Sherlock Holmes e o Mistério do Topázio Imperial
()
Sobre este e-book
Relacionado a Sherlock Holmes e o Mistério do Topázio Imperial
Ebooks relacionados
As Melhores Histórias de Sherlock Holmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO cão dos Baskerville: (Apresentação Lourenço Cazarré) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSherlock Holmes e o caso da Sociedade Secreta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViagem ao centro da terra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs aventuras de Sherlock Holmes: The adventures of Sherlock Holmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO sinal dos quatro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMáquina Do Tempo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasH. H. Holmes: o 1º serial killer americano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSherlock Holmes Um Estudo em Vermelho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEscândalo na Boêmia e outros contos clássicos de Sherlock Holmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Aventuras de Sherlock Holmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Aventuras de Sherlock Holmes - Vol. 3 Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Signo dos Quatro Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Aventura de um Cliente Ilustre seguido de O Último Adeus de Sherlock Holmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias de Sherlock Holmes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os casos ocultos de Sherlock Holmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO cão dos Baskerville Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Menino e o Tempo: Uma Viagem nas Minhas Memórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasColeção Especial Sherlock Holmes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Vale do Medo - Sherlock Holmes - Vol. 7 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasArsène Lupin: o ladrão de casaca Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Fantasia para você
A Loba Rejeitada Nota: 4 de 5 estrelas4/5Babel: Uma História Arcana Nota: 4 de 5 estrelas4/5Luna verdadeira 2: Volte para mim Nota: 5 de 5 estrelas5/5Luna verdadeira Nota: 5 de 5 estrelas5/5O encantador de livros Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Destinada Ao Alfa: Um Romance Paranormal Quente Nota: 4 de 5 estrelas4/5A batalha do Apocalipse Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reivindicando sua Companheira: Mordidas Nuas, #2 Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Despertar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Trono de penas e ossos: Livro 2 da Série Mel e Gelo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAtração De Sangue: Trilogia De Sangue #1 Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Luna Alfa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Seja A Loba Única Nota: 3 de 5 estrelas3/5Coroa de Sombras: Ela não é a típica mocinha. Ele não é o típico vilão. Nota: 5 de 5 estrelas5/5O livro das portas Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Escolha Nota: 5 de 5 estrelas5/5Good Omens: Belas maldições Nota: 4 de 5 estrelas4/5Calor Polar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHarry Potter e as Relíquias da Morte Nota: 4 de 5 estrelas4/5Marcada Pelo Destino Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVendida para o Don Nota: 1 de 5 estrelas1/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Sherlock Holmes e o Mistério do Topázio Imperial
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Sherlock Holmes e o Mistério do Topázio Imperial - Carlos José Afonso Neto
Capítulo I
Onde vivem os deuses e deusas
Sempre houve grande curiosidade em se descobrir onde seria a morada dos deuses. Se os homens têm a sua morada, por que não os deuses? Parece ser uma coisa lógica. E realmente eles têm um local só deles. É um lugar acima das nuvens, dotado de um portão especial onde se houve a música da harpa de Apolo, o canto das Musas animado pela dança das Graças. Lá também há iguarias especiais como o néctar e a ambrosia, alimentos especiais dos deuses. Não se conhecem maiores detalhes, porém acredita-se que é uma morada confortável, agradável e acolhedora.
Sabe-se que se trata de um imenso e portentoso palácio. Uma obra magnífica. Está situado em um lugar alto. Muito alto. Tão alto que nenhum mortal jamais conseguiu sequer se aproximar dele, que dirá penetrar em seus domínios. Os homens apenas conseguiam imaginar como seria aquele palácio que parece distante e inacessível, quase inalcançável. Da Terra não se conseguia observar direito e não se podia conceber toda a beleza ímpar do palácio dos deuses. Apesar de construído de um raro e belíssimo cristal meio azulado, era um ambiente quente e acolhedor. É o que poderíamos chamar de um ambiente harmônico. Ambiente harmônico é um local no qual as pessoas se sentem acolhidas, confiantes e confortáveis, e onde as forças e energias fluem de forma positiva. Lá, tudo combina e parece estar no local certo e adequado. É tudo bem organizado, funcional e com cores agradáveis. Tem boa iluminação e ventilação natural. Tudo parece se ajustar, ornar, combinar. Na medida certa. Perfeito. Nada falta e não tem qualquer objeto sobrando. Nenhum excesso nem escassez ou carência. Tudo traduz harmonia. Sem sombra de dúvidas, a morada dos deuses era um ambiente coerente que proporcionava conforto, bem-estar e aconchego. Nós, mortais, só podemos imaginar como os seus moradores experimentavam um ambiente propício para o desenvolvimento pessoal, para o lazer, com total privacidade, segurança e bem-estar.
