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O Seu Lugar no Fim do Mundo
O Seu Lugar no Fim do Mundo
O Seu Lugar no Fim do Mundo
E-book353 páginas2 horas

O Seu Lugar no Fim do Mundo

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Sobre este e-book

Em "O Seu Lugar no Fim do Mundo" acompanhamos a jornada de Victor, um garoto fascinado pelo mundo imaginário de sua mente. Enquanto foge das pressões do mundo real, ele mergulha cada vez mais fundo em seu mundo imaginário. Porém, quando os desafios da realidade batem a sua porta, Victor tem que confrontar a difícil escolha entre o conforto da fantasia, e a necessidade de encarar a vida como ela realmente é.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de mar. de 2024
ISBN9798224633043
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    O Seu Lugar no Fim do Mundo - Moisés Ribeiro

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    AGRADECIMENTOS

    "Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."

    - Oscar Wilde.

    2017

    1

    Victor Rei, era um garoto de 16 anos, que podiam olhar para ele e dizer que só era um jovem como qualquer outro. Mas, ele se diferenciava dos temais.

    Numa manhã, que era só mais um dia comum,

    Victor acordou de seu sono. Espreguiçou-se. Os raios de sol

    tocaram seu rosto. Seus olhos se adaptaram a luz, o deixando enxergar.

    Vestiu seu uniforme do colégio. Olhou-se no espelho. Tocou a mecha do seu cabelo, até que ela ficasse arrumada.

    Desceu as escadas. Parou no primeiro degrau, para escutar se seus pais já estavam acordados.

    Victor foi caminhando até a mesa. Olhou para seu pai, ele viu a Victor e sorriu. O nome de seu pai era

    Estevão.

    -  Bom dia - ele disse.

    -  Bom dia - respondeu Victor.

    Colocou café em sua caneca própria e sentou na

    cadeira.

    -  Hoje, terei minha aula favorita - comentou Victor.

    -  É mesmo? - Estêvão sorriu, sem olhar para ele - história, não é?

    -  Sim. O senhor sabe como nessa matéria sou bom, né?

    -  Sei sim. Eu vejo suas notas, e te acho um máximo. Pra mim, não tem ninguém que possa ser melhor na matéria do que

    você. Mas... - ele ergueu o dedo - as outras matérias também

    são importantes.

    -  Aaa - Victor fez uma careta - matemática é muito chata. Odeia o português também.

    -  Eu sei - seu pai disse - só tenha entusiasmo com essas matérias da mesma forma que gosta de história, o.k?

    -  Tá - Victor assentiu.

    Victor tomou seu café. Olhou para o relógio.

    -  Eu tenho que ir - Victor disse - tchau, pai.

    -  Tchau - Estêvão disse.

    Victor saiu. O ar estava frio aquela manhã, do jeito que ele gostava.

    Passou pela rua onde se encontrava com seu amigo, Felipe.

    Ele observou Victor e o cumprimentou.

    Os dois começaram uma caminhada até o

    colégio.

    -  Você viu a nova garota da escola? - perguntou Victor.

    -  Vi sim - respondeu Felipe - achei ela muito bonita.

    -  Eu também acho.

    Os dois ficaram em silêncio por dois segundos.

    -  Ei! - exclamou Felipe - por que você não pedi ela em namoro?

    -  Eu acho que não - Victor respondeu meio tímido.

    -  Qual é? - Felipe ergueu as duas sobrancelhas - você tem tudo para que ela goste de você. É bonito, cheiroso.

    -  Isso são elogios que só minha mãe diz -Victor riu.

    -  Não, ela tem razão.

    -  Quer saber? - Victor olhou para Felipe - eu vou lá.

    -  Isso aí - Felipe dize animado - confie que vai dar certo.

    Chegando no colégio, Victor viu ela, a garota nova. Ela se chamava Eduarda.

    Vestia uma saia preta. Eduarda o observou.

    -  Oi - disse Victor.

    -  Oi - ela respondeu.

    -  Eu queria te falar algo - Victor falou.

    -  O que seria?

    Victor olhou para os lados.

    -  Será que a gente poderia ir ao lugar mais afastado? - ele perguntou.

    Ela fez uma expressão de dúvida.

    -  Tá bom - Eduarda concordou.

    Os dois foram até uma parede, onde não tinha nenhum aluno, ou um coordenador do colégio.

    Victor ficou um pouco nervoso. Cerrou os punhos.

    Respirou fundo.

    -  Então? - ela perguntou - o que seria?

    -  Bem... - sua voz falhou - eu precisava te falar uma coisa.

    Ela ergueu as duas sobrancelhas.

    -  Desde que você chegou aqui - ele disse -, eu não tirei os olhos de você. Por sua beleza, e por ser tão simpática.

