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Oliver Kendall
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E-book301 páginas3 horas

Oliver Kendall

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Sobre este e-book

Oliver é surpreendido por seu tio com uma carta que o convidava para entrar num instituto mágico em outro mundo, a República Sagrada da Magia. Lá ele passa a viver na antiga casa de seus pais que foram mortos por Digour durante a batalha do corredor sangrento. Já na escola ele conhece uma feiticeira chamada Katerine DeVoe, e imediatamente se tornam bons colegas. Todavia a calma que a República gozava nos últimos cinco anos fora interrompida com a notícia de que um poderoso artefato fora roubado do seu local secreto, é aí que conhecem William Peter-James Olivia e Green-Lancaster, dois bruxos jovens e habilidosos além de especialistas em bisbilhotar, acabam descobrindo que a tal Caixa estava escondida nas profundezas do castelo-sede do Instituto e que alguns foragidos da Liga Sombria, organização de Digour, estavam planejando rouba-la e eles tinha que impedir!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de ago. de 2018
Oliver Kendall

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    Pré-visualização do livro

    Oliver Kendall - Paulo Godoi

    Para minha mãe, Lilian Santos.

    Eu te amo.

    Dedico este livro também á todos que se colocaram

    voluntariamente nessa viagem comigo.

    Meu muito obrigado!

    Paulo Godoi

    1

    Capitulo Um.

    som do piano é, sem sombra de dúvidas, algo

    singular e único. Por mais alegres que sejam as

    O melodias, o som que sai é sempre algo

    melancólico, poético e tenho certeza que não menos belo, não

    menos revigorante, não menos solitário, mas todo ele

    apaixonante.

    Seu pai deslizava habilmente os dedos no piano. Concentrado

    nas partituras á sua frente, a música fazia com que seu corpo

    muito bem agasalhado ignorasse o mundo lá fora e

    experimentasse um prazer que nem todas as pessoas alcançam

    na plenitude.

    Mas por que cargas-d ’água estou falando disso? O garoto só

    tem cinco anos.

    Moravam numa pequena, porém aconchegante casa na região

    da Cornualha, os se pensa que é. Um lugar afastado da cidade,

    mas que ao mesmo tempo era muito próximo. Benjamin

    terminou de tocar sua harmoniosa e autoral música (Ele faz

    questão de explanar a todos que essa é sua) quando Evangeline

    Kendall, ou simplesmente Eva, como era mais conhecida, se

    aproximou com duas canecas fumacentas de chocolate quente e

    seu filho, o pequeno Oliver agarrado na aba de seu vestido com

    a mão direita e segurando outra caneca com a mão esquerda

    (Apesar de ser destro) e após repousar-se na poltrona ao lado

    disse com uma voz doce e apaixonada:

    2

    - Não importa quantas vezes ouvi essa música, não canso de

    escuta-la!

    Ele sorriu ajeitando seus grandes óculos redondos com aros de

    prata que pendiam no nariz e respondeu relaxando na cadeira:

    - E é por isso que eu te amo, afinal, quem mais mentiria só para

    me agradar? – E após dar uma pequena golada em sua caneca

    ele diz – Mas Obrigado!

    Após ambos se olharem com tamanha paixão, ele observando-a

    iluminada pela claridade refletida da neve que passava pela

    grande janela de vidro e ela o mirando pela fraca luz das

    lâmpadas alaranjadas que lardeavam as paredes da casa, são

    surpreendidos por Oliver que largara sua caneca no chão e se

    enfiara entre os dois sofás, ficando apenas com as perninhas

    balançando enquanto tentava sair. Eva sobressaltou-se para

    pega-lo e Benjamin apenas ria. Todavia, ela sequer chegara

    perto e o garoto saiu do local onde estava quase que levitando.

    Sorrisos de canto nasceram nos rostos dos pais que viam que ele

    pegara um pedaço do que aprecia ser um fino graveto. Ela

    admirou-se com o fato do menino não fazer a menor ideia do

    que estava fazendo e ainda sim fazê-lo:

    - Ele está ficando poderoso, não acha? –Perguntou Eva

    voltando com Oliver no colo.

