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Allie Strom e o Anel de Salomão
Allie Strom e o Anel de Salomão
Allie Strom e o Anel de Salomão
E-book170 páginas2 horas

Allie Strom e o Anel de Salomão

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Sobre este e-book

Allie se considera uma garota normal com problemas normais e está pronta para começar o seu primeiro dia na 7ª série. Ela espera por um bom começo de ano, embora sua mãe esteja do outro lado do mundo em missão com o Exército, de novo. Mas nada disso importa quando ela descobre que sua mãe desapareceu.

No mesmo dia do desaparecimento, Allie encontra o colar que sua mãe nunca perdia de vista. Quando o colar magicamente a teletransporta junto de seu amigo Daniel para a Ásia Central, ela percebe que ele contém um poder antigo, o poder do Anel de Salomão, que ela deve usar para lutar contra um exército das sombras e um gigante com olhos de fogo.

Mas ainda mais importante que isso, o colar parece ser a chave para encontrar sua mãe.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de out. de 2016
ISBN9781507159484
Allie Strom e o Anel de Salomão

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    Pré-visualização do livro

    Allie Strom e o Anel de Salomão - Justin Sloan

    Para os meus filhos, Brendan e Verona.

    Eu amo vocês e não vejo a hora de compartilhar minhas histórias com vocês.

    Índice

    Capítulo 1: O Colar

    Capítulo 2: A Biblioteca

    Capítulo 3: Diretora Eisner

    Capítulo 4: Queimada

    Capítulo 5: O Chamado

    Capítulo 6: Nova Educação

    Capítulo 7: Uma Porta

    Capítulo 8: A Floresta

    Capítulo 9: A Busca

    Capítulo 10: O Trono de Salomão

    Capítulo 11: WAR

    Capítulo 12: O Retorno

    Capítulo 13: O Anel de Salomão

    Capítulo 14: Daniel e o Gigante

    Capítulo 15: O Bater das Asas

    Capítulo 16: Destino

    Notas do Tradutor

    Capítulo 1: O Colar

    Allie Strom olhava fixamente para o misterioso brilho azul de um pequeno colar no chão do seu armário. Ela conhecia muito bem aquele colar. Durante toda sua vida ele sempre esteve pendurado no pescoço de sua mãe. Porém, ele estava ali agora, e sua mãe do outro lado do mundo.

    Foi enquanto procurava por sua saia favorita que Allie reparou pela primeira vez no colar. Começar a 7ª série em uma nova cidade faz suas decisões sobre o que vestir serem especialmente importantes.

    Ela treme só de lembrar como na 6ª série a imbecil da Crystal a trocou pelo pessoal descolado da escola. Tudo isso porque Allie falou que estava de mudança. Tudo bem que falar isso no meio da festa de aniversário da amiga talvez não tenha sido uma boa ideia. A cobertura de bolo demorou para sair do seu cabelo, mas foi o sentimento de traição que não saia de jeito nenhum mesmo tendo passado um ano depois daquilo.

    Não, nesse novo ano ela estava determinada a começar com o pé direito. Ela iria conhecer um novo grupo de amigas e formar sua própria equipe de jogadoras de futebol. Isso era tudo em que ela conseguia pensar nos últimos dias, tirando os ocasionais momentos de tristeza por sua mãe estar fora, mais uma vez. De qualquer maneira, achar o colar deixou Allie bastante confusa.

    Uma batida em sua porta a assustou. Ela deu uma empurradinha no colar com o pé, o escondendo mais para dentro do armário junto com a combinação de saia e camisa polo que não queria deixar seu pai ver. Ela observou por um momento a bagunça. Apesar de ter se mudado há dois meses, sua estratégia de desempacotar as coisas e jogá-las no armário não fez elas se arrumarem magicamente.

    Querida, posso...? A voz grave de seu pai veio do outro lado da porta, um pouco mais rouca do que de costume nessa manhã.

    Ahn... Ela olhou ao redor para ver se as outras roupas em sua cama seriam do agrado de seu pai. Ele era um bom pai e queria o melhor para ela, mas isso não significa que a deixaria usar o que quisesse para ir à escola. Ele ainda tinha a ideia de que ela não seria independente até completar dezoito anos, e ainda com certas ressalvas. Se sua mãe estivesse em casa, a história seria diferente. Ela viu quando Allie comprou aquela saia, mas fingiu não ter visto. Ela provavelmente ajudaria Allie a escolher o que usar e contaria tudo que uma menina precisa saber quando entra para a 7ª série, quando se torna uma moça ao invés de uma criancinha. Mas, como sempre, sua mãe estava em missão com o exército. Estava em serviço tentando melhorar a vida de outras pessoas ao invés de cuidar de sua própria filha como deveria. Ninguém se importava com a vida de Allie. Onde estaria a mamãe agora? Afeganistão ou o que? Era com certeza um dos istão, era o que ela lembrava.

