinamos
minuciosamente as raízes dessa crise, explorando a bolha
imobiliária nos Estados Unidos, a disseminação de títulos
lastreados em hipotecas e o aumento do endividamento e
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6
]
A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
da
especulação
no
mercado
financeiro.
Consequentemente, somos levados a uma análise
profunda dos eventos que culminaram na quebra do
Lehman Brothers e às consequências de longo alcance
que se seguiram.
Mas este livro não é apenas um relato histórico das crises
financeiras. Buscamos compreender as lições aprendidas
com esses eventos e examinar as reformas e medidas
implementadas para fortalecer a estabilidade financeira e
evitar crises futuras. Refletimos sobre a importância da
regulação
financeira,
da
transparência
e
da
responsabilidade no setor financeiro, destacando o papel
crucial que tais medidas desempenham na proteção dos
mercados e na promoção do crescimento sustentável.
"A Era das Crises Financeiras: Do Crack de 1929 à Quebra
do Lehman Brothers" é uma obra que nos convida a
explorar o passado para compreender o presente e nos
preparar para o futuro. Ao examinar as crises financeiras
passadas, podemos extrair valiosas lições sobre os perigos
do excesso, da especulação desenfreada e da falta de
regulamentação. Ao fazê-lo, esperamos contribuir para
um debate informado e para o fortalecimento de um
sistema financeiro mais resiliente e sustentável
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7
]
A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
Capitulo: 1 A Grande Depressão
(1929-1933)
A Grande Depressão, que ocorreu entre 1929 e 1933, foi
uma das crises econômicas mais devastadoras da história.
Originada nos Estados Unidos, a crise se espalhou para o
resto do mundo, resultando em altos níveis de
desemprego, falências generalizadas, colapso da produção
e uma profunda queda nos padrões de vida.
A crise teve origem na quebra da Bolsa de Valores de
Nova York em 1929, conhecida como "A Quinta-Feira
Negra". Esse evento desencadeou uma onda de pânico e
venda massiva de ações, levando ao colapso dos
mercados
financeiros.
Como
resultado,
muitos
investidores perderam suas economias e empresas foram
à falência.
A queda na atividade econômica resultou em uma espiral
descendente.
A
produção
industrial
diminuiu
drasticamente, e milhões de trabalhadores perderam seus
empregos. Com menos dinheiro para gastar, o consumo
caiu ainda mais, exacerbando a crise.
Além da quebra da Bolsa de Valores, a Grande Depressão
foi amplificada por uma série de fatores, como a
superprodução, o endividamento excessivo, a queda nas
exportações e a falta de regulamentação adequada do
setor financeiro.
Os governos tentaram responder à crise com uma série de
medidas, incluindo políticas de estímulo econômico,
aumento do gasto público e a criação de programas de
[
8
]
A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
emprego. No entanto, essas ações foram em grande parte
insuficientes para reverter a crise e seus efeitos
devastadores.
A Grande Depressão teve um impacto duradouro nas
economias e nas vidas das pessoas. A pobreza e a miséria
se tornaram generalizadas, e o desemprego atingiu níveis
alarmantes. As condições socioeconômicas precárias
levaram a um aumento da desigualdade e ao surgimento
de movimentos sociais e políticos extremistas.
Foi somente com a Segunda Guerra Mundial, que
começou em 1939, que a economia mundial começou a se
recuperar gradualmente. A guerra impulsionou a produção
industrial e criou empregos, ajudando a aliviar os efeitos
da crise.
A Grande Depressão serviu como uma lição importante
para os governos e economistas, levando a uma maior
ênfase na regulação financeira, na criação de redes de
segurança social e no reconhecimento da importância do
equilíbrio entre o mercado livre e a intervenção estatal na
economia.
