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Lírica grega, hoje
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E-book80 páginas1 hora

Lírica grega, hoje

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Sobre este e-book

Consagrado tradutor de Sófocles, Ésquilo, Eurípdes, entre outros, Trajano Vieira se debruça sobre o que restou de fragmentos da prosa, dos primórdios da lírica grega. Em novo volume da coleção Signos, o autor apresenta traduções de fragmentos remanescentes da Grécia antiquíssima, privilegiando a forma da linguagem e o jogo de palavras, guardião único do prazer estético inerente a poesia, cuja chave-mestra carrega o tradutor. Entre os poetas traduzidos por Vieira estão sete dos líricos, Álcman, Alceu, Safo, Estesícoro, Íbico, Anacreonte e Simônides, além de Arquíloco, Hipônax e Semônides e Mimnermo, incluídos neste volume por desígnio do tradutor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de mar. de 2020
ISBN9788527312097
Lírica grega, hoje

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    Lírica grega, hoje - Trajano Vieira

    LÍRICA GREGA, HOJE

    Coleção Signos

    Dirigida por Augusto de Campos

    Supervisão editorial: J. Guinsburg

    Edição de texto: Luiz Henrique Soares e Elen Durando

    Revisão de provas: Luiz Henrique Soares e Lia N. Marques

    Projeto gráfico e capa: Sergio Kon

    Produção: Ricardo W. Neves, Sergio Kon e Lia N. Marques

    LÍRICA

    GREGA,

    HOJE

    TRAJANO VIEIRA

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    V716L

    Vieira, Trajano

    Lírica grega, hoje [recurso eletrônico] / Trajano Vieira. - 1. ed. - São Paulo : Perspectiva, 2019.

    recurso digital (Signos ; 57)

    Formato: epub

    recurso digital (Signos ; 57)

    Requisitos do sistema: adobe digital editions

    Modo de acesso: world wide web

    ISBN 978-85-273-1209-7 (recurso eletrônico)

    1. Poesia grega - História e crítica. 2. Livros eletrônicos. I. Título. II. Série.

    Vanessa Mafra Xavier Salgado - Bibliotecária - CRB-7/6644

    28/11/2019      15/003/12/2019

    1a edição

    Direitos reservados à

    EDITORA PERSPECTIVA LTDA.

    Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3025

    01401-000 São Paulo SP Brasil

    Telefax: ( 11 ) 3885-8388

    www.editoraperspectiva.com.br

    2017

    SUMÁRIO

    Introdução

    Arquíloco

    (Paros, c. 680-640 a.C.)

    Semônides

    (Amorgos, ativo em meados do século VII a.C.)

    Mimnermo

    (Colofão ou Esmirna, 630-600 a.C.)

    Álcman

    (Esparta, ativo em meados de 620 a.C.)

    Alceu

    (Mitilene, c. 630-580 a.C.)

    Safo

    (Mitilene, c. 630-580 a.C.)

    Estesícoro

    (Himera, c. 632-556 a.C.)

    Íbico

    (Régio, ativo em 550 a.C.)

    Anacreonte

    (Teos, ativo em 550 a.C.)

    Hipônax

    (Éfeso, ativo em meados do século VI a.C.)

    Simônides

    (Ceos, 556-468 a.C.)

    INTRODUÇÃO

    MEU INTERESSE POR LITERATURA GREGA COMEÇOU A PARTIR DO contato com a poesia de Safo. Foi despertado há quarenta anos, quando eu contava dezessete, numa aula memorável de Francisco Achcar. Lembro-me perfeitamente de sua oralização de dois fragmentos da poeta de Lesbos, traduzidos por Haroldo de Campos e incluídos no apêndice do Abc da Literatura¹ de Ezra Pound. Ainda hoje, ao relê-los, considero-os primorosos por captarem o que há de mais particular em Safo: o deleite do estado contemplativo, a precisão verbal na configuração do instante, que lembra, de algum modo, um haicai, a atmosfera dramática do ritual, a sutileza da dicção. Cito-os:

    em torno a Selene esplêndida

    os astros

    recolhem sua forma lúcida

    quando plena ela mais resplende

    alta

    argêntea

    *    *

    morto o doce Adônis

    e agora,

    Citeréia,

    o que nos resta?

    Lacerai os seios,

    donzelas,

    dilacerai as túnicas.

    Se um calouro de graduação me pedisse indicação de traduções de Safo para o português, seriam essas as que eu sugeriria. Os anos se passaram, aprofundei-me nos estudos clássicos, e minha admiração por elas permanece a mesma. Mas há outra questão que não tem a ver propriamente com a qualidade literária. Refiro-me ao fato de, salvo engano meu, para os leitores que apreciam poesia, pouquíssimas traduções poéticas dos líricos gregos terem sido publicadas desde então entre nós. Os estudos acadêmicos avançaram no Brasil nessa área, mas dá para contar nos dedos de uma das mãos as traduções dos líricos gregos que poderiam ser indicadas a alguém que, ignorando o idioma, quisesse ter experiência literária de autores como Safo, Alceu ou Arquíloco. As traduções acadêmicas são normalmente pesadas. Sempre penso na situação do aluno hipotético que teria todo o direito de se colocar a seguinte questão: Por que ler autores tão tediosos?

    A quase inexistência de bons tradutores de poesia grega entre nós deve ter alguma explicação. Uma delas talvez tenha sido dada indiretamente por William Arrowsmith, raro intelectual no campo das letras clássicas, com produção vasta e diversificada: helenista titulado em Princeton

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