Uma das habitantes dessa morada era Gaia. Normalmente ela era bem calma e vivia em grande mansidão, porém também possuía um outro lado importante. Parecia frágil e vulnerável, mas também era dotada de poder, tendo desempenhado um papel importante na criação do mundo. Ela encarnava e representava a própria Terra e a natureza. Podia-se descrevê-la como uma entidade forte e criativa. Protetora de toda forma de vida, responsável por trazer fertilidade, crescimento e equilíbrio ao mundo. Apesar de viver quase sempre de modo sereno, havia já algum tempo que algo estava lhe tirando o sossego. Não sabia bem definir o que era. Havia alguma coisa no ar. Algo não estava bem. Estava inquieta, desassossegada... Nada conseguia aquietá-la. O local que habitara por muito tempo, tanto tempo que nem se lembrava mais, agora lhe parecia diferente e estranho. O palácio feito do mais puro cristal, mas que antes lhe parecia tão quente e aconchegante, agora lhe parecia frio, distante e nada acolhedor. Quase hostil. Não se sentia bem e não conseguia entender o porquê. Primeiro pensou ser algo no palácio que a incomodava. Depois viu que não. A sensação parecia vir de outro lugar. Parecia vir de fora. Alguma coisa não estava bem e ela não sabia bem definir o que a incomodava tanto. Seria algo físico? Alguma coisa com seu próprio corpo? Ou seria relacionado com seus filhos? Nos últimos tempos o homem vinha fazendo coisas terríveis. Desperdício, poluição, destruição. O homem só pensava em recolher, tirar, pegar. Não vinha agindo com retidão, justeza nem ponderação. Os humanos costumam pensar que os recursos são infinitos... ela poderia procurar Marte. Quem sabe ele não lhe traria algum conforto e aconselhamentos? Neste exato momento surge Marte em seus aposentos.
– Ah, irmão! Ainda bem que você veio – disse-lhe ela. Gaia abraçou seu irmão apertado, como se não o visse há muito tempo. Depois de algum tempo nesse abraço, que parecia não ter fim, ela o soltou.
– Ah! Que abraço gostoso! – Marte a afastou, contemplou a irmã e reparou que ela estava tremendo. – Mas você está fria. O que houve? Aconteceu alguma coisa? – perguntou ele.
– Ah! Ando angustiada... – comentou Gaia. E prosseguiu em sua queixa, quase numa súplica. – Trago uma sensação horrível aqui em meu peito... que momento difícil, eu pressinto! Sinto que ocorrerá algo singular, algo especialmente perigoso... – Gaia sempre foi muito intuitiva. Percebia quando as coisas não iam bem. Seus instintos tinham um caráter premonitório. – Que estranho! – disse para Marte, numa voz em tom baixo, quase num sussurro. Continuou a andar e parou de repente. – Nossa, que frio repentino! – comentou ela. – Tenho uma sensação horrível... – Continuou a falar como se falasse para si mesma. – Sinto que tudo vai ficar por um fio... Os homens só aprontam... – E continuou a falar. – Ah! Os homens... Eles pensam que tudo é infinito... Do jeito que vivem não se dão conta do perigo que eu corro... E que eles também correm... Oh! Como são tolos e fúteis os homens! Será que não percebem que se me destruírem, estão destruindo a sua própria casa... E a vida? Será que não percebem como é frágil a vida... Será que terei forças para me recuperar? Até agora sobrevivi..., mas nesse ritmo, em pouco tempo estarei exaurida... Só consomem, gastam, estragam, poluem... Arruínam as suas próprias vidas... Quanto desperdício... E pensar que já tiveram um modo de vida tão mais simples.
– Oh! Gaia, minha querida irmã, linda como sempre! Não se amofine tanto – disse-lhe Marte. Em seguida ele lhe deu as mãos, se afastou um pouquinho, mirou nos olhos dela e disse: – Ah! Irmã! Teu azul incomparável e único, reluz, brilha na imensidão do cosmos! – Ao que Gaia respondeu: – Marte, meu irmão! Oh! Como é bom vê-lo! Só você mesmo para ouvir o meu lamento e vir em meu socorro! – Se abraçaram novamente.
– Minha meiga irmã – lhe disse Marte. E prosseguiu. – És como um finíssimo vitral muito frágil e delicado. Bem sabes que não podemos intervir diretamente! Temos que respeitar o livre-arbítrio... Só podemos enviar sinais... Tentar mostrar com o tempo... Gaia o interrompeu.
