Jacques Selosse
Ao refletirmos sobre a história de Champagne, até há pouco tempo inexistiam moldes/inspirações na região fora das grandes casas. Anselme Selosse foi o primeiro a lançar o seu estilo riquíssimo em singularidade, sem medo do julgamento, ou mesmo qualquer influência do mercado. Confiante e confortável com as suas criações, inspiradas intimamente por uma experiência de vida na Borgonha, foi o pioneiro na biodinâmica, vinificações por parcelas, baixa dosagem e menor atmosfera, além de inúmeros outros conceitos de base, da forma mais pura de exprimir a magia dos terroirs. Anselme, sempre incansável, também procurou referências em outras regiões. Viagens a Jerez e à Borgonha fizeram-no caminhar de encontro a um momento de epifania, quando percebeu que não iria produzir o que o mercado procurava, mas encontrar o próprio caminho e vivências para contar, com imensa autenticidade. Ainda bem que o fez, pois as suas histórias engarrafadas são alguns dos lembretes que recebemos da vida, reafirmando que vale a pena termos nascido. E sem ele e a sua paixão por ensinar, possivelmente não teríamos: Alexandre Chartogne, Jérôme Prévost, Olivier Collin… Os Selosse (Anselme e Guillaume) dão origem a champanhes vinosos, de estilo oxidativo e vitalmente complexos, que desabrocham em novas camadas a cada batida do coração. Tudo isso em níveis de concentração estonteantes! Nesse estilo, elevado à máxima potência de qualidade, a Substance que provamos alcançou a perfeição.
Pierre Péters
Posto de forma muito simples e direta, nenhum outro produtor expressa melhor a finesse, a precisão e a mineralidade calcária de filigrana da Côte des Blancs que Pierre Péters. Enquanto Selosse é inigualável no fator drama e no estilo tão perfeitamente oxidadivo e barroco, o estilo de Péters é a ausência de uma assinatura, a expressão imaculada