Até hoje, a Grande Depressão é lembrada como um
período sombrio da história econômica, destacando a
necessidade de precaução e políticas adequadas para
evitar crises semelhantes no futuro
Causas da queda da bolsa de valores de 1929
No livro "A Grande Depressão: A Crise que Abalou o
Mundo (1929-1933)", adentramos em um dos períodos
mais desafiadores da história econômica global.
Analisaremos em detalhes a queda da bolsa de valores de
1929, que marcou o início da Grande Depressão,
explorando as causas subjacentes, os impactos
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9
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A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
avassaladores e as respostas adotadas para enfrentar
essa crise sem precedentes. Nesta obra, mergulharemos
nas complexidades desse período sombrio da história,
visando compreender seus efeitos de longo alcance.
A Euforia dos Anos 20
A Euforia dos Anos 20
, também conhecida como
Loucos Anos 20
ou A Era do Jazz
, refere-se a um
período de otimismo, prosperidade e mudanças sociais
significativas que ocorreu principalmente nas décadas de
1920, após o término da Primeira Guerra Mundial. Embora
seja frequentemente associado aos Estados Unidos, o
espírito e os efeitos dessa euforia também foram sentidos
em outras partes do mundo ocidental.
Aqui estão alguns aspectos-chave da Euforia dos Anos 20:
Prosperidade econômica: Após o fim da Primeira Guerra
Mundial, muitos países experimentaram um período de
crescimento econômico e prosperidade. Nos Estados
Unidos, por exemplo, houve um rápido crescimento
industrial, avanços tecnológicos e aumento da produção
em massa. Isso resultou em uma expansão significativa
do consumo e no surgimento de uma nova classe média.
Revolução cultural: Os anos 20 foram marcados por uma
mudança cultural significativa. Houve uma maior liberdade
de expressão, especialmente nas artes e na música. O
jazz, por exemplo, emergiu como um gênero musical
popular, refletindo a quebra de barreiras sociais e raciais.
Houve também uma transformação nas atitudes em
relação à moda, à dança e ao comportamento social,
desafiando as normas tradicionais.
Avanços tecnológicos: A década de 1920 testemunhou
avanços tecnológicos significativos. O desenvolvimento do
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A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
automóvel, rádio, telefone e cinema trouxe mudanças
drásticas na forma como as pessoas se comunicavam e se
divertiam. Essas inovações tecnológicas também
impulsionaram o crescimento econômico e criaram novas
oportunidades de negócios.
Mudanças sociais: Os anos 20 foram um período de
mudanças sociais, particularmente em relação às
mulheres. Houve uma
maior independência
e
emancipação das mulheres, com muitas delas buscando
igualdade de direitos, participação na força de trabalho e
o direito de votar. A moda também refletiu essa mudança,
com as mulheres adotando estilos mais curtos e
abandonando os espartilhos.
Especulação financeira: Durante a Euforia dos Anos 20,
houve um aumento significativo da especulação financeira
e do mercado de ações. Esse período ficou conhecido
como boom especulativo
. As pessoas investiram em
ações com a expectativa de lucros rápidos, levando a uma
bolha financeira que, posteriormente, levou à queda da
Bolsa de Valores de Nova York em 1929, marcando o
início da Grande Depressão.
Embora os Anos 20 tenham sido um período de grande
otimismo e mudanças, a euforia foi interrompida pela
crise econômica da Grande Depressão, que teve
consequências significativas em todo o mundo. No
entanto, a Euforia dos Anos 20 deixou um legado cultural
duradouro e influenciou as décadas seguintes em termos
de moda, música, comportamento social e lutas por
igualdade de direitos.
O período de prosperidade e crescimento econômico nos
anos 20
[
11
]
A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
O período de prosperidade e crescimento econômico nos
anos 20, especialmente nos Estados Unidos, foi
impulsionado por vários fatores-chave. Aqui estão alguns
aspectos importantes desse período:
Reconstrução pós-guerra: Após o término da Primeira
Guerra Mundial, muitos países começaram a se recuperar
economicamente e reconstruir suas infraestruturas. O fim
do conflito trouxe estabilidade política e um ambiente
propício para o crescimento econômico.
