Oliver Kendall
De Paulo Godoi
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Oliver Kendall - Paulo Godoi
Para minha mãe, Lilian Santos.
Eu te amo.
Dedico este livro também á todos que se colocaram
voluntariamente nessa viagem comigo.
Meu muito obrigado!
Paulo Godoi
1
Capitulo Um.
som do piano é, sem sombra de dúvidas, algo
singular e único. Por mais alegres que sejam as
O melodias, o som que sai é sempre algo
melancólico, poético e tenho certeza que não menos belo, não
menos revigorante, não menos solitário, mas todo ele
apaixonante.
Seu pai deslizava habilmente os dedos no piano. Concentrado
nas partituras á sua frente, a música fazia com que seu corpo
muito bem agasalhado ignorasse o mundo lá fora e
experimentasse um prazer que nem todas as pessoas alcançam
na plenitude.
Mas por que cargas-d ’água estou falando disso? O garoto só
tem cinco anos.
Moravam numa pequena, porém aconchegante casa na região
da Cornualha, os se pensa que é. Um lugar afastado da cidade,
mas que ao mesmo tempo era muito próximo. Benjamin
terminou de tocar sua harmoniosa e autoral música (Ele faz
questão de explanar a todos que essa é sua) quando Evangeline
Kendall, ou simplesmente Eva, como era mais conhecida, se
aproximou com duas canecas fumacentas de chocolate quente e
seu filho, o pequeno Oliver agarrado na aba de seu vestido com
a mão direita e segurando outra caneca com a mão esquerda
(Apesar de ser destro) e após repousar-se na poltrona ao lado
disse com uma voz doce e apaixonada:
2
- Não importa quantas vezes ouvi essa música, não canso de
escuta-la!
Ele sorriu ajeitando seus grandes óculos redondos com aros de
prata que pendiam no nariz e respondeu relaxando na cadeira:
- E é por isso que eu te amo, afinal, quem mais mentiria só para
me agradar? – E após dar uma pequena golada em sua caneca
ele diz – Mas Obrigado!
Após ambos se olharem com tamanha paixão, ele observando-a
iluminada pela claridade refletida da neve que passava pela
grande janela de vidro e ela o mirando pela fraca luz das
lâmpadas alaranjadas que lardeavam as paredes da casa, são
surpreendidos por Oliver que largara sua caneca no chão e se
enfiara entre os dois sofás, ficando apenas com as perninhas
balançando enquanto tentava sair. Eva sobressaltou-se para
pega-lo e Benjamin apenas ria. Todavia, ela sequer chegara
perto e o garoto saiu do local onde estava quase que levitando.
Sorrisos de canto nasceram nos rostos dos pais que viam que ele
pegara um pedaço do que aprecia ser um fino graveto. Ela
admirou-se com o fato do menino não fazer a menor ideia do
que estava fazendo e ainda sim fazê-lo:
- Ele está ficando poderoso, não acha? –Perguntou Eva
voltando com Oliver no colo.
- Sem dúvida! –Concordou Benjamin servindo-se de um pouco
mais de seu chocolate - Tão poderoso que até devemos começar
a pensar se já não é hora de manda-lo para o Peregrino!
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- Não seja bobo Brian! Retorquiu Eva levantando-se sorrindo. –
Ele só pode ir quando completar dez anos lembra? –Findou ela
fazendo-o perceber que ela não entendera a ironia nas palavras
dele, que apenas sorriu maravilhado e prosseguiu:
- Poxa vida, como poderia me esquecer! Disse com demasiada
calma. –Eu tinha até me esquecido que queriam me convidar
para dirigir o instituto, caso no querido Dr. Heyter viesse a
falecer!
- Nem brinca com isso Brian! –Vociferou ela um pouco
assustada. –Você sabe muito bem que ele, atualmente, é nossa
única esperança de acabar com o reinado de terror de Digour!
- Eu sei querida, não se zangue, mas...
Brian não pôde completar a frase, pois ouviram três toques na
porta, sabiam que qualquer ordinarius não poderia se aproximar,
pois estava sobre o feitiço Fidelius e somente Heyter era o fiel
do segredo.
Só poderia ser ele, oras!
- Ted! Por favor, entre querido, entre! Exclamou uma
felicíssima Eva ao acompanha-lo até a sala. –A que devemos o
prazer de sua visita?
Mas para entabular a crescente angustia que passava de Eva
para Brian, Heyter apenas se dirigiu cansado até o sofá e
começou a falar com os olhos fixos no garotinho agarrado a
mãe:
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- Receio não trazer novidades animadoras, e já quero de
antemão me desculpar por perturbar a felicidade de vocês com
algo tão devastador e cruel, tanto que me sinto o mensageiro das
más notícias! –Disse ele num tom de voz incrivelmente sereno.
