Comigo não foi diferente. De outra forma do que acontece na atualidade, entretanto, quando comecei a me interessar mais a fundo por vinho, em meados da década de 1970, não havia cursos de vinho no Brasil, livros em português nem vinícolas interessantes para visitar por aqui. Em um primeiro momento, meu plano era, tão logo me sentisse seguro – e razoavelmente à vontade na língua francesa –, acompanhar as aulas da Académie du Vin de Paris, cujo mentor, o inglês Steven Spurrier, também tinha, ao lado, uma ótima loja de vinhos que eu frequentava nas férias, a Caves de la Madeleine – guardo ainda alguns catálogos da época –, conhecida por propor rótulos diferenciados de pequenos e ótimos produtores, algo então inusitado na capital francesa.
A Académie, aberta em 1973, foi a primeira escola particular de vinho na França e o único lugar para se começar a entender o