Uma Jornada Para A Terra Prometida
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Uma Jornada Para A Terra Prometida - Luciano Ferreira
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Ferreira, Luciano
Uma Jornada para a Terra Prometida: Da escravidão
À Nova Jerusalém / Luciano Ferreira. - 1. ed. -
Piracicaba, SP: Ed. do Autor, 2020.
Bibliografia
ISBN 978-65-00-08636-2
1. Cristianismo 2. Bíblia - Estudo 3. Jerusalém -
Vida social e costumes 4. Jerusalém na Bíblia
5. Jerusalém - História 6. Literatura devocional
7. Teologia I. Título.
20-43726CDD-242
Índices para catálogo sistemático:
1. Literatura devocional: Cristianismo 242
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
Sumário
Dedicatória .............................................................................................. 7
Prefácio do Autor ..................................................................................... 9
Introdução.............................................................................................. 13
O Egito e o mundo ............................................................................ 17
Um Salvador necessário ................................................................... 20
1. SUCOTE ........................................................................................23
Primeira Páscoa ................................................................................ 25
Jesus Cristo, nossa Páscoa ................................................................ 27
O verdadeiro sentido da Ceia do Senhor ........................................ 30
2. ETÃ ................................................................................................33
O temível deserto .............................................................................. 34
Desertos que atravessamos .............................................................. 36
Moldando-se na Palavra ................................................................... 37
Não se iluda com as miragens ......................................................... 40
Outros problemas no deserto .......................................................... 41
Aprendendo no deserto ................................................................... 41
3. MIGDOL ........................................................................................45
O grande obstáculo ........................................................................... 47
O livramento do Senhor ................................................................... 49
Obstáculos na jornada...................................................................... 49
O maior dos terrores ......................................................................... 50
Requisitos para o milagre ................................................................. 51
Dimensões de espiritualidade ......................................................... 56
Aprendendo cantar o Hino da Vitória ............................................. 59
4. MARA ............................................................................................61
Murmuração amarga a vida ............................................................. 63
Curando nossas amarguras.............................................................. 64
Sedentos por Deus ............................................................................ 74
Origem da Shekinah de Deus .......................................................... 75
Manifestações da Shekinah de Deus ............................................... 75
Significados da Shekinah de Deus .................................................. 76
Relação com a Trindade ................................................................... 77
5. ELIM ..............................................................................................81
Água é vida ........................................................................................ 83
Descanso no deserto ........................................................................ 84
Deleitando-se em Deus .................................................................... 87
Alegrando-se em Deus ..................................................................... 92
6. DESERTO DE SIM .........................................................................97
Maná do céu ...................................................................................... 98
Alimento para a alma ....................................................................... 99
A Palavra tem poder ....................................................................... 106
7. REFIDIM .....................................................................................109
Intercessão no monte ..................................................................... 113
Inimigos sobrevirão ........................................................................ 113
Guerras Externas e Internas ........................................................... 116
Fonte da água da vida ..................................................................... 117
Comece a interceder ....................................................................... 118
Aliviando as cargas dos outros....................................................... 124
8. SINAI ...........................................................................................127
A estrondosa presença de Deus ..................................................... 128
O melhor lugar para estar .............................................................. 133
Níveis de intimidade ....................................................................... 134
O perigo da idolatria no meio cristão ............................................ 136
Resolvendo o problema ................................................................. 137
Entendendo o Tabernáculo ........................................................... 137
Organizando nossas vidas .............................................................. 144
9. QUIBROTE-ATAAVÁ ...................................................................147
Mantenha distância da ganância .................................................. 149
Concupiscências e Soberba ........................................................... 151
Entendendo o novo nascimento ................................................... 154
Carta Aberta de Deus ..................................................................... 159
10. HAZEROTE ...............................................................................161
A inveja entre familiares ................................................................. 162
A lepra de Miriã ............................................................................... 163
Não toque nos ungidos de Deus .................................................... 164
Ministério: Boa obra deseja ........................................................... 165
O Chamado de Deus ...................................................................... 166
Integridade Financeira .................................................................. 169
Cuidado com as motivações .......................................................... 169
Leprosos devem ser tratados ......................................................... 169
Estágios da doença, espiritualmente ............................................ 171
No leprosário espiritual .................................................................. 172
Doenças físicas ................................................................................ 174
11. PARÃ .........................................................................................175
Tentando compensar o pecado ..................................................... 177