–O julgamento de Sebastian Digour terminou de maneira
inesperada, para ser rápido, pois o nosso tempo é curto, ele
matou todos que estavam no seu julgamento e libertou seus
bruxos e feiticeiros do vale da tormenta e agora eles estão
assolando o nosso mundo mágico. E eu sei que, como já haviam
me confidenciado antes, vocês queriam lutar quando o fatídico
dia de hoje chegasse, mas receio que vocês não calcularam que
teriam uma criança agora.
Eva e Brian se entreolharam e viram que Heyter tinha razão, o
pequeno Oliver estava correndo um gravíssimo perigo a partir
de agora:
- Felizmente, a um modo de resolvermos essa questão. –Disse o
velho bruxo esticando as pernas. –Temos que mandar seu filho
para fora do mundo mágico, para ser criado com seu irmão,
Vitor. –Essa última fala fora dirigida á Brian que ergueu o olhar
sereno a Eva e por fim disse:
- Creio que não há outra forma de mantê-lo a salvo não é
Heyter?
- Receio que não! –Respondeu ele com uma voz serena. –Mas
lembrem-se de que Vitor é um profundo conhecedor da magia e
com certeza ficará feliz em passar um tempo com o afilhado,
afinal isso não é definitivo! –Respondeu Heyter cuja mente
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torcia por suas palavras, para que transmitirem maior confiança
do que ele tinha, mas parece que foi o suficiente para Eva ceder,
e a mesma disse:
- Então precisaremos manda-lo agora e... Bem, apagar as
memórias do mundo mágico dele não é? –Exclamou ela cuja
voz denunciava sua inquietação em apagar a memória do
próprio filho, mas para o alívio tanto dela quando de Brian,
Heyter sugere. –Não creio que haverá necessidade disso,
crianças retém informações de seu subconsciente até os seis
anos, ele não terá nenhuma lembrança vívida disso!
- Certo! –Disse Benjamin se levantando e apontando a varinha
o próprio filho. –Heyter, Vitor já fora comunicado disso por
você não foi?
- Perspicaz! –Disse Heyter satisfeito. Benjamin gira a varinha
em movimentos circulares por três vezes, e já na terceira volta
ele diz. – Ducet!
Uma fumaça colorida envolve a criança absorta com os olhos
vidrados no oceano azul que a mãe transmitia com um olhar e
por fim desapareceu com a fumaça.
Em breve iremos te buscar querido
Pensou Eva, e esse era o
único pensamento que precisava para lutar contra Digour.
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Capitulo Dois.
Cinco Anos depois.
vida acadêmica de Oliver estava uma droga
. A
professora de história insistia em pegar no pé dele como
A se ele tivesse a obrigação de ser um historiador já na
quarta série! Desde que ele conseguiu gabaritar todas as provas
de todas as matérias no primeiro trimestre, os professores
passaram a trata-lo como prodígio e a sufoca-lo com matérias e
mais matérias do que os demais, porém ele não tinha muito do
que reclamar, pois mesmo com tudo isso ele conseguia ser
melhor do que todos os alunos da escola. Era como se ele
precisasse ler o livro apenas uma vez para que toda a informação
possível simplesmente entrasse na cabeça dele e ficasse á
vontade para ele poder acessa-la rapidamente e quando quisesse!
Não era a primeira vez que se via metido na mira dos
professores por causa da sua inteligência, ele não sabia explicar
o motivo, mas conseguia absorver qualquer tipo de informação,
o que viria a ser muito útil na escola, pois o que os alunos
precisam para passar são notas! Independente de terem
aprendido ou não.
O sinal tocara no horário costumeiro, ele empilhou os livros na
carteira e pegou os necessários para fazer o trabalho de
geografia e os enfiou na mochila com tranquilidade, assim que
levantou a cabeça notou algumas meninas olhando para ele que
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apenas acenou preocupado, pois ele achou que tinha alguma
coisa nos seus cabelos, elas apenas deram sorrisos constrangidos
e saírem desengonçadamente da sala uma empurrando a outra
para irem mais rápido.
