O príncipe e a plebeia
De Trish Morey
3.5/5
()
Sobre este e-book
A condição era que o amor não fizesse parte do jogo…
Sienna Wainwright passou uma noite de paixão com o milionário Rafe Lombardi e, no dia seguinte, ele expulsou-a sem quaisquer cerimónias do quarto. Sienna esperava nunca mais voltar a ver aquele homem, no entanto, seis semanas depois, tudo mudou na sua vida…
Descobriu que Rafe era não só um milionário, mas também o príncipe de Montvelatte. E o que era pior: ela estava grávida… de gémeos! Agora, quais seriam as opções de Sienna? Rafe estava decidido a reclamar os seus herdeiros e a fazer dela a sua esposa.
Trish Morey
Trish Morey lives with her husband and four daughters in a special part of South Australia, surrounded by orchards and bushland, and visited by the occasional koala and kangaroo. With a lifelong love of reading, she penned her first book at the age of eleven, after which life, career and a growing family kept her busy until once again she could indulge her desire to create characters and stories – this time in romance. Visit Trish at her website: www.trishmorey.com.
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O príncipe e a plebeia - Trish Morey
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2009 Trish Morey
© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O príncipe e a plebeia, n.º 1229 - fevereiro 2018
Título original: Forced Wife, Royal Love-Child
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9188-009-7
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
O sexo foi bom. Surpreendentemente bom. Com um gemido, Rafe rendeu-se ao inevitável e apertou o corpo dela, inalando profundamente o cheiro da sua pele, deleitando-se com o cheiro misturado da paixão e do perfume feminino e, imediatamente, sentiu uma nova onda de desejo. Mal dormira, mas já queria possui-la outra vez e não estava disposto a desperdiçar nem um minuto da sua primeira noite juntos. Sobretudo, tendo em conta que demorara quase uma semana a ir para a cama com ela.
Não recordava a última vez que isso lhe acontecera.
Através das cortinas finas do seu apartamento, as luzes de Paris ainda brilhavam, apesar da luz suave do amanhecer. Pôs os lábios na garganta dela e, imediatamente, viu-se recompensado por um gemido de prazer. Sorriu.
Ela acordou então e virou-se para ele com um suspiro.
Rafe pôs-se em cima dela, adaptando-se entre as suas pernas. Tinham desperdiçado uma semana. Não ia desperdiçar nem mais um segundo.
Baixou a cabeça e capturou um mamilo com os lábios, beijou-o e acariciou-o com a língua. Ela arqueou-se sob o seu corpo, gemeu e passou os dedos pelos seus cabelos.
Adorava os seios dela, adorava a sua forma e a sua textura. Adorava fazer com que os mamilos se erguessem. Não conseguia saciar-se daquele cheiro a mulher, sal e sexo. E quando ela levantou as ancas, procurando-o, não viu razão para esperar mais.
Endireitando-se ligeiramente, tirou um pacote de cima da mesa-de-cabeceira e abriu-o com os dentes.
– Deixa-me fazê-lo – disse ela, num tom de voz rouco e com o desejo reflectido nos seus olhos castanhos.
Ele sorriu quando lhe tirou o preservativo e, quase com reverência, lho pôs. Levantou os olhos para o tecto ao sentir o toque delicado dos dedos daquela mulher que, na noite anterior, se mostrara tão nervosa com o sexo. As próximas semanas prometiam ser extraordinárias.
Agonizando, agarrou-lhe uma mão, concluiu a tarefa e, esmagando-a contra o colchão, penetrou-a profundamente.
A fusão dos seus corpos deixou-o sem pensamento consciente…
O sexo com aquela mulher era perfeito.
Aquela imagem no espelho não podia ser a dela. Sienna Wainwright ficou imóvel. A desconhecida tinha os olhos esbugalhados, apesar da falta de sono, os lábios inchados e avermelhados e os seus cabelos, normalmente presos e bem penteados, estavam despenteados. O seu aspecto era lascivo e estava a um milhão de quilómetros de onde devia estar.
De onde estivera!
Até à noite anterior. Até as suas defesas caírem.
Fechou os olhos com força e respirou fundo, estava ofegante com a lembrança da maravilhosa noite de amor.
Rafe Lombardi, perito em finanças a nível internacional e multimilionário, o que não era de estranhar, dada a sua habilidade para dar a volta a negócios prestes a irem à falência e a transformá-los em empresas de sucesso mundial. O solteiro mais desejado e inalcançável da terra, segundo os rumores dos meios de comunicação social. Um playboy.
E fora precisamente por isso que quisera manter a distância. Não pertencia ao mundo de Rafe, nem económica, nem social nem sexualmente. Até então, a sua experiência com os homens fora muito limitada e decepcionante.
Pelo contrário, Rafe Lombardi vivia nos círculos da alta sociedade: entre banqueiros, homens de negócios e mulheres de beleza avassaladora que se agarravam a ele como acessórios. O que é que um homem assim podia ver numa mulher que trabalhava para ganhar a vida?