A Rebelião de Corá ......................................................................... 178
Escolhido por Deus ........................................................................ 179
Convite à dimensão espiritual ....................................................... 180
Juízos aos rebeldes .......................................................................... 182
Entendendo o primeiro juízo ......................................................... 183
Deus é fogo consumidor ................................................................ 185
Enfermidades enviadas por Deus ................................................. 188
Esforce-se para fortalecer sua fé ................................................... 190
Busque a cura completa em Cristo ............................................... 191
Confirmando o ministério ............................................................. 191
12. CADES .......................................................................................195
Água da rocha ................................................................................. 196
Sem diplomacia .............................................................................. 197
É humano chorar ............................................................................ 197
Dedicado ao Senhor ....................................................................... 198
A rocha é Cristo ............................................................................... 199
Aprendendo a aprender ................................................................. 201
Questões não resolvidas ................................................................. 203
13. MONTE HOR .............................................................................205
A serpente de metal ........................................................................ 206
Perdas nos ensinam ........................................................................ 207
O ataque na fraqueza ...................................................................... 208
A cruz de Cristo ............................................................................... 208
Evite conflitos desnecessários ....................................................... 210
14. OBOTE ......................................................................................213
Acampamentos rápidos ................................................................. 214
Vasos para Deus .............................................................................. 215
Deus tratando os vasos ................................................................... 216
Explicando Abarim ......................................................................... 217
Ribeiro de Zerede............................................................................ 219
| 5 |
Guerra estrondosa .......................................................................... 221
Destruindo a idolatria .................................................................... 222
Iniciando a conquista ..................................................................... 224
15. MOABE ......................................................................................227
A ganância do profeta ..................................................................... 229
Um conselho maligno .................................................................... 230
Na mira inimiga .............................................................................. 230
Mudanças de estratégias inimigas ................................................ 233
O carrossel do pecado .................................................................... 234
Mexendo na ferida para curá-la .................................................... 235
Lançar tropeço é pecado ................................................................ 236
Dimensões da santidade ................................................................ 237
Aprendendo a adorar ..................................................................... 239
16. ABARIM ....................................................................................243
Mistério na morte de Moisés ......................................................... 245
Deus nos atende ............................................................................. 246
A Importância da Fé e Confiança ................................................. 248
Morte e ressurreição ....................................................................... 250
17. JORDÃO ....................................................................................253
Milagre no Jordão ........................................................................... 255
Tipologias ........................................................................................ 256
Preparação da posse ....................................................................... 262
A PRESENÇA DE DEUS E O MILAGRE ......................................... 265
A Presença de Deus ....................................................................... 265
Dependência de Deus ................................................................... 265
18. TOMANDO POSSE DA TERRA .................................................269
As guerras ........................................................................................ 270
Destruição do Pecado .................................................................... 277
AS GUERRAS DE AI ........................................................................ 277
A Necessidade da Confissão dos Pecados ................................... 279
Soberania Divina ........................................................................... 279
CONQUISTANDO TERRITÓRIOS ................................................. 286
A partilha da terra prometida ........................................................ 288
Terminando vencedores ................................................................ 291
CONCLUSÃO ..................................................................................295
BIBLIOGRAFIA .................................................................................... 301
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Dedicatória
Dedico este livro primeiramente a Deus, minha inspiração e motivo pelo qual escrevo; à minha amada esposa, Neli, e meus lindos filhos, Abner e Abigail, por me apoiarem e acreditarem em mim. Aos meus pastores, verdadeiros mentores de meu ministério (por falta de espaço, não mencionarei cada um individualmente, porque poderei esquecer-me de alguém). E a todos os meus familiares, irmãos em Cristo e amigos que oraram por mim, para que esta obra se realizasse.
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Prefácio do Autor
Quando me propus a escrever esse livro, dentro do meu coração emergia um sonho de muitos anos: ser um escritor.
Mas, sempre pedia a Deus que, se fosse para o ser, deveria me permitir que provocasse transformação nas vidas dos leitores, que eu pudesse deixar um legado. Esse é meu mais profundo desejo nesse trabalho.
Através de vários estudos da Palavra, veio a mim em vídeo uma palestra de um Pastor, que não me recordo o nome, o qual falava a uma classe de alunos de uma universidade.
Ali, surgiu, por ele mesmo, a sugestão para estudar sobre esse assunto, que se mostrou tão profundo, como o profundo e exube-rante mar.
Após ler muitos livros e estudar a Bíblia afincamente e com o esmero de um garimpeiro por alguns anos, colecionei informações inerentes a esse assunto.
Pronto! Estavam abertos meus olhos espirituais para as verdades que o Senhor queria que eu visse e o que me estava escondido, se revelou.
