A prova temática que o leitor encontra nestas páginas, dedicada aos vinhos topo de gama, surge num formato pouco habitual. Expliquemo-nos: tendo em conta que, nesta mesma edição, publicamos uma outra prova temática que incide sobre as grandes marcas portuguesas, parecia um pouco injusto deixar de fora aqueles vinhos que, não tendo ainda percorrido o percurso de notoriedade, história e valor das primeiras, conseguem ombrear no mesmo patamar qualitativo. E deixam antever que, por vezes, construir uma marca é mesmo uma questão de tempo.
Desta feita, a prova em causa reuniu cerca de 100 referências, entre brancos e tintos, de todas as regiões do país. Uma certeza emerge desde logo, à semelhança das provas realizadas em anos anteriores: o grandíssimo nível médio geral dos vinhos submetidos a avaliação, transversal às diferentes regiões portuguesas, não deixando por mãos alheias o epíteto topo de gama.
Uma segunda leitura a fazer reside no facto de que, cada vez mais, os criadores destes vinhos sabem interpretar cada vez – e melhor – o terroir em que operam. Se considerarmos neste conceito elementos como geografia, solo, paisagem, castas e outros elementos ainda, desde sistemas de