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As Vozes das Crianças à Luz da Palmeira de Urucuri: Caminhos para a Educação em Ciências na Amazônia
As Vozes das Crianças à Luz da Palmeira de Urucuri: Caminhos para a Educação em Ciências na Amazônia
As Vozes das Crianças à Luz da Palmeira de Urucuri: Caminhos para a Educação em Ciências na Amazônia
E-book169 páginas2 horas

As Vozes das Crianças à Luz da Palmeira de Urucuri: Caminhos para a Educação em Ciências na Amazônia

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Sobre este e-book

Neste livro apresento as vozes das crianças da Amazônia em diálogo com a Educação em Ciências, valorizando a metodologia da pesquisa com crianças e evidenciando a palmeira de urucuri como símbolo significativo para a cidade de Urucurituba.
As vozes das crianças à luz da palmeira de urucuri: caminhos para Educação em Ciências na Amazônia aposta na dupla tarefa de potencializar as vozes das crianças amazônicas como também a reflexão sobre as questões teóricas metodológicas da pesquisa com crianças.
A obra representa o olhar das crianças da cidade de Urucurituba a acerca do descobrir da ciência e do papel da escola no processo de inserção social e valorização dos conhecimentos produzidos no cotidiano em que estão inseridas. É destinada a professores, futuros professores e pesquisadores da infância que reconhecem as crianças como sujeitos e ao mesmo tempo partícipes da cultura infantil, dos valores, experiências e práticas sociais.
Dessa maneira, a obra confirma o interesse crescente pela temática na região amazônica, desafiando a conhecer o protagonismo das crianças urucuritubenses por meio da observação, percepção e participação na pesquisa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de out. de 2019
ISBN9788547331719
As Vozes das Crianças à Luz da Palmeira de Urucuri: Caminhos para a Educação em Ciências na Amazônia

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    As Vozes das Crianças à Luz da Palmeira de Urucuri - Silvia Lima dos Santos

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2019 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS

    Dedico este livro à minha família Lima,

    meu esposo, John Briceño e a todas as crianças da cidade de Urucurituba.

    AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

    Muitas foram as pessoas que contribuíram para que o sonho pessoal, profissional e acadêmico se tornasse real. Meus sinceros agradecimentos.

    Primeiramente, não poderia deixar de agradecer e enaltecer o apoio da minha Família Lima, pelo carinho e pelos dias de alegria. Juntamente ao meu querido John Briceño, amigo e cúmplice, companheiro de todas as horas.

    À Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por me aceitar e oferecer todas as condições necessárias para a realização desta pesquisa.

    À Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), pelo fomento oferecido por intermédio da bolsa de pesquisa.

    À Secretaria Municipal de Educação de Manaus, pelo apoio concedido por intermédio do Programa Qualifica.

    À minha orientadora Prof.ª Dr.ª Evelyn Lauria Noronha, pelo apoio concedido no meu maior momento de fraqueza, e por compreender e respeitar o meu amadurecimento intelectual.

    Aos professores do programa de pós-graduação, pelo conhecimento compartilhado e o aprendizado construído em todo percurso. Em especial ao Prof. Roberto Mubarac, por me ajudar a tecer os fios condutores deste trabalho. E que por isso tenho a honra em tê-lo como prefaciador deste meu livro.

    Aos colegas do curso de mestrado Turma 2011, que deixaram suas marcas na página da minha vida, em especial aos colegas Renner Dutra e Hiléia Maciel, que me fizeram enxergar o mundo de um jeito diferente, cujo olhar está em cada linha deste trabalho.

    Ao Município de Urucurituba, por todo apoio concedido para o desenvolvimento desta pesquisa.

    À Escola Estadual Prof. Armando Kettle, na pessoa da professora Prof.ª Telma Vieira Costa, pelo apoio concedido a realização da pesquisa.

    Aos guerreiros professores de Urucurituba, que todos os dias desafiam a arte de ensinar. Em especial ao Afrânio Vieira Costa e Jorge Magno Ramos, que, firmes do início ao fim, sempre fizeram o melhor para contribuir no processo da pesquisa.

    Ao Sr. Valdino Moraes, nosso parceiro em todo percurso da pesquisa, sempre nos ajudando com informações e gestos preciosos.

    A todas as crianças do Projeto Urucuri, que para mim são motivos de muito orgulho. Aqui deixo todo meu carinho.

    Espero não ter me esquecido de ninguém, caso isso tenha ocorrido, acredito que terei oportunidade de agradecer em outros momentos!

    Agradeço.

    Minha terra tem palmeiras

    Onde canta o bem-te-vi.

    De tantas que existem.

    Lá estava Urucuri.

    Urucuri da minha infância.

    Nunca saiu da minha memória.

    Investindo nos meus estudos.

    Pude contar minha história.

    Há! Que fonte de pesquisa.

    Laboratório vivo por aqui.

    Lamento não poder cuidar-te

    Deixo para minha terra

    Um pouco da minha arte.

    Para zelar-te.

    Conto com meu público infantil,

    Razão maior

    Do meu querido Brasil.

    Graduação, Mestrado.

    E com o pé no Doutorado.

    Multiplicando, meu trabalho.

    Com a arte de pesquisar.

    Amados educadores.

    É hora de inovar.

    Encontrem um novo caminho.