Já havia sido inundado meu coração do Seu amor para que eu pudesse transmitir (primeiramente, experimentar em minha vida) os mistérios que permeiam essa jornada de forma tão tremenda, que por vezes, permanecem ocultas aos olhos, esperando que estes (olhos espirituais ou da fé) sejam abertos, com o intuito de contemplarem as maravilhas de Deus.
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Este não é um livro, na verdade, e sim uma jornada a ser trans-corrida na vida espiritual cristã, assim como o escritor conhecido como anônimo da epístola aos Hebreus escreveu: "... e corramos com paciência a carreira que nos é proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé" (Hb. 12.1, 2).
Cada capítulo foi pensado para nortear os passos da caminhada e provocar os pensamentos acerca das reações, geralmente percebidas, que resultam de situações que ocorrem em redor de nossas vidas.
Essas situações podem ser entendidas como circunstâncias de nossas atitudes ou resultantes de nosso modo de pensar.
Por anos ficamos enclausurados em situações difíceis, sem respostas que satisfaçam nosso coração, não alcançando nosso propósito de vida.
Este estudo vai direcionar o caro leitor ao caminho em direção da aproximação com Deus, de tal forma que possamos aprender a não somente reagir, mas também, e principalmente, agir de maneira correta, contendo o entendimento do por que das coisas.
Quantas vezes enfrentamos situações complexas e buscamos respostas e orientação de Deus? Nessa busca descobrimos a importância de nos aproximarmos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Neste livro, embar-camos em uma jornada espiritual transformadora enquanto explora-mos princípios bíblicos e ensinamentos teológicos que levam a um relacionamento mais próximo com nosso Pai Celestial.
Baseado na história inspirada da jornada dos israelitas do Egito à Terra Prometida, revela os mistérios de se aproximar de Deus. Estas páginas convidam você a refletir sobre sua própria jornada espiritual, examinar áreas onde você pode aumentar sua intimidade com Deus e descobrir o poder transformador que vem de agir de acordo
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com a vontade de Deus. Revelamos os mistérios da obediência, confiança e comunhão com Deus Pai, ingredientes básicos de uma vida espiritual bem-sucedida.
Ao estudarmos os ensinamentos das histórias da Bíblia, podemos ver a fidelidade de Deus em nossas vidas, mesmo em meio a dificuldades e adversidades. Como nossas escolhas e atitudes afetam nossa jornada espiritual e como nos aproximarmos de Deus nos ajuda a experimentar Sua presença constante e amor incondicional.
Prepare-se para uma viagem profunda e enriquecedora que o convida a refletir sobre o seu relacionamento com Deus e a descobrir novas formas de se aproximar Dele. Que este livro seja um guia valioso em sua jornada para mais perto de Deus. Desperte sua espiritualidade para mais perto de Deus.
Aqui não serão encontradas palavras técnicas de difícil compreensão, mas conterá palavras de fácil entendimento para todos os caros leitores e será considerada como uma trajetória a ser usufruída na prática, em nossas vidas.
É claro que este assunto não estará esgotado, visto que a Palavra de Deus se mostra uma fonte inesgotável da eterna, insondável e mul-tiforme sabedoria de Deus.
Nossa incessante e fervente oração no Espírito Santo é que o caro leitor viaje nas linhas dessa jornada e transforme seu ser de uma vez por todas e de uma forma extraordinária, alcançando a espiritualidade cristã tão almejada.
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Introdução
A jornada do povo de Deus inicia-se bem antes da saída do Egito, pelas mãos de Moisés. Ocorre a partir do chamado de Deus a Abraão em Ur dos caldeus, na Mesopotâmia. Ele ouviu a voz divina do meio da idolatria, pois seu pai, cujo nome era Terá, fabricante de ídolos.
A cada vez que as plantas dos pés do pai da fé tocavam o solo, o Senhor lhe entregava em possessão a terra. Ele caminhou por todos os termos dos lugares que Deus lhe mostrava.
Essa possessão estende-se para a descendência abraâmica (no caso era Isaque, seu filho), claro que Abraão ainda teve outro filho, Ismael. Porém, este foi o pai das nações árabes.
Isaque, por sua vez, recebeu o direito de tomar posse daquilo que foi prometido a seu pai. Caminhou por todos os lugares que o Senhor ordenara a Abraão, como uma confirmação pública de apropriação.
Jacó, filho de Isaque, também percorreu por toda a terra prometida. Um dia seu nome foi mudado por Deus para Israel, no vale de Jaboque. Este tinha um irmão, Esaú, o qual foi enganado.
Doze filhos assumiram a incumbência de usufruir da terra que o Senhor havia dado. Destes doze filhos, originaram-se as doze tribos de Israel.