    - Sem dúvida! –Concordou Benjamin servindo-se de um pouco

    mais de seu chocolate - Tão poderoso que até devemos começar

    a pensar se já não é hora de manda-lo para o Peregrino!

    3

    - Não seja bobo Brian! Retorquiu Eva levantando-se sorrindo. –

    Ele só pode ir quando completar dez anos lembra? –Findou ela

    fazendo-o perceber que ela não entendera a ironia nas palavras

    dele, que apenas sorriu maravilhado e prosseguiu:

    - Poxa vida, como poderia me esquecer! Disse com demasiada

    calma. –Eu tinha até me esquecido que queriam me convidar

    para dirigir o instituto, caso no querido Dr. Heyter viesse a

    falecer!

    - Nem brinca com isso Brian! –Vociferou ela um pouco

    assustada. –Você sabe muito bem que ele, atualmente, é nossa

    única esperança de acabar com o reinado de terror de Digour!

    - Eu sei querida, não se zangue, mas...

    Brian não pôde completar a frase, pois ouviram três toques na

    porta, sabiam que qualquer ordinarius não poderia se aproximar,

    pois estava sobre o feitiço Fidelius e somente Heyter era o fiel

    do segredo.

    Só poderia ser ele, oras!

    - Ted! Por favor, entre querido, entre! Exclamou uma

    felicíssima Eva ao acompanha-lo até a sala. –A que devemos o

    prazer de sua visita?

    Mas para entabular a crescente angustia que passava de Eva

    para Brian, Heyter apenas se dirigiu cansado até o sofá e

    começou a falar com os olhos fixos no garotinho agarrado a

    mãe:

    4

    - Receio não trazer novidades animadoras, e já quero de

    antemão me desculpar por perturbar a felicidade de vocês com

    algo tão devastador e cruel, tanto que me sinto o mensageiro das

    más notícias! –Disse ele num tom de voz incrivelmente sereno.

    –O julgamento de Sebastian Digour terminou de maneira

    inesperada, para ser rápido, pois o nosso tempo é curto, ele

    matou todos que estavam no seu julgamento e libertou seus

    bruxos e feiticeiros do vale da tormenta e agora eles estão

    assolando o nosso mundo mágico. E eu sei que, como já haviam

    me confidenciado antes, vocês queriam lutar quando o fatídico

    dia de hoje chegasse, mas receio que vocês não calcularam que

    teriam uma criança agora.

    Eva e Brian se entreolharam e viram que Heyter tinha razão, o

    pequeno Oliver estava correndo um gravíssimo perigo a partir

    de agora:

    - Felizmente, a um modo de resolvermos essa questão. –Disse o

    velho bruxo esticando as pernas. –Temos que mandar seu filho

    para fora do mundo mágico, para ser criado com seu irmão,

    Vitor. –Essa última fala fora dirigida á Brian que ergueu o olhar

    sereno a Eva e por fim disse:

    - Creio que não há outra forma de mantê-lo a salvo não é

    Heyter?

    - Receio que não! –Respondeu ele com uma voz serena. –Mas

    lembrem-se de que Vitor é um profundo conhecedor da magia e

    com certeza ficará feliz em passar um tempo com o afilhado,

    afinal isso não é definitivo! –Respondeu Heyter cuja mente

    5

    torcia por suas palavras, para que transmitirem maior confiança

    do que ele tinha, mas parece que foi o suficiente para Eva ceder,

    e a mesma disse:

    - Então precisaremos manda-lo agora e... Bem, apagar as

    memórias do mundo mágico dele não é? –Exclamou ela cuja

    voz denunciava sua inquietação em apagar a memória do

    próprio filho, mas para o alívio tanto dela quando de Brian,

    Heyter sugere. –Não creio que haverá necessidade disso,

    crianças retém informações de seu subconsciente até os seis

    anos, ele não terá nenhuma lembrança vívida disso!

