Parece ter sido ontem, mas os primeiros 10 anos já são história. Apesar de ser uma frase batida, neste contexto vale a pena relembrá-la. António Maçanita, geneticamente 50% açoriano e um outro tanto alentejano, lembra que as primeiras experiências de Enologia nos Açores até foram mais precoces, ainda em 2010, com uvas da ilha de São Miguel que o tio ajudou a reunir. Os resultados então obtidos não foram particularmente excitantes mas sinalizariam uma vontade de não mais parar que acabaria por resultar numa revolução que ninguém, nesse virar de década, julgaria possível, tendo outra ilha, a do Pico, por epicentro.
A fome juntou-se à vontade de comer. António Maçanita uniu-se a Filipe Rocha, autor de outra revolução na escola hoteleira micaelense, mentor de uma nova geração de profissionais que beneficiou do inconformismo e vontade de agitar as águas e que, ainda hoje, recorda o furor de jantares temáticos com cozinheiros