Box Essencial Gibran
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Sobre este e-book
O profeta é a mais célebre obra de ficção mística da literatura moderna. Foi escrita por Khalil Gibran, ensaísta e artista libanês que emigrou na infância para os Estados Unidos. Filosófica e atemporal, a obra revela a própria condição do autor como imigrante. Pouco antes de partir da cidade de Orphalese, onde esteve exilado por doze anos, o sábio Almustafa compartilha a sua sabedoria ao longo de vinte e oito ensaios. Ele nos fala sobre aspectos universais da vida, como a amizade, o amor, a liberdade, o autoconhecimento, entre outros.
A voz do mestre é um dos livros mais inspiradores de Gibran, que cativou milhões de leitores por tratar com simplicidade e profundidade temas como o amor, a justiça social, a sabedoria e o sagrado. Em vinte contos breves e líricos, o mestre e seu discípulo compartilham a sabedoria mística das tradições orientais e ocidentais, cultivadas por Gibran em toda a sua obra.
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Box Essencial Gibran - Khalil Gibran
Sumário
O Profeta
Sumário
Prefácio
A chegada do navio
Sobre o amor
Sobre o casamento
Sobre os filhos
Sobre a doação
Sobre o comer e o beber
Sobre o trabalho
Sobre a alegria e a tristeza
Sobre a casa
Sobre as vestes
Sobre comprar e vender
Sobre o crime e o castigo
Sobre as leis
Sobre a liberdade
Sobre a razão e a paixão
Sobre a dor
Sobre o autoconhecimento
Sobre ensinar
Sobre a amizade
Sobre o ato de falar
Sobre o tempo
Sobre o bem e o mal
Sobre a prece
Sobre o prazer
Sobre a beleza
Sobre a religião
Sobre a morte
A partida do navio
A voz do mestre
Sumário
PRIMEIRA PARTE — O mestre e o discípulo
1 A viagem do mestre a Veneza
2 A morte do mestre
SEGUNDA PARTE — As palavras do mestre
1 Da vida
2 Dos mártires da lei dos homens
3 Pensamentos e meditações
4 Do primeiro olhar
5 Da divindade do homem
6 Da razão e do conhecimento
7 Da música
8 Da sabedoria
9 Do amor e da igualdade
10 Outros ensinamentos do mestre
11 O ouvinte
12 Amor e juventude
13 A sabedoria e eu
14 As duas cidades
15 A natureza e o ser humano
16 A feiticeira
17 Juventude e esperança
18 Ressurreição
Nota
Créditos
Landmarks
Capa
Sumário
Créditos
O Profeta. Khalil Gibran. Ilustrações Wagner Willian. Prefácio Lúcia Helena Galvão.O
Profeta
Khalil Gibran
TRADUÇÃO
Elisa Nazarian
Sumário
Prefácio
A chegada do navio
Sobre o amor
Sobre o casamento
Sobre os filhos
Sobre a doação
Sobre o comer e o beber
Sobre o trabalho
Sobre a alegria e a tristeza
Sobre a casa
Sobre as vestes
Sobre comprar e vender
Sobre o crime e o castigo
Sobre as leis
Sobre a liberdade
Sobre a razão e a paixão
Sobre a dor
Sobre o autoconhecimento
Sobre ensinar
Sobre a amizade
Sobre o ato de falar
Sobre o tempo
Sobre o bem e o mal
Sobre a prece
Sobre o prazer
Sobre a beleza
Sobre a religião
Sobre a morte
A partida do navio
Créditos
Landmarks
Capa
Folha de rosto
Sumário
Prefácio
Créditos
Prefácio
Foi com muita satisfação que recebi a notícia de que a Ajna Editora pretendia publicar esta nova edição do livro O profeta, de Khalil Gibran, por se tratar de uma obra de perfil atemporal e essencial, que não deixará, creio eu, de surpreender as gerações atuais e mesmo as futuras.
Para quem não conhece, O profeta é uma grande fábula com vinte e oito ensaios poéticos, em que um sábio imaginário, Almustafa, ensina, em cada ensaio, sobre os mais relevantes assuntos da vida, tais como a amizade, o amor, o casamento, os filhos, a casa, o comer e o beber e outros de igual importância.
Trata-se de uma prosa poética de grande beleza e profundidade, que tende a surpreender o desavisado. Foi escrita pelo poeta libanês radicado nos Estados Unidos, Khalil Gibran, e publicada originalmente em 1923. Consiste na obra mais conhecida de Gibran, sendo traduzida para diversos idiomas, tornando-se um dos livros mais traduzidos da história e que nunca esteve fora de catálogo.
Gibran é considerado, hoje, um dos poetas mais lidos de todos os tempos, e tido como um gênio tanto no Ocidente quanto no Oriente Médio. O profeta é, hoje, o poema mais conceituado do século XX, além de ser o livro mais lido do século.
Tudo começou com uma primeira impressão reticente e temerosa de dois mil exemplares, em 1923. A demanda pelo livro dobrou no ano seguinte – e dobrou sucessivamente por alguns anos.
Mas quem é este escritor de sucesso tão extraordinário? Gibran Khalil Gibran nasceu em 6 de dezembro de 1883, na cidade de Bcharre, na base da Montanha do Cedro, ao norte do Líbano. Seu nome transformou-se em apenas Khalil Gibran
por um erro de registro na escola que primeiro frequentou em território norte-americano. Aos 11 anos de idade, foi com a mãe e os três irmãos para os Estados Unidos, mais especificamente para Boston, deixando para trás o pai, rude, alcoólatra e viciado em jogos, além de acusado, na época, de desonestidade na coleta de impostos. Gibran encobriu essa história com episódios fantasiosos sobre sua infância, que foi criando ao sabor de sua imaginação.
