Estrutura geodésica integrada ao cadastro territorial municipal
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Estrutura geodésica integrada ao cadastro territorial municipal - Thaisa Manoela Silva França
1 INTRODUÇÃO
A construção de uma rede de referencial cadastral é primordial para o apoio cartográfico a projetos de engenharia e arquitetura, permitindo confiabilidade nos dados espaciais, que serão referenciados a uma rede de alta precisão. Por isso é primordial a construção de uma estrutura espacial para a cidade em sua mancha urbana, trazendo avanço geotecnológico e qualidade nos insumos cartográficos, além de fornecer confiabilidade à equipe técnica para análises.
Dessa forma, a implantação de uma estrutura de referência faz parte do processo de pensar na cidade urbana com o olhar técnico e acurado. A partir dos avanços globais da navegação por satélite, o sistema Global Navigation Satellite System – GNSS revolucionou a geodesia, tornando possível determinar a posição geográfica de um ponto em qualquer parte do mundo, o que resolve o problema de acurácia, velocidade e tempo, tendo em vista que é possível com o uso dos receptores geodésicos determinar com precisão as coordenadas de qualquer ponto da superfície da Terra conciliado à topografia.
O processo de disseminação da estrutura geodésica está diretamente vinculado ao processo de popularização do uso dos sistemas GNSS, em que as componentes tridimensionais são diretamente associadas a uma rede geodésica. No entanto, a obtenção da componente vertical não é trivial sem a determinação de um modelo geoidal, já que o Brasil não possui uma rede gravimétrica densificada. A superfície matemática utilizada para determinar o posicionamento horizontal é o elipsoide de revolução; já para determinar a altitude ortométrica, utiliza-se o geoide, e para altitude normal, o quase geoide. Logo tem-se duas superfícies diferentes que não são coincidentes, e essa separação entre as superfícies denomina-se de ondulação geoidal, quando se trata do geoide, e de anomalia de altitude, para o quase geoide. Gerar o modelo geoidal que melhor se adeque ao município é um dos pilares para consolidação da estrutura geodésica.
O IBGE disponibiliza para conversão das altitudes o Mapgeo2015 e recentemente viabilizou o modelo hgeoHNOR2020, diferenciado pela melhor adaptação às altitudes da Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP). Nesse contexto é importante desenvolver uma análise do modelo geoidal adotado no município de Jaboatão dos Guararapes e propor um modelo referenciado ao quase geoide com as altitudes obtidas do nivelamento geométrico de alta precisão.
A cartografia permite conhecer o território, ajudando a reconhecer como reproduzimos ou não a subjetividade dominante, atrelada à disputa de forças sociais. Dessa maneira, a cartografia retrata o dinamismo que percorre os pontos, as linhas e os polígonos
, construindo uma rede de rizoma, o que torna possível aplicar análises rizomáticas que abrangem o conceito interpretativo dos dados espaciais, percorrendo e relatando trajetórias sociais e geopolíticas (PRADO FILHO; TETI, 2013, p. 53).
A metodologia desenvolvida consiste em análise da rede de referência, análise do modelo geoidal adotado, validação dos insumos cartográficos e proposição de modelo geoidal que melhor se adeque ao município. Para aplicação e disseminação da estrutura geodésica integrada ao cadastro são utilizadas soluções mobile. Na perspectiva da intervenção urbana, a estrutura geodésica torna-se um instrumento de avaliação dos insumos cartográficos quanto à acurácia, logo será possível aquilatar determinados projetos, proporcionando celeridade nas análises urbanística, pois a partir da consolidação dessa estrutura é exequível corporificar produtos cartográficos como as ortofotos, modelos digitais que proporcionam uma análise acurada através da PEC-PCD.
Portanto é primordial incentivar o uso dessa estrutura aos usuários, disseminando sua aplicação no corporativo em análise diária e a disponibilização dessas informações em ambientes mobile para gerenciamento territorial integrado ao cadastro multifinalitário e utilização em projetos de regularização fundiária.
1.1 JUSTIFICATIVA
Diante da escassez de informações espaciais disponíveis nos municípios, da falta de estrutura tecnológica e de equipe técnica qualificada que examine os insumos cartográficos produzidos – como exemplo, o Projeto PE3D no estado de Pernambuco, que disponibilizou dados espaciais –, busca-se desenvolver uma metodologia que auxilie os técnicos da área de cartografia dos municípios a determinar a qualidade dos produtos a partir da acurácia posicional, utilizando os pontos de controle integrados à rede de referência e um modelo geoidal adequado ao município.
A informatização nessa era digital se torna indispensável ao processo da comunicação cartográfica e à difusão da estrutura geodésica, permitindo aos gestores visualizar as informações espaciais inseridas sob uma base cartográfica acurada e possibilitando tomadas de decisões e otimização e gerenciamento de trabalhos técnicos alinhado ao uso de Apps no sistema Open Service, que conceberá governança e inteligência organizacional.
