Cardápio de poesias: Poesias e crônicas cada página uma história

De Brenner Vasconcelos

O livro Cardápio de Poesias são diversas poesias e crônicas de histórias reais, algumas vividas pelo autor, outras inventadas da criatividade da arte, que insiste em imitar a vida.
O livro visa passar a mensagem de que a vida é cheia de fases, boas e ruins, amores que vem e amores que vão, de que nada acontece por acaso, que tudo é passageiro e o tempo é a maior força do universo. A vida é como um cardápio de um restaurante, onde se têm diversas opções, entretanto, é preciso escolher com critério, para não "comer além da conta". É preciso aprender com erros, aproveitar o momento e amar sem medo.
Seja bem-vindos ao Cardápio de Poesias. Fique à vontade, acomode-se, escolha a poesia de sua preferência e saboreei cada palavra, cada minuto como um delicioso prato de sua refeição preferida.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 1 de mai. de 2019
• ISBN: 9788530005825

Pré-visualização do livro

www.eviseu.com

Olhando estrelas

Imensidão...

Universo escuro

Deitado em cima de um muro

Olhando as estrelas

Procuro

Uma resposta

Que explique a vida

Sinto a brisa

Esqueço tudo

Bilhões de estrelas que nos guiam

Que nos vigiam

Acima da linha do equador

Se cada um que morre vira uma estrela

Quero ser a estrela mais distante do planeta

A despejar raios ultravioletas

De saudades, de dor

É só que sei

Sobre o amanhã

Eu não sei

Sobre ser feliz

Eu não sei

Sobre o que vou ser quando crescer

Eu não sei

Sobre o que vou fazer de almoço

Eu não sei

Sobre o futuro

Eu não sei

Sobre matemática

Eu não sei

Sobre teoria da relatividade

Eu não sei

Sobre a mentira e a verdade

Eu não sei

Sobre a faculdade

Eu não sei

Sobre o trabalho

Eu não sei

Sobre minhas verdadeiras intenções

Eu não sei

A prova de amanhã

Eu não sei

O sabor das massas e maças

Eu não sei

Se sei que nada sei

Eu não sei

Sobre política e religião

Eu não sei

Sobre os efeitos da poluição

Eu não sei

Sobre a lua e as estrelas

Sobre filosofia de Platão

Eu não sei

Eu não sei

Das coisas simples

À física quântica

Da rima

À semântica

Eu não sei.

Sobre ela?

Eu a amo!

Aqui estou

As vezes a gente é idiota sem saber

As vezes a gente perde sem querer perder

E pede perdão

E pede a mão

E se perde na escuridão

As vezes a gente faz alguém sofrer

Quem apenas fez a gente sorrir

E não tem gratidão

E não tem consideração

E fica apenas a sensação

As vezes a gente beija sem querer beijar

As vezes a gente abraça quem não queria abraçar

E quem a gente quer abraçar?

Onde está?

Aqui estou

As vezes a gente olha para quem não queria olhar

E escuta coisas que não queria escutar

De quem não tem noção

Não sabe nada não

E quem sabe? E quem quer saber?

A resposta é:

Aqui estou

Aqui estou

Sem querer estar

Estou em nenhum lugar

Que você possa enxergar

Feche os olhos para me ver

Cadê você?

Aqui estou

Aqui estou

Nunca precisei fazer esforço para te fazer feliz

A gente nunca sabe o que diz...

E eu era o que você sempre quis

Mas sem saber

A gente já sabia

O que queria

Será que nossa história termina agora?

Será que eu errei em deixar você ir embora?

Como é morrer sem estar morto?

Hoje eu sou eu, apenas dentro de um corpo

Eu não quero mais estar aqui

Mas aqui estou

Aqui estou

Onde a gente vai estar?

Será que nossa história termina agora?

Será que a vida é feita para dizer adeus?

O que a gente faz para apagar da memória

Ah se eu pudesse escolher

Viver uma vida sem te conhecer

Você quer saber?

Eu escolheria viver mais uma vez

Tudo que a gente viveu

Se de amor eu morrer

Morria quantas vezes desse para morrer

Morrer de amor é viver dele

E viver sem você é morrer sem