A Índia é o segundo maior produtor mundial de chá, responsável por 23% da produção do planeta – o que dá algo em torno de 1,5 milhão de toneladas ao ano. O consumo interno equivale a 80% dessa produção. Até o início do século XX não era assim, pelo contrário, e foi com a implantação do método CTC (crush, tear, curl – “esmagar, rasgar, enrolar”), na década de 1950, que o chá se tornou acessível aos próprios indianos. Os principais estados e distritos produtores de chá, na Índia, são: Assam, Darjeeling, Sikkim, Kangra, Nilgiri, Querala-Munnar.
O chá floresceu na Índia em razão de os ingleses terem interesse em quebrar o monopólio chinês. O consumo na Inglaterra e nas colônias britânicas aumentava e, em virtude disso, foi iniciado, na Índia, o primeiro cultivo de chá do Império Britânico. Em 1823, Robert Bruce, explorando as florestas do Assam, descobriu uma Camellia nativa mais resistente ao calor, mais robusta, com folhas maiores – a Camellia assamica. Em 1848, o botânico escocês Robert Fortune, contratado pela Companhia das Índias Orientais, vai para a China estudar plantações de chá e de lá retorna com sementes, plantas e chineses (sim!) para aprimorar as plantações na Índia. Essas Camellia sinensis encontraram excelentes condições climáticas na região do Darjeeling.