Industrialização e produção em massa: Durante os anos
20, houve uma rápida expansão industrial, com o
aumento da produção em setores como o automobilístico,
aço, petróleo e eletrônicos. A adoção de métodos de
produção em massa, como a linha de montagem de Henry
Ford, permitiu a produção em larga escala e redução de
custos.
Avanços tecnológicos: A década de 1920 testemunhou
avanços tecnológicos significativos, como a eletrificação, a
popularização do rádio, o desenvolvimento de aparelhos
domésticos e melhorias na comunicação. Esses avanços
impulsionaram a inovação e a produtividade em vários
setores.
Expansão do consumo: Com o crescimento econômico e o
aumento da produção, houve um aumento significativo do
poder de compra das famílias. A introdução de linhas de
crédito facilitou o acesso a bens de consumo duráveis,
como carros, eletrodomésticos e produtos eletrônicos,
impulsionando ainda mais o consumo.
Investimento estrangeiro: Os Estados Unidos se tornaram
um destino atraente para o investimento estrangeiro
durante os anos 20. Isso ocorreu devido à estabilidade
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A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
política e econômica, à disponibilidade de recursos
naturais e à perspectiva de crescimento contínuo. O
investimento estrangeiro contribuiu para o crescimento
econômico e para a expansão de setores-chave.
Políticas pró-negócios: O governo dos Estados Unidos
adotou políticas econômicas que favoreciam os negócios e
incentivavam o empreendedorismo. Houve redução de
impostos para as empresas e uma postura mais favorável
à desregulamentação dos mercados.
Esses fatores combinados contribuíram para um período
de prosperidade econômica nos anos 20. No entanto, a
euforia econômica não foi sustentável, e o boom foi
seguido pela crise da Grande Depressão em 1929, que
teve impactos profundos na economia global. A Grande
Depressão resultou em altas taxas de desemprego,
falências empresariais e uma severa contração econômica
que durou por uma década.
O papel do consumo, crédito fácil e especulação financeira
O consumo, o crédito fácil e a especulação financeira
desempenharam papéis significativos durante os anos 20
e contribuíram para a euforia econômica desse período.
Aqui estão algumas informações sobre cada um desses
elementos:
Consumo: Os anos 20 foram marcados por um aumento
substancial do consumo. A expansão da produção em
massa e o crescimento econômico permitiram que mais
pessoas tivessem acesso a uma variedade de bens de
consumo, como carros, eletrodomésticos e roupas. O
surgimento de uma nova classe média com maior poder
aquisitivo impulsionou ainda mais o consumo. O aumento
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A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
do consumo não apenas estimulou a produção, mas
também se tornou um símbolo de status social.
Crédito fácil: Durante os anos 20, o crédito fácil se tornou
amplamente disponível. Os avanços financeiros, como o
desenvolvimento de bancos comerciais e a expansão do
sistema de crédito, facilitaram que as pessoas obtivessem
empréstimos para financiar suas compras. Isso permitiu
que mais pessoas adquirissem bens de consumo, mesmo
sem ter todo o dinheiro necessário para comprá-los
imediatamente. A facilidade de acesso ao crédito
impulsionou o consumo e contribuiu para o crescimento
econômico.
Especulação financeira: A especulação financeira foi uma
característica importante dos anos 20. Com o aumento da
confiança na economia, muitas pessoas começaram a
investir em ações e no mercado de ações. A expectativa
de lucros rápidos e a crença de que o mercado de ações
estava em constante crescimento levaram a um aumento
acentuado no volume de negociações e no preço das
ações. A especulação financeira se intensificou com a
compra de ações com margem, onde os investidores
usavam empréstimos para comprar ações, esperando
vendê-las a preços mais altos e obter grandes lucros.
