ANTES DE CHEGAR À ARGENTINA, um terroir ao qual não estava acostumado, Gerald Gabillet tinha baseado toda a sua formação e carreira em Bordeaux. Formou-se na universidade de enologia da cidade francesa e “dediquei-me ao mundo dos Grand Cru bordaleses”, com experiências nos Châteaux Destieux e Beauregard e também em Angelus, por exemplo. Em 2018, todavia, em conversas com a equipe do Château Cheval Blanc, recebeu uma proposta que mudaria completamente sua trajetória profissional.
Foi assim que ele chegou à Argentina para ajudar a conduzir (ou seria reposicionar o melhor termo aqui?) o projeto de Cheval des Andes, criado por Pierre Lurton com ajuda de Roberto de la Mota em 1999, uma parceria entre o Château Cheval Blanc, de Saint-Émilion, e a Terrazas de Los Andes, de Mendoza, ambas do grupo Moët. E, em pouco tempo, percebese que este ícone argentino realmente tomou novos rumos para se solidificar como o seu mote mesmo prenuncia: um Grand Cru dos Andes.
O trabalho de Gabillet como diretor técnico vem sendo notado nas últimas safras de Cheval des Andes, como a vertical de que ADEGA participou comprova. Aliás, foi durante essa recente visita ao Brasil que tivemos a oportunidade de conversar com o enólogo e ouvir suas opiniões a respeito desse grande vinho, fruto do