O Mapa Em Concursos

De Christian Nunes Da Silva

A cartografia digital/computadorizada se mostra como uma poderosa ferramenta de entendimento, representação e interpretação do espaço geográfico e dos fenômenos e objetos incluídos nele. Trouxe subsídios ao trabalho do planejador e tornou-se instrumento para o educador em sala de aula. Mas seu produto (mapa, etc.) é uma construção humana, uma simplificação do espaço real para comunicar ou transmitir as informações que devem ser entendidas por elaboradores e usuários. Este livro faz parte de uma coletânea de trabalhos que objetivam contribuir no processo de ensino-aprendizagem e divulgação da cartografia e das chamadas geotecnologias, além de auxiliar no entendimento do espaço geográfico, tendo em vista que a ausência dos conhecimentos cartográficos pode interferir na capacidade de leitura e entendimento de mapas e similares. Sendo que as questões apresentadas foram temas de provas de concursos públicos e processos seletivos que ocorreram no Brasil, e serão comentadas para auxílio do candidato. Assim, as questões estão agrupadas em quatro temáticas principais, que vão desde a história e características da cartografia e geotecnologias - mostrando algumas questões conceituais e de caráter aplicativo; passando pela temática do geoprocessamento e do sensoriamento remoto, até a discussão das análises dos mapas em concursos. Estes tópicos foram selecionados devido ao aparecimento esporádico em concursos, por isso, seus debates elucidarão o candidato com as principais dicas para não errar ou cair em pegadinhas nesses tipos de assuntos. Algumas questões estão postas com modificações de como foram apresentadas nos concursos ou processos seletivos de origem, para melhor debate e análise de seu conteúdo. Assim, a questão é apresentada com suas alternativas e, logo após, há a resposta, apresentando o conhecimento desejável do candidato para responder à questão. Esperamos contribuir!

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 30 de out. de 2023

Pré-visualização do livro

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O MAPA EM CONCURSOS:

RESPOSTAS E ANÁLISES

DE 108 QUESTÕES

CARTOGRÁFICAS

Autor

Christian Nunes da Silva

Ed. GeoDigital

2023

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O MAPA EM CONCURSOS: RESPOSTAS E

ANÁLISES DE 108 QUESTÕES CARTOGRÁFICAS

Autor

Christian Nunes da Silva

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

1. Cartografia geográfica : Estudo e ensino 526.07

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

Copyright Editora GeoDigital

Todos os direitos de edição e publicação no Brasil para a Editora GeoDigital É proibida a reprodução total ou parcial, sob quaisquer meios existentes, sem autorização por escrito dos editores. Art. 184, do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998

E-mail: [e-mail]

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SUMÁRIO

Capítulo

Página

INTRODUÇÃO

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TEMA 1: HISTÓRICO, ELEMENTOS E PRINCÍPIOS DA

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CARTOGRAFIA E DAS GEOTECNOLOGIAS

TEMA 2: TECNOLOGIA DE GEOPROCESSAMENTO

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TEMA 3: IMAGENS E TECNOLOGIAS DE SENSORIAMENTO

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REMOTO

TEMA 4: ANÁLISES DE REPRESENTAÇÕES ESPACIAIS

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Sobre o Autor

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INTRODUÇÃO

As representações espaciais estiveram presentes na vida do homem antes mesmo da escrita e da fala. Por meio de símbolos e desenhos, o homem representou suas primeiras apreensões da realidade e usou-os para delimitar e ocupar efetivamente seu território. Evolutivamente, as técnicas cartográficas e o uso de recursos modernos possibilitaram a ocupação de diversos lugares na Terra, criaram-se cidades, estados e outros fenômenos e objetos. Assim, a representação espacial ganhou formas mais precisas e significações cartográficas, cuja simbolização foi, cada vez mais, se aproximando do real, desenvolvendo assim a ideia de convenções cartográficas. A partir de uma padronização internacional - principalmente nos últimos séculos, as representações simbólicas foram aperfeiçoadas, e com o advento das fotografias aéreas e, posteriormente, o desenvolvimento de imagens de sensores remotos, o espaço geográfico foi mais bem explorado e entendido, como não era possível em tempos passados, onde a produção cartográfica - basicamente de mapas impressos em papel, era artesanal.

Em tempos que antecederam os dias atuais, mudanças na forma de organização dos homens determinaram avanços nas técnicas de representar o espaço geográfico, e o advento de novas tecnologias e normativas aceitas internacionalmente - chamadas de convenções cartográficas, fizeram com que os mapas fossem padronizados, levando em consideração as percepções da realidade e permitindo uma representação mais aproximada do ambiente existente, possibilitando a todos os indivíduos conhecer lugares antes desconhecidos ou inacessíveis.