Em suas peregrinações pelas terras que Deus os direcionava, receberam revelações graduais de Deus.
A Abraão, Deus se revelou sendo a origem de tudo, o pai, o gera-dor e mantenedor de todas as coisas.
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A Isaque, a revelação divina era que deveria receber tudo o que foi dado pelo pai (Deus). Ele teria a condição de filho, não somente para receber, mas também demonstrar gratidão e usufruir com amor.
Por fim, a Jacó o Senhor revelou que ele precisaria passar pela disciplina do Espírito Santo.
Os filhos de Israel, a princípio, foram convidados na terra do Egito por causa de José (um dos filhos de Jacó), governador do reino egípcio.
Essa família, que a Bíblia detalha ser inicialmente de setenta pessoas, permaneceu na terra de Gósen por, pelo menos, duzentos anos.
Os filhos de Israel habitaram na terra do Egito (transferidos, tempos depois, para Ramessés) em acomodações precárias, sendo tratados como escravos.
Estudiosos divergem o tempo em que o povo de Israel permaneceu ali. Uns dizem ser de quatrocentos anos, outros de quatrocentos e trinta, ainda outros, afirmam ser de duzentos e quinze anos.
Não importando quem esteja com a razão, esse foi tempo suficiente para várias trocas de reis no Egito. O Faraó que foi mencionado no início do Livro do Êxodo, o qual não conhecia José, era Ramsés II, segundo eruditos.
Nesse período, os feitos de José foram sendo esquecidos, levando o mais novo Faraó a tomar medidas drásticas para evitar o crescimento dos estrangeiros que habitavam suas terras, pois acreditava que estes poderiam tomar partido dos inimigos invasores em caso de guerra.
O Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, em meio a essa crise, promete libertá-los da escravidão que lhes impunha o Egito. Passaram por situações difíceis durante o tempo em que viveram ali, trabalhando para progresso de uma terra que não era sua.
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O povo alcançou um nível de necessidade de Deus a ponto de clamar ao Senhor, Deus de Abraão, Isaque e Jacó, provocando a ação divina em seu favor, levantando um libertador, Moisés.
Esse libertador deveria ser experimentado nos dois mundos importantes da vida de um líder: experimentado em toda a ciência e regalias oferecidas pelo Egito; ser experimentado em toda lida do deserto, apascentando ovelhas.
Moisés passou quarenta anos no palácio real do Egito, experimentando todas as regalias, estudando todas as ciências egípcias.
Poderia ser considerado um candidato fortíssimo para o trono egípcio.
Após ter assassinado um feitor egípcio (a lei egípcia era severa para homicídios contra cidadãos da nação), por este ter espancado um escravo israelita e após ser delatado por um dos escravos, ele foge em direção ao deserto, devido ao desejo do rei (Faraó) de condená-lo a morte, chegando a um território rural chamado Midiã, o qual permaneceu ali por quarenta anos.
Nessa localidade, conheceu um homem, que mais tarde se tornou seu sogro, casou-se e teve dois filhos. Durante o tempo que esteve ali, apascentou as ovelhas de Jetro, seu sogro, e vivia sossegadamente.
Em um dado momento de sua trajetória, o Senhor se apresenta a ele em uma sarça, que ardia em chamas sem se consumir, e o comissiona a libertar o povo de Israel.
A sarça era uma árvore típica da região onde ele estava e simbolizava o povo de Israel sofrendo com a tirania egípcia, sob a mão de Faraó. Além disso, simbolizava que o Senhor, Deus de Israel interviria em seu favor, libertando-o de sua escravidão com que sofria.
Moisés volta ao Egito com uma dupla missão: primeiramente, convencer os israelitas que necessitariam de serem libertos da escra-
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vidão que sofriam. O grande problema que Moisés encararia seria o fato de os filhos de Israel não saberem viver de outra forma, senão como escravos.
O modo de vida escravo estava incrustado em seus corações, de modo que muitos – ou quase todos – israelitas descriam que haveria de chegar, algum dia, um libertador.
Depois de convencer o povo, deveria convencer Faraó, Ramsés II, em deixar os filhos de Israel irem ao deserto para adorarem a Deus.
Devido à resistência de Ramsés em deixar o povo livre para se achegar ao seu Deus em adoração na região do Sinai, o Todo-Poderoso envia dez pragas que devastaram a terra egípcia, trazendo sofrimento ao povo pagão. Cada uma dessas pragas afrontava um deus egípcio.
A primeira praga foi o Rio Nilo e todas as fontes de água se tornarem em sangue. Esse rio se tratava do deus-Nilo, Hápi. A morte dos peixes mostrou a supremacia do poder do Deus de Israel em fazer distinção entre os hebreus e os egípcios.