    - Certo! –Disse Benjamin se levantando e apontando a varinha

    o próprio filho. –Heyter, Vitor já fora comunicado disso por

    você não foi?

    - Perspicaz! –Disse Heyter satisfeito. Benjamin gira a varinha

    em movimentos circulares por três vezes, e já na terceira volta

    ele diz. – Ducet!

    Uma fumaça colorida envolve a criança absorta com os olhos

    vidrados no oceano azul que a mãe transmitia com um olhar e

    por fim desapareceu com a fumaça.

    Em breve iremos te buscar querido Pensou Eva, e esse era o

    único pensamento que precisava para lutar contra Digour.

    6

    7

    Capitulo Dois.

    Cinco Anos depois.

    vida acadêmica de Oliver estava uma droga. A

    professora de história insistia em pegar no pé dele como

    A se ele tivesse a obrigação de ser um historiador já na

    quarta série! Desde que ele conseguiu gabaritar todas as provas

    de todas as matérias no primeiro trimestre, os professores

    passaram a trata-lo como prodígio e a sufoca-lo com matérias e

    mais matérias do que os demais, porém ele não tinha muito do

    que reclamar, pois mesmo com tudo isso ele conseguia ser

    melhor do que todos os alunos da escola. Era como se ele

    precisasse ler o livro apenas uma vez para que toda a informação

    possível simplesmente entrasse na cabeça dele e ficasse á

    vontade para ele poder acessa-la rapidamente e quando quisesse!

    Não era a primeira vez que se via metido na mira dos

    professores por causa da sua inteligência, ele não sabia explicar

    o motivo, mas conseguia absorver qualquer tipo de informação,

    o que viria a ser muito útil na escola, pois o que os alunos

    precisam para passar são notas! Independente de terem

    aprendido ou não.

    O sinal tocara no horário costumeiro, ele empilhou os livros na

    carteira e pegou os necessários para fazer o trabalho de

    geografia e os enfiou na mochila com tranquilidade, assim que

    levantou a cabeça notou algumas meninas olhando para ele que

    8

    apenas acenou preocupado, pois ele achou que tinha alguma

    coisa nos seus cabelos, elas apenas deram sorrisos constrangidos

    e saírem desengonçadamente da sala uma empurrando a outra

    para irem mais rápido.

    Aos dez anos de idade, Oliver sabia-se bonito, era um dos

    garotos mais bonitos da escola, tinha a pele num tom cobreado e

    os cabelos escorridos num tom castanho escuro que lhe davam a

    aparência de um garoto mais velho, sem contar os olhos que, por

    sua vez eram tão claros que frequentemente perguntavam se

    aquilo era lente. Claro que isso jamais interessou ao garoto que

    não fazia questão de amigos, afinal, todos só andavam com ele

    para poder copiar seus deveres ou para pedir-lhe que explicasse

    a matéria, o único verdadeiro amigo que Oliver considerava ter

    era seu tio, Vitor!

    Após jogar a mochila nas costas ele se ergue para frente para

    seguir seu caminho, deu um curto aceno para o professor que se

    mantinha em estado de observação profunda enquanto o garoto

    saía da sala, aquilo incomodou Oliver muito mais do que

    gostaria de admitir para si mesmo, o professor o encarava com

    tanta intensidade que ele achava que deveria comentar isso com

    seu tio.

    Oliver dificilmente andava sozinho na escola ou ia para casa

    desacompanhado, pois sempre estava rodeado por seus colegas e

    admiradores, o que fazia destacar ainda mais sua beleza e sua

    inteligência. Todavia não agradava a todos, em especial a

    Charles Maguire, um jovem tão bonito e inteligente quanto ele,

    9

    a diferença é que Oliver não ficava perturbando seus colegas,

    humilhando-os ou diminuindo-os de alguma forma, e por isso

    que todos gostavam de Oliver, pois era um garoto na dele e isso

    era inaceitável para Charles que achava que ele e Oliver eram

    Gênios superiores, mas Oliver julgava isso assustador e

    sempre dizia para Charles. –Melhor você parar de ficar vendo

    esses filmes de adultos! –E saia sorrindo com a cara de irritação

    no garoto.