    Allie se virou com um sorriso ao ouvir a porta se abrir. Sim?

    Seu pai entrou um pouco hesitante. Ele era o tipo de pai que poucas vezes perdia a calma e não ficava fora de casa o tempo todo trabalhando. Costumava estar penteado, com barba feita e bem vestido para seu trabalho na Nintendo, testando jogos ou fazendo computadores ou algo do tipo, Allie não tinha certeza. Mas naquele momento ele ostentava uma barba grossa e com a pele abaixo de seus olhos bastante roxas e caídas.

    Tudo pronto para o grande dia? disse seu pai dando uma olhada para as roupas em cima da cama.

    Não tô preocupada. Talvez isso até fosse verdade se sua mãe estivesse ali para levá-la, ou só para desejá-la boa sorte. Allie olhou pela janela e viu o sol da manhã refletir no asfalto do estacionamento do condomínio. Ela havia acordado cedo graças a um formigamento no estômago.

    É só a 7ª série, disse ela. Não é como se fosse a final da Copa do Mundo ou algo do tipo.

    Certo, disse ele, seus olhos passando agora para o chão do quarto. Minha princesa, eu —

    Pai, eu tenho doze anos, ok?

    Ele olhou para ela como se não pudesse acreditar naquilo, e então fez que sim com a cabeça. Minha princesa crescida...

    Ela revirou os olhos e deu uma risada.

    Um pouco melhor. Ele se sentou em sua cama, seu bumbum ficou em cima da manga de um de seus suéteres. Ela estremeceu, mas ele não notou. Seu nariz se contorceu como normalmente fazia quando ficava nervoso. Eu queria falar com você sobre uma coisa... e bem...

    Pai?

    O que?

    Será que não dá pra esperar? Digo, eu ainda tenho muito o que aprontar e a mamãe não está aqui pra me ajudar então...

    Ele ficou olhando para ela, sem mexer os olhos por nada. Desde que ela fez doze anos ele a olha dessa maneira, como se fosse perdê-la se olhasse para outro lugar. Ele continuava dizendo como ela estava crescendo rápido. Bem, já era hora, na opinião dela. Uma espichada logo antes de entrar na nova escola seria muito bem-vinda, principalmente para o time de futebol. Mas, infelizmente, ela não teve essa sorte.

    Seu pai deu um suspiro e se levantou. Tudo bem, minha vida. Mas depois da escola nos falamos?

    Tá, ok.

    Ele tentou dar uma ajeitada em sua camisa branca amarrotada e depois olhou para a pilha de roupas dela. Talvez eu possa ajudar?

    Ah, claro que pode. Como eu não havia pensado nisso antes? Ela mostrou para ele o caminho até a porta.

    Como, minha vida?

    Garantindo que o Ian não me perturbe.

    Seu pai franziu a testa ao ver a porta se fechar atrás dele.

    Ela remexeu o fundo do seu armário e logo seus dedos se encontraram com a sua pedra lisa e gelada do colar.

    Ela se agachou para pegá-lo, mordendo o lábio enquanto o tirava de lá. O colar possuía uma pedra azul na ponta de uma corrente de prata, com um triângulo de cabeça para baixo sobreposto a um triangulo de cabeça para cima bem no meio. Sua mãe estava sempre com ele, quase que como se fosse preso à sua pele. Allie o segurou em frente ao espelho enquanto o observava com admiração.

    O fecho havia quebrado. Ela amarrou a corrente com um nó simples e estava para experimentá-lo quando a maçaneta da porta virou novamente.

    Pai, eu não... Ela parou quando viu se tratar de seu irmão, Ian. O protótipo de barba em volta dos lábios se destacava e ele ainda usava um cachecol como se isso fosse fazê-lo parecer especial.

    Sou eu, bafo de porco. Ele deu um sorriso meio torto para ela. O que tem de errado com essa família? Por que acordamos tão cedo?

    Tá cedo? Ela deu uma olhada pela janela enquanto empurrava o colar para debaixo de seu travesseiro. Ainda era possível ver seu reflexo no vidro. O céu estava azul-escuro, com leves toques de rosa e um laranja forte contornando as nuvens. Isso não significava necessariamente que estava cedo. Era setembro e eles estavam no estado de Washington, bem ao norte do país. Ainda assim, comparado com seus amigos, ela sempre foi uma madrugadora.

