Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Quando você for sua: talvez não queira ser de mais ninguém
Quando você for sua: talvez não queira ser de mais ninguém
Quando você for sua: talvez não queira ser de mais ninguém
E-book102 páginas1 hora

Quando você for sua: talvez não queira ser de mais ninguém

Nota: 4 de 5 estrelas

4/5

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Este livro é para lhe inspirar a se perceber melhor, a se querer mais, a ter um momento seu com você mesma. São contos, crônicas e poemas. Textos bem-humorados sobre amor, sexo, viagem, amizade e autoestima. Você é mais bonita do que pensa, mas isso não tem a ver com o seu cabelo ou o seu corpo. O seu corpo é apenas uma fração da sua beleza e a sua energia é o que vale. Portanto, isto é o que lhe manterá sempre viva.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de mar. de 2020
ISBN9786586539011
Quando você for sua: talvez não queira ser de mais ninguém

Relacionado a Quando você for sua

Ebooks relacionados

Contos para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Quando você for sua

Nota: 4 de 5 estrelas
4/5

4 avaliações0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Quando você for sua - Allê Barbosa

    Quando você for sua, talvez nem queira ser de mais ninguém

    copyright © 2019 Allê Barbosa

    Edição

    Enéas Guerra

    Valéria Pergentino

    Projeto gráfico e design

    Valéria Pergentino

    Elaine Quirelli

    Revisão de Texto

    Maria José Navarro

    Ilustrações

    Elaine Quirelli

    Versão DIGITAL

    Solisluna

    E-ISBN

    978-65-86539-01-1

    Todos os direitos desta edição reservados à

    Solisluna Design Editora Ltda.

    55 71 3379.6691 | editora@solislunadesign.com.br

    www.solisluna.com.br

    A Helena, dona de toda leveza,

    descobridora da minha poesia.

    Sumário

    A mulher que se cansou do homem que não sabia lhe dar amor

    Nota sobre o século passado

    Gente gostosa

    Gratidão

    Como esquecer um amor?

    Amores sem teto

    Depois de tudo, o amor é o que fica

    Histórias sobre beijos

    Se tiver amor próprio, toda mulher é forte

    Sobre calcinhas e livros

    Drummond nos dias de hoje

    Vai passar

    A religião dos pelinhos

    Tão raro quanto delicado

    Segundos perfeitos

    A dor que a gente herda

    Se era pra viajar, a gente viajava em cima do motor da brasília

    Seja um viajante e não um turista

    Namoro tem que ser bom. Ponto!

    Desencontro

    Imperfeitamente linda

    Tem tudo entre a gente, menos sexo

    Doidas e santas, bélicas e pacifistas

    Entre coxas

    O nome do seu amor

    O mundo ficou mais bonito depois que você chegou

    Benditas todas elas

    Volte sempre!

    Guide

    Table of Contents

    Start of Content

    A mulher que se cansou do homem que não sabia lhe dar amor

    Colorida por fora, cinza por dentro. Quem a vê sorrindo nas fotos em suas redes sociais pensa que ela é a mulher mais feliz do mundo. No entanto, ninguém pode imaginar o esforço que a Doutora Flora faz para parecer feliz...

    Já houve um tempo em que até os seus olhos sorriam de tão feliz que era. Isso foi bem antes de ela se casar. Concentrada nos estudos desde a quarta série, ela sempre soube o que queria ser quando crescesse, e não à toa, chegou ao ponto mais alto da sua carreira de médica gastroenterologista. Trabalha como uma condenada, ganha muito dinheiro e nunca dependeu financeiramente do marido.

    Precisamos falar sobre o marido de Flora. Ele é um daqueles homens que não sabem como se comportar dentro do coração de uma mulher. Chega a ser desumano, mas ele simplesmente ignora os sentimentos dela. Suas amigas mais próximas não entendem qual a finalidade do seu casamento, uma vez que ela é infeliz na maior parte do tempo. A única alegria que lhe resta dessa relação são os dois filhos, um de onze anos e outro de oito. Ela divide a vida com o único homem que teve, do café à cama, do endereço ao banheiro, mas vive um cotidiano cheio de solidão. O homem que deveria existir ao seu lado vive apenas em uma certidão de casamento.

    Ela tem pensado muito em dois parágrafos que leu recentemente:

    Casamento não é para todo mundo. Casar é a maior aventura humana na terra e não há nenhum curso preparatório para essa caminhada. Quem disse que casamento é fácil nunca se casou. Essa convivência a dois é difícil porque é uma colisão de dois mundos. Em tese, é o paradoxo de duas existências se fundindo, mas preservando suas individualidades. Na prática, não há fusão, e as individualidades se misturam tanto que um acha que é dono do outro, que o outro é obrigado a fazer suas vontades, e, geralmente, um acaba sufocando o outro. A pergunta deveria ser: o que você quer ser quando você se casar?

    Mas também é preciso dizer que, quando, apesar de tudo, os dois se olham com encanto e se entendem sem precisar dizer palavra alguma, é perfeitamente possível haver um casamento harmonioso, e por isso dá certo. Se eu fosse escolher uma palavra para alicerçar um casamento, essa palavra seria parceria. Talvez seja a palavra mais importante de uma relação, pois elimina a pior solidão que existe: solidão a dois. Parceria implica um na causa do outro, e entendo que ser feliz seja uma causa comum aos dois.

    É uma pena, mas, para Flora, essa tal de parceria é uma palavra sem nenhum sabor. Ela está casada há quinze anos, vivendo numa relação em que anulação e sobrecarga dão o tom. Faz tudo por dois, do supermercado à reunião de pais na escola. Se não fizer, nada acontece. Ela está visivelmente cansada, enquanto seu marido só se importa com ele mesmo, vive vida de solteiro, e age como se o casamento fosse responsabilidade apenas dela.

    Flora teve uma educação religiosa moldada no século XIX, uma educação machista. Aprendeu que casamento é para sempre, mesmo que a mulher sofra maus tratos, não seja amada ou o marido não valha um Real. A sua avó dizia que marido bom era aquele que não deixava faltar nada em casa. Assim fica muito fácil para os homens; é só abastecer a despensa e dar um

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1