    Assim que Oliver se despede de seus colegas e atravessa o

    enorme pátio de pedras que separava o prédio da escola da

    entrada, avistou de longe um homem sorridente dono de uma

    farta barba escura e brilhantes olhos escuros que o deixavam

    quase místico.

    Tio Vitor!

    Os dois se pareciam bastante, Vitor tinha o mesmo cabelo

    castanho escuro, muito embora ele já tenha alguns cabelos

    brancos principalmente perto das orelhas, era uma versão adulta

    de Oliver com exceção dos olhos, e toda vez que perguntava o

    porquê dele não ter os olhos claros, uma vez que eles são da

    mesma família, o tio respondia simplesmente. –Seu pai era o

    bonitão da família, não tinha por que d’eu herdar os olhos de

    minha mãe! –Mas toda vez que ele mencionava o restante da

    família que ele nunca conheceu sempre lhe dava uma pontada de

    tristeza.

    Os pais de Oliver o deixaram aos cuidados do tio enquanto

    faziam uma expedição no Egito, segundo o próprio tio, mas eles

    10

    nunca mais retornaram e sequer seus corpos foram encontrados.

    Por vezes, Oliver nota certo olhar do tio ao falar de seus pais

    que não condiz muito bem com o relato e sempre que essa

    dúvida passava pela sua cabeça, quase que de imediato seu tio

    dizia:

    - Você está pensando muito alto! E ria fartamente do sobrinho

    que simplesmente não entendia, uma vez que ele sequer abria a

    boca.

    *

    Vitor e seu sobrinho moravam na Rua das Orquídeas, número

    seis, numa casa de dois andares que eles dividiam com um gato

    que vivia invadindo a casa sem ser convidado e um andar inteiro

    repleto de livros antigos que o tio lia para o sobrinho todos os

    dias. Havia sempre algo de familiar nessas histórias, e mesmo

    assim ele sempre ficava encantado com todo aquele mundo de

    magia e fantasia que o tio descrevia e torcia ferozmente para que

    aquilo fosse real. Afinal de contas, quem não ia querer estudar

    numa escola que parece um castelo que flutua a quinze metros

    do chão e que é rodeado por uma incrível e diversificada cidade

    com as mais variadas criaturas! Lobisomens regenerados,

    humanos, híbridos, centauros, sereias, magos, bruxos e

    feiticeiros bons e ruins reunidos numa única comunidade! Era

    muito sonho para uma criança, mas por isso mesmo, sonhar

    nunca fora demais para o pequeno Oliver, a quem o destino faria

    grandes surpresas!

    11

    Capitulo três.

    odos os dias quinze de julho eram especiais para

    Oliver, afinal, era seu aniversário! Todas as manhãs o

    T tio Vitor preparava ovos, bacon, torradas, chá, café, e

    sua especialidade, o chocolate mágico que tinha o sabor da

    coisa que você mais gosta, independente do que seja! Oliver não

    sabia como o tio conseguia fazer aquilo, mas isso não

    importava.

    Porém, o seu aniversário de dez anos foi diferente pela parte da

    manhã, quando desceu as escadas e correu para sala e

    encontrou-a vazia, sem nenhum presente sequer, "Será que o tio

    Vitor se esqueceu do meu aniversário?" Pensara Oliver

    decepcionado, porém foi surpreendido por seu tio vindo da

    cozinha com um largo sorriso no rosto e um envelope dourado

    na mão com um selo feito de prata com um P cravejado de

    esmeraldas, aquilo chamou a atenção do garoto que furtou o tio

    num olhar interrogativo:

    - Sugiro que se sente Olie! –Disse Vitor anormalmente radiante,

    o menino obedeceu e disparou para cima do sofá, deixando

    assim a poltrona livre para seu tio sentar e começar a chacoalhar

    o mundo do sobrinho. –Sabe do que essa carta se trata? –

    Indagou ele com a resposta já em mente, Oliver apenas fez um

    gesto negativo com a cabeça, com uma euforia contida que ele

    sequer sabia de onde vinha, mas como sempre, seu tio sabia e

    prosseguiu. –Essa carta é dada pelo Instituto Peregrino, já ouviu

    falar dele não é?