    Ian se apoiou na porta e bocejou, mas não saiu.

    O que é? disse ela impacientemente.

    Ian ficou parado na porta e sorriu. Papai fez sua especialidade, um prato especial para o grande dia.

    Que é?

    Iogurte e granola, com seus tradicionais mirtilos congelados, disse ele enquanto ria.

    Ele acenou para que ela o seguisse e ela foi, mas com um olhar arrependido em direção a seu travesseiro. Ela teria que esperar até depois do café da manhã para dar uma olhada melhor no colar.

    Allie salivava e não se incomodava de estarem comendo a mesma comida que comiam toda manhã. Seja o que for que seu pai queria falar com ela mais cedo, ele deixou para lá por enquanto. Ele gargalhou e contou histórias do seu primeiro dia na 7ª série. Até mesmo o Ian, normalmente caladão e fechado no seu próprio mundo, contou para ela sobre como quase entrou acidentalmente no banheiro feminino em seu primeiro dia e acabou sendo sacaneado durante todo o primeiro mês de aulas.

    Uns garotos da 8ª série meio que ficaram sabendo, disse Ian, encabulado. Sempre que me viam apontavam pra mim e diziam ‘ele corre como uma garota e mija sentado.’

    Allie se matou de tanto rir e pensou que essa talvez tenha sido a coisa mais engraçada que já ouviu seu irmão dizer, e ainda se perguntou por um momento se ele realmente fazia xixi sentado. Ele já tinha brincado de Barbie com ela e sua prima quando eles eram pequenos. Mas ela preferiu pensar sobre futebol ao invés disso, pois a mera imagem de seu irmão fazendo xixi a deixou enjoada e sem apetite.

    Quando voltou para seu quarto, ela soltou um suspiro aliviada e se apoiou contra a porta fechada. A parede toda coberta por pôsteres de seus jogadores de futebol favoritos, com exceção de um pôster preto do Megadeth mais ao canto. Um presente de seu irmão, embora ela só tenha dado uma chance à banda porque ele disse que era legal. Era um pouco demais ter aquilo ali, pensou ela, mas mesmo assim guardou o presente, pois era uma das poucas coisas que seu irmão tinha lhe dado. Ele também disse que Dungeons & Dragons era legal e ela acabou entrando nessa também. Resquícios desse vício temporário ainda transpareciam em sua perfeitamente alinhada coleção de miniaturas disposta na estante. Sem dúvida a mais nerd de todas era a de um gigante com seu machado enorme protegendo uma guerreira com punhos flamejantes. Ela mesma as pintou alguns anos antes e ainda não conseguia tomar coragem para jogá-las fora. Essa imagem de seu irmão sendo um cara legal precisava ser deletada de sua cabeça, mas isso parecia uma tarefa bem mais difícil do que ela imaginava. Ele nunca iria deixar de ser seu irmão mais velho no final das contas.

    Naquele momento ela tinha prioridades. Allie tirou o colar debaixo do travesseiro e ficou observando a pedra brilhar enquanto girava na corrente. Qualquer outra coisa em seu quarto era sem graça frente àquilo. O colar sempre a intrigou, sempre lá, reluzente no pescoço de sua mãe. Agora, segurando-o a poucos centímetros de seus olhos, ela observava as linhas prateadas na pedra azul. Os pequenos padrões estampados na pedra a lembravam de mapas, mapas do mundo, mas também de muito mais. Talvez do universo?

    Ela novamente o ergueu para amarrá-lo em volta do pescoço mas parou, surpresa ao ver um fecho na corrente onde antes estava partida. Certamente seu pai ou Ian não poderiam saber que ela o havia encontrado, ou mesmo não conseguiriam ter se esgueirado em seu quarto com tempo suficiente para consertar o fecho. Isso seria absurdo. A única explicação, então, era que tinha sido apenas sua imaginação ele estar quebrado.

    Um suave calor emanou da pedra quando ela tocou sua pele. Ela fechou os olhos, absorta em uma sensação de relaxamento, mas quando os abriu, um raio de luz saiu de dentro da pedra e de uma hora para outra ela estava mais nova, nos braços de sua mãe. O cabelo de sua mãe fazia coceira ao encostar na bochecha de Allie. Aqueles suaves olhos azuis a olhavam de cima apaixonadamente, a quente brisa de verão a aquecia de leve ao acariciar sua pele, carregando consigo um aroma de morangos. O calor da pedra a envolveu como se fosse uma banheira e, por um momento, ela só via a luz brilhante que emanava novamente. Ela sentia

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