Lgbtfobia na Escola: Possibilidades para o Enfrentamento da Violência
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Lgbtfobia na Escola - Rafael Ventimiglia
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS:DIVERSIDADE DE GÊNERO, SEXUAL, ÉTNICO-RACIAL E INCLUSÃO SOCIAL
À minha família, obrigada a todos vocês por terem me apoiado e incentivado em toda minha trajetória acadêmica e em todas as etapas da minha vida.
Ao meu marido, Paulo Elias Delage, companheiro e grande parceiro, minha imensa gratidão por dividir comigo todas as angústias e as esperanças, por estar sempre ao meu lado em todas as ocasiões.
Te amo!
Aline Beckmann Menezes
AGRADECIMENTOS
Se, de alguma forma e desprovido de qualquer pretensão, eu pudesse me comparar a um pequeno barco à deriva em um profundo e vasto oceano, um ser que é causa primária de todas as coisas e algumas pessoas contribuíram, para que eu finalmente alcançasse o meu destino e chegasse à firme terra onde me encontro.
A Deus, que, em sua infinita bondade e amor, proporcionou-me o sol, a chuva e, sobretudo, o vento que me conduziu pelas águas do conhecimento. Que me estendeu refúgio íntimo para enfrentar, com resignação, as tempestades que ora passei durante a jornada.
Agradeço à minha mãe, Antonieta Ventimiglia, que abdicou da viagem por muitos momentos, para que eu pudesse percorrer e trilhar meu próprio caminho. Que me deu suporte, lutando sempre para que esse barco nunca decidisse de se jogar por entre as pedras e, assim, findasse prematuramente o seu destino. Os momentos foram muitos.
À minha tia Joelma Ventimiglia, que, na altura da extravagância e inquietude, soprou-me, na calada da noite, palavras de conforto e de amor que mantiveram as já rasgadas velas rumo ao norte, agora perto do objetivo.
À professora Niamey Granhen, com quem aprendi muito... em cada tarefa e sorriso!
Às amigas e parceiras Yana Granhen, Beatriz Maués, Josicleuma Barreto e Bruna Carolina, que, ao longo de cinco anos, emprestaram-me pregos e madeira para cada reparo necessário. Que ajudaram a me construir e a entender que outros barcos também poderiam compartilhar o oceano do conhecimento e que, mesmo em meio ao sol forte ou à chuva intensa, auxiliaram-me a enxergar o farol à beira-mar.
E a respeito desse farol simples, mas iluminado farol, de luz verde brilhante e encantadora, que conheci em meados dessa jornada, jamais poderia deixar de agradecer à dileta professora Aline Beckmann. Farol que me guiou até aqui. Farol que me acalmou com a sua luz. Farol que iluminou o caminho por entre o tormento e não me permitiu o desvio errante. Que, em momentos veementemente necessários, deixou-me às pedras para que me lascassem o casco e eu percebesse o momento de recomeçar. Foi necessário.
Obrigado!
Rafael Ventimiglia
APRESENTAÇÃO
A População LGBTI no Brasil padece a cada dia por causa do fenômeno crescente de violência que assola o país e lhe confere o primeiro lugar no mundo em quantidade de assassinatos desses sujeitos. Os contextos em que isso ocorre são diversos e, em alguns casos ignorados, porque contrapõem os princípios e papéis que algumas instituições carregam enquanto defensoras do pluralismo de ideias e a suposta liberdade de pensamentos. Infelizmente, a escola é um desses espaços e o fenômeno que adentra, é cada dia mais complexo, manifestando-se de variadas formas e acarretando consequências que perduram por toda a vida.
Analisando-se o contexto atual de retrocesso de direitos da População LGBTI e o avanço do conservadorismo e do fundamentalismo religioso nos poderes públicos, buscou-se realizar um levantamento de marcos jurídicos nacionais e internacionais, estratégias, documentos e publicações que possibilitem que temas transversais como sexualidade, orientação sexual e identidade de gênero adentrem o espaço escolar e auxiliem membros dessa comunidade a refletir e a se tornarem protagonistas no enfrentamento desse tipo de problemática, levando-se em consideração a precípua missão das unidades educacionais na formação dos cidadãos de uma nação.
