Guillaume-Alexandre Marx se apaixonou pelos vinhos quando tinha 20 anos, morava em Genebra e trabalhava no mercado de relógios de luxo. Ele experimentava vinhos de diversas regiões do mundo, e tinha como um de seus favoritos o La Mission Haut-Brion. Ainda como cliente, Marx teve a chance de se encontrar duas vezes com Jean-Philippe Delmas, diretor-geral do Haut-Brion. Quase20anosdepois, ele ficou sabendo que estavam com uma vaga de trabalho que se encaixava em seu perfil, e foi contratado.
Prazeres da Mesa – Como você chegou ao grupo?
Guillaume-Alexandre Marx – Eu soube da vaga quando estava trabalhando em Dubai. Candidatei-me e, aprovado, não hesitei em voltar para a França. Foi realmente uma superoportunidade, uma vez que as vinícolas mais tradicionais de Bordeaux trabalham basicamente com tintos, e nós possuímos vinhos icônicos tanto tintos como brancos, que são minhas paixões. Considero que foi um grande passo em minha carreira poder trabalhar em uma empresa de tanto prestígio, com administração familiar, o que permite uma certa liberdade nas tomadas de decisão. Uma grande oportunidade, caso você goste de comer bem, beber muito bem e ainda ter ótimas conversas enquanto trabalha.
E como é trabalhar com vinhos de luxo?
Os grandes vinhos são os únicos produtos de luxo que as pessoas compram para compartilhar, deixando o egoísmo de lado. Normalmente, vinhos assim são consumidos e compartilhados com os amigos e a família, em ocasiões especiais. Não existema emoção, o terroir e o estilo dos vinhos, para capacitar os profissionais que terão nossos produtos em seu portfólio, sejam eles importadores, sommeliers, restaurateurs ou até mesmo os consumidores finais. Parte do nosso trabalho é identificar clientes e capacitar as equipes para que consigam transmitir a essência dos nossos vinhos. Então, abrimos as garrafas e as degustamos com os clientes. Para mim, não vejo como um trabalho desses poderia ser ruim.