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O Anel do Nibelungo
O Anel do Nibelungo
O Anel do Nibelungo
E-book198 páginas2 horas

O Anel do Nibelungo

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Sobre este e-book

Neste livro você vai conhecer o conflito fascinante entre o amor e o poder, e entre a entrega e o controle, elementos retratados de maneira dramática na tetralogia das óperas do "Anel de Nibelungo", de Richard Wagner, um incrível e irrequieto artista.

Alberich, o anão, e Wotan, o senhor dos deuses, se enfrentam em uma trama que envolve roubos, maldições, acordos não cumpridos, traições e feitiços, culminando em um final trágico para os deuses.

O texto também traz um panorama da Mitologia Germânica, e você vai conhecer os registros históricos da tradição oral dos povos pagãos, que viviam ao norte do Rio Reno, mostrando sua organização social, sua concepção do Universo e sua relação com o divino.

Para deixá-lo ainda mais envolvido nesta narrativa, você encontrará uma análise astrológica da vida de Richard Wagner, um gênio musical e literário que provocou uma revolução na forma de apresentação dos espetáculos operísticos do século XIX.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de mar. de 2018
ISBN9788547309107
O Anel do Nibelungo

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    O Anel do Nibelungo - Douglas Marnei

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2017 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    Agradeço aos meus pais, que sempre me incentivaram, e a todos os meus mestres,

    que me apontaram o caminho da sabedoria.

    Apresentação

    A música de Richard Wagner sempre exerceu um forte impacto sobre mim, pela beleza e exuberância de seus acordes, assim como pela riqueza literária de seus libretos. Compositor, maestro, escritor, ativista político, Wilhelm Richard Wagner teve uma vida extremamente agitada, com várias fugas para o exterior devido a endividamentos constantes e também pela perseguição política, mas apesar disso foi altamente criativo e produtivo, sendo autor de diversos livros e óperas.

    Esse interesse tomou forma em uma palestra proferida no encontro Gaia Astrológica de 2012, da Escola Gaia de Astrologia, em São Paulo, quando fiz uma correlação entre os acontecimentos de sua vida com os trânsitos dos planetas em seu mapa natal, comprovando dessa forma o horário de seu nascimento, pela evidente correlação entre os fatos e a posição dos planetas.

    Nessa ocasião, o interesse tornou-se maior ainda, proporcionando o desejo de uma continuação do trabalho com o enfoque em outra paixão que tenho, qual seja, a mitologia. Desde muito cedo fui um apaixonado pela mitologia, começando com a leitura de Os doze trabalhos de Hércules, de Monteiro Lobato, quando ainda cursava o ensino primário.

    Com o passar do tempo, fui me aprofundando no estudo da mitologia grega até ter um razoável conhecimento de suas histórias, principalmente depois que comecei a estudar Astrologia em 1977, pois os arquétipos mitológicos enriquecem o significado simbólico dos elementos dos mapas astrológicos.

    A partir desse conhecimento da mitologia grega, comecei a estudar outras culturas, como a egípcia, a hindu, a africana, a maia, o xamanismo e a nórdica. Por outro lado, depois daquela palestra resolvi fazer uma análise mais profunda das quatro óperas do Anel do Nibelungo, que se encerram com a morte dos deuses, fato que eu considero impressionante e completamente inusitado, pois em nenhuma outra história mitológica se ouve falar de um final trágico dos deuses.

    Os deuses existem na mente das pessoas enquanto são cultuados, depois eles passam a habitar um local no inconsciente coletivo e são lembrados somente em obras literárias pelos seus estudiosos. Vejam o que aconteceu com os deuses gregos, que foram cultuados pelos romanos ao absorverem a cultura grega, mesmo alterando os seus nomes, sendo depois esquecidos com o advento do cristianismo.

    Isso perdurou por toda a Idade Média até o Renascimento, quando houve uma redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam as mudanças desse período em direção a um ideal humanista e naturalista.

    A partir das ideias renascentistas, foi se reestabelecendo uma relação analógica entre os deuses gregos/romanos com os arquétipos astrológicos, reconhecendo o valor dos textos dos sábios de Alexandria, especialmente Claudio Ptolomeu, autor das obras Almagesto e Tetrabiblos, uma coletânea da antiga sabedoria grega e babilônica.

    O estudo dos céus levou Ptolomeu a afirmar: "Como mortal que sou, sei que nasci por um dia. Mas, quando sigo à minha vontade a densa multidão de estrelas no seu curso circular, os meus pés deixam de tocar a Terra".

    Hoje esses arquétipos estão vivos nas mentes de todos os astrólogos, estudantes de Astrologia e também na de seus consulentes, que conseguem absorver a sua simbologia.

    Dessa forma, meu trabalho começa com uma reflexão sobre a mitologia em seu sentido literal, ou seja, histórias baseadas em tradições e lendas usadas para explicar o universo e a criação do mundo, passadas oralmente de geração em geração.

    Em seguida passaremos a fazer uma análise sobre os deuses da Mitologia Germânica, especialmente aqueles presentes na tetralogia das óperas do Anel do Nibelungo. Depois, vamos começar a descrever os acontecimentos de cada uma delas, sendo que ao final faremos comentários sobre as características psicológicas dos personagens. Esses comentários foram selecionados do livro O Anel do Poder, de Jean Shinoda Bolen, razão pela qual estão grafados em letra cursiva.

