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Contos pervertidos: Box 5 em 1
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Contos pervertidos: Box 5 em 1
E-book108 páginas1 hora

Contos pervertidos: Box 5 em 1

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Sobre este e-book

Box que reúne 5 títulos. Veja quais são eles:


Meu professor de inglês


Prenda-me, Japonês da Federal!


O pastor tarado e sua assessora santinha


A presidenta e seu guarda-costas


Uma novinha em minha vida

IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de nov. de 2018
Contos pervertidos: Box 5 em 1

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    Contos pervertidos - Renata Del Anjo

    Meu professor de inglês

    Era um vestido caro e de grife.

    Mas era apertado e realçava o seu decote.

    Como Fabiana tinha seios grandes, ela não gostava de abusar no decote.

    Além do mais, o vestido era um tanto curto.

    Apesar dos seus 37 anos, Fabiana tinha pernas bem torneadas e cuidadas, mas nem por isso ela gostava de exibi-las.

    Ela só usava vestidos que desciam além dos joelhos.

    E aquele vestido vermelho acabava um palmo acima de seus joelhos.

    Fabiana não estava nada à vontade com aquele vestido.

    Sentia-se uma mulher vulgar, ainda mais usando sapatos de salto alto.

    Ela se olhou no espelho e teve vergonha de si mesma.

    — Meu Deus! Como você está linda! – exclamou Paulo, seu marido.

    Era por causa dele que Fabiana estava vestida daquele jeito.

    Ele chegou por trás da esposa e a beijou em seu pescoço.

    — Duvido que possa existir um homem que olhe para você e não fique atraído por sua beleza! – depois de dizer isso, Paulo colocou um colar em seu pescoço.

    — Você será a mulher mais desejada do restaurante – disse Paulo. – Mas só eu a terei.

    De novo não, pensou Fabiana quando o marido mostrou o relógio para o garçom.

    Ela odiava ver Paulo se gabando.

    — Sabe qual é a marca deste relógio? – perguntou para o garçom.

    — Não sei, senhor.

    — Olhe mais de perto.

    O garçom olhou o relógio mais de perto e disse:

    — É um Rolex.

    — Um legitimo Rolex! Fabricado na Suíça por artesões que foram treinados por Hans Wilsdorf. Não é um Rolex falsificado que você compra em um camelô por vinte reais. Sabe quanto eu paguei por este relógio?

    — Não sei, senhor.

    — Chuta!

    — Cem reais?

    Paulo deu risadas.

    — Quatro mil... Dólares. Um dólar vale três reais e pouco... Faça as contas.

    O garçom apenas meneou a cabeça e fez cara de surpresa.

    — Está vendo o belo colar no pescoço de minha esposa. Aquilo sim é um colar de ouro. Eu comprei no...

    — Querido – Fabiana o interrompeu. – Acho que o garçom está aqui para anotar o pedido e não para ouvir esse tipo de conversa.

    — Acho que ele não se importa de ouvir a minha conversa, não é mesmo?

    — Não, senhor – respondeu o garçom.

    — Agora, diga a verdade, você queria ter um relógio desses, não queria? – perguntou Paulo ao garçom.

    — Claro, é um relógio muito bonito e valioso.

    — Pode apostar que sim. Mas é meu. Quem sabe um dia, se trabalhar muito e economizar suas gorjetas, você possa ter um desses. Comece guardando a minha gorjeta.

    Dizendo isso, Paulo colocou uma nota de cinqüenta reais no bolso do garçom.

    Era sempre assim, onde quer que estivesse, Paulo se gabava.

    Se gabava de ter conhecido o presidente da república, se gabava de ser amigo do prefeito, de já ter visitado mais de 20 países, de falar inglês e espanhol, de ser rico... De tudo!

    Fabiana não suportava, além do mais, isso a deixava com vergonha.

    Na volta do restaurante, Paulo perguntou:

    — Será que as pessoas gostaram?

    — Do que?

    — Do carro. Do meu carro novo. Ele é uma beleza!

    — Que diferença faz se as pessoas gostaram ou não?

    — Tem gente que fica com inveja.

    — Presumo que você não comprou o carro para causar inveja nos outros.

    — Claro que não! Mas que os outros ficam com inveja, isso ficam. Principalmente os nossos amigos.

    Que mané, pensou Fabiana sem dizer mais nada; mas, Paulo continuou:

    — Vou ser sincero, meu amor: eu gosto que as pessoas tenham invejam de mim. Sabe por quê? Quando uma pessoa tem inveja de mim, isso significa que eu sou melhor do que ela. Eu gosto de me sentir melhor que os outros, você não?

    — Não me importo sobre o que as pessoas pensam de mim. Não me importo se elas tem ou não inveja de mim. E muito menos quero ser melhor que alguém. Só penso que ninguém é melhor do que eu, e eu não sou melhor do que ninguém. Todos somos iguais.

    — Besteira! – respondeu Paulo, com deboche. – A nossa sociedade é dividida em classes, Fabiana, meu amor. Há os fracassados que invejam os vencedores, e a há os vencedores que causam inveja nos fracassados.

    — Está bem! – disse Fabiana, querendo por fim naquela conversa idiota.

    Fabiana estava casada há dois anos.

    Ela gostava do marido, mas sabia que não o amava.

    Casou-se para ter uma vida estável e confortável.

    Paulo era dono de uma transportadora, e também era herdeiro de uma das famílias mais ricas da cidade.

    Outro motivo para Fabiana se casar foi que ela achou que estava ficando velha.

    Ela estava com 35 anos quando começou a namorar com Paulo.

    Por sua vez, Paulo casou-se por medo de passar a velhice sozinho.

    Ele nunca foi casado e nem tinha filhos.

    Estava com 47 anos e pensou que já era hora de se aposentar da vida de playboy solteiro.

    Naquela noite, quando se deitaram na cama, Paulo disse:

    — Contratei um professor de inglês para você.

    Assustada, Fabiana perguntou:

    — E desde quando eu quero aprender a falar inglês?

    — No ano que vem, irei aos Estados Unidos para abrir uma filial da minha transportadora. Passarei dois meses lá. Claro, você irá comigo, então pensei que seria uma boa você aprender a falar o idioma inglês.

    — É muita bondade da sua parte pensar em mim, mas da próxima vez, eu agradeceria

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