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As Sete colunas da Sabedoria - Paul Jehle: Um estudo ampliado dos sete princípios
As Sete colunas da Sabedoria - Paul Jehle: Um estudo ampliado dos sete princípios
As Sete colunas da Sabedoria - Paul Jehle: Um estudo ampliado dos sete princípios
E-book290 páginas6 horas

As Sete colunas da Sabedoria - Paul Jehle: Um estudo ampliado dos sete princípios

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Sobre este e-book

Entenda como cada princípio é relevante em cada área da vida. Estude palavras-chave, base bíblica, interno x externo e distorções de cada princípio. Aproveite as perguntas no final de cada capítulo para aplicar o princípio à vida pessoal, acadêmica e de sua nação.
IdiomaPortuguês
EditoraAECEP
Data de lançamento18 de jul. de 2019
ISBN9788567961170
As Sete colunas da Sabedoria - Paul Jehle: Um estudo ampliado dos sete princípios

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    As Sete colunas da Sabedoria - Paul Jehle - Paul Jehle

    Cristã

    CAPÍTULO 1

    AS SETE COLUNAS DA SABEDORIA

    "O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria,

    e o conhecimento do Santo é prudência." (Pv 9.10)

    No livro Ensino e Aprendizagem: uma abordagem filosófico-cristã, pesquisamos a natureza bíblica da mente e como ela opera. Em nosso estudo, deduzimos que a mente opera num padrão triplo de reflexão (o ato de ponderar e meditar sobre as coisas em nossa mente), criatividade (separar coisas e juntá-las novamente de forma criativa) eaplicação (a prática do que aprendemos em nosso estilo de vida). Observamos que essas três operações ocorrem simultaneamente e sua separação se dá simplesmente com o objetivo de compreender a natureza da mente. Devemos refletir, expressar criativamente e praticar a nossa fé diariamente.

    Em nosso estudo sobre a mente, também notamos que o dicionário Webster expande a definição da palavra mente para incluir três operações semelhantes, que são: oraciocínio (usado como substantivo para inferir estudo e ponderação), concepção (com o significado de avaliar, deduzir novas conclusões) e raciocinar/argumentar(usado como verbo para colocar em ação o que foi pensado). Podemos identificar esse padrão triplo no estudo de qualquer assunto, disciplina ou aspecto do conhecimento. Os princípios ou rudimentos de um assunto conduzem à reflexão; os conceitos envolvem a separação e subsequente junção das ideias-chave para chegar a conclusões - a criatividade; e os fatos envolvem os eventos e efeitos da natureza de um assunto, ou seja, sua aplicação.

    Também observamos que três palavras-chave da Bíblia são semelhantes a esse padrão triplo da nossa mente. São elas: entendimento, conhecimento e sabedoria. A palavra sabedoria, contudo, compreende todas essas três palavras. É a análise dessa palavra sabedoria e de suas subsequentes colunas que abrangerão essa parte do livro. É importante notar que o temor do Senhor é o princípio (fonte ou origem) da genuína sabedoria. Sem nossa base em Deus e em Sua Palavra, a sabedoria simplesmente se transformará em tolice.

    A NATUREZA DA SABEDORIA

    "A sabedoria é a coisa principal; adquire, 

    pois, a sabedoria...".(Provérbios 4.7-ARC)

    Vivemos numa época em que o conhecimento e a educação são idolatrados. Obter um título acadêmico traz prestígio, honra e abre portas de oportunidades. Embora diplomas sejam evidência externa de realização, e frequentemente ajudem alguém a progredir na vida e a formar hábitos essenciais de estudo e pesquisa, o conceito do que significa ser educado é completamente desproporcional nos dias de hoje. A maioria das pessoas usa muito pouco do que elas aprenderam no ensino médio ou na faculdade. Alguns têm de fazer cursos específicos para serem habilitados para algo útil que se traduza num serviço prático desejado pelo mercado de trabalho. Isso frequentemente ocorre depois do ensino médio.

    Frequentemente valorizamos "o que uma pessoa sabe" mais do que o próprio caráter. Isso é estranho ao conceito de sabedoria na Bíblia. De fato, se nossas prioridades tornarem-se bíblicas novamente, muito do que é considerado como necessidade absoluta na área educacional se tornaria muito menos prioritário. O conceito bíblico de sabedoria, particularmente no início do Antigo Testamento e na nação hebraica, e no período do Novo Testamento, é essencial para se compreender a fim de vermos a necessidade do treinamento educacional cristão e por que devemos ensinar por meio de princípios bíblicos.

