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Jogo duro
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E-book76 páginas49 minutos

Jogo duro

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Sobre este e-book

Nildo era um menino esforçado, que gostava de Marina, queria ser agrônomo e morava no condomínio só porque o pai era zelador. Mas as provocações de Xande e dos colegas do colégio Osvaldão fizeram com que suas notas despencassem e ele repetisse o sexto ano. Até que o doutor Machado, pai de Marina, percebeu que Nildo precisava de ajuda. Uma história sobre amizades bem diferentes que ajudarão um menino a superar o bullying e a lutar por um ideal nesse duro jogo da vida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de dez. de 2020
ISBN9788510076609
Jogo duro

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    Jogo duro - Eliana Martins

    Jogo duro

    ELIANA MARTINS

    JOGO DURO

    ilustrações de VERIDIANA SCARPELLI

    logo Editora do Brasil

    SUMÁRIO

    um

    dois

    três

    quatro

    cinco

    seis

    sete

    oito

    nove

    dez

    onze

    doze

    treze

    catorze

    quinze

    dezesseis

    Final

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    Para Elsa Maria, prima muito querida.

    abertura

    um

    Era um sábado. O edifício se agitava.

    Antes mesmo das 9 horas, um caminhão com mesas, cadeiras e enfeites começou a descarregar no salão de festas.

    O Chico apareceu em casa de mau humor. Empreguinho besta o de zelador, ele resmungou.

    A Rosinha perguntou por quê.

    O marido foi reclamando que os donos dos apartamentos pensavam que podiam fazer o que bem entendiam. Mandavam estacionar caminhão na porta, antes da hora escrita no estatuto do prédio, para descarregar coisa; depois era ele que ouvia do síndico.

    A Rosinha, calma como sempre, ofereceu uma xícara de café pro marido resmunguento. Disse que já passava das 9 e ele não ia mais levar bronca. Era o dia da festa da filha do doutor Machado.

    O Chico deu de ombros, pelando a língua com o café. Disse que não era da conta dele. Que também fazia aniversário e ninguém dava pra ele nem um miolo de pão amassado. E olha que a Rosinha sempre dava presente de aniversário pro mal-agradecido.

    Mas como a Hilda, que nessa altura só tinha 2 anos, chorava no quarto, a Rosinha deixou o marido falando sozinho.

    Ele terminou o café e quando já ia abrindo a porta pra voltar ao seu posto, na guarita do prédio, o Nildo apareceu e cumprimentou:

    – E aí, pai?

    O Chico olhou torto. Disse que aquilo não era jeito de falar. Que na terra dele não era assim. Tinha que beijar a mão do pai. E não se acordava naquelas horas da manhã, não.

    O menino já estava na cozinha e ele falando, falando. Não entendia que o tempo era outro.

    O Nildo sonhava ser agrônomo. Adorava a terra. Mas o pai dizia que ele era burro xucro, empacado no sexto ano, que não iria dar pra nada.

    A Rosa apareceu na cozinha, com a Hilda no colo. Ficou espantada por ver o filho acordado, já que era sábado e não tinha aula.

    Com os olhos vidrados na janelinha da cozinha, o Nildinho resmungou:

    – Queria dançar com ela.

    A mãe abraçou o filho, que pareceu acordar de novo. Perguntou o que ele tinha dito. O menino desconversou e disse que estava pensando alto.

    Mas ela bem que tinha entendido o desejo dele. Disse que era tão bonito quanto os outros meninos convidados pro aniversário da Marina. E sabia dançar como ninguém.

    A Hilda voltou a chorar. A Rosinha apressou a mamadeira e disse assim pro filho:

    – Senta, Nildinho, que a mãe já prepara um café bem gostoso pra você também.

    Mas ele voltou a olhar o movimento da festa e a resmungar, meio desanimado:

    – Não quero, mãe. Não quero café e muito menos dançar.

    dois

    O dia da festa passou em marcha lenta.

    O Nildo não sabia se ia ou não ia. Mas foi. Depois contou que a Marina estava linda no seu vestido de aniversário.

    Quando ela apareceu no salão do prédio, os olhos do menino brilharam mais. Até ali, achava que só tinha sido

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