A segunda praga foi o aparecimento de rãs. Essa praga refere-se à humilhação da deusa-rã Heqt, símbolo da fertilidade e ressurreição para os egípcios.
A terceira, piolhos. O Senhor humilha o deus Tot, referente à invenção da magia ou artes secretas, o que resultou no reconhecimento da derrota pelos sacerdotes-magos, mostrando sua incapacidade de transformar o pó em piolhos por meio de magia (Ex 8.16-19).
A quarta praga foi a infestação de moscas. Refere-se ao deus Ptah, criador do universo, segundo crença dos egípcios. Novamente faz-se referência a Tot, senhor da magia (Ex 8.23, 24), os quais, o Senhor dos Exércitos humilhou.
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A próxima foi à morte dos animais. Deus humilha vários deuses: Seráfis (Ápis) – deus sagrado de Mênfis do gado – a deusa-vaca, Hator e a deusa-céu, Nut, que possui a forma de uma vaca com estrelas afi-xadas na sua barriga (Ex 9.4, 7).
A sexta praga foi o surgimento de úlceras e chagas. Essas pús-tulas referem-se à humilhação da deusa-rainha do céu do Egito, chamada Deite (Ex 9.11).
A sétima, saraivas caíram sobre toda a terra do Egito. Humilhação aos deuses que controlam os elementos naturais: deus da água, Íris e o deus do fogo, Osíris (Ex 9.13-35).
A oitava praga foi nuvem de gafanhotos. Deus controla o ataque dos gafanhotos, que devastam as plantações, humilhando os deuses responsáveis pela a abundante colheita. O deus do ar, Xu e deus-inseto, Sebeque (Ex 10.12-15).
A penúltima praga foi trevas espessas. Por três dias, o sol se escondeu, humilhando o deus principal do Egito, Rá, o deus-sol, que o Deus de Israel, pelo seu poder, escondeu por trevas (Ex 10.23).
A décima e última praga foi a vinda do anjo da morte para matar todos os primogênitos de todo o império egípcio. Considerada a maior humilhação para os deuses egípcios, os governantes do Egito – que se autoproclamavam deuses, filhos de Rá ou Amon-Rá (Ex 12.12).
O Egito e o mundo
Podemos nos aprofundar acerca desse país fazendo uma análise de suas características e comparando, metaforicamente, com situações em nossa época.
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A primeira análise envolve suas características político-geográficas, ou seja, sua forma de governo estruturado e estratégias econômicas e utilização de recursos naturais.
Como estrutura política, entende-se que o Egito possui a forma de governo monárquico, em que um rei, supremo e absoluto, se considera filho de um deus (Hórus), nascido para reinar e subjugar seus adeptos. Sua palavra tem um teor de um semideus.
O Egito sempre foi relacionado com grandes estratégias econômicas, capaz de suprir as necessidades de toda a Terra do mundo antigo.
Todas as vezes que as nações eram assoladas pela fome (ou seca), a nação egípcia aparecia no cenário mundial como a solução.
Essa foi a principal causa pela qual Jacó e seus filhos foram habitar nessa terra cheia de encantos e delícias.
A segunda análise gira em torno de sua vasta quantidade de deuses. Sua religião envolve uma série de ídolos e deuses de várias formas e para todas as dimensões da vida humana. Era um deus para cada coisa e para tudo.
Devido a quantidade de deuses venerados, suas leis morais são extremamente desvirtuadas, contendo teor liberalista de satisfação dos desejos e luxúria. Mesmo alguns de seus cultos pagãos possuíam rituais com relações sexuais.
As leis civis são ditatoriais, isto é, rígidas ao extremo, quase não cabendo ao réu defesa alguma. Geralmente, julgavam baseados nas condições financeiras.
Deixavam transparecer todas essas coisas e se orgulhavam disso, querendo impor um estilo de vida segundo seus padrões.
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A escravidão passou a fazer parte da realidade dos egípcios, não só nos palácios, mas também nas residências era comum observar que possuíam escravos para realizarem serviços e tarefas braçais e domésticas.
Existe uma conexão entre esse império e o mundo de pecado dos chamados perdidos, os quais estão destituído e carecem da graça de Deus.
Por essa razão, nós crescemos ouvindo dos pregadores na igreja a expressão Deus quer te libertar desse Egito
.
Essa expressão demonstra uma analogia que se faz entre o país egípcio e o mundo de pecado (o termo mundo em questão faz referência às normas corruptas regidas por satanás, não à população ou planeta).
O mundo