    Ficamos frequentemente empolgados quando ouvimos verdades novas. Ideias, fatos e informações que não conhecíamos nos fazem vibrar. Contudo, de um ponto de vista bíblico, se não formos capazes de traduzir esse conhecimento em prática diária, ele é inútil. É esse método de traduzir conhecimento em prática que a Bíblia expressa como a renovação da mente. Para nos tornarmos intensamente práticos com o que sabemos, precisamos compreender os princípios bíblicos essenciais para que nos tornemos em nosso caráter uma expressão personificada da verdade de Deus. Essa é a razão pela qual devemos retomar a ideia primária da Bíblia a respeito da sabedoria ao invés de nos basear simplesmente em títulos e diplomas ou conhecimento acadêmico. Isso se mostrará crítico quando lidamos também com o ensino de disciplinas acadêmicas.

    "E te fizesse saber os segredos da sabedoria, 

    que é multíplice em eficácia..." Jó 11.6 (ARC, 1969).

    A sabedoria de Deus é compreensível, e quando aplicada a qualquer assunto específico ou situação da vida, possui natureza dupla, conforme mencionado. É dupla naquilo que é visto, compreendido ou analisado. Quando definimos a palavra sabedoria de um ponto de vista bíblico, veremos que ela possui duas partes distintas. Essas partes estão no significado mais claro da definição da palavra sabedoria. Assim, há duas verdades distintas que nos ajudam a compreender e adquirir a personificação da sabedoria em nossa vida diária

    A palavra mais frequentemente traduzida no Antigo Testamento por sabedoria é a palavra chakam¹. Seu significado engloba tanto o ensino quanto a aprendizagem, e envolve mais que conhecimento ou a transmissão de informação. O professor sábio é aquele que transmite e ensina, impactando o aluno com mais do que fatos e habilidades. O aluno sábio é aquele que pratica o que aprende. Sua sabedoria adquirida refere-se a seu caráter, ou, o que ele é, mais do que aquilo que ele sabe.

    Os hebreus eram pessoas intensamente práticas porque Deus lhes deu tanto os Dez Mandamentos quanto exemplos de aplicações desses mandamentos para que eles pudessem ver como esse conteúdo se aplicaria em seu cotidiano. A sabedoria, então, era o processo de tomar a teologia de alguém (o seu conhecimento sobre Deus e seus atributos), e seu conhecimento sobre a lei de Deus; e aplicá-los de forma pratica na vida diária.

    "Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e 

    descubro o conhecimento das invenções engenhosas" 

    (Provérbios 8.12-AV).

    Há duas ideias-chave dentro da linguagem hebraica do Antigo Testamento que explicam a sabedoria. Elas estão no versículo citado. Primeiramente, conforme declarado, a sabedoria habita com a prudência. A palavra prudência é frequentemente utilizada para traduzir as duas palavras que analisaremos. A palavra traduzida por prudência significa expor, delinear estratégia. Esse termo significa separar o todo em partes, a fim de revelar sua natureza ou funcionamento por meio de alguma estratégia.² A outra palavra, é traduzida como invenções, outra opção é traduzi-la como desígnio e astúcia, que são termos utilizados tanto negativa quanto positivamente na Bíblia, significa plano ou sagacidade. Webster define sagacidade como rapidez ou agudez de discernimento... distinguir ideias. separar o verdadeiro do falso. Essa palavra envolve exercitar a mente para usar aquilo que alguém aprendeu previamente.

    Em resumo, a sabedoria no contexto do Antigo Testamento é:

    Sabedoria, ser sábio: envolvendo a totalidade do estilo de vida de alguém e todo o uso prático daquilo que a pessoa aprendeu. A sabedoria é abrangente, e inclui as outras duas palavras a seguir.

    a. Prudência, revelar, criar estratégias, separar: envolvendo a habilidade para compreender a natureza de um aspecto do conhecimento por subdividi-lo ou decompô-lo até que sua origem seja revelada.

    b. Desígnio, ato de planejar, ser astuto, rápido, discernir entre o verdadeiro e falso: envolvendo a destreza ou habilidade para exercitar a mente e aplicar de forma prática o que foi descoberto ou aprendido.

    O Novo Testamento tem uma ideia semelhante de sabedoria. A sabedoria é expressada por três palavras, duas das quais possuem um significado bem restrito, tais como as duas palavras definidas acima. W. E. Vine, em seu Expository Dictionary of New Testament Words, observa que a palavra sabedoria envolve três palavras gregas, sophia,phronesis e sunesis.

    A palavra sophia é a mais abrangente e envolve as outras duas. Sophia é também a palavra mais comumente utilizada no Novo Testamento para sabedoria. As palavras prudência e entendimento são usadas mais frequentemente na tradução das outras duas palavras.

