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A Segurança Escolar de Estudantes LGBT na Pauta da Formação de Professores:: Experiência Estética e Desenvolvimento Humano
A Segurança Escolar de Estudantes LGBT na Pauta da Formação de Professores:: Experiência Estética e Desenvolvimento Humano
A Segurança Escolar de Estudantes LGBT na Pauta da Formação de Professores:: Experiência Estética e Desenvolvimento Humano
E-book152 páginas1 hora

A Segurança Escolar de Estudantes LGBT na Pauta da Formação de Professores:: Experiência Estética e Desenvolvimento Humano

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Sobre este e-book

Este livro é fruto de uma pesquisa-ação realizada por meio da experiência do drama como método de ensino, a fim de suscitar debates e tensões relacionadas às sexualidades dissidentes no contexto da formação continuada de professoras atuantes na educação básica. Com base em suas experiências de vida e processos de subjetivação e formação, o autor lança mão de pesquisas sobre o ambiente educacional brasileiro, bem como acerca do contexto da segurança escolar nos Estados Unidos, tanto pelas descobertas de que boa parte da discriminação ocorrida em espaços escolares parte de profissionais da educação quanto pelo comprometimento alarmante que o bullying homofóbico exerce no desenvolvimento de adolescentes, em seu desempenho escolar e em sua saúde física e mental.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de fev. de 2021
ISBN9786558205609
A Segurança Escolar de Estudantes LGBT na Pauta da Formação de Professores:: Experiência Estética e Desenvolvimento Humano

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    A Segurança Escolar de Estudantes LGBT na Pauta da Formação de Professores: - Everton Ribeiro

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    Àquelas e àqueles que tiveram suas vozes silenciadas ou preteridas diante de situações-limite de vilipêndio.

    Àquelas e àqueles que viveram a exclusão, perderam o gosto pela vida e abreviaram suas existências neste espaço-tempo.

    AGRADECIMENTOS

    A Maria e Osmar, por terem dedicado tanto de suas vidas aos cuidados de seus filhos. E, apesar de toda a força contrária do senso comum, sempre exalaram humanidade, respeito e carinho às subjetividades de sua prole.

    À Araci, pela orientação, pela compreensão e, principalmente, pelo afeto durante o período tão exaustivo chamado doutorado.

    A Kátia e Rafael, por terem sempre sido um modelo em minha trajetória acadêmica, pelo impulso e por todas as contribuições sempre pertinentes em minhas experiências de vida e formação.

    A Stephen, pela generosidade e confiança com que me recebeu no Texas e por tudo o que contribuiu para minha formação como professor-pesquisador.

    À Adelvane Néia, minha estimada amiga e espetacular artista da cena, que interrompeu seu fluxo contínuo para contribuir com sua brilhante atuação no episódio sessão espírita, com energia e presença fundamentais para o encerramento do processo.

    Às professoras participantes desta pesquisa, pela disponibilidade e insuspeição com que se abriram para o inesperado e, assim, demarcaram suas valiosas contribuições na agenda de uma educação transformadora.

    A todos os estudantes que estiveram em minhas classes durante esses 13 anos de magistério, especialmente àqueles e àquelas que me despertaram a amorosidade e o respeito às diferenças. Esta obra também é de vocês.

    Eu levanto a minha voz, não para que eu possa gritar, mas para que aqueles sem voz possam ser ouvidos.

    (Malala Yousafzai)

    — Tomaram esta parte — falou Irene. O tricô pendia das suas mãos e os fios chegavam até a cancela e se perdiam embaixo da porta. Quando viu que os novelos tinham ficado do outro lado, soltou o tricô sem olhar para ele.

    (A casa tomada, Julio Cortázar)

    Confessada ou inconfessadamente, consciente ou inconscientemente, o que o público procura fundamentalmente hoje no crime, nas drogas ou na insurreição é o estado poético, uma experiência transcendente da vida.

