Os simuladores se tornaram itens fundamentais na instrução de voo. Eles não apenas ampliaram a consciência situacional e a capacidade de resposta às emergências como, também, tornaram-se uma ferramenta de aprendizado capaz de liberar um piloto para um voo solo, algo especialmente comum na aviação militar, como se vê nos caças F-22 e F-35, que não contam com versões biplace.
Liberar um piloto para voar um avião cujos comandos ele jamais manuseou em voo real só foi possível pela grande evolução dos simuladores e das técnicas de treinamento – não é possível separar um do outro. Uma instrução de simulador mal executada não será salva pela grande tecnologia embarcada, sendo assim fundamental a criação de uma cultura de treinamento adequada.
PRIMÓRDIOS
O primeiro simulador surgiu em meados de 1910, apenas alguns anos após os primeiros voos do então “mais-pesado-que-o-ar”. O pioneiro foi o Tonneau Antoinette, criado por iniciativa dos pilotos Clolus e Laffont, ao lado do tenente francês Clavenad. O modelo rudimentar possibilitava ensinar o funcionamento geral do avião, que era extremamente simples, no chão. Assim o futuro aventureiro que desejava ser piloto poderia compreender como funcionava aquela máquina no solo, sem ir para o treinamento em voo. Considerando a pouca experiência de pilotagem de todos, e o fato de ser uma ciência com muitos detalhes desconhecidos na época, era mais