Por isso, Sienna fizera o possível para resistir, pensando que Rafe acabaria por perder o interesse por ela.
Mas não fora assim. Em vez de abandonar a caça, Rafe seguira-a com uma dedicação que a aterrorizara e encantara simultaneamente.
Evidentemente, Rafe Lombardi era um homem habituado a levar a sua avante.
Sienna abriu a torneira do duche e fechou os olhos enquanto deixava que a água lhe acariciasse a pele em que Rafe, recentemente, exercera a sua magia e prometera voltar a fazê-lo ao dizer-lhe que se encontraria com ela no duche.
Rafe e água. Uma mistura mortal.
Involuntariamente, deu uma gargalhada. Quantas vezes o rejeitara durante os últimos dias? Devia ter estado louca. Porque, depois de uma única noite com ele, qualquer mulher aceitaria o que Rafe Lombardi quisesse oferecer, retê-lo-ia o máximo possível e não se preocuparia com as consequências.
Além disso, ela sofrera muito durante os últimos meses com o seu regresso à Europa, até encontrar uma casa e um emprego. Merecia um pouco de descanso e diversão.
Ensaboou o cabelo enquanto pensava no que diferenciava Rafe do resto dos homens que conhecera. Decerto, a altura, a pele morena e o cabelo espesso e ondulado que lhe acariciava a gola da camisa eram detalhes suficientes para o distinguir.
Mas tratava-se de mais. Rafe tinha confiança em si próprio e notava-se. E irradiava poder.
Sienna tremeu ao recordar como ele a fizera sentir-se vulnerável só de olhar para ela. Tinha a habilidade de fazer com que uma mulher se sentisse atraente, o centro do universo… E, depois, Rafe usava essa habilidade para a dominar na cama.
Sienna levantou o rosto para o jacto do duche. Não, Rafe Lombardi não se parecia com nenhum outro. E era o tipo de homem por que qualquer mulher conseguia apaixonar-se com facilidade…
«Oh, não!»
Sienna fechou a torneira bruscamente e agarrou numa toalha, zangada consigo própria por dar rédea solta à sua imaginação. Recordar os momentos de paixão com ele era uma coisa, mas imaginar um conto de fadas com um final feliz que nunca se realizaria…
Viver em Paris devia ter-lhe subido à cabeça. Acabara de conseguir o emprego da sua vida. Não havia nada de mal em ter uma aventura amorosa, porém, era só isso.
Sienna embrulhou-se na toalha e, agora que a água do duche não corria, conseguiu ouvir o som de um canal de notícias na televisão do quarto. Rafe devia tê-la ligado para ver o relatório do mercado de divisas internacionais antes de ir ter com ela ao duche. Coisa que não fizera.
Com o cabelo embrulhado numa toalha e coberta com um robe que tinha encontrado num gancho da porta da casa de banho, Sienna foi para a suíte.
No quarto havia um carrinho com café e pequeno-almoço, contudo, Rafe estava de pé junto da cama com umas calças de ganga com o fecho fechado, mas com o botão da cintura desabotoado, a ouvir as notícias em italiano, absorto.
Sienna aproximou-se e, pela primeira vez desde que estavam juntos, Rafe não se virou para ela nem sorriu.
– O que se passa? – perguntou-lhe Sienna, incapaz de evitar pôr-lhe uma mão nas costas. – O que se passa?
– Chiu – replicou ele, silenciando-a, afastando-se dela.
Sienna sentiu o seu distanciamento. Ouviu um nome, Montvelatte, que reconheceu como um pequeno principado entre França e Itália e viu um repórter à frente de um palácio de sonho iluminado na escuridão da noite. Depois, uma fileira de casinos famosos que ladeavam o porto e uma fotografia do anterior príncipe, Eduardo. O jornalista continuou a falar em italiano e viram-se imagens de um grupo de guardas a acompanhar o príncipe e o seu irmão até uns carros que, depois, se afastaram dali.
Sienna franziu o sobrolho. Era evidente que havia problemas em Montvelatte.
O jornalista acabou o seu relatório com um enfático:
– Montvelatte, finito!
Rafe desligou a televisão com o telecomando e virou-se de costas para ela e para o ecrã, passando a mão pelo cabelo.
Sienna tirou a toalha da cabeça e começou a secar o cabelo.
– O que se passou? – perguntou. – Deu-me a impressão de que a polícia prendeu toda a família real.
Rafe virou-se. O seu rosto bonito e duro expressava dor.
– Acabou-se – disse, num tom que a deixou gelada. – Acabou-se.
Um receio inexplicável apoderou-se dela. Finalmente, Rafe reconhecera a sua presença, no entanto, não parecia estar realmente a vê-la.
– O que é que se acabou? O que se passou?
– Justiça – respondeu Rafe, cripticamente.
Então, pondo-se em frente dela, com o peito nu tão perto que a deixou com falta