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E-book161 páginas31 minutos

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Sobre este e-book

Neste livro coloco expressões profundas de todo e qualquer tipo de sentimento que possa habitar o ser humano, seja ele normal, ou, assim como eu, cheio de sonhos sufocados, medos e felicidades ocultos sem saber qual rumo seguir. Para quem vive à janela esperando a vida; e, claro para os amantes de poesia em geral.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de jan. de 2021
ISBN9786586897692
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    A janela - Vanice Carvalho

    PERDIDA

    Há coisas que só acontecem

    comigo

    Outras, nunca acontecem

    Na maioria das vezes

    Não sei qual caminho

    Sigo

    Dúvidas me perseguem

    E a vida me leva

    Para onde acha que deve

    E vou

    Arrastando correntes

    Contra a maré

    Me perdi da nascente

    Não sei onde é

    Meu lugar

    DESEQUILIBRADA

    Minha cabeça não anda bem

    Mas meus pés não entendem

    E vagam

    Sem rumo

    Buscando equilibrar-se

    Na sombra

    Do meio dia

    Ando, ando,

    Ando

    E paro

    No mesmo lugar

    De onde nunca saí

    Meu corpo viajou

    Mas minha alma,

    Vive aqui

    Desde sempre

    MEU MUNDO

    Hoje acordei

    Cheia de um vazio

    Vontade de fazer da cama

    Meu mundo

    Não sentia calor

    Nem frio

    Apenas uma dor

    Na alma

    Vontade de não existir

    Levantei

    Tentei encarar a realidade

    Mas voltei

    Eu não sou forte quanto

    Pareço

    Cobri pés e cabeça

    Para não ver a luz

    Mostrar minha fraqueza

    Quero ir

    Mas não sei pra onde

    Tudo que acho

    Não tenho certeza

    É tudo tão longe

    Que não depende só de mim

    Se eu pudesse, ficaria aqui

    Em paz

    INSÔNIA

    Madrugada

    Sem sono

    Pensando na vida

    Vê se são horas

    de arrancar cabelos brancos

    Precoces

    Se continuar assim vou ficar careca

    De saber que não dormir envelhece

    Preocupações

    Comigo e com os outros

    Queria ter alguns poderes

    E dinheiro

    Para cuidar de muita gente

    Desamparada

    Televisão a essa hora

    Que preste, nada

    Galo já canta

    Galo de cidade

    Canta cedo

    Deve ser a claridade

    Ou medo

    De perder a hora

    Casa tão pequena

    E vazia

    Uma desordem

    Falta muita coisa

    Principalmente entusiasmo

    Coragem pra viver

    Ser quem eu quiser

    Fazer o que sempre quis

    Adormecer

    Acordar pra vida

    DONA DE SI

    Ela ouviu do marido

    Que não gostava daquele

    Comportamento

    Muito menos do vestido

    Que, sem lhe consultar

    Ousou

    Ela, obediente

    O vestido tirou

    Logo o comportamento mudou

    E todos à sua volta

    aplaudiram

    Seu corpo despido

    Mas dono de si

    DESPEDIDA

    Encerrou-se o ciclo

    da vida

    E vão-se vários subciclos

    Em uma despedida

    Vão-se lágrimas

    E uma Mala

    De lembranças

    Prantos, recordações...

    Virtudes, ações...

    E o principal motivo

    da partida

    Às vezes vai-se levado

    Ou por que é melhor

    Do que ficar

    MELANCOLIA

    Para mim, não há diferença

    Se é noite ou dia

    Tudo é escuridão

    Saudade, solidão

    Descrença,

    Vazio

    Melancolia

    Tudo é triste,

    Tudo foge ao meu alcance

    Não vejo graça

    Não tenho mais essência

    Nem paciência

    Pra sonhar

    Vejo as flores

    Sem perfume

    Meus sonhos,murcham- se

    Junto com o pólen

    Que cai

    Na brisa da manhã

    Tudo tão superficial

    Que pareço não ter alma

    Coração

    Devo ser feita de carne

    E osso

    Somente

    A SUBMISSA

    Entre panelas,

    Trouxas e filhos

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