Aos dez anos de idade, Oliver sabia-se bonito, era um dos
garotos mais bonitos da escola, tinha a pele num tom cobreado e
os cabelos escorridos num tom castanho escuro que lhe davam a
aparência de um garoto mais velho, sem contar os olhos que, por
sua vez eram tão claros que frequentemente perguntavam se
aquilo era lente. Claro que isso jamais interessou ao garoto que
não fazia questão de amigos, afinal, todos só andavam com ele
para poder copiar seus deveres ou para pedir-lhe que explicasse
a matéria, o único verdadeiro amigo que Oliver considerava ter
era seu tio, Vitor!
Após jogar a mochila nas costas ele se ergue para frente para
seguir seu caminho, deu um curto aceno para o professor que se
mantinha em estado de observação profunda enquanto o garoto
saía da sala, aquilo incomodou Oliver muito mais do que
gostaria de admitir para si mesmo, o professor o encarava com
tanta intensidade que ele achava que deveria comentar isso com
seu tio.
Oliver dificilmente andava sozinho na escola ou ia para casa
desacompanhado, pois sempre estava rodeado por seus colegas e
admiradores, o que fazia destacar ainda mais sua beleza e sua
inteligência. Todavia não agradava a todos, em especial a
Charles Maguire, um jovem tão bonito e inteligente quanto ele,
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a diferença é que Oliver não ficava perturbando seus colegas,
humilhando-os ou diminuindo-os de alguma forma, e por isso
que todos gostavam de Oliver, pois era um garoto na dele e isso
era inaceitável para Charles que achava que ele e Oliver eram
Gênios superiores
, mas Oliver julgava isso assustador e
sempre dizia para Charles. –Melhor você parar de ficar vendo
esses filmes de adultos! –E saia sorrindo com a cara de irritação
no garoto.
Assim que Oliver se despede de seus colegas e atravessa o
enorme pátio de pedras que separava o prédio da escola da
entrada, avistou de longe um homem sorridente dono de uma
farta barba escura e brilhantes olhos escuros que o deixavam
quase místico.
Tio Vitor!
Os dois se pareciam bastante, Vitor tinha o mesmo cabelo
castanho escuro, muito embora ele já tenha alguns cabelos
brancos principalmente perto das orelhas, era uma versão adulta
de Oliver com exceção dos olhos, e toda vez que perguntava o
porquê dele não ter os olhos claros, uma vez que eles são da
mesma família, o tio respondia simplesmente. –Seu pai era o
bonitão da família, não tinha por que d’eu herdar os olhos de
minha mãe! –Mas toda vez que ele mencionava o restante da
família que ele nunca conheceu sempre lhe dava uma pontada de
tristeza.
Os pais de Oliver o deixaram aos cuidados do tio enquanto
faziam uma expedição no Egito, segundo o próprio tio, mas eles
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nunca mais retornaram e sequer seus corpos foram encontrados.
Por vezes, Oliver nota certo olhar do tio ao falar de seus pais
que não condiz muito bem com o relato e sempre que essa
dúvida passava pela sua cabeça, quase que de imediato seu tio
dizia:
- Você está pensando muito alto! E ria fartamente do sobrinho
que simplesmente não entendia, uma vez que ele sequer abria a
boca.
*
Vitor e seu sobrinho moravam na Rua das Orquídeas, número
seis, numa casa de dois andares que eles dividiam com um gato
que vivia invadindo a casa sem ser convidado e um andar inteiro
repleto de livros antigos que o tio lia para o sobrinho todos os
dias. Havia sempre algo de familiar nessas histórias, e mesmo
assim ele sempre ficava encantado com todo aquele mundo de
magia e fantasia que o tio descrevia e torcia ferozmente para que
aquilo fosse real. Afinal de contas, quem não ia querer estudar
numa escola que parece um castelo que flutua a quinze metros
do chão e que é rodeado por uma incrível e diversificada cidade
com as mais variadas criaturas! Lobisomens regenerados,
humanos, híbridos, centauros, sereias, magos, bruxos e
feiticeiros bons e ruins reunidos numa única comunidade! Era
muito sonho para uma criança, mas por isso mesmo, sonhar
nunca fora demais para o pequeno Oliver, a quem o destino faria
grandes surpresas!
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Capitulo três.
odos os dias quinze de julho eram especiais para
Oliver, afinal, era seu aniversário! Todas as manhãs o
T tio Vitor preparava ovos, bacon, torradas, chá, café, e
sua especialidade, o chocolate mágico
que tinha o sabor da
coisa que você mais gosta, independente do que seja! Oliver não
sabia como o tio conseguia fazer aquilo, mas isso não
importava.