    Vamos resumir os significados dessas três palavras no Novo Testamento:

    a. Sabedoria, (sophia): ser sábio, ter sabedoria: novamente, a totalidade da sabedoria como parte do estilo de vida e da prática de alguém como crente.

    b. Entendimento (sunesis): formular mentalmente a junção das coisas: ou a habilidade de tirar conclusões de forma criativa.

    c. Prudência (phronesis), exercitar a mente, agir, ser sagaz. A aplicação prática do discernimento e a utilização daquilo que alguém aprendeu.

    Embora as palavras escolhidas em nosso idioma sejam, de alguma forma, usadas de maneira arbitrária nas traduções da Bíblia, qualquer pessoa poderia prontamente ver que esses três ingredientes são distintos e consistentes. Ben Gilmore, autor do American Christian History (ACH) Study Groups no norte da Califórnia, observa que sophia pode se referir a um quadro amplo, ou seja, a totalidade da verdade bíblica aplicada a qualquer área, enquanto phronesis pode se referir mais às áreas práticas, tal como a aplicação histórica, e sunesis pode se referir ao mecânico e lógico, ou seja, à aplicação governamental. Quando tomadas juntas, compreendem um quadro pleno e completo da verdade: bíblica, histórica e governamental.⁵

    É interessante notar que a primeira parte da sabedoria contém os ingredientes tanto da análise quanto da síntese. A palavra sabedoria no Antigo Testamento enfatiza a análise e, no Novo Testamento, a palavra enfatiza a síntese. Se consideradas juntas, representam a operação da criatividade. As definições de Webster dessas duas palavras são as seguintes:

    Análise: a separação da composição de um corpo em suas partes constituintes; decomposição... uma consideração de algo em suas partes separadas... o rastreamento das coisas até sua fonte, e o detalhamento do conhecimento em seus princípios originais.

    Síntese: A composição, ou a colocação de duas ou mais coisas juntas... esse processo de raciocínio no qual nós avançamos por meio de uma cadeia regular, partindo dos princípios antes estabelecidos ou assumidos e proposições já provadas até chegarmos à conclusão.

    A segunda parte dos componentes práticos da sabedoria envolve o exercício da mente em discernimento, ou o que chamamos previamente de aplicação, a terceira operação da mente. Isso envolve tomar o conhecimento (aprendido por meio da análise e da síntese), e usá-lo para deduzir suas aplicações na preparação para a ação. A reflexão inicial é como a visão do quadro total, e junto com suas subsequentes ações de expressão criativa e aplicação prática, formam o estilo de vida abrangente que a Bíblia chama de sabedoria.

    Para simplificar, as duas partes da sabedoria podem ser chamadas pelo nome de prudência. Assim, vamos expandir agora essas duas palavras, sabedoria e prudência, conforme o dicionário Webster de 1828, para ver os ingredientes básicos de forma um pouco mais clara.

    Sabedoria: O uso correto do exercício do conhecimento; a escolha de fins louváveis e as melhores formas para realizá-los.

    Webster prossegue: Se a sabedoria deve ser considerada como uma faculdade da mente, é a faculdade de discernir ou julgar o que é mais justo, adequado e útil, e se isso deve ser considerado como habilidade, é o conhecimento e uso do que é melhor, mais justo, mais adequado, e mais condutivo à prosperidade e felicidade.

    Qualquer pessoa pode prontamente ver a definição completa e suas duas principais aplicações. Em primeiro lugar, a sabedoria é geralmente definida como a prática ou uso do conhecimento. Isso compreende a visão correta, ou alvo, e os meios pelos quais pode ser atingido. Ela inclui todos os aspectos da vida, como já vimos. A sabedoria é o conjunto completo de viver para Cristo no sentido bíblico. Webster então secciona a sabedoria em duas categorias principais. Esses ingredientes correspondem totalmente às duas categorias que dizem respeito à sabedoria tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

    Primeiramente, há a faculdade da mente em julgar o que é mais justo, adequado e útil. Isso é análise e síntese, ou aprender a tomar as coisas à parte e colocá-las juntas mecanicamente para determinar sua natureza. Isso é reflexivo e criativo. Em seguida, há também a aquisição da prudência, ou o discernimento e o uso do conhecimento no sentido prático. A distinção é aqui feita entre conhecer os mecanismos de algo (ou, sua natureza), e então utilizá-los de forma prática na vida real.

