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A bela perdida e a fera devassa
A bela perdida e a fera devassa
A bela perdida e a fera devassa
E-book80 páginas1 hora

A bela perdida e a fera devassa

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Sobre este e-book

Valentina é mãe, divorciada e precisa voltar ao trabalho para sustentar a casa. No escritório de advocacia, o promotor William se mostra um homem tentador, trocando sorrisos safados e olhares devoradores que a deixam perdida, sem saber como retribuir. Para complicar a situação, o chefe a envia para um congresso fora da cidade e no hotel descobre que ele está hospedado no quarto ao lado, para participar do mesmo evento. Val precisa das dicas de sua experiente amiga Sara Mello para reaprender a paquerar depois de quinze anos indisponível. As coisas estão um pouco diferentes agora, mas ela vai perceber que é muito mais divertido ser solteira depois dos trinta, ainda mais quando o cara é uma fera em sedução.
IdiomaPortuguês
EditoraBookerang
Data de lançamento21 de out. de 2015
ISBNB016ZFR6O6
A bela perdida e a fera devassa
Autor

Josy Stoque

Josy Stoque is a publicist by profession and author by vocation. She has been writing since discovering poetry as a child. Her debut novel, Marked by Fire, the first book in the Four Elements saga, was nominated for the 2013 Codex de Ouro Annual Literary Prize when published in Brazil in the original Portuguese. The second title in the series has also been published in Portuguese, and the author will release the remaining two books through Amazon’s Kindle Direct Publishing platform in 2014. Marked by Fire is her English-language debut.

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    A bela perdida e a fera devassa - Josy Stoque

    BIOGRAFIA

    SOCORRO, SARA!

    — Amiga, quinze anos fora do mercado, desaprendi a paquerar. O que eu faço?

    Eu, uma advogada brilhante, mãe de uma menina de dez anos e divorciada há onze meses, não sei lidar com o fato de estar a fim de um cara. Meu, já fui boa nisso quando solteira, o que aconteceu com aquela Valentina? Desapareceu e nem imagino como reencontrá-la. Peço ajuda a minha amiga Sara, que passou por um momento parecido, mas se jogou na vida sem medo e hoje está feliz e casada novamente, constituindo uma família linda. Ainda acredito que existe um homem perfeito para mim, que estará ao meu lado em todos os momentos de minha vida, não importam os desafios.

    — Val, gata, calma, sem desespero. — Revira os olhos para mim, em uma atitude clara de quem acha besteira eu estar apavorada. — As coisas mudaram um pouco nos últimos anos, mas não é tão complicado assim. — Seu olhar muda para expectativa, recaindo sobre mim com ansiedade evidente. — Primeiro preciso saber se o bofe vale o crime, mostra uma foto dele.

    Suspiro ruidosamente, pegando meu mega smartphone para acessar o perfil dele no Facebook. Enquanto faço a busca entre meus amigos no aplicativo da rede social, eu me recordo do dia em que percebi que William estava me secando no trabalho. Ele frequenta assiduamente meu escritório, apesar de ser promotor. Nunca tive o prazer — ou o terror, quem sabe — de enfrentá-lo em um tribunal, mas só ouço coisas boas a respeito da sua atuação agressiva, que lhe garantiu muitas vitórias, inclusive contra alguns dos meus colegas. Seus olhos me seguiam para onde quer que eu fosse, sentia a nuca queimar com a fixação dele por mim. No início, pensei que era coisa da minha cabeça. Então ele falou para o Domenico, meu amigo gay, que também trabalha lá, que me acha muito bonita.

    Descrença e desinteresse fatalmente foram substituídos pela curiosidade. Descobri depressa que a fama de pegador o precede e o medo de me machucar nessa brincadeira de gente grande me inibiu ainda mais. Não tenho o direito de cair em uma armadilha dessas, sendo responsável pela Samanta. A imagem dele ganha a tela do meu celular e suspiro de novo. O desejo faz cócegas em um lugar interno que não adormeceu com o divórcio, pelo contrário. No entanto, resolver isso não é tão fácil quanto parece. Não para mim, pelo menos. Mostro a fotografia para Sara, prevendo sua reação exagerada.

    — Caraca! Que gato! Pegava fácil se fosse você. Que meu marido não me ouça! — Faço uma careta na tentativa de sorrir, estou confusa com meus sentimentos contraditórios. — Sei que você não é como eu, amiga, que pensa primeiro no sexo e depois no romance, mas preciso entender qual é seu problema: se ele está a fim, como você me disse, por que não rolou nada ainda? Conta essa história direito, esse cara é um pedaço de mau caminho!

    Minha amiga doida se abana para demonstrar com gestos o quanto gostou do meu paquera, se é que posso chamá-lo assim. Tomo um generoso gole da minha bebida alcoólica para ganhar coragem de confessar meus temores.

    — Ele é um safado, Sara! Um pegador sem-vergonha, e eu sou romântica, você sabe, não me imagino fazendo sexo só por uma noite. — Porra, é a verdade nua e crua, mas eu não deveria deixar essa oportunidade passar, estou há muito tempo na seca e, se essa não fosse uma boa oportunidade, Sara me diria. Nesse caso, vai pensar: se o cara está dando o maior mole, por que não, dona Valentina? — Mas quando ele me olha daquele jeito, me comendo com os olhos — eu também me abano com uma mão, virando o restante da bebida de uma só vez para refrear meu fogo interno —, porra, tenho até sonhos molhados.

    Ela cai na gargalhada.

    — Apesar de falar tanto palavrão, te conheço a tempo suficiente para saber que você é uma lady que espera um cavalheiro. — Sara tira a maior onda com a minha cara. — Amiga, vou te falar a real. — Lá vem uma pancada! — Cavalheiros não têm pegada, já os safados...

    — Eu sei, Sara. — Suspiro de novo. Que vida louca!

    — Escuta, Val, o que você realmente quer dele: sexo ou amor?

    Seria uma iludida se esperasse que ele se apaixonasse perdidamente por mim e deixasse de ser galinha. Ele não é meu príncipe de contos de fadas.

    — Não posso esperar mais nada dele além de sexo.

    — Então, aproveita e se joga nessa aventura.

    — Mas como, Sara? — Opa, eu disse isso em voz alta? Puta que pariu, fodeu! Agora não tem mais volta. Melhor assumir de uma vez que eu quero transar com esse homem e esquecer por uma semana que sou mãe e estou aqui a trabalho. Sara estreita os olhos para mim e emendo, demonstrando minha frustração com esse lance. — Por que ele simplesmente não me agarra? — Ela ri de novo, quase cuspindo o drink que tinha na boca. — Não tem graça! Não vou cantar o cara, mas, se ele me pegar, não farei nada para impedi-lo.

    Sara para de rir e me encara séria enquanto tento me acalmar.

    — Lição número 1: se você ficar esperando de braços cruzados que ele tome a iniciativa, nunca vai acontecer. Pode desistir.

    Perco o fôlego, espantada.

    — Por que não? Aff! Antigamente era mais fácil, fui uma boa pegadora, mas não sei mais como fazer isso. As coisas são tão diferentes hoje em dia. Adoro essa troca de olhares, esse calorzinho por dentro, toda essa expectativa do que pode vir a acontecer, mas não tenho paciência mais de esperar. Acho que estou ficando velha.

    Entre risadas, ela responde:

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