Neste sentido, os produtos cartográficos (mapas, globos, croquis etc.) ao longo da história passaram a ser utilizados para diversos fins, tendo em vista a abrangência artística, científica e técnica, fosse para o planejamento dos gestores territoriais, fosse para o ensino ou repasse do entendimento das características da superfície terrestre para as diversas disciplinas e especialidades criadas pelo homem.

O desenvolvimento de ferramentas computacionais fez com que as áreas do conhecimento tivessem um incremento no que tange aos métodos e às metodologias do fazer das ciências que não pararam de proliferar e evoluir.

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Dando origem a novas cartografias. Assim, as chamadas geotecnologias, apoiadas, principalmente, nos computadores, tornaram mais ágil e seguro a coleta de dados espaciais; a elaboração de produtos cartográficos; e a extração de novas informações espaciais de um produto já criado (informações de um mapa elaborado ou análise visual de imagens de sensor remoto).

A cartografia digital/computadorizada se mostra como uma poderosa ferramenta de entendimento, representação e interpretação do espaço geográfico e dos fenômenos e objetos incluídos nele. Trouxe subsídios ao trabalho do planejador e tornou-se instrumento para o educador em sala de aula.

Mas seu produto (mapa, etc.) é uma construção humana, uma simplificação do espaço real para comunicar ou transmitir as informações que devem ser entendidas por elaboradores e usuários.

Este livro faz parte de uma coletânea de trabalhos que objetivam contribuir no processo de ensino-aprendizagem e divulgação da cartografia e das chamadas geotecnologias, além de auxiliar no entendimento do espaço geográfico, tendo em vista que a ausência dos conhecimentos cartográficos pode interferir na capacidade de leitura e entendimento de mapas e similares.

Sendo que as questões apresentadas foram temas de provas de concursos públicos e processos seletivos que ocorreram no Brasil, e serão comentadas para auxílio do candidato.

Assim, as questões estão agrupadas em quatro temáticas principais, que vão desde a história e características da cartografia e geotecnologias -

mostrando algumas questões conceituais e de caráter aplicativo; passando pela temática do geoprocessamento e do sensoriamento remoto, até a discussão das análises dos mapas em concursos. Estes tópicos foram selecionados devido ao aparecimento esporádico em concursos, por isso, seus debates elucidarão o candidato com as principais dicas para não errar ou cair em pegadinhas nesses tipos de assuntos. Algumas questões estão postas com modificações de como foram apresentadas nos concursos ou processos seletivos de origem, para melhor debate e análise de seu conteúdo. Assim, a questão é apresentada com suas alternativas e, logo após, há a resposta, apresentando o conhecimento desejável do candidato para responder à questão.

Esperamos contribuir!

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TEMA 1: HISTÓRICO, ELEMENTOS E PRINCÍPIOS DA CARTOGRAFIA E DAS GEOTECNOLOGIAS

A Cartografia, a arte e ciência da representação gráfica da Terra, possui uma longa e rica história que remonta às civilizações antigas. Suas evoluções refletem não apenas os avanços tecnológicos, mas também as mudanças sociopolíticas e culturais que têm moldado o curso da história humana. Em paralelo, as geotecnologias, que englobam ferramentas modernas como o Sistema de Informação Geográfica (SIG) e a sensoriamento remoto, têm transformado a maneira como compreendemos e interagimos com o mundo ao nosso redor.

Para os candidatos de concursos públicos, uma compreensão profunda do histórico, elementos e princípios fundamentais da cartografia e das geotecnologias é essencial. Não apenas porque são temas frequentemente abordados em provas, mas também porque a capacidade de interpretar e usar informações geoespaciais é uma habilidade cada vez mais valorizada em diversas áreas profissionais. Esta exploração se propõe a guiar os leitores por uma jornada através dos marcos históricos, conceitos-chave e inovações que moldaram a cartografia e as geotecnologias ao longo dos tempos.

QUESTÕES DO TEMA 1:

1- Desde épocas remotas a sociedade sempre tentou representar/mapear o espaço em que vive, seja como forma artística ou em busca de representar os locais de convívio ou de alimentação. No decorrer dos anos, técnicas e ferramentas foram agregadas a essas tentativas de ler e compreender o espaço geográfico, aperfeiçoando as leituras sobre o território. Como avanços no desenvolvimento da ciência cartográfica é CORRETO AFIRMAR que: a) A invenção da bússola, da imprensa e do Sistema de Posicionamento Global (GPS), facilitaram a localização, a representação e a disseminação do saber cartográfico/geográfico.

b) Nos últimos anos, nas escolas brasileiras, o maior destaque como ferramenta de geoprocessamento são os chamados WebGis, isto é, os sites que se dedicam ao download de dados cartográficos (vetoriais e matriciais), onde o usuário pode selecionar, manipular e gerar novas informações espaciais.

c) Uma das ferramentas mais acessadas na internet é o Google Earth, um software de geoprocessamento gratuito que permite navegar por imagens de satélite de altíssima resolução de todo o planeta em tempo real, onde os usuários podem girar uma imagem, marcar e salvar locais, medir distâncias entre dois pontos e ter uma visão tridimensional de uma determinada localidade.

