Histórias de Dentro para Fora: uma ajuda para rezar

De Carminho Sarmento

«Vou contar uma história… E mais uma, e mais outra… e também aquela outra… Histórias que passem uma mensagem, histórias que cativem, histórias que movam o coração de dentro para fora. E quem sabe então ajudar a que muitas pessoas se lancem ou continuem a lançar na aventura fantástica de deixar Deus meter-Se nas suas vidas como se meteu na minha, pois essa é a história que mais importa!»

• Idioma: Português
• Editora: Lucerna
• Data de lançamento: 1 de jun. de 2024
• ISBN: 9789899207226

Pré-visualização do livro

Carminho Sarmento

Histórias

de dentro para fora

uma ajuda para rezar

Título

Histórias de dentro para fora - uma ajuda para rezar

Autora

Carminho Sarmento

Ilustradora

Marta Marques

Edição e copyright

Lucerna, Cascais

1.ª edição – maio de 2024

© Princípia Editora, Lda.

Design da capa  Rita Maia e Moura

Lucerna

Rua Vasco da Gama, 60-B – 2775-297 Parede – Portugal

[phone]  •  [e-mail]  •  www.lucernaonline.pt

facebook.com/Lucernaonline  •  instagram.com/lucerna_online

Prefácio

«Ó Senhora minha, ó minha Mãe,

eu me ofereço todo a vós

e, em prova da minha devoção para convosco,

vos consagro neste dia e para sempre

os meus olhos, os meus ouvidos,

a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser.

E porque assim sou vosso,

ó incomparável Mãe,

guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa.

Lembrai-vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa.

Ah, guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.»

Oração antiga atribuída ao padre jesuíta Nicola Zuchi (Niccoló Zucchi)

Não encontrei melhor forma de começar este prefácio do que com esta oração. Começo pelo essencial, pela essência da nossa Fé. Nossa Senhora é o centro do carisma de Schoenstatt, é a Aliança com Maria que nos faz chegar a Deus. São o testemunho de Maria e os seus ensinamentos que nos conduzem ao seu Filho.

Foi no Movimento Apostólico de Schoenstatt que nos conhecemos e é no abrigo que nos encontramos e conversamos. Foi «à sombra» do Santuário que tudo nasceu.

A Carminho é «da casa», e é acolhimento, alegria e música. É ela que, tantas e tantas vezes, nos ajuda a rezar durante a Eucaristia ou durante os momentos de recolhimento no Santuário. São a sua voz e o dedilhar da sua guitarra que nos elevam o espírito para Deus.

É assim que a conheço, sempre com um sorriso, discreta, mas muito atenta ao Serviço. E tudo é Serviço se vivido por e para Deus.

Foi assim que conheci a «estória» destas dez deliciosas histórias. Encantou-me a humildade de quem quase parece pedir desculpa por inventar histórias que ajudem a chegar a Deus. Encantou-me a entrega desta jovem consagrada. Inspirada em Nossa Senhora, Carminho desenha pequenas histórias que tornam o caminho mais fácil para os jovens com quem trabalha.

É uma apaixonada pelo trabalho com os mais novos. Tem uma enorme vontade de chegar aos jovens com uma linguagem que entendam e que os cative. Quer que a espiritualidade de Schoenstatt seja percecionada através de histórias que misturam o dia a dia comum com a fantasia e o sonho. Esse objetivo cumpre com distinção.

A Carminho vai às situações mais banais da vida para enquadrar ensinamentos extraordinários. Parecem histórias simples, mas descomplicá-las é uma arte.

São histórias para ler aos filhos, aos netos, aos sobrinhos ou simplesmente a alguém que num dado momento precise de as ouvir. São histórias de amor, desse Amor maior que é o Amor a Deus.

A Carminho nada mais está a fazer que a missão de Schoenstatt, que é a missão de Maria: «Abrir caminhos na atualidade para que Cristo possa nascer e na força do Espírito Santo conduzir a humanidade ao Pai».

Lisboa, abril de 2024

Alberta Marques Fernandes

Apresentação

Será que há alguém que não goste de histórias?

Quando se escuta uma história os olhos fixam-se, os ouvidos apuram-se, o corpo aquieta-se e a imaginação trabalha a todo o vapor.

Sempre me encantou o efeito que as histórias têm nas pessoas. Eu própria sou vítima da montanha de emoções e reações que provocam.

Sendo a mais velha de sete filhos, parecia-me natural tomar conta dos meus irmãos e fazia-o com gosto.

Lembro-me de passar longas tardes ou serões a contar-lhes histórias para os entreter e para nos divertirmos, pois normalmente as histórias, mesmo sendo inventadas no momento, implicavam alguma criação cénica e uma certa produção artística. Uma simples brincadeira ocupava horas elaboradas de entretenimento.

Os meus súbditos do «Reino das Histórias», obedecendo aos caprichos da irmã mais velha, escutavam e participavam desta arte de criar histórias ao ponto de chegarmos a gravar muitas delas no radiogravador de duas cassetes que na altura era o máximo da sofisticação técnica