Ay Carmela: Cartazes da Guerra Civil Espanhola
De Maria Souza
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Ay Carmela - Maria Souza
Sumário
CAPA
INTRODUÇÃO
REVOLUÇÃO E GOLPE NA REPÚBLICA DE ESPANHA
O ENGAJAMENTO IDEOLÓGICO NA PRODUÇÃO CULTURAL DA PROPAGANDA POLÍTICA NA GUERRA CIVIL ESPANHOLA ATRAVÉS DAS ARTES VISUAIS E LITERATURA
OS SOLDADOS DE PAPEL E TINTA
NA GUERRA CIVIL ESPANHOLA
OS CARTAZISTAS
REFERÊNCIAS
SOBRE A AUTORA
CONTRACAPA
Ay Carmela
cartazes da Guerra Civil espanhola
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.
Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Maria Souza
Ay Carmela
cartazes da Guerra Civil espanhola
À Prof.ª Dr.ª Angela Brandão, Unifesp, campus Guarulhos.
Ao Prof. Dr. Ivan Rodrigues Martin, Unifesp, campus Guarulhos.
Pela inspiração intelectual, aporte conceitual e o generoso humanismo nas relações de ensino-aprendizagem.
AY carmela
viva la quinta brigada...
Luchamos contra los moros...
mercenarios e fascistas
AY CARMELA, ay carmela...
(CANÇÃO ENTOADA PELOS REPUBLICANOS DA
GUERRA CIVIL ESPANHOLA)
Introdução
O interesse pelo tema dos cartazes produzidos no contexto da Guerra Civil espanhola foi despertado por leituras, iniciando-se pela ficção e depois por textos testemunhais e teóricos. Considero os livros e lugares que visitamos como as relações fraternais, pois se encadeiam e um nos traz os outros numa confluência de encontros.
A Guerra Civil me foi apresentada pelo livro Por Quem os Sinos Dobram, de Ernest Hemingway (1940). Embora esse livro seja ficcional, foi baseado nas lutas da Guerra Civil, da qual o autor participou como correspondente politicamente engajado do lado que defendia a República Espanhola. O protagonista, um professor de Espanhol, foi lutar como voluntário nessa guerra, apresentando, dessa forma, as Brigadas Internacionais — grupo de pessoas que foram lutar como voluntários pelo bando republicano, conforme abordo no primeiro capítulo. Esse protagonista se une a um grupo que luta pela república, mas como um herói solitário, salva-os dando-lhes tempo para fuga ao esperar pelo bando nacionalista sabendo de sua morte.
Num final épico, no qual dramaticamente esse se sacrifica pelos outros, acreditando na causa pela qual viera lutar a ponto de morrer por essa. Assim como na literatura, aconteceram, de fato e como era de se supor, várias tragédias na Guerra Civil, desde as muitas mortes e a diáspora do povo espanhol com o avanço das forças nacionalistas. Entusiasmei-me pelo tema e procurei nos manuais de História, mas o que encontrava em vários deles era muito pouco, pois essa guerra está geralmente classificada como um ensaio para a segunda guerra
. Depois do livro de Hemingway, encontrei Saga, de Érico Veríssimo (1940), que relata a história de um brigadista que sai do Brasil para lutar pela guerra no bando republicano. Mas apenas em parte do livro, depois que o personagem retorna um tanto decepcionado. A história continua no Brasil.
Porém, o livro que considero fundamental para concretizar meu interesse por esse período histórico foi o livro Homenagem a Catalunha, de George Orwell (1938), encontrado num alfarrábio por um amigo. Esse livro-reportagem, cujo autor participou da guerra, fornece o testemunho e revela-se toda a complexidade deste conflito, além do contexto das lutas revolucionárias que se delineiam nesse início da década de 1930. Ampliando-se a discussão sobremaneira, buscando nos alfarrábios livros sobre o mesmo tema, encontrei com grande felicidade o livro O Curto Verão da Anarquia, de Hans Magnus Enzensberger (1987), que narrava a vida e a morte do líder anarquista Buonaventura Durruti de uma maneira extraordinária que vim a compreender somente mais tarde.
Além dos livros, visitei lugares como o Instituto Cervantes, em São Paulo, onde se apresentou a exposição Cartazes da Guerra Civil Espanhola
, em abril de 2009. Além de palestras, houve a exposição de cartazes originais da Guerra Civil, o que me causou grande emoção, especialmente como professora, chamou-me a atenção a valorização da educação do bando republicano, como no cartaz do soldado de olhos vendados e na frase salienta-se a importância da alfabetização. Principalmente, num país como Brasil, onde a dura luta por uma educação pública e de qualidade, desde sempre uma bandeira de luta, claro, por parte de resistentes batalhadores.
Mas o encadeamento de informações sobre a Guerra Civil espanhola ampliou-se em profundidade numa confluência de compreensão com o magnífico curso sobre as representações estéticas na Guerra Civil espanhola, ministrado pelo professor doutor Ivan Rodrigues Martin. Aqui, essas informações fizeram sentido, desde o livro de Enzensberger, que numa revolucionária forma de escrita