d) A Cartografia hoje está popularizada em todos os ramos das atividades 8

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humana. A democratização da internet e os avanços na cartografia vem possibilitando a solução de problemas físicos, sociais, econômicos entre outros, em espaços urbanos ou rurais, relativos à saúde, a moradia, a segurança, ao lazer e a muitas outras atividades.

e) Nos dias de hoje, a utilização de computadores velozes, a visualização de imagens de sensoriamento remoto e sua posterior análise espacial, são realizadas de forma ágil e automatizada, sem que seja necessário o conhecimento da área mapeada ou sem a verificação in loco.

Resposta:

A alternativa correta é a a) A invenção da bússola, da imprensa e do Sistema de Posicionamento Global (GPS), facilitaram a localização, a representação e a disseminação do saber cartográfico/geográfico.

A bússola foi essencial para a navegação e para entender a orientação no espaço. A invenção da imprensa possibilitou a reprodução em massa e a disseminação de mapas e informações geográficas. O GPS revolucionou a forma como nos localizamos e representamos o espaço, permitindo uma precisão sem precedentes na localização geográfica.

Analisando rapidamente as outras alternativas:

b) WebGis é uma ferramenta importante, mas a afirmação é limitada ao contexto das escolas brasileiras.

c) O Google Earth não fornece imagens em tempo real, nem são todas de altíssima resolução.

d) Esta afirmação é em grande parte verdadeira, mas não é tão específica quanto a alternativa a) sobre os avanços da ciência cartográfica.

e) Apesar dos avanços tecnológicos, a verificação in loco ainda é uma prática relevante e necessária em muitos casos, e o conhecimento da área mapeada é fundamental para uma interpretação correta.

2- Para a elaboração de mapas, podemos dividir o planeta Terra em segmentos ou gomos. Conforme a figura a seguir:

Fonte: PHILLIPSON, O. Atlas geográfico mundial. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 2010, p. 07.

Analisada a figura acima e com base em seus conhecimentos de cartografia, assinale a alternativa CORRETA:

a) Ao olhar, percebemos o planeta Terra como uma esfera (tridimensional) e para sua representação no formato de mapas utilizamos um meio bidimensional (um plano – com largura e altura). Para isso, devemos procurar minimizar as distorções em área, distância e direção dos traços que irão compor o modelo 9

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terrestre ou parte dele (carta, mapa, planta e outras). Ou seja, se faz necessário compreender como a superfície esférica do planeta Terra – o Globo, pode se tornar uma superfície plana – o Mapa.

b) A projeção geográfica é uma construção a partir de uma rede de paralelos e de meridianos, sobre a qual os mapas podem ser desenhados. Mas os modos de obtenção desta malha de linhas são os mais diversos, que eliminam totalmente as distorções no momento em que precisamos colocar a esfera terrestre numa folha de papel, portanto, adaptá-la à forma plana.

c) Para a elaboração de mapa torna-se necessário pressionar o globo terrestre para que ele se torne plano. Tal pressão faz com que o globo se parta em vários lugares, o que fez os cartógrafos entenderem que a Terra ao ficar plana (em um mapa), apresenta uma série de deformações que precisaram ser compensadas com cálculos que procuram resolver os vazios criados com a abertura do globo.

Essas técnicas para minimizar as deformações são chamadas de convenções cartográficas.

d) A Cartografia busca solucionar as distorções causadas na elaboração de um produto cartográfico com base no estudo das legendas cartográficas, que eliminam os erros na localização dos objetos na superfície terrestre.

e) Quanto aos atributos as projeções geográficas conservam três propriedades importantes: as isolinhas, quando a distância sobre um meridiano (ou paralelo) medido no mapa é igual à distância medida no terreno; as isoietas, quando a área representada no mapa é igual à área correspondente no terreno; e as isotermas, quando a forma de uma representação do mapa é igual à forma existente no terreno.

Resposta:

A alternativa correta é a a) Ao olhar, percebemos o planeta Terra como uma esfera (tridimensional) e para sua representação no formato de mapas utilizamos um meio bidimensional (um plano – com largura e altura). Para isso, devemos procurar minimizar as distorções em área, distância e direção dos traços que irão compor o modelo terrestre ou parte dele (carta, mapa, planta e outras). Ou seja, se faz necessário compreender como a superfície esférica do planeta Terra – o Globo, pode se tornar uma superfície plana – o Mapa.

A elaboração de mapas envolve o desafio de representar uma superfície esférica (a Terra) em um meio bidimensional (um mapa). Ao fazer essa representação, é inevitável que ocorram distorções, e o desafio dos cartógrafos é minimizar essas distorções para que o mapa seja o mais preciso e útil possível. A alternativa a) descreve com