    -  É mesmo?

    - Sim - ele confirmou - Por isso... queria te perguntar - ele pegou as mãos de Eduarda - aceita namorar comigo?

    Eduarda desviou o olhar e voltou a olhar para

    Victor.

    -  Sabe de uma coisa? - ela perguntou - sim, eu aceito.

    Victor sorriu.

    Os dois se beijaram.

    Após esse acontecimento, Victor não quis revelar para os alunos sobre seu namoro com Eduarda, deixaria isso em secreto.

    Ele se sentia feliz por expor seus sentimentos por Eduarda. Com a garoto que gostava, e tinha uma atração por ela.

    Davi.

    Ao sair do colégio, ele encontrou seu outro amigo,

    O garoto era alto, tinha a pele morena. Vestia

    uma camisa azul. Estava com dois skates sendo segurados por seu braço esquerdo.

    Ao ver Victor, ele abriu um sorriso.

    -  Meu mano - ele disse - como vai?

    -  Hoje... - Victor ergueu os dois braços - foi o melhor dia da minha vida.

    -  Sério? Por quê?

    -  Pedi a garoto que eu gosto em namoro.

    -  Entendi - Davi piscou um olho - ela aceitou, ne? Parabéns, cara.

    -  Valeu - Victor respondeu.

    -  Bora uma corrida? - perguntou Davi.

    Ele entregou o skate para Victor. Os dois subiram em seus skates.

    Fizeram manobras erguendo a ponta do skate.

    Tomaram cuidado para não baterem nas pessoas que passavam na calçada.

    Victor chegou em sua casa. Se despediu de Davi que continuo em seu skate.

    casa. mãe.

    Ele foi andando até a porta de entrada de sua

    Quando entrou, viu seu pai conversando com sua Ela notou a presença de seu filho, abraçou ele.

    -  Como foi na escola, querido? - perguntou ela.

    -  Foi ótimo, mãe - respondeu Victor com um sorriso no rosto.

    -  Você fez o que eu te pedi, né? - perguntou seu pai.

    -  Sim. Prestei mais atenção nas aulas que tirei notas baixas. Também, os professores me ajudaram no que tinha que melhorar.

    -  Tá vendo, Diana? - ele olhou para ela - nosso filho é dedicado.

    -  Que lindo - Diana falou - Por isso que eu te amo, filho.

    -  Bom, agora vai lá em cima e tira essa roupa de colégio, e venha para o almoço.

    -  Beleza - Victor disse.

    Após esse devaneio de um dia inteiro, ele voltou a realidade. Imaginou isso em sua cabeça, enquanto se

    preparava para dormir. Os dias dele não eram como gostaria que fosse.

    Victor desligou seu celular, que estava na cabeceira de sua cama.

    Foi e deitou-se.

    Não tinha o interesse em acordar, pois, seria os dias que estaria infeliz. Seu desejo era só estar dentro de seu quarto, e nada mais.

    Victor não podia fazer a sua vontade. Não tinha um gênio da lâmpada para realizar seu desejo. De forma

    alguma poderia sair de sua casa, e não ter que viver ali com seu pai.

    Ele fechou seus olhos e dormiu.

    Amanheceu.

    Victor não se espreguiçou. Ele simplesmente sentou-se na cama e vestiu seu chinelo.

    Foi até seu guarda-roupa. Pegou seu uniforme de colégio e o vestiu.

    Desceu as escadas. Ficou imóvel, para escutar se seu pai estava na cozinha.

    Ele estava na cozinha. Isso fez os pelos na nuca de Victor se arrepiar. Ele respirou fundo. Foi indo em direção à cozinha.

    Estêvão nem olhou para Victor, e tomou seu café normalmente.

    Victor não queria trocar palavras com seu pai, só queria tomar seu café da manhã em paz.

    -  Sua professora ligou aqui em casa ontem - Estêvão disse. Victor ficou imóvel, e não pegou sua xícara de

    café.

    -  O que... - a voz dele falhou - ela disse?

    -  Que suas notas estão péssimas.

    Victor se mexeu e pegou sua xícara de café.

    -  O que você anda fazendo? - seu pai ergueu sue dom de voz - Ei? Você vai a escola estudar, não para ficar fazendo nada.

    Olhe pra mim!

    Victor olhou para seu pai. Ele apontou o dedo.

    -  Eu não quero mais ter que ficar recebendo ligações sobre

    você. Entendeu?

    -  Sim, senhor - Victor disse com a voz baixa.

    -  Agora tome seu café e suma daqui!

    Victor foi tomar seu café da manhã em seu

    quarto.

    Quase não quis comer nada. Ainda ficou um

    pouco deprimido devido a seu pai.

    Na realidade, ele ia sozinho para o colégio, sem acompanhantes.

