Há Corrupção na Educação?: Relatos Daqueles que Vivem Essa Realidade no Chão da Escola Pública Brasileira
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Sobre este e-book
Para desvendar o que está por trás dessa escolha, este livro provoca o pensamento reflexivo dessa gestora pública e do leitor, confrontando-os com as questões que envolvem o gasto da verba pública educacional e as possíveis situações de corrupção que podem ocorrer, que além das questões burocráticas e legais, envolvem certo "querer bem" educacional e um amadorismo perigoso que mascaram as situações e as fazem parecer mais atos de bondade do que de corrupção.
Utilizando elementos do dia a dia escolar, combinados com estudos científicos realizados pela autora por ocasião de seu doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2015), com descobertas surpreendentes no campo do financiamento público educacional, este livro promete tirar fôlego do leitor com fatos reais da cena financeira, revelando uma desconcertante realidade presente no interior da escola pública brasileira.
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Pré-visualização do livro
Há Corrupção na Educação? - Roberta Bocchi
Editora Appris Ltda.
1ª Edição - Copyright© 2019 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.
Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO - POLÍTICAS E DEBATES
Em especial, ao dono do autógrafo que eu nunca darei,
meu pai, pilar de minha formação humana,
mas que não teve tempo de ver esta obra publicada.
À minha mãe, marido e filho, por todo amor e cuidados
a mim dispensados.
Quanto mais carências têm os indivíduos, mais eles se embrutecem. No limite, quando lhes falta o essencial, a sua humanidade corre o risco de regredir ao puro estado de animalidade. O seu grau de consciência e liberdade é, portanto, diretamente proporcional ao seu bem-estar material, físico, cultural, emocional e espiritual.
(Branca Jurema Ponce)
APRESENTAÇÃO
Este livro é o resultado de minha pesquisa de doutorado realizada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP – Programa Currículo – área Políticas Públicas – entre os anos de 2011 e 2015, na qual investiguei o financiamento público das escolas estaduais do Estado de São Paulo.
Sou uma agente pública, supervisora de ensino da Rede Estadual de São Paulo, produto e fruto da escola pública. É nela que me formei, é a partir dela que me lancei no mundo, é para ela que retornei e é para ela minha luta.
Falar de financiamento público não é tarefa fácil, escrever é menos ainda. Trata-se de um tema árido, porém de extrema necessidade no atual cenário brasileiro, marcado por disputas de poder, tendências capitalistas, populismos exacerbados e corrupção. Este último, como um fantasma que corrói vários espaços da área pública, é aqui abordado com uma escrita simples e direta, convidando o leitor a um mergulho no obscuro universo financeiro escolar contado por aqueles que o vivem diariamente no chão da escola pública brasileira.
Para publicar esta obra, dediquei bastante tempo ao seu preparo, a diversas leituras e releituras, à coleta da opinião dos amigos e amigas, aos olhares da família e aos olhos de meu filho, que me convidavam e ainda convidam a não ter medo da verdade, afinal trata-se de pesquisar e escrever sobre o mundo que estamos deixando para ele. Seus olhos foram para mim quase uma prece de socorro, não só por ele, mas por todos os seus colegas de escola, conhecidos ou não, mas que juntos faziam parte do contexto pesquisado por mim, revelado em sua essência e impossível de ser sufocado por um simples e egoísta medo. Então vamos lá!
O que falar sobre a corrupção? A decisão de investigá-la implica em uma série de desafios que podem colocar em risco a saúde física e mental daquele que a investiga. Há relatos pelo Brasil e pelo mundo de ativistas da área que são perseguidos, agredidos das mais variadas formas ou até eliminados. As ações de repressão são geralmente silenciosas e encobertas pelo poder corrupto, que se esconde na ideia de impunidade e capacidade financeira. A população, na maior parte do tempo alheia ao movimento e sem informação correta sobre a questão, tem sua atuação inibida ou desviada, e, como consequência, não ocorre uma comoção popular capaz de pressionar por ações concretas de combate à corrupção.
O desconhecimento da população em relação ao tema financiamento educacional e sua relação com a corrupção não ocorre por acaso, mas é provocado pelo caos instituído nos diversos cantos do mundo. Quando uma pessoa não tem a garantia de seus direitos básicos, como comida, abrigo, segurança e saúde, não há espaço para pensar em questões mais amplas, mesmo que sejam a raiz de seu sofrimento. Devido ao martírio humano vivido, não enxerga mais nada que sua sobrevivência imediata. Infelizmente é essa a realidade de uma grande parcela da população mundial.
Em 2018 o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou o Índice de Pobreza Multidimensional¹ que somou 1,3 bilhão de pessoas em situação de pobreza no mundo. Em contraste com essa realidade, segundo estudos de Dowbor (2017), a parcela dos mais ricos do mundo soma o número de 33 milhões [de pessoas], o equivalente a 0,7% do total de adultos do Planeta
(DOWBOR, 2017, p.27).
A corrupção instaurada nas mais diversas instituições públicas rouba dinheiro dos mais pobres em dois momentos cruciais, ou seja, quando lhes tira o direito básico da vida e quando não lhes dá tempo para refletir sobre sua condição humana.
Dentro dessa realidade desigual, cruel e alienadora parece que a verba pública voltada à educação é primeiramente destinada à manutenção de um tipo de poder, para só depois destinar-se a projetos para estudantes, pelos quais tenham a oportunidade de pensar no seu próprio futuro. Entender o mecanismo financeiro da esfera educacional e os possíveis meandros da corrupção é o caminho de sucesso para a reversão dessa lógica que impede o sonho daqueles que serão o futuro de nosso país.
Cabe a você decidir em qual futuro apostar!
— A autora.
PREFÁCIO
Cara leitora, caro leitor: tive a sorte de tomar conhecimento do livro da Roberta Bocchi antes de você. Ela, gentilmente, pediu-me que fizesse um prefácio de sua obra, o que aceitei com muita honra e alegria. Conheci a Roberta Bocchi como aluna dedicada e responsável por ocasião do mestrado em Educação e também pude acompanhar sua caminhada no doutorado, fazendo parte da Banca Examinadora de sua defesa de tese. Em algumas ocasiões, constatei pessoalmente sua atuação profissional na rede pública de ensino, sempre desempenhando liderança construtiva e promotora da formação continuada dos profissionais da educação. Entre as muitas qualidades que sempre apresentou nos trabalhos acadêmicos, algumas me chamaram a atenção: o compromisso com a melhoria da educação, a coragem no