    (Antonin Artaud)

    PREFÁCIO

    Passados os primeiros momentos de euforia, caí na real. Euforia, sim. Pois, prefaciar uma obra necessária e de um autor-ator-professor do quilate de Everton Ribeiro deixou-me envaidecida e agradecida. O cair na real diz respeito à enorme responsabilidade frente à profundidade e à abrangência temática. É um livro que (re)trata da LGBTfobia no espaço escolar, da necessária reflexão e revisão da formação de professores e a proposta do process drama como método de ensino na educação básica. No entanto, nesse bojo, muito mais coisa se revela e desvela.

    Já no prólogo, descobri que a história do sofrimento de meninos e meninas, ou lá quem quiser ser, constrói-se paralela à fragilidade da formação de professores para os temas de formação humana, ou de desenvolvimento humano, como prefiro denominar. A escola, inicialmente pensada como local para ensinar a ler, escrever e contar, foi assumindo outras funções sociais, inclusive formar cidadãos e cidadãs, sem que, no entanto, mudanças significativas ocorressem, nesse sentido, no âmbito das escolas formadoras de professores. É necessário reconhecer que muito de ciência chegou, muito saber novo recheou a formação de professores para a educação básica, novas licenciaturas apareceram, mas sobre o humano, sobre gente e sua diversidade, muito se fala, pouco se aprende e quase nada se ensina. Os currículos ainda estão engessados e presos em grades e as salas de aula reproduzem e enaltecem o modelo hegemônico da heteronormatividade, da soberania dos saberes acadêmicos sobre os saberes sensíveis, da crença em classes homogêneas de aprendizagem, do predomínio da biologia sobre os corpos.

    E, como relata o autor, precisa ser resiliente para permanecer na escola que, no silêncio do/a professor/a, autoriza a violência e denuncia o despreparo para trabalhar com o dissidente. Isso quando não é o próprio docente algoz e/ou vitimizador, muitas vezes sem a devida percepção de um comportamento normatizado socialmente e referendado pela concepção de uma escola tradicional, elitista, meritocrática, classista, classificatória e fortemente embasada em valores cristãos, mesmo sendo a escola pública laica. Nesse sentido, não é surpreendente a afirmação do autor de que passou toda sua escolaridade básica, da graduação e vivência inicial docente sem que tivesse alguma abordagem ou ensinamento em educação sexual ou estudos de gênero que vislumbrasse a diversidade humana no campo da sexualidade.

    Cabe a mim informar que, de forma semelhante, em toda minha escolaridade, bem anterior a do autor (1955 a 1969, incluindo a graduação) também não tive vivência, informação ou processos formativos que me permitissem um mínimo de conhecimento ou familiaridade com temas como educação sexual, educação política, prevenção do abuso de drogas, cultura da paz, inclusão ou mesmo alguma metodologia ativa que me permitisse questionar o contexto ou o mundo como se apresentava. E vale ressaltar que vivi como estudantes de graduação o período da ditadura militar e senti muito de perto as consequências desastrosas desse período de formação. Talvez por isso, em 1972, fiz minha primeira formação em Educação Sexual e em 1974 a primeira formação em prevenção do abuso de drogas. Em 1992, integrei-me ao Grupo Dignidade, ONG que tem por missão atuar na defesa dos direitos LGBTI+. E tudo isso foi um divisor de águas em minha vida pessoal e profissional, apresentando-me pessoas e campos de estudo, como o Programa de Pós-Graduação em Educação, na linha de pesquisa em Cognição, Aprendizagem e Desenvolvimento Humano. Como nada é por acaso, a temática da LGBTfobia trouxe de presente Everton em minha vida e, com ele, a possibilidade de acompanhar a pesquisa e prefaciar esta obra tão importante.

    Mobilizado por sua história de vida pessoal e profissional, a pesquisa que dá corpo ao livro, fruto de uma tese de doutorado em Educação abrange de forma integrada, sem perder as especificidades, a LGBTfobia, com ênfase ao clima desfavorável que as pessoas dissidentes da heterossexualidade vivenciam na escola, sendo alvos de manifestações de violências,

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