    Entrou na fila de estudantes, foi o último a chegar. Não tinha nenhum amigo no colégio, então não iria encontrar ninguém.

    Teria sua aula com seu professor favorito. Ele se chamava Samuel.

    Victor gostava dele, por ser um professor que explicava tudo muito bem explicado. Também pela mateira que ensinava, história.

    Após a aula, Samuel chamou Victor até sua mesa.

    -  Então... - ele falou - você tem saído muito bem comigo.

    -  Sim - eu confirmei.

    -  Mas, as outras matérias não têm se saído bem. O que tem acontecido?

    -  Desculpe. Só... não tenho prestado atenção.

    -  Será mesmo? - Samuel fungou.

    -  É isso sim - Victor retruquo - Não precisa o senhor me dar sermão ou algo assim.

    -  Tudo bem, Victor - o professor se inclinou para atrás - queria se era algo muito grave.

    Victor já não estava mais com paciência para continuar a conversa.

    -  Eu vou melhorar - ele disse.

    -  Espero - apontou o dedo para Victor.

    Ele saiu da presença do professor.

    Na hora do intervalo, Victor viu Eduarda. Ela estava charmosa, como sempre. Victor queria muito poder ser amigo dela, mas percebia todos que viam atrás dela.

    Então, não tinha coragem para falar com ela.

    Passava o seu intervalo, andando de um lado

    para o outro, sem nenhuma interação social com ninguém.

    Após sair do colégio, a única coisa agora era ir para casa. Não havia nenhum amigo o esperando lá fora.

    Ele chegou, já notou que seus pais estavam em uma discussão, mas não erguiam a voz um com o outro.

    Não queria prestar atenção no que falavam, só foi para seu quarto como se não estivesse ali.

    2

    Victor ia se encontrar com seu amigo, Felipe.

    Na realidade, eles tinham o costume de se encontrar em praças.

    A tarde, a cidade ficava mais movimentada.

    Victor não gostava de estar em lugares com muitas pessoas, era algo claustrofóbico para ele.

    Foi caminhando até chegar na praça. Ele carregava uma mochila. Começou a olhar para os lados para vê-lo de longe, se ja tinha chegado.

    Viu então um rapaz sentado num banco. Ao analisar suas roupas, Victor já o identificou.

    Foi caminhando até ele. Diferente do universo de sua mente, aqui, Felipe é cego.

    Ele vestia um casaco preto. Estava com um óculos preto.

    Com o corpo inclinado para frente, escutou os passos. Percebeu que era Victor.

    -  Oi, Victor - ele disse.

    -  Oi - respondeu.

    Victor sentou-se.

    -  Como foi no colégio?

    -  Uma porcaria - disse Victor cabisbaixo.

    -  Hum - Felipe disse - você sempre diz isso.

    -  Porque não está na minha pele pra saber, né?

    -  Bem, acho que você não tem muito contato com os outros. Só conversa comigo. Ou também não gostam do ambiente.

    -  Eu gosto de falar com você.

    -  Não sei se eu realmente deveria ser realmente sua escolha de conversas - Felipe riu fraco.

    -  Só por que você é cego?

    -  Não. Quer dizer, um pouco. Acho que não teria melhores experiências com você.

    -  Não me importo tanto - Victor respirou fundo - a minha realidade não é tão boa assim mesmo.

    -  Eu penso diferente - Felipe mexeu o beiço - já tive vontade de descobrir como é o mundo, enxergá-lo. Mas, me acostumei a isso. Não posso mudar nada na verdade.

    Victor pegou sua mochila. Puxou um livro, com a letra em braile.

    -  Toma - disse Victor.

    Ele levou o livro até a mão de Felipe.

    -  Mais um livro que eu trouxe pra você.

    -  Obrigado - Felipe respondeu - adoro cada livro que você me traz.

    -  Na verdade, não sei se poderei trazer mais.

    -  Tudo bem.

    -  Você... vai querer ir para sua casa agora?

    -  Eu acho que sim - Felipe assentiu.

    Os dois se levantaram.

    -  Você ainda tem problemas com seu pai? - perguntou Felipe.

    -  Sim. Acho que ele anda meio estressado ultimamente.

    -  Entendi - Felipe disse meio triste.

    -  E seus pais? Como estão - Victor olhou de soslaio.

    -  Bem - respondeu Felipe - Mas eles ainda me incomodam.

    -  Como assim?

    -  Eles continuam superprotetores comigo. Às vezes nem gostam que eu venha andar com você.

    -  Mas, você se consegue se virar sozinho. Até vem livremente na praça.

    -  É.

    Os dois viraram a esquina.

    Victor olhou sério para Felipe.

    -  Por que realmente seus pais não gostam que sai comigo?

    -  Posso ser sincero? -

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