Esses fatores, consumo, crédito fácil e especulação
financeira, criaram uma atmosfera de otimismo e
confiança na economia durante os anos 20. No entanto,
esses elementos também foram responsáveis pela
formação de uma bolha financeira. A bolha especulativa
acabou estourando com a queda da Bolsa de Valores de
Nova York em outubro de 1929, dando início à Grande
Depressão. O colapso do mercado de ações teve
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14
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A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
repercussões econômicas devastadoras, com falências em
massa, desemprego em larga escala e uma profunda crise
financeira que afetou todo o mundo ocidental.
Os sinais de fragilidade subjacentes à aparente bonança
Embora os anos 20 tenham sido um período de aparente
bonança econômica e euforia, também houve sinais de
fragilidade subjacentes que contribuíram para a crise
subsequente. Alguns dos principais sinais de fragilidade
foram os seguintes:
Desigualdade econômica: Embora a prosperidade tenha
sido experimentada por muitos durante os anos 20,
também houve um aumento significativo da desigualdade
econômica. A riqueza estava concentrada nas mãos de
poucos, enquanto a maioria da população enfrentava
dificuldades financeiras. A desigualdade de renda e
riqueza tornou-se mais pronunciada e gerou tensões
sociais e instabilidade econômica.
Endividamento excessivo: O período dos anos 20 também
foi caracterizado por altos níveis de endividamento. O
crédito fácil e o consumo crescente levaram as pessoas a
acumularem dívidas, tanto para financiar suas compras
quanto para investir no mercado de ações. O aumento do
endividamento tornou-se insustentável e criou uma
situação em que muitas pessoas e empresas estavam
vulneráveis a qualquer desaceleração econômica.
Especulação e bolha financeira: A especulação e a busca
por lucros rápidos no mercado de ações foram
características proeminentes dos anos 20. Esse ambiente
de euforia levou a uma bolha especulativa, onde o preço
das ações se distanciou cada vez mais de seu valor real. A
especulação desenfreada e a compra de ações com
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A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
margem amplificaram os riscos e criaram uma situação
em que o mercado estava superestimado e sujeito a uma
correção abrupta.
Dependência do setor industrial: O crescimento
econômico dos anos 20 foi em grande parte impulsionado
pelo setor industrial, especialmente nos Estados Unidos.
No entanto, houve uma falta de diversificação econômica
significativa, com a dependência excessiva de setores
específicos, como o automobilístico e o de construção.
Essa concentração aumentou a vulnerabilidade da
economia a qualquer desaceleração ou crise em setores-
chave.
Instabilidade financeira internacional: A euforia dos anos
20 também estava ligada à estabilidade financeira
internacional precária. O sistema monetário internacional
baseado no padrão-ouro era frágil e sujeito a
desequilíbrios. Além disso, houve tensões econômicas e
comerciais entre os países, incluindo tarifas protecionistas
e medidas de represália. Essas tensões econômicas
internacionais criaram um ambiente instável
aumentaram os riscos de uma crise econômica global.
e
Esses sinais de fragilidade foram amplificados pela queda
da Bolsa de Valores de Nova York em outubro de 1929,
que marcou o início da Grande Depressão. A crise revelou
as vulnerabilidades subjacentes à aparente bonança dos
anos 20 e teve um impacto profundo e duradouro na
economia global.
A Queda da Bolsa de Valores de 1929
A queda da Bolsa de Valores de 1929, também conhecida
como A Grande Depressão
, foi um evento econômico
significativo que ocorreu nos Estados Unidos e teve um
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A ERA DAS CRISES FINANCEIRAS: por YOANDY CASAS MENA
impacto global. Foi o colapso do mercado de ações em
Wall Street, Nova York, em outubro de 1929, que
desencadeou uma série de eventos econômicos negativos
e uma grave crise financeira.
Durante os anos 1920, os Estados Unidos experimentaram
um período de crescimento econômico significativo,
conhecido como os loucos anos 20
. Durante esse
tempo, muitas pessoas investiram seu dinheiro em ações
na esperança de