Ainda que muitos desses mecanismos sejam desconhecidos por docentes e membros do corpo técnico escolar e que apenas o direito por si só não garanta a sua materialidade, estamos diante de diversos instrumentos que permitem o empoderamento dos sujeitos escolares para o protagonismo contra as violências perpetradas contra a população LGBTI, dentro e fora dos estabelecimentos de ensino. Pretende-se, com isso, que a sistematização desses instrumentos se torne fonte para outras pesquisas, docentes e agentes políticos que estejam engajados na proposição, implementação, manutenção e ampliação de políticas públicas voltadas para o resguardo dos Direitos Humanos de sujeitos LGBTI.
PREFÁCIO
O texto que aqui lhes apresento traz valiosas contribuições científicas e reflexões acerca do tema LGBTfobia, centrando-se em um contexto complexo e singular – a escola, instituição composta por múltiplos microssistemas que se comportam e interagem cotidianamente, interferindo no desenvolvimento, na aprendizagem, na veiculação de discursos, na apreensão, na compreensão e na construção de uma visão de mundo. É nesse contexto ímpar que a referida temática urge de um olhar científico, acolhedor e cuidadoso, o qual discuta as possibilidades para o enfrentamento da violência contra sujeitos LGBT, concebendo a escola como espaço facilitador da saúde, da aprendizagem e das relações interpessoais, apto a contribuir na formação e transformação dos cidadãos. Independentemente do tipo de escola, quer seja privada, pública, religiosa, e do público a ela inerente, sua responsabilidade enquanto local de debate e conscientização se faz de extrema importância, ressaltando-se a necessidade de textos científicos como este, convidativo à leitura, à reflexão e ao descortinamento da temática em questão.
Destarte, sensível a essa necessidade, a presente obra debruçou-se na realização de um profundo levantamento acerca de marcos jurídicos nacionais e internacionais, estratégias, documentos e publicações, possibilitadores da inserção de temas transversais como sexualidade, orientação sexual e identidade de gênero no espaço escolar, não meramente de forma teórica, conteudista ou mecânica, mas que auxiliem a comunidade escolar na promoção de reflexões ativas, assumindo postura protagonista no enfrentamento desse tipo de problemática.
Para a constituição da escola como um local de libertação e da expressão do pensamento crítico, superando o status, tão comum, de um local de exclusão e de manifestação de preconceito e violência, se faz mister não apenas o conhecimento de leis, documentos e publicações referentes ao precitado tema, por parte dos profissionais atuantes na práxis educacional, mas a compreensão de que os temas transversais, como Saúde e Orientação Sexual, dentre outros, quando trabalhados de forma crítica e reflexiva, com aprendentes e ensinantes, tornam-se ferramentas indispensáveis para o estabelecimento do protagonismo dos sujeitos assujeitados, como a população LGBT, ao enfrentamento nos casos de violências, preconceitos e discriminações a que essa população cotidianamente vem sendo exposta.
Por meio de uma linguagem fluida e estimulante, os autores dissertam sobre quem são os sujeitos LGBT e a instituição escola; discorrem sobre a LGBTfobia e outras formas de violência na escola, conceituando o fenômeno da violência, apontando suas prováveis causas, origens, tipos e consequências, explanam sobre o bullying como um tipo de violência sofrido pela população LGBT. No livro, deparamo-nos com um vasto capítulo que trata dos temas transversais na escola, destacando as estratégias e instrumentos normativos, jurídicos e legislações como possibilidades da discussão e do enfrentamento da violência. Verifica-se ainda a exposição sobre como algumas instâncias do sistema jurídico têm se pronunciado diante da problemática.
Assevero o percurso árduo e ético desenvolvido pelos autores no decorrer da pesquisa, com vasto referencial bibliográfico, o qual os serviu como supedâneo para, de forma clara e didática, a exposição e articulação dos assuntos, ressaltando a necessidade de superação dos processos de exclusão e estigmatização da população pesquisada.
Outrossim, a obra nos revela o caminho para a solução desses anseios, sopesando não somente a criação de direitos constitucionais, legislativos e a elaboração de políticas públicas, mas principalmente que seja garantida e monitorada a implementação dessas políticas e que os próprios destinatários, alunos e alunas LGBT, possam ser participantes ativos, com voz e visibilidade e, sobretudo, construindo possibilidades de conquista da cidadania plena desses sujeitos de direito.
Os