    Webster contrasta o uso da palavra prudência em sua definição de sabedoria. Tal contraste com a definição real da palavra, esclarece novamente os dois ingredientes que acompanham a expressão completa da sabedoria no viver cristão:

    A sabedoria difere da prudência, nesse aspecto: a prudência é o exercício do julgamento profundo para evitar o mal; a sabedoria é o exercício do julgamento profundo, seja para evitar o mal ou buscar o bem. A prudência então é uma espécie, da qual a sabedoria é o gênero¹.

    A prudência é a sabedoria aplicada na prática. A prudência implica em cautela na deliberação e consulta dos meios mais adequados para realizar propósitos valorosos, e o exercício da sagacidade para discerni-los e selecioná-los. A prudência difere da sabedoria nisso, já que a prudência implica em mais cautela e reserva do que a sabedoria, ou é mais exercitada para prever e evitar o mal, do que para planejar e executar aquilo que é bom.

    Nas Escrituras, especialmente no livro de Provérbios, temos uma excelente mostra de exemplos práticos com relação ao exercício da prudência. Já que a prudência é o lado prático da sabedoria, primeiramente identificando o mal (por meio de análise e da síntese), e então, evitando-o para um melhor uso do nosso tempo e recursos, (exercitando a mente para aplicar o que foi aprendido), vamos ver alguns benefícios em exercitarmos a prudência na vida cotidiana.

    Você poderia dizer que essas passagens expõem a natureza da sabedoria, com sua aplicação prática de precauções que demonstram previdência e planejamento. O exercício da prudência produz os atributos comentados a seguir:

    • Controlar a ira, prevendo a vergonha que ela produzirá- Provérbios 12.16.

    • Ocultar o conhecimento que, se exposto, pode ser prejudicial - Provérbios 12.23.

    • Usar o conhecimento com discrição - Provérbios 13.16.

    • Trazer compreensão de sua maneira de viver- Provérbios 14.8.

    • Verificar as coisas antes de aceitá-las - Provérbios 14.15.

    • Receber as repreensões de forma equilibrada - Provérbios 15.5.

    • Vencer obstáculos para buscar e ouvir o conhecimento - Provérbios 18.14-16.

    • Prever o mal, e preparar-se antecipadamente - Provérbios 22.3; 27.12.

    RESUMO DA NATUREZA DA SABEDORIA

    1. A sabedoria é um termo abrangente, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, que incorpora o início, os meios e o fim da vida cristã. Ter sabedoria é viver de acordo com a Palavra de Deus.

    2. Dois principais componentes da sabedoria envolvem compreender a natureza de algo (ou análise e síntese, tomando aspectos parciais do conhecimento e rearticulando-os), e a utilidade de algo (o uso prático do que você aprendeu através do exercício da mente).

    3. O significado da sabedoria traça um paralelo com a forma como Deus planejou que nossa mente operasse. A reflexão é a operação inicial da sabedoria que pondera sobre o quadro total. A criatividade é a operação pela qual analisamos, ponderamos e sintetizamos, compreendendo a natureza de algo e também expressando-o de uma forma diferente. A aplicação é a operação pela qual agimos de forma prática com base naquilo que aprendemos. O ponto culminante de ser e fazer, ou seja, nosso estilo de vida, é a verdadeira sabedoria.

    COLUNAS DA SABEDORIA

    "Tendo-se levantado Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite. E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel." (Gn 28.18–19)

    Jacó erigiu uma coluna de pedras, e chamou-a de Casa de Deus. O primeiro significado da palavra coluna no Antigo e no Novo Testamento é de um sustentáculo ou apoio. Colunas sempre marcaram o lugar da casa de Deus. Desde o tabernáculo até o templo, colunas eram elementos de destaque da estrutura externa da casa de Deus.

    Nesse texto, vemos que as colunas apresentam uma verdade espiritual ou revelação da casa de Deus (representada pelo termo Betel). Como resultado da Nova Aliança, nós mesmos nos tornamos colunas que marcam a presença da casa de Deus. Os padrões e continuidade da obra de Deus devem ser demonstrados em nós, tanto individualmente como coletivamente, como resultado de Cristo.

    Colunas também são memoriais. Elas nos lembram daquilo que não cede, que é inalterável, imutável e fundamental, para podermos permanecer firmes na casa de Deus. Eis porque as colunas são usadas na Bíblia para representar tanto a verdade quanto as pessoas. É importante perceber que devemos ser colunas na casa de Deus, apoiando a obra (no sentido de continuidade) e nos tornando um memorial para as várias gerações daquilo que não muda: a verdade da Palavra de Deus.

