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Cidade Sintética
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E-book52 páginas38 minutos

Cidade Sintética

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Sobre este e-book

Descrição: 
Inspirada por grandes obras de ficção científica – como 1984, de George Orwell – essa agitada aventura romântica é a escolha perfeita para uma breve leitura no seu Kindle ou clube de leitura.
Cidade Sintética é uma novela distópica que segue a luta de Ruby para libertar sua mente na Cidade da Redoma; onde tédio é crime, e amor e sexo estão banidos.
A salvo do mundo exterior pós-apocalíptico, a vida dentro da Cidade da Redoma gira em torno da histeria coletiva pelas celebridades, confissões públicas na televisão e prazeres a curto prazo. Tudo que acontece fica gravado – a vida é uma espécie de junção entre filme e vídeo game. Mas depois que Ruby, por acidente, para de tomar seus sedativos para dormir, ela se vê imersa em um formigueiro de insatisfação e percebe que a vida é muito mais do que o governo da Aliança impõe.
Quando o galã Harry Heaven bate à sua porta durante a noite, Ruby descobre um mundo secreto além da Redoma, assim como verdades valiosas dentro de si mesma. Com Harry a seu lado, Ruby encontra o amor, um propósito de vida, e como manter a mente sã – presentes garantidos a todos nós.
Cidade Sintética debruça-se sobre temas distópicos de como ser feliz, combinando-os com as experiências de filosofia e meditação budistas da própria autora, dando forma a um enredo encorpado, personagens profundos e dicas de como todos nós podemos ser livres.
Você nunca mais verá um descascador de batatas da mesma forma!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de out. de 2014
ISBN9781633395930
Cidade Sintética
Autor

Julie Farrell

Do pânico ao publicado! Eu escrevo romances picantes que farão seu coração bater forte e despertar arrepios de desejo! Houve um tempo, não muito tempo atrás, quando tudo que eu queria era que meu coração parasse de bater forte e minha mente ficasse turva com o medo. Sabe, eu sofria com ataques de pânico. O medo me debilitava diariamente, e os sentimentos de fraqueza prejudicaram a minha autoestima. Este "medo do medo" se tornou tão grande que houve momentos em que eu sentia até mesmo medo de sair de casa. Nesses momentos, tudo o que eu queria fazer era escrever, porque o meu mundo imaginário de ficção era uma fuga relaxante da realidade. As personagens femininas fortes que eu criei me permitiam fingir que estava tudo bem no meu mundo. E os homens em minha imaginação fictícia eram protetores, amorosos e fortes. Eu nunca fui uma pessoa de desistir! Mesmo no fundo do poço, eu sabia que eu podia e iria me recuperar. Graças a uma grande rede de apoio, um livro de autoajuda maravilhoso (The Panic Attacks Workbook de David Carbonell), e minha própria determinação paciente eu experimentei meu último ataque de pânico em janeiro de 2013. Então, em abril de 2014, eu provei como eu tinha me tornado forte quando fiz um mochilão com um amigo em meio ao caos e ao calor da Índia - algo que me enchia de pavor antes do meu medo ser dominado a cada respiração da minha vigília. Mas nada nesta vida é um desperdício. Durante os anos em que eu estava sofrendo de ataques de pânico, eu aprendi a escrever bem! Eu aperfeiçoei o meu ofício, e quando eu cheguei do outro lado, eu estava pronta para auto publicar, sabendo que se eu posso lidar com ataques de pânico e sobreviver, então posso me tornar uma autora independente de sucesso também! Meus livros são produtos desta incrível viagem que eu já estive, e agora eu não posso esperar para descobrir que outras delícias esperam por mim, ao virar da esquina!

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    Cidade Sintética - Julie Farrell

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    Cidade Sintética

    O Centro Comunitário Doze pulsava como um programa de auditório de segundo escalão. Mãos pegajosas chocavam-se em palmas descoordenadas. Botas batiam o solo. O coro atingiu um frenesi.

    Ha-rry! Ha-rry! Ha-rry!

    O cerimonialista sabia o momento exato de libertar a fera. Cidadãos, recebam seu anfitrião para esta sessão de confissões - Harr-eeeeeey Heaven!

    As cortinas caíram, revelando então o galã Harry em pose digna de um modelo de revista. Vinte e cinco anos de idade, atraente e mortal. As fãs perdiam o fôlego em brados de veneração, enquanto ele se aproximava, com acenos, apertos de mão e beijos soprados às admiradoras. Uma mulher gritava em êxtase. Outra desmaiara. Harry, sempre plácido, ignorou o delírio coletivo e permaneceu diante de seu público, absorvendo todo o ardor em silêncio.

    Eu quero arrebentar a cara desse idiota com um tijolo!

    Ruby se virou para identificar quem teria esbravejado, mas encontrou apenas rostos sorridentes, hipnotizados.

    Não havia ninguém sendo arrastado para fora e agredido, o que levava a crer que a voz tinha vindo de sua cabeça. Estranho. Se é esse o efeito da abstinência de sedativos para dormir, talvez fosse a hora de retomar a dose diária o mais rápido possível.

    Harry apoiou uma das mãos na cintura. Bem-vindos ao Show de Confissões de Quarta-feira!

    Ha-rry! Ha-rry! Ha-rry!

    Harry, assentindo com a cabeça, os silenciou. "Obrigado. Agora é a vez de vocês serem uma Super Estrela - É hora dos cinco primeiros se apresentarem!"

    O nome de Ruby foi chamado. Ela observou seu reflexo na parede espelhada e viu uma pele impecável, cílios postiços, lábios bem vermelhos e cabelos lustrosos. Quase perfeita. Apanhou uma seringa em sua bolsa e injetou colágeno nas bochechas. Isso! Agora estava idêntica às bonequinhas drag-queen a sua volta; homens e mulheres, sem distinção.

    Ruby fez uma careta ao sentir o gosto de sabão na boca, então desfilou junto aos outros em direção ao palco, se jogando no segundo assento da fileira. Um homem que ela conhecia de seu prédio permaneceu de pé – pronto para testemunhar. Naquele mesmo momento, eventos similares a este ocorriam em cada centro comunitário da Cidade da Redoma, apresentados por um punhado de outras Super Estrelas. Amanhã, milhares de cidadãos poderiam investir seu precioso tempo assistindo a esse circo – era possível perder uma noite inteira imerso em confissões pormenorizadas de completos estranhos. Ruby sentia-se violada, só em assistir.

    Harry Heaven levantou uma das sobrancelhas perfeitamente delineadas. "Rajan Singh, o que você fez de errado nessa semana? Diga, diga, diga!"

    Rajan contorceu as mãos. Devo confessar que durante a semana eu senti falta dos meus filhos.

    A multidão vaiou. Harry resmungou.

    Rajan tentou se defender. Sei que tudo é perfeito, agora que as crianças são cuidadas na Alta Casa, mas sinto saudades. É vergonhoso pra mim, mas eu preferia como as coisas eram no passado. Sinto muito!

    Harry lançou um olhar feroz. Seu ingrato de merda.

    Ha-rry! Ha-rry! Ha-rry!

    Harry convocou o público. Cidadãos, nos façam um favor. Relembrem a Rajan o motivo pelo qual a gloriosa Aliança aboliu o penoso trabalho da família. Por que eles assumiram a dificuldade de criar as crianças na Alta Casa?

    Uma mulher sofisticada respondeu.

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