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Uma História de Perdão: Cura e Restauração Através de uma Experiência Real e pessoal com Deus
Uma História de Perdão: Cura e Restauração Através de uma Experiência Real e pessoal com Deus
Uma História de Perdão: Cura e Restauração Através de uma Experiência Real e pessoal com Deus
E-book99 páginas1 hora

Uma História de Perdão: Cura e Restauração Através de uma Experiência Real e pessoal com Deus

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Sobre este e-book

Nesta emocionante história de superação, o amor e a intervenção divina se revelam como fontes de cura e fortaleza, guiando a autora além das sombras do fracasso e da dor em direção à restauração e ao perdão. Em meio a um ambiente marcado por traumas, abusos e rejeição, a narrativa revela a luta de uma alma ferida e um coração destroçado.
As palavras pesadas e as acusações que a autora enfrenta, inclusive da própria mãe, lançam dúvidas sobre o propósito de sua existência. Contudo uma crença firme em Deus e uma determinação incansável para construir uma vida melhor a impulsionam, apesar das adversidades. A jornada é repleta de desafios, mas revela um profundo desejo de encontrar amor e aceitação, mesmo quando a mãe parece incapaz de oferecê-los.
Ao longo da narrativa, a autora compartilha experiências transformadoras que a levam a compreender o seu valor e importância, reforçando a crença na sua própria existência. Esta é uma história inspiradora de resiliência, fé e descoberta pessoal que tocará o coração dos leitores.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento17 de nov. de 2023
ISBN9786525463162
Uma História de Perdão: Cura e Restauração Através de uma Experiência Real e pessoal com Deus

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    Uma História de Perdão - Maria Paula de Souza

    Capítulo I

    A tempestade e a calmaria

    Quando tudo começou

    Trago aqui a minha história de perdão, cura e restauração. É uma experiência inimaginável de um encontro pessoal com Jesus Cristo, que transformou minha vida de maneira sobrenatural. Venho de uma família pobre, composta por quinze pessoas: meus pais e mais treze filhos, sendo oito mulheres e cinco homens. Sou uma das filhas mais novas, nascida na cidade de Ji-Paraná, RO, no ano de 1969. Meus pais vieram do estado do Paraná (PR) para Ji- Paraná, RO, em busca de condições melhores. Foi aqui que nasci. Não conheci ninguém mais, dos parentes do lado dos meus pais. Não conheci nem um dos meus avós, nem por parte de pai, nem por parte de mãe. Sabia que eles existiam. Havia dois tios por parte de mãe que moravam em Minas Gerais, mas também não os conheci.

    Em relação ao meu pai, do pouco que sei a respeito da família dele: ele foi criado por uma família que o tratava como escravo e, quando ele e minha mãe vieram embora, não tiveram mais contato com ninguém. Quando eu era pequena, meus pais foram para o Mato Grosso, ficaram por um período e retornaram, novamente, para Rondônia. Nesse período, eu já estava com seis anos de idade. Pouco tempo depois que chegamos aqui, minha irmã Zilene, de vinte e um anos, que era casada, faleceu, no ano de 1976, deixando uma filhinha, de cinco meses de idade, que minha mãe criou.

    A partir daí, eu comecei a sofrer abusos sexuais do meu cunhado. Comecei a ser espancada e amaldiçoada pela minha mãe. O tempo todo, ela falava que eu não prestava e me chamava de diabo. Falava, ainda, que eu nunca seria ninguém, que nunca teria nada e que, muito menos, me casaria. E, se algum dia eu me casasse, seria espancada dia e noite pelo meu marido. Ela ainda falava que eu seria a pior prostituta da face desta terra, que nunca seria amada por ninguém.

    Era notável que, no meio de todas essas situações, Deus já tinha um cuidado expressivo comigo, embora eu não percebesse. Em frente à minha casa, havia uma família, composta por três integrantes: um casal e um filho. Não tínhamos muita amizade, no entanto, toda vez que minha mãe me batia e me amaldiçoava, afirmando que ninguém me amaria, eu respondia: Jesus não permitirá que isso aconteça, repetindo essa frase diversas vezes. Quando eu crescer, vou me casar com o Eronaldo e ninguém mais vai me agredir. Esse nome ao qual me referia era o do menininho, filho dessa família que moravam em frente à minha casa.