Com a evolução do conceito de cadastro, que hoje não só tem a finalidade fiscal, mas também é pensado para planejamento e governança fundiária; e com o advento das ferramentas e softwares livres, proporcionando popularização do sistema de informação geográfica; a construção de estruturas integrativas utilizadas para o desenvolvimento de políticas públicas é complexa e exige comunicação entre todos os atores envolvidos, além de aplicação de técnicas de aquisição e processamento de dados.
1.2 OBJETIVOS
Seguem abaixo os objetivos proposto nesta dissertação.
1.2.1 OBJETIVO GERAL
Propor uma estrutura geodésica para fins de gerenciamento territorial.
1.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS
• Analisar a Rede de Referência Cadastral do município de Jaboatão dos Guararapes com base na NBR 14.166/2022;
• Verificar os modelos geoidais produzidos para o município;
• Propor modelo para o quase geoide com base nas altitudes normais;
• Classificar os insumos existentes pelo PEC-PCD;
• Aplicar soluções mobile no cadastro.
1.3 ESTRUTURAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
A dissertação foi estruturada em 5 (cinco) capítulos, que têm por finalidade desenvolver o tema proposto.
No capítulo 1 é apresentada a base introdutória do trabalho, relatando a justificativa e os objetivos gerais e específicos.
No capítulo 2 é realizada a contextualização teórica, com os tópicos sobre cadastro, rede de referência, sistema geodésico de referência e rede, posicionamento por satélite, sistema de projeção – para definir os cálculos do fator de quadrícula –, ajustamento e testes estatísticos – a fim de fundamentar as análises desenvolvidas –, pontos de controle, insumos do projeto PE3D e do município de Jaboatão dos Guararapes, qualidade de dados, proposta do interpolador IDW e uma introdução ao software livre.
No capítulo 3 é apresentada a metodologia para aplicação e execução das análises de acordo com os objetivos específicos do trabalho, considerando área de estudo, materiais e método.
No capítulo 4 são realizadas as análises e demonstrados os resultados obtidos aplicando a metodologia definida no capítulo anterior.
No capítulo 5 são apresentadas as conclusões e recomendações, considerando as análises desenvolvidas na dissertação. Finaliza-se o trabalho com as referências bibliográficas e os apêndices.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica é o ponto de partida para contextualizar o projeto e demonstrar o embasamento teórico que construiu a metodologia proposta.
2.1 CADASTRO APLICADO AO GERENCIAMENTO DE TERRAS
Em 4000 a.C., de acordo com Loch e Erba (2007), o cadastro já era aplicado para fins fiscais pelos Caldeus, cujas propriedades eram descritas geometricamente, proporcionando o conhecimento territorial para cobrança de tributos. A história nos mostra o uso do cadastro territorial para tributação, desenvolvido por indianos, gregos, romanos, egípcios, o que demonstra a importância do cadastro na descrição geométrica e alfanumérica no sistema fundiário. Vale ressaltar que a relação terra-pessoa começa a ser arquitetada a partir dessas estruturas, pois os tributos deveriam ser cobrados de alguém; daí surge a relação que até hoje é usada no cadastro moderno, relacionando a parcela territorial a uma pessoa física ou jurídica.
Com o advento do cadastro napoleônico, de acordo com Philips (2003), esse processo passa a ser construído como um instrumento que proporciona segurança da propriedade. O cadastro napoleônico torna-se famigerado pela precisão no levantamento e na elaboração das cartas topográficas, sendo utilizado como uma ferramenta de gerenciamento territorial ao introduzir codificação nas parcelas e toponímias, o que o torna um modelo para século XIX.
Em 1980 inicia-se a popularização da tecnologia dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), que se perpetua até os dias atuais, implementando no cadastro as técnicas de sensoriamento remoto, geodesia, aerofotogrametria e topografia, no processo de modernização do cadastro territorial. A Federação Internacional de Geômetras (FIG) é destaque por suas pesquisas e estudos com a finalidade de desenvolver e modernizar o cadastro em âmbito mundial, e o resultado desse empenho é a publicação do Cadastro 2014, o qual Kaufman e Steudler (1998) definem como o fim da separação entre mapas e registros. Os recursos digitais são inseridos de forma pragmática para modelagem e representação cartográfica digital, possibilitando o fim da era analógica, além de parcerias público-privadas e investimentos em novas tecnologias. Segue o fluxograma 1 como uma representação sucinta dos principais acontecimentos históricos para o desenvolvimento do cadastro:
Fluxograma 1 – Evolução histórica do cadastro
Fonte: autora (2021)
2.1.1 CADASTRO TÉCNICO MUNICIPAL
O projeto CIATA foi responsável por elaborar uma metodologia em âmbito nacional seguindo padrões sistemáticos para implantação de um cadastro técnico