    "... Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas,

    me estenderam, a mim e a Barnabé,

    a destra de comunhão..." (Gálatas 2.9)

    "Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário

    do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também

    sobre ele o nome do meu Deus". (Apocalipse 3.12)

    A razão pela qual Deus declara que existem colunas de sabedoria é porque Ele deseja que as pessoas se tornem uma personificação da sabedoria como Jesus o fez quando andou nesta terra. No sentido pleno, a sabedoria é uma pessoa e Seu nome é Jesus. Toda nossa vida, como vimos, deve exibir a natureza de Deus por meio de Cristo de forma abrangente. Essa é a verdadeira sabedoria. Embora a sabedoria seja intensamente prática, naquilo em que ela aplica o conhecimento para casos específicos, e desta forma, é bastante diversificada, existem colunas imutáveis e sólidas que apoiam-na e fornecem canais pelos quais nossa mente pode operar. Creio que essas colunas são princípios da Palavra de Deus, padrões de pensamento que formam canais dentro da mente de um indivíduo, para que o estilo de vida de um homem reflita suas crenças. As colunas são o que conectam as pressuposições teológicas ao viver prático, "porque, como imagina em sua alma, assim ele é" (Provérbios 23.7).

    A NATUREZA ABRANGENTE DA SABEDORIA

    "Com a sabedoria edifica-se a casa, e com entendimento

    ela se firma; pelo conhecimento se encherão as câmaras de

    toda sorte de bens, preciosos e deleitáveis".

    (Provérbios 24.3-4-AV)

    O entendimento nos ajuda a firmar a verdade em nosso coração. Através do processo de reflexão, como já observamos, ponderamos e formulamos o quadro completo ao estabelecer raízes e princípios dentro de nossa mente como padrões de pensamento, canais ou vias pelas quais o Espírito de Deus pode fluir. O conhecimento é a combinação criativa da análise e da síntese, ou a concepção de ideias que estão baseadas na Palavra de Deus e trazidas a nós pelo Espírito Santo, de tal forma que exercitemos nossa mente para discernir e deduzir aplicações práticas. Eis porque a palavra conhecimento é frequentemente usada para expressar a união íntima de um homem e sua esposa na Bíblia. É o processo de conceber a verdade de Deus e então prepará-la para fazê-la nascer.

    Vemos que essas verdades estão graficamente retratadas diante de nós. É através do entendimento que a fundação da nossa casa é estabelecida, seja individualmente, já que somos a casa ou o templo de Deus (1Coríntios 6.19), seja coletivamente, já que a igreja também é um templo (1Coríntios 3.16). É assim que nos tornamos arraigados e fundamentados em Cristo. O conhecimento de como o senhorio de Cristo e de Sua Palavra são aplicados a cada área da vida é como o fruto que enche as câmaras da nossa casa. Isso fala de concepção e frutificação. Quando crentes, tanto individualmente quanto coletivamente nas igrejas locais, começam a ser cheios do conhecimento do Senhor, têm muito a dar aos outros.

    O edifício completo, contudo, é a sabedoria. Nossa vida inteira, espírito, alma e corpo, devem ser a personificação da sabedoria. É por meio da sabedoria que o edifício inteiro é construído, assim como num projeto arquitetônico.

    A sabedoria é abrangente. À medida que observamos a manifestação progressiva da sabedoria nas Escrituras, lembramo-nos que a sabedoria é uma pessoa, o próprio Deus, nas manifestações do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

    O TEMOR DO SENHOR É O PRINCÍPIO DA SABEDORIA

    "O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria;

    revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor

    permanece para sempre" Salmo 111.10.

    O temor do Senhor é um respeito profundo por quem Ele é. Isso significa que dentro de mim reconheço Deus como a fonte de toda a sabedoria, conhecimento e bênção. Isso é um fato. Eu percebo minha fragilidade e existência finita. As ideias de Deus tornam-se mais importantes que as minhas ideias. Esse é sempre o lugar em que o crente deve começar. Devemos começar com Deus e Sua Palavra, se quisermos compreender qualquer coisa (veja também Provérbios 9.10). O temor do Senhor não somente é o princípio da sabedoria, mas é também o que continuamente nos instrui à medida que aprendemos mais e demonstramos uma profunda humildade pelo que somos em relação a quem Deus é (Provérbios 15.33).

    Ao definir qualquer aspecto da sabedoria, devemos começar com o próprio Deus. Em uma passagem poética e dramática das Escrituras, Jó relata como os homens se tornam desesperadamente perdidos em seu esforço de encontrar a sabedoria à parte de Deus. Ele relata como o homem pensa que a sabedoria deve ser encontrada na terra, ou na mineração do ouro e da prata, os bens mais preciosos utilizados para entesourar e para a troca monetária. Sua conclusão é que o preço da sabedoria é melhor que a dos rubis(Jó

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