Porém, o seu aniversário de dez anos foi diferente pela parte da
manhã, quando desceu as escadas e correu para sala e
encontrou-a vazia, sem nenhum presente sequer, "Será que o tio
Vitor se esqueceu do meu aniversário?" Pensara Oliver
decepcionado, porém foi surpreendido por seu tio vindo da
cozinha com um largo sorriso no rosto e um envelope dourado
na mão com um selo feito de prata com um P
cravejado de
esmeraldas, aquilo chamou a atenção do garoto que furtou o tio
num olhar interrogativo:
- Sugiro que se sente Olie! –Disse Vitor anormalmente radiante,
o menino obedeceu e disparou para cima do sofá, deixando
assim a poltrona livre para seu tio sentar e começar a chacoalhar
o mundo do sobrinho. –Sabe do que essa carta se trata? –
Indagou ele com a resposta já em mente, Oliver apenas fez um
gesto negativo com a cabeça, com uma euforia contida que ele
sequer sabia de onde vinha, mas como sempre, seu tio sabia e
prosseguiu. –Essa carta é dada pelo Instituto Peregrino, já ouviu
falar dele não é?
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O menino recorreu a sua memória incrivelmente boa e lembrou
quase que de imediato:
- A história do Fantasma Peregrino!
- Essa mesma, filho! –Respondeu Vitor que não aguentava o
próprio suspense. –Esse instituto existe para a educação de
jovens bruxos, magos e feiticeiros quando estes completam dez
anos! –Ele estendeu a carta para Oliver que a pegou mais
ansioso que tudo. –E você fora convidado a ingressar nele!
O sorriso ficou congelado no rosto de Oliver, a sua euforia
cedeu lugar á perplexidade, aquilo só poderia ser uma piada do
tio não? Pois se isso for verdade significa que. –Eu sou um
bruxo? Foi à pergunta final do garoto que finalmente viu o
sorriso do tio vacilar como se aquela fosse a primeira vez que
tomava ciência da magnitude do que estava dizendo. –Sim Olie,
você é uma pessoa com poderes mágicos, embora eu não saiba
dizer se você é um bruxo propriamente dito ou não! –E por fim
ele entregou a carta ao garoto que, assim que tocou suas mãos,
se abriu magicamente revelando um papel de pergaminho em
branco, ele encarou a folha confuso e saltou o olhar dela para o
tio que levou alguns segundos para se dar conta de que não
explicara ao garoto como ler á carta:
- Oh, claro! Como sou tão esquecido! Exclamou o tio Vitor que
saiu da sala e fora direto para seu pequeno escritório que ficava
em baixo da escada. Acontece que ele ouviu sons de passos de
alguém descendo uma escada dentro do armário, o que era
estranho já que não havia tanto espaço para isso, logo foi
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tomado por uma feroz curiosidade e decidiu ir ver onde seu tio
tinha ido parar.
Oliver se aproximou da porta e de imediato viu uma porção de
coisas que ele nunca reparara ali, coisas como um globo terrestre
dourado, uma pilha de livros de capa dura vermelha que parecia
segurar o peso da escada, o chão era feito com madeiras velhas
destoando do piso branco que todo o resto da casa tinha, era
como se aquele lugar tivesse sido construído muito tempo antes
da própria casa em si, mas sua maior surpresa foi quando olhou
para sua direita e viu uma porta feita de madeira tão velha
quanto o chão, tinha uma lua desenhada nela além de quatro
marcas de mãos, três de adultos e uma de bebê, mas meio que
ignorando esse fato ele se aproximou da porta que
imediatamente se abriu por completo para ele que não reparou o
que aconteceu com uma daquelas marcas de mão ao se
aproximar. Por fim ele irrompeu a porta cuja escada descia um
pouco mais fundo da casa, Então aqui é o tal sótão misterioso!
Pensou Oliver, um pensamento que se mostrou bem vago.
Ele desceu as escadas em passos vacilantes, as paredes eram
feitas de pedras, como se a casa tivesse sido construída em cima
de uma gruta, havia uma coisa verde se criando nas paredes, eles
se viu tentado a encostar-se àquelas coisas que lembravam
muito uma esponja do mar, mas se conteve em se aproximar da
névoa cinza que jazia á sua frente, encarou-há por alguns
segundos antes de respirar fundo, prender a respiração e se
enfiar nela!
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Todavia foi uma sensação estranhamente revigorante, esse era
definitivamente o melhor aniversário que já teve, todos esses
mistérios faziam a mente precocemente brilhante de Oliver
acelerar como nunca antes, a sensação que aquelas coisas lhe
transmitiam fazia as excentricidades terem sentido, por fim ele
olhou atentamente para o lugar aonde chegara. Um laboratório
de alquimia! Igual aos livros de fantasia que seu tio mostrara