    12

    O menino recorreu a sua memória incrivelmente boa e lembrou

    quase que de imediato:

    - A história do Fantasma Peregrino!

    - Essa mesma, filho! –Respondeu Vitor que não aguentava o

    próprio suspense. –Esse instituto existe para a educação de

    jovens bruxos, magos e feiticeiros quando estes completam dez

    anos! –Ele estendeu a carta para Oliver que a pegou mais

    ansioso que tudo. –E você fora convidado a ingressar nele!

    O sorriso ficou congelado no rosto de Oliver, a sua euforia

    cedeu lugar á perplexidade, aquilo só poderia ser uma piada do

    tio não? Pois se isso for verdade significa que. –Eu sou um

    bruxo? Foi à pergunta final do garoto que finalmente viu o

    sorriso do tio vacilar como se aquela fosse a primeira vez que

    tomava ciência da magnitude do que estava dizendo. –Sim Olie,

    você é uma pessoa com poderes mágicos, embora eu não saiba

    dizer se você é um bruxo propriamente dito ou não! –E por fim

    ele entregou a carta ao garoto que, assim que tocou suas mãos,

    se abriu magicamente revelando um papel de pergaminho em

    branco, ele encarou a folha confuso e saltou o olhar dela para o

    tio que levou alguns segundos para se dar conta de que não

    explicara ao garoto como ler á carta:

    - Oh, claro! Como sou tão esquecido! Exclamou o tio Vitor que

    saiu da sala e fora direto para seu pequeno escritório que ficava

    em baixo da escada. Acontece que ele ouviu sons de passos de

    alguém descendo uma escada dentro do armário, o que era

    estranho já que não havia tanto espaço para isso, logo foi

    13

    tomado por uma feroz curiosidade e decidiu ir ver onde seu tio

    tinha ido parar.

    Oliver se aproximou da porta e de imediato viu uma porção de

    coisas que ele nunca reparara ali, coisas como um globo terrestre

    dourado, uma pilha de livros de capa dura vermelha que parecia

    segurar o peso da escada, o chão era feito com madeiras velhas

    destoando do piso branco que todo o resto da casa tinha, era

    como se aquele lugar tivesse sido construído muito tempo antes

    da própria casa em si, mas sua maior surpresa foi quando olhou

    para sua direita e viu uma porta feita de madeira tão velha

    quanto o chão, tinha uma lua desenhada nela além de quatro

    marcas de mãos, três de adultos e uma de bebê, mas meio que

    ignorando esse fato ele se aproximou da porta que

    imediatamente se abriu por completo para ele que não reparou o

    que aconteceu com uma daquelas marcas de mão ao se

    aproximar. Por fim ele irrompeu a porta cuja escada descia um

    pouco mais fundo da casa, Então aqui é o tal sótão misterioso!

    Pensou Oliver, um pensamento que se mostrou bem vago.

    Ele desceu as escadas em passos vacilantes, as paredes eram

    feitas de pedras, como se a casa tivesse sido construída em cima

    de uma gruta, havia uma coisa verde se criando nas paredes, eles

    se viu tentado a encostar-se àquelas coisas que lembravam

    muito uma esponja do mar, mas se conteve em se aproximar da

    névoa cinza que jazia á sua frente, encarou-há por alguns

    segundos antes de respirar fundo, prender a respiração e se

    enfiar nela!

    14

    Todavia foi uma sensação estranhamente revigorante, esse era

    definitivamente o melhor aniversário que já teve, todos esses

    mistérios faziam a mente precocemente brilhante de Oliver

    acelerar como nunca antes, a sensação que aquelas coisas lhe

    transmitiam fazia as excentricidades terem sentido, por fim ele

    olhou atentamente para o lugar aonde chegara. Um laboratório

    de alquimia! Igual aos livros de fantasia que seu tio mostrara

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