Sancerre é uma das denominações de vinho de branco de maior sucesso do Loire e também do país. Tal facto tem um preço: muitos vinhos são industriais, sem emoção ou gosto do lugar. Mas também há preciosidades, como os vinhos de François Crochet, nos quais provamos, antes da Sauvignon Blanc, os diversos terroirs de Sancerre.
François Crochet assumiu a adega do pai, também ‘vigneron’, em 1988. Antes disso, formou-se na famosa escola de enologia de Beaune, afiou as garras no Domaine Bruno Clair e trabalhou algum tempo na Nova Zelândia, para onde foi com a intenção de perceber como estavam a exponenciar a aromaticidade da Sauvignon Blanc. Voltou do país antípoda com uma impressão de que deveria trabalhar a viticultura de uma forma muito menos industrial, do orgânico ao biodinâmico, sem fertilizantes, irrigação, e com produções minimizadas, uma fração do padrão neozelandês. Retornou à pequena vila de Bué e conduziu o domaine familiar ao ápice da famosa denominação