Em 1898, Gibran retorna para casa para frequentar a escola Al Hikma, em Beirute, a fim de não se esquecer dos valores e costumes de sua cultura pátria. Retornando quatro anos depois, perde sucessivamente a irmã Sultana, de 14 anos, e o meio-irmão mais velho, Boutros, ambos para a tuberculose. Meses depois, vai-se a mãe, Kamila, de câncer. A irmã mais jovem, Mariana, passa a sustentar sua pequena família com o seu ofício de costureira. Pouco depois, realizou sua primeira exposição de desenhos. Para quem não o sabe, Gibran passou toda a sua vida dedicando-se simultaneamente aos ofícios de pintor e de escritor. Sua pintura, de linha simbolista, inspira-se fortemente no trabalho do pintor e escritor inglês do século XVIII e do XIX, William Blake.
Depois, vem o encontro com Mary Elizabeth Haskell, a fantástica norte-americana que se tornou mecenas, admiradora, revisora de seus trabalhos e, quiçá, apaixonada. Trocam cartas por toda a vida: em vinte anos, 325 cartas de Gibran e 290 de Haskell, enviadas até as imediações da data da morte de Gibran. A publicação dessas cartas por Virginia Hilu é um assunto à parte, que não se deve deixar de conhecer.
Depois disso, vem a temporada de dois anos em Paris para estudar pintura (patrocinada por Haskell), a publicação de obras em árabe e, posteriormente, em inglês, (incentivado mais uma vez por Haskell), a decisão de viver em um estúdio em Nova York, a publicação de O profeta, em 1923, o sucesso, a doença e a morte em 1931, por cirrose hepática e uma tuberculose incipiente, em um dos pulmões.
E assim foi: místico, mas, ao mesmo tempo, nunca preso a uma única religião, profundo admirador da figura de Jesus Cristo, mas também do Sufismo e da Fé Bahá’í. Nacionalista e militante na causa da libertação da Síria das mãos dos turcos otomanos; porém, em outros momentos, sereno e bem acima dos dramas históricos de seu tempo. Admirador do pensamento de Nietzsche e de Blake, mas igualmente dos preceitos da Bíblia cristã. Entretanto, quando traça suas linhas nas páginas de O profeta, ele não é ninguém, nem recebe influência de ninguém: ele é simplesmente Gibran. Em não tão numerosas passagens, na história da literatura humana, a beleza da forma e a profundidade mística do conteúdo abraçaram-se de forma tão intensa.
Desde a sua morte, monumentos em sua homenagem foram construídos em diversos países do mundo; reis, políticos, artistas e homens comuns tomaram esta obra como livro de cabeceira e aprenderam a ver a beleza em todos os aspectos relevantes de suas vidas através deste pequeno livro. Ele não apenas promove o encontro de dois mundos, Oriente Médio e Ocidente, mas o tão necessário encontro do homem consigo mesmo: Vim a este mundo para escrever meu nome na face da vida com letras grandes
.
Sabemos que seu portfólio como pintor de retratos foi longe: Abdu’l-Bahá, Debussy, Rodin, Carl Jung, Maeterlinck, W. B. Yeats, Laurence Housman, Sarah Bernhardt, Ruth St. Denis, o jovem Garibaldi. Mas parece que suas palavras alcançaram distâncias ainda maiores.
Sou filósofa e, ainda que seja verdadeiro o que se conta a respeito de Gibran não gostar de ser chamado de filósofo, não posso deixar de vê-lo sob esse ponto de vista, uma vez que foi através de tal ângulo de seu trabalho que o encontrei. Há toda uma resistência, nos dias em que escrevo estas linhas, por considerar um filósofo como alguém que não apenas memoriza ideias alheias, mas é capaz de criar as próprias, originais, a partir de uma visão simbólica que desvela aspectos pouco conhecidos da vida. São escassos os criadores e abundam aqueles que fazem uma análise combinatória daquilo que já foi pensado, dito e feito e chancelam esta combinação como uma base teórica própria. Com Gibran, vemos as ideias emanando da própria vida, e isso é um espetáculo tão incomum quanto belo de se ver.
Perceba este trecho, parte do capítulo de O profeta que discorre sobre a prece: Não posso ensiná-los a orar com palavras. Deus não ouve as suas palavras a não ser quando Ele próprio as murmura através de seus lábios
.
Essa passagem mostra o conceito platônico do mundo das ideias e o homem como aquele que pode adquirir a dimensão necessária para ter a cabeça no mundo das ideias e os pés no mundo concreto, tornando-se uma ponte, uma via de acesso, como um pontífice
. Ele capta e traz esses arquétipos ao mundo quando, por esforço próprio, possui uma meta de elevação psicológica, moral e espiritual e caminha para ela determinadamente. Trata-se de um ideal de alcance da sabedoria: o homem empresta sua voz à voz da natureza, da vida, de Deus e, através de sua vida particular, uma parcela dos propósitos deste plano se realiza.
A Eternidade está apaixonada pelas criações do tempo
, dizia William Blake, autor que ele tanto admirava; sim, sem dúvida, quando estas criações têm