    Em seguida apresentaremos uma análise astrológica da vida de Richard Wagner, da correspondência entre os fatos ocorridos e os trânsitos sobre o seu mapa astral, um desdobramento daquela palestra já referida anteriormente.

    Posteriormente teremos um texto de Rui Sá Silva Barros sobre Música e Filosofia, discorrendo como as óperas de Wagner tiveram a influência de suas leituras e seus contatos com grandes pensadores de sua época.

    Por fim, um aforismo do livro Gaia Ciencia, de Friedrich Nietzsche, denominado Amizade estelar, no qual claramente ele se refere ao relacionamento que teve com Richard Wagner.

    Aproveito para agradecer a todos aqueles que contribuiram para a realização deste livro, podendo traduzi-lo como uma homenagem a um gênio musical e literário que procurou resgatar, com sua obra, toda uma cultura de povos que habitavam as terras ao norte do Rio Reno.

    Estrela Celta.

    SUMÁRIO

    MITOLOGIA

    UM POUCO DE HISTÓRIA

    A PRESENÇA DO SAGRADO

    COSMOGONIA

    OS DEUSES

    OUTROS PERSONAGENS

    O OURO DO RENO - 1.º ATO

    O OURO DO RENO - 2.º ATO

    O OURO DO RENO - 3.º ATO

    O OURO DO RENO - 4.º ATO

    CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS DOS PERSONAGENS

    A WALKIRIA - 1.º ATO

    A WALKIRIA - 2.º ATO

    A WALKIRIA - 3.º ATO

    CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS DOS PERSONAGENS

    SIEGFRIED - 1.º ATO

    SIEGFRIED - 2.º ATO

    SIEGFRIED - 3.º ATO

    CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS DOS PERSONAGENS

    O CREPÚSCULO DOS DEUSES - PRÓLOGO

    O CREPÚSCULO DOS DEUSES - 1.º ATO

    O CREPÚSCULO DOS DEUSES - 2.º ATO

    O CREPÚSCULO DOS DEUSES - 3.º ATO

    CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS DOS PERSONAGENS

    INTERPRETAÇÃO DO MAPA ASTROLÓGICO DE RICHARD WAGNER

    ÍNDICE DAS ILUSTRAÇÕES

    BIBLIOGRAFIA

    VIDEOGRAFIA

    POSFÁCIO – música e filosofia

    Amizade estelar

    MITOLOGIA

    Os mitos se encontram profundamente enraizados no inconsciente coletivo de todos os povos. Mesmo em estado latente, o mito é atuante, pois fornece elementos para a compreensão do passado das sociedades, dando suporte para valores morais e filosóficos necessários para orientar nossas ações e decisões no tempo presente.

    Seu propósito é tornar acessíveis e compreensíveis, aos seres humanos, as verdades universais. Graças aos mitos, o homem é levado a sentir, ver e reconhecer a realidade em um sentido metafísico, e seu significado é apreendido pela intuição e não pelo raciocínio lógico. Enquadradas em uma dimensão sutil, as descrições míticas das figuras sobrenaturais revelam sua natureza sagrada e possibilitam sua utilização em nosso ambiente telúrico.

    Eles nos revelam a verdade da mesma maneira que os sonhos, ou seja, na linguagem da metáfora e dos símbolos. Os mitos e os sonhos são valiosos instrumentos para que as pessoas reconheçam, por intermédio de personagens, símbolos ou situações, alguma coisa que elas identificam na profundidade de sua psique.

    Os arquétipos presentes nos mitos podem encontrar ressonância em aspectos psicológicos de nossa personalidade, possibilitando levar o indivíduo a reflexões e mudanças de comportamento. Através desses arquétipos, as divindades se fazem presentes em nossa dimensão e nos permitem interagir com eles por meio de rituais e meditações, alcançando a solução de problemas e a cura de distúrbios.

    A Astrologia também utiliza os arquétipos mitológicos para fazer a análise dos temas. Seguindo o princípio da Correspondência de Hermes Trimegistro, segundo o qual "o que está em cima corresponde ao que está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima", os astrólogos usam uma linguagem analógica para estabelecer conexões entre o que está representado no céu e o que acontece no plano terrestre.

    UM POUCO DE HISTÓRIA

    A mitologia dos povos germânicos, primeiramente rotulada de pagã, depois cristianizada, nacionalizada, utilizada com propósitos diversos, é uma planta tenaz que persiste em sobreviver ao ostracismo a que foi condenada, principalmente devido às cicatrizes das duas últimas guerras mundiais.

    Inúmeras tribos viveram nos territórios das margens do Rio Reno até o Mar Báltico desde o tempo de Roma Antiga, mas não conseguiam se unir e formar uma nação.

    A batalha da floresta de Teutoburg, ocorrida no ano de 9 d.C., onde Armínius, liderando uma aliança de tribos germânicas dizimou três legiões romanas lideradas por Públio Quintílio Varus, e estabeleceu o Rio Reno como fronteira do Império Romano pelos séculos seguintes.

    Os bárbaros do Norte passaram a servir como colonos, povos aliados sujeitos a tributo e a serviço militar, às vezes, contratados

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