    Assim, poderás ensinar.

    Ensinar com qualidade.

    E agir com competência.

    No processo educativo.

    Exige eficiência.

    (Rosa Mery Oliveira e Oliveira, Parintins-AM).

    PREFÁCIO

    Este livro da professora e pesquisadora Silvia Lima dos Santos é resultado de sua pesquisa de mestrado e foi construído no encontro da mulher amazonense do interior do estado e da pesquisadora em processo de formação e descoberta de novos desafios.

    O texto representa o olhar das crianças da cidade de Urucurituba acerca do descobrir da ciência e do papel da escola no processo de inserção social e valorização dos conhecimentos produzidos no cotidiano em que estão inseridas.

    Na tessitura do texto, está presente um processo de discussão sobre a infância como construção social e as crianças como sujeitos que participam efetivamente da produção e construção de conhecimentos, mais especificamente, a compreensão acerca da palmeira de Urucuri e o resgate de elementos culturais da população do município sob a ótica das crianças.

    As vozes das crianças, ricamente apresentadas e entrelaçadas na escrita, demonstram toda a interação construída entre os sujeitos da pesquisa, rompendo-se com a visão adultocêntrica que ainda está muito presente em nossa sociedade, o que contribui para a sedimentação do campo de pesquisa que está ganhando cada vez mais visibilidade no Brasil e no Amazonas, qual seja, os Novos Estudos Sociais da Infância.

    Aos leitores do texto, recomendo uma atenção especial ao conjunto de discussões apresentadas pela autora, destacando-se a participação e a fala das crianças, que representam o alicerce empírico da pesquisa e toda a dinâmica de reflexão que vai sendo desenhada ao longo do livro.

    É, sem sombra de dúvida, uma leitura que instiga a curiosidade, a criticidade e a imaginação, pois foca no diálogo com as crianças e desperta nos adultos a possibilidade de construir com elas novos olhares sobre o mundo e a realidade. Esse é um dos grandes desafios apresentados no decorrer do texto e que deve ser incorporado a todos que desejam fazer pesquisa no universo das infâncias.

    Prof. Dr. Roberto Sanches Mubarac Sobrinho

    Professor associado da Universidade do Estado do Amazonas – UEA

    e do Mestrado em Educação em Ciências na Amazônia

    e do Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas

    APRESENTAÇÃO

    Esta obra tem sua origem em minhas raízes desde a infância. Vem de eu ter me constituído criança num lugar chamado Amazônia; as terras de massapé, numa das ilhas Tupinambaranas às margens do Rio Amazonas na cidade de Urucurituba-AM.

    Nasci e cresci no lago das Piranhas, contemplando suas águas tranquilas, comendo seus peixes, navegando em seu leito. Com os outros aprendi as lendas, os costumes, a arte de contar estórias, fazer a farinhada e relacionar-me de maneira harmoniosa com a natureza.

    Fiz-me assim, amazônida, e hoje me sinto completamente envolvida e identificada com tudo isso: rios, pássaros, matas, peixes, música, dança, culinária e poesia. Tudo isso me toca profundamente e me faz sentir parte desse lugar e dessa cultura.

    Cresci vivenciando os questionamentos feitos por diversas pessoas na cidade: o que significa Urucurituba? As respostas eram automáticas: na linguagem tupi guarani urucuri significa palmeira e tuba significa abundância. Urucurituba significa Terra das Palmeiras. E essas respostas estendiam-se até a escola. Foi assim que aprendemos enquanto criança, apenas conceitos. Lembro-me de que na infância perguntei a minha professora de Geografia do sexto ano do ensino fundamental: como era a palmeira de urucuri?, ela me respondeu: quando você crescer, você vai saber.

    Tornei-me, assim, adulta sem conhecer a palmeira e com os questionamentos sempre fazendo parte das minhas relações. Foi quando surgiu a oportunidade de concorrer ao certame do mestrado, e submeti um projeto de pesquisa focando a palmeira como objeto na linha dos Espaços Não Formais.

    Nesse contexto da academia passei por vários momentos de desconstrução para iniciar a construção de um olhar de professora pesquisadora. A cada nova informação adquirida era uma oportunidade de ressignificar a minha prática. Foi em um desses movimentos que me desafiei a reorganizar o projeto de pesquisa na perspectiva da infância (Sociologia da Infância) com os espaços não formais, na busca de um diálogo com a Educação em Ciências.

    Diante dessa particularidade, posso dizer que naquele contexto, foi-me proporcionado a possibilidade de articular significativas reflexões teóricas no campo da Educação em Ciências à luz das práticas pedagógicas vivenciadas como educadora. Então, diante dessa realidade, fui instigada a refletir sobre as crianças e construir o problema de pesquisa: como se dá a Educação em Ciências para as crianças, a partir do conhecimento da palmeira de urucuri nos espaços formal e não formal da cidade de Urucurituba?

    Convém mencionar que a minha experiência no campo da educação com as crianças me fez refletir o quanto eu precisava ampliar os estudos para atuar com elas. Assim, sensibilizei-me a abrir espaço nessa pesquisa para dar voz às crianças urucuritubenses. E por acreditar que essas vozes silenciadas são capazes de repassar informações e contribuir com as pesquisas.

    Dentro da perspectiva da infância como construção social, também destaco a importância da pesquisa como

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