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Deuses Brasileiros
Deuses Brasileiros
Deuses Brasileiros
E-book30 páginas17 minutos

Deuses Brasileiros

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Sobre este e-book

Se os deuses são personificações de conceitos humanos, quais seriam, então, os deuses brasileiros? Pois o Feriado é um deles, e ele foi sequestrado pelo casal mais temido do atual panteão tupiniquim. Isso, é claro, não poderia ficar de graça, porque todo mundo adora o Feriado. Assim, o dono do morro onde os deuses vivem, o Trinta e Três, organiza uma equipe para resgatá–lo — e pede a ajuda de um grupo de deuses novos para recuperar os poderes de um aliado: um importante deus esquecido.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de fev. de 2018
ISBN9781370610488
Deuses Brasileiros
Autor

Rodrigo Rahmati

Se acha um escritor, é um podcaster chinfrim, um desenhista meia–boca, um pretenso dançarino de folclore árabe, um karateka que apanha mais do que bate, tentou aprender diversos instrumentos musicais sem sucesso e atualmente estraga um derbake, pensa que fotografa, adora heavy metal, fantasia e ficção científica. Em resumo, maluco. É um autor independente mas também publicado pela editora Draco, pelas revistas Trasgo e Gueto e co–editor dos contos do site Leitor Cabuloso — e host dos podcasts SobrEscrever e Rock Pelo Mundo. Lançou em 2016 o romance “O arquivo dos sonhos perdidos” e em 2017 o romance “Nefelibata ou O fotógrafo”.

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    Deuses Brasileiros - Rodrigo Rahmati

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    Quem veio primeiro — o ovo ou a galinha? Difícil, né? Pois é, com a gente é assim também. Nós passamos a existir de uma hora pra outra, e, ao mesmo tempo, sempre existimos. Nós representamos a realidade e a realidade nos representa. Podemos, é claro, ser esquecidos — eu fui. Meia dúzia de pessoas ainda realmente creem em mim, e é por isso que eu ainda estou aqui, me arrastando. O foda é que eu não sei quem elas são, mas… mas divago. Vamos voltar ao que eu dizia, porque é essencial pra você entender a história que eu vou contar.

    Vou contar a história de como começamos a nossa luta contra o Sistema — e essa história começa com dois dos novos deuses, que surgiram dessa maneira contraditória (quase um duplipensamento, pra citar um grande autor): os irmãos e inimigos mortais Mortadela e Coxinha.

    Eles apareceram no morro da mesma forma que o primeiro citado apareceu pra começar esse relato: chegaram chegando, gritando, brigando. Nunca os tínhamos visto, mas sempre estiveram lá, se você perguntar pra eles. Têm todo um histórico de vida e sabem de onde vieram, como todos os deuses, e, assim como eles também, não se lembram da primeira infância. Não se reconheciam como deuses, como nenhum dos novos (dos antigos não temos recordação), porque todos os deuses brasileiros são assim: têm complexo de vira–lata. Quando veem outros como eles

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