– O tempo não é importante! A vida e o amor sim – ela retrucou.
– Oh! Minha querida irmã, é isso que eu mais admiro em você! – disse Marte. – Mesmo na pior tempestade, você não perde a lucidez. Pena que no meu caso nada restou, além de uma imensa tristeza e muita dor. Hoje meu planeta é um grande deserto. Uma terra arrasada... sem apresentar um sinal sequer do esplendor da vida que ali havia... – As palavras de Marte soaram quase como um clamor...
– Será que eu deverei passar pelo mesmo sofrimento? – perguntou Gaia. E prosseguiu. – Marte, só em você confio, para me ajudar. Vamos tentar reverter os acontecimentos, tentar mudar o destino dos homens. Ajude-me a agir sem interferir.
– Querida Gaia! – atalhou Marte –, essa é a única coisa que podemos fazer: intuir, indicar caminhos, fazer o ser humano parar, pensar e refletir. Descobrir por si mesmo o grande erro que está cometendo...
– Quem sabe se o homem descobrisse que não está sozinho no universo! – falou Gaia com uma ponta de esperança na voz. Continuou ela. – Se ele se desse conta de que é apenas uma insignificante e ínfima partícula de poeira azul, flutuando na vasta imensidão do cosmos? E que nesse universo há outros seres, tão bons ou melhores que os humanos... O que você acha? – perguntou Gaia.
– Que ótima ideia! – Marte concordou com ela nem que fosse para tentar reanimá-la. Marte sabia que quando Gaia tinha essas intuições era difícil animá-la. É como se ela tivesse um vislumbre do que pode vir a acontecer. Concordar com ela fazia sentido mesmo não estando tão de acordo assim com ela. Marte continuou fingindo concordar. Sua fala continuou traduzindo anuência: – Talvez se ele souber que a vida não é somente um privilégio dele, ele mude de comportamento... Talvez ganhe outra perspectiva..., mas agora descanse minha querida, poupe o seu fôlego, pois sinto que muita coisa está para acontecer. Tentou mudar um pouco de assunto. Talvez ela se acalmasse. Teve uma ideia. E se Gaia pegasse um pouco de ar fresco? – Vamos sair? – perguntou Marte. – Quem sabe um pouco de ar fresco não lhe faz bem?
– Está bem, você tem razão – disse ela.
– Devagar, apoie-se em mim – disse Marte já oferecendo-lhe o braço. – Guarde suas energias, pois sinto que você vai precisar... Você também deveria se alimentar... Vamos buscar um pouco de ambrosia e néctar? – pergunta Marte. Ambos saem do quarto tomados por sentimentos iguais de preocupação, mas por motivos diferentes. Marte preocupado com o estado da irmã, sentindo que ela não estava nada bem. Gaia com uma sensação de angústia, apreensão e agonia. Ela não parava de pensar. Sentia que pairava no ar algum tipo de ameaça, de risco que não conseguia distinguir nem identificar. O que seria?
CAPÍTULO II
John e William. Os dois cavalheiros britânicos mais conhecidos do mundo
Em um pequeno apartamento em sobrado, se avista uma mesa de uma pequena sala. O apartamento possui dois quartos confortáveis. Apesar da sala de estar não ser muito grande, é ampla o suficiente e bastante confortável. O apartamento é iluminado por grandes janelas na sala, e nota-se que foi mobiliado de forma bem funcional e meticulosamente organizado.
Um aroma agradável e envolvente de uma fragrância doce, meio cítrica e picante espalha-se pelo ar. Alguém está preparando um chá. Chá cairia bem numa tarde fria e meio chuvosa de uma segunda-feira em pleno inverno britânico. A infusão espalha um bálsamo que remete a um sabor suave, doce, de óleo essencial de bergamota² e limão. A origem da essência vem de um apartamento em West End, distrito de Marylebone, Westminster, em Londres. Trata-se de uma das mais interessantes ruas de Londres. A Rua Baker. O nome da rua é uma referência ao famoso construtor londrino William Baker.
Quem preparara o chá e agora estava prestes a saboreá-lo é um médico. O Dr. John Hamish Watson. Tudo está tranquilo e ele com toda calma vai começar a ler o jornal enquanto saboreia seu chá predileto: o Earl Grey. Mas Watson é exigente. Não abre mão de uma forma especial de preparo da infusão. Ao preparar o chá, deve-se seguir fielmente a sua receita, que é a mesma de milhões de britânicos: água aquecida a 203 ºF (95 ºC) que deve ser vertida numa boa xícara. A seguir, deve-se mergulhar a pirâmide de chá preto Earl Grey na água quente e deixar em infusão de 4 a 5 minutos. Para atender a seu paladar, deve-se adicionar leite. Preferencialmente leite frio num jarrinho à parte, para acrescentar a gosto, que no seu caso é meio a meio. Sem esquecer, é claro, de adicionar dois cubos de açúcar de cana importado do Brasil, uma vez que ele não gostava muito do açúcar de beterraba produzido na Europa. Havia um duplo sentido para o Dr. Watson estar tomando esse chá. Como médico, ele sabia que o Earl Grey possui flavonoides e polifenóis, que aumentam a capacidade antioxidante, além de uma quantidade de cafeína que auxilia no fornecimento de energia e na melhoria de desempenho físico e cognitivo. Além disso, a cafeína do chá ajudaria a espantar o sono, porque o Dr. Watson vinha dormindo tarde nos últimos tempos, por um motivo que ele não queria revelar ao amigo com quem dividia a moradia no apartamento. Pelo menos por enquanto. Queria que fosse uma surpresa.
O Dr. Watson e William Sherlock Holmes, seu grande amigo, dividem um apartamento na Rua Baker, mais precisamente no número 221B. Sherlock Holmes³, como é mais conhecido, é o que hoje chamaríamos de um detetive particular. Holmes se apresenta como consultor especial que ajuda eventualmente a polícia metropolitana de Londres. A Scotland Yard. Holmes diz sempre que é um homem de Ciência e que procura fundamentar o seu trabalho na razão sobrepujando a emoção⁴. Entre suas características mais destacadas, podemos citar que há em sua personalidade certa arrogância, excentricidade, frieza e dificuldade de socializar, além de uma capacidade dedutiva, de raciocínio e observação inigualáveis. Tudo isso amparado por uma enorme inteligência – dizem que seria um gênio –, com quociente de inteligência (QI) acima de 190. Ele lança mão de técnicas especiais de trabalho da Ciência forense amparado em seu raciocínio lógico, apoiando-se também na sua própria intuição e experiência para desvendar crimes e mistérios considerados sem solução. De acordo com a sua própria contagem, teria solucionado mais de 40 casos, os mais variados e intrincados possíveis. Em quase todos os acontecimentos envolvendo os diversos crimes misteriosos que é chamado a solucionar, Holmes conta com a inestimável ajuda de Watson. Trabalham numa espécie de estreita parceria, na qual Watson serve de interlocutor, contribuindo à sua maneira para a resolução dos mais complicados e imbricados enigmas ocultos. Watson é um amigo, biógrafo e cronista de Sherlock Holmes. Graças aos seus escritos, a humanidade fica a par de suas façanhas e aventuras. De repente a campainha toca. Watson vai atender a porta. É um carteiro oficial dos correios e telégrafos com um telegrama.
– Telegrama para Mr. Holmes, Rua Baker, n.º 221B – fala em voz alta o carteiro.
– Sim, é aqui mesmo meu rapaz – disse Watson ao abrir a porta. – Obrigado! – Ele pegou o telegrama e deu uma moeda de gorjeta ao entregador. Nesse momento Holmes entrou na sala.
– Espere um minuto, meu jovem! – falou Holmes para o carteiro. Watson se espanta em ver a figura de Holmes já desperto tão cedo. Às vezes Holmes acordava bem mais tarde. Isso não era bom sinal...
– Ah! É para você mesmo, Holmes – disse Watson. – Já ia mesmo lhe chamar... – concluiu Watson e lhe entregou o telegrama. Ele voltou a sentar na sua poltrona favorita e pegou o jornal para reiniciar a leitura. Holmes pegou o telegrama, abriu e o leu.
– Mas é evidente! Lógico! Eu sabia que estava certo! – exclamou Holmes com um ar de triunfo. – Aqui, meu jovem, leve este texto e envie outro telegrama – disse em seguida ao carteiro. – Siga fielmente as instruções do bilhete. Está tudo descrito aí. Tome – deu outra moeda ao rapaz. – Pode ficar com o troco! Não deixe de seguir as minhas instruções – instruiu Holmes uma última vez. Quando o carteiro saiu, Holmes ajeitou o roupão, o seu chapéu deerstalker de aba dupla e, no seu cachimbo de bico torto na boca, deu uma baforada; depois ficou pensativo, refletindo⁵. Após alguns poucos instantes, disse para Watson: – Mas é claro! Está claro como água cristalina! Por que não pensei nisto antes,