    Lembro-me de que nossa família não tinha o hábito de frequentar a igreja; na verdade, eu nunca tinha ido a uma. No entanto, sempre que eu caminhava pela rua e encontrava folhetos de evangelização, frequentemente com a imagem de Jesus Cristo vindo nas nuvens, isso causava um ardor em meu coração, em minha alma. Embora ninguém me falassem sobre Deus, o Espírito Santo já acendia essa chama em meu coração, proporcionando-me algum conforto. Foi dessa forma que comecei a ter uma ideia de quem era Jesus. Em minha casa, havia uma Bíblia, que ninguém usava, e eu comecei a ler. Apesar de não entender nada, eu gostava de ler, mesmo sem compreender. Posteriormente, ganhamos um livrinho de cânticos, uma harpa cristã. Ainda que não conhecesse as melodias, eu passava o tempo cantarolando aqueles hinos.

    Depois de adulta, percebi que, mesmo em meio ao caos, o Espírito Santo estava sempre ao meu lado, fazendo com que eu suportasse a dor da rejeição, a dor física, a dor emocional, os abusos e a culpa de ser a causa da tristeza da minha mãe, pois a todo momento ela se referia dizendo que não era feliz por minha causa. Ela dizia que eu era o motivo de toda tristeza e que, se algum dia ela viesse a falecer, eu seria a culpada por sua morte. E devido a isso, eu tinha pânico só de pensar no caso de minha mãe vir a falecer. Sempre eu pedia a Deus que não a deixasse morrer. Contudo, apesar da rejeição, eu não queria que minha mãe morresse; eu queria ser apenas amada por ela, pois era pesado demais saber que a minha existência era a causa do sofrimento de alguém, sendo essa pessoa minha mãe. Todos os meus movimentos eram motivo para despertar a sua ira e, por isso, eu apanhava tanto. Se alguém fizesse qualquer comentário a meu respeito, bom ou ruim, eu apanhava.

    Até o fato de alguma outra criança pedir a ela para eu brincar ou ir à casa de alguém, lá estava eu apanhando, pois ela sempre comentava que se alguém fosse me chamar para brincar ou ir à casa delas, era porque eu as obrigava a pedir para ela deixar. Não importava se eu estava certa ou não, apanhava sempre. Se ela me visse conversando com qualquer criança ou adulto, já era o suficiente para eu levar uma surra. Se passassem umas três crianças vindas da escola e se eu não fosse pelo menos a quarta a achegar em casa, já era motivo para eu apanhar. O tempo todo ouvia ela me dizer que não gostava de mim. Isso era muito doloroso, pois na minha percepção como criança, o amor mais puro de um ser humano é o amor de uma mãe para um filho. Às vezes, eu chorava muito e perguntava a Deus por que eu tinha nascido. Qual propósito tinha a minha vida, se nem minha mãe gostava de mim? Muitas vezes ela tentava me ferir com uma faca e me dia dizia: Se você respirar, eu te sangro.

    Um encontro sobrenatural e real

    Em uma tarde, de julho de 1980, aos dez anos de idade, tive uma experiência real: um encontro com Deus. Nunca esqueci dessa memorável tarde. Enquanto eu estava limpando a mesa da cozinha, fui arrebatada pelos sentidos. Por um momento, tudo ficou escuro, como se estivesse em um quarto todo fechado e com as luzes apagadas. Não via nada ao meu redor. De repente, comecei a ouvir uma voz doce e suave conversando comigo, perguntando-me: O que você está vendo?. Respondi: Não vejo nada!. A voz doce me perguntou novamente: O que você vê?. Eu disse: Eu não consigo ver nada!. Mais uma vez, a voz indagou: O que você está vendo?. Naquele momento, entristeci-me, comecei a chorar muito e disse: Eu não consigo ver nada. Foi então que aquela voz tão doce, a voz do Espírito Santo, ficou em completo silêncio.

    Quando parei de chorar e lastimar, Ele voltou a falar comigo e disse: Antes de existir tudo que existe, Eu já te conhecia. Com amor eterno, te amei, te amo e te amarei eternamente. Você é única; não existe ninguém igual a você. Quando retornei ao meu estado real, à beira daquela mesa, ainda com o paninho de limpeza nas minhas mãos, Deus me fez ver, na perspectiva Dele. Comecei a beliscar o meu braço e falar o meu nome completo. Envolta por uma atmosfera de alegria, eu ria muito e conseguia sentir que, de fato, eu era real, um ser existente. Deus permitiu que eu conseguisse ver a dimensão do âmago da minha alma, do meu ser e